quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Tratamento da apneia do sono melhora controlo glicémico em diabéticos

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Um relatório, publicado na “Journal of Clinical Sleep Medicine”, referiu que a terapia por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas (CPAP), principalmente utilizada como tratamento da apneia obstrutiva do sono, melhora o controlo glicémico (açúcar no sangue), durante o sono, em pacientes que também têm diabetes tipo 2.
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De acordo com o Dr. Arthur Dawson, da Scripps Clinic, na Califórnia, a diminuição média do nível de glicose nocturna nos pacientes diabéticos foi de cerca de 20 mg/dL. A redução foi menor nos pacientes com bom controlo glicémico e muito maior naqueles com mau controlo glicémico.
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Esta descoberta sugere que tratar a apneia obstrutiva do sono pode ter um grande impacto na gestão dos diabéticos tipo 2 que, por qualquer razão, não conseguem baixar os níveis de glicose para o ponto ideal.
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Os investigadores utilizaram um sistema de monitorização contínua da glicose para medir os níveis de glicose, durante o estudo poligráfico do sono ou polissonografia, em 20 pacientes com diabetes tipo 2 e apneia do sono moderada a grave. Isto foi efectuado antes e depois de quatro a 13 semanas de terapia por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas.
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Após o tratamento por CPAP, os pacientes apresentaram um aumento do tempo total de sono com menos tempo de estado desperto, após o início do sono.
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Os níveis de glicose durante o sono foram mais baixos e menos variáveis com o tratamento por CPAP do que antes deste tratamento.
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Os níveis médios de glicose durante o sono diminuíram em 10 dos 11 pacientes cujos níveis estavam acima dos 100 mg/dL, mas não diminuíram nos 9 pacientes que tinham níveis abaixo dos 100 mg/dL.
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O nível médio de glicose durante 24 horas também diminuiu significativamente durante o tratamento por CPAP, mas a alteração da glicose durante o dia (das 7 às 23 horas) não foi estatisticamente significativo.
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A apneia obstrutiva do sono, um dos distúrbios do sono mais comuns, é caracterizada pela interrupção da respiração durante o sono, devido ao bloqueio das vias aéreas, e por um ressonar alto. Esta situação resulta em despertares contínuos durante a noite, levando à privação do sono e à fadiga e sonolência durante o dia.
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O tratamento por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas (CPAP) é um método de ventilação respiratória, no qual um fluxo leve e contínuo de ar é entregue, através de uma máscara flexível colocada por cima do nariz, durante o sono. Isto mantém as vias aéreas abertas e previne episódios de privação de oxigénio (apneia) e subsequente despertar durante a noite. (farmacia.com.pt)
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Medicamento para tosse pode tratar cancro da próstata

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Investigadores norte-americanos afirmam que um ingrediente presente nos medicamentos da tosse mais comuns pode ser útil no tratamento do cancro da próstata.
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O estudo descobriu que a substância noscapina, utilizada em medicamentos para a tosse há mais de 50 anos, reduzia o crescimento de tumores em 60%, limitando ainda disseminação de tumores em 65% sem efeitos secundários prejudiciais.
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No entanto, o facto do composto não poder ser patenteado limita o potencial do mesmo para testes clínicos.
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Moshe Rogosnitzky, do MedInsight Research Institute, explicou que algumas farmacêuticas não estão dispostas a realizar testes clínicos dispendiosos sem conseguirem recuperar o seu investimeno. Um derivado sintético da noscapina já foi patenteado, embora não tenha chegado ainda à fase de testes clínicos.
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Como a noscapina está aprovada para ser utilizada como supressor da tosse em diversos países, está disponível para ser prescrita pelos médicos para outros fins. Desta forma, a noscapina tem vindo a ser utilizada cada vez mais no tratamento de uma variedade de cancros.Os investigadores pretendem agora dar continuidade a este estudo com testes clínicos efectuados em humanos. (farmacia.com.pt)
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Obesidade aumenta o risco Linfedema derivado de cancro

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Segundo investigadores, a tumefação de algum órgão do corpo decorrente da perturbação ou obstrução na circulação linfática, uma condição conhecida como linfedema, é mais comum em mulheres obesas ou com excesso de peso comparativamente aquelas com peso normal.
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Esta condição é considerada comum, e normalmente desenvolve-se após cirurgia mamária devido à remoção ou danos nos nódulos linfáticos. Radiação derivada da terapia, infecções pós-operatórias e a idade também são factores a ter em conta.
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O estudo baseou-se em 193 sobreviventes de cancro da mama. A equipa de investigadores descobriu que o risco de linfedema era entre 40 a 60% superior em mulheres com excesso de peso ou obesas, comparativamente a mulheres com peso normal.
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Este risco é especialmente elevado em mulheres obesas ou com excesso de peso que experienciaram inchaços pós-operatórios depois da cirurgia.De acordo com a análise dos cientistas, cerca de dois terços das sobreviventes do cancro da mama apresentam um risco de desenvolveram linfedema nos primeiros 30 meses após a operação.
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"O linfedema tem um impacto profundo na saúde e no bem-estar, mas na maioria das vezes não é diagnosticado nem tratado pelos médicos e pacientes", afirmou Jane M. Armer, uma das investigadoras.
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Um estudo anteriormente realizado já havia revelado que as mulheres que experienciaram esta condição após o tratamento de cancro da mama acabam por sofrer em silêncio. Outras acabam por não seguir os conselhos para tratamento dos seus médicos ou procuram outras alternativas sem o discutirem com o seu responsável de saúde. (farmacia.com.pt)
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Psicoterapia e antidepressivos são ambos eficazes para a depressão

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Investigadores holandeses relataram que as intervenções psicológicas e a terapia com fármacos são ambas efectivas para adultos que sofrem de depressão major, tendo cada uma as suas próprias qualidades.
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O Dr. Pim Cuijpers, da Universidade Vrije de Amesterdão, e colegas referiram que um grande número de estudos sugere que tanto as terapias psicológicas como as farmacológicas são efectivas no tratamento de distúrbios depressivos ligeiros a moderados. Contudo, ainda não tinha sido estabelecido definitivamente se ambos os tipos de intervenção são igualmente efectivos.
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Para investigar esta questão, os investigadores reuniram dados de 30 estudos comparativos de terapias psicológicas e farmacológicas, envolvendo um total de 3.178 pacientes diagnosticados com distúrbios depressivos. Um total de 1.612 participantes foram tratados com psicoterapia e os restantes 1.566 foram tratados com terapia à base de antidepressivos.
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Os investigadores relataram, na “Journal of Clinical Psychiatry”, que a diferença entre as terapias psicológica e farmacológica não foi significativa para a depressão major.
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Contudo, os resultados demonstraram que a terapia com antidepressivos foi significativamente mais efectiva do que as intervenções psicológicas no tratamento da distimia, uma forma de depressão ligeira crónica que perdura por um período mais longo, mas que não é tão extrema como outros tipos de depressão.
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Enquanto que o tratamento com antidepressivos utilizados normalmente, denominados inibidores selectivos da recaptação da serotonina, foi significativamente mais efectivo do que o tratamento psicológico, a terapia com outros antidepressivos não diferiu significativamente das psicoterapias.
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Os investigadores também descobriram que a taxa de desistência foi significativamente mais baixa nos tratamentos psicológicos, em comparação com os tratamentos com fármacos. (farmacia.com.pt)
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Dormir bem pode ajudar a manter as artérias limpas

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Uma boa noite de sono é benéfica para o coração, na medida em que pode ajudar a diminuir a incidência de calcificação das artérias coronárias, segundo resultados de um estudo publicado na última edição da “Journal of the American Medical Association”.
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No estudo, os investigadores descobriram que as pessoas de meia-idade razoavelmente saudáveis que dormiam, em média, mais uma hora por noite do que os outros participantes, apresentavam uma incidência mais baixa de calcificação das artérias coronárias, ou seja, a acumulação de placas calcificadas nestas artérias, que se pensa ser um indício de futura doença cardíaca.
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Na investigação actual, a Dra. Diane S. Lauderdale, da Universidade de Chicago, e colegas procuraram evidências de uma associação directa entre o sono e a incidência de calcificação das artérias coronárias, ao longo de cinco anos, em 495 pessoas saudáveis que tinham entre 35 e 47 anos no início.
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De acordo com o estudo, um maior tempo de sono foi associado a uma incidência mais baixa de calcificação das artérias coronárias.
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A incidência de calcificação das artérias do coração variou entre 6 por cento nos participantes que dormiam mais de 7 horas por noite, 11 por cento entre aqueles que dormiam de 5 a 7 horas por noite, e 27 por cento para aqueles que dormiam menos de 5 horas.
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Após o ajuste de diversos factores que poderiam influenciar os resultados, tais como idade, sexo, raça, educação e tabaco, os investigadores descobriram que uma hora a mais de sono por noite diminuiu as probabilidades estimadas de calcificação em 33 por cento.
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A Dra. Lauderdale referiu que, embora este único estudo não prove que dormir pouco leva a doença das artérias coronárias, é seguro recomendar, pelo menos, seis horas de sono por noite.
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Os factores de risco de calcificação das artérias coronárias incluem reconhecidos factores de risco de doença cardíaca, tais como elevados níveis de açúcar no sangue, pressão sanguínea elevada e ter excesso de peso. Dados recentes sugerem que a quantidade e a qualidade do sono estão ligadas a diversos destes factores de risco. (farmacia.com.pt)
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domingo, 21 de dezembro de 2008

Portugueses desenvolvem medicamento que cria vasos sanguíneos

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Conceito já foi patenteado em Portugal e o registo internacional está em curso
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Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram um sistema de transporte de vírus geneticamente transformados capazes de induzir o organismo a gerar novos vasos sanguíneos em poucas semanas, para tratar doenças vasculares.
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Com o conceito já patenteado em Portugal e o registo internacional em curso, os investigadores acreditam ter desenvolvido uma via para contornar certos problemas relacionados com a obstrução de vasos sanguíneos, causadora de elevada mortalidade ou diminuição da qualidade de vida e, por vezes, da amputação de membros por falta de irrigação.
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Em caso de isquémia, ou seja, de obstrução de uma artéria principal, as vias terapêuticas mais correntes para a sua minimização são a cirurgia ou o tratamento com a introdução de um cateter, que acaba por libertar placas que podem causar tromboses.
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Em vez de procurar uma solução que desobstruísse os vasos sanguíneos, os investigadores de Coimbra apostaram numa via alternativa, de angiogênese, que induz o organismo a gerar novos vasos sanguíneos.
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Partindo de uma investigação em nanotecnologia para concepção de novos medicamentos, a que se dedica há uma década um grupo na Faculdade de Farmácia e no Centro de Neurociências de Coimbra, foi desenvolvido um transportador capaz de circular pelo sangue e levar a molécula à zona do organismo a tratar.
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Criaram micro-esferas com o fármaco adequado no seu interior e características que lhes permitem circular no organismo e iludir os sistemas de defesa. Um escudo de água a envolvê-las torna-as «invisíveis» aos sistemas de defesa do organismo.
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Em função da doença, as células em stress expressam certos marcadores à superfície. Foram então estudá-los e, com recurso à engenharia, desenvolveram um mecanismo analogicamente comparável a um GPS, que fizesse ancorar essas cápsulas especificamente nas células doentes e ao entranharem-se nelas aumentassem o potencial terapêutico e minimizassem os efeitos secundários, tóxicos, do tratamento nos tecidos sãos. (Portugal Diário)
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Diabetes: Natal é época de risco para quem sofre da doença

Diabetes: Natal é época de risco para quem sofre da doença
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Como é sabido, as épocas do Natal e do ano novo são normalmente sinónimo de excessos alimentares, o que representa também uma época de risco para pessoas com certas doenças, como a diabetes.
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Gorduras, doces e bebidas alcoólicas fazem parte da ementa de consoada para a grande maioria das famílias, o que representa um problema para os cerca de 500 mil diabéticos portugueses.
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Muitos dos ingredientes utilizados na confecção dos alimentos da época podem ser consumidos pelos diabéticos. No entanto é preciso ter particular atenção na sua preparação de forma a se manter sob controlo a taxa de glicemia.É importante evitar ao máximo a presença de molhos, cremes e coberturas dos alimentos, e que se opte por carnes magras, como o peru e o frango, ou pelo peixe, como o tradicional bacalhau.
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No que concerne aos doces deve ser substituído o açúcar por adoçante, cozinhando os alimentos no forno em vez de os fritar visto que é mais saudável.
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Para além dos cuidados com a dieta, os diabéticos devem ter particular atenção aos valores de glicemia, pois basta uma rabanada para disparar os níveis de açúcar no sangue. De forma a simplificar a monitorização, a Bayer Diabetes Care proporciona um autocontrolo seguro e eficaz através do medidor de glicemia BREEZE2. Este aparelho possui uma tecnologia de autocodificação e disco com 10 tiras integradas, promovendo a comodidade e fiabilidade para quem o utiliza, sendo ainda considerado o medidor mais rápido no tempo total de teste, apresentando resultados em apenas 5 segundos. (Farmacia.com.pt)
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Dentistas podem detectar cancro oral precocemente

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Investigadores norte-americanos afirmam que muitas vezes os cancros orais, pescoço e cabeça são diagnosticados tarde, podendo uma visita ao dentista ajudar a minimizar estes casos.
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De acordo com Michael Siegel, da Nova Southeastern University College of Dental Medicine, as ferramentas de diagnósticos que os odontologistas (especialistas em próteses dentárias) possuem, são suficientes para garantir que os pacientes são diagnosticados com maior brevidade possível. O especialista acrescentou ainda que o risco maior de desenvolver cancro oral acontece em adultos com mais de 40 anos de idade e que, para além de fumarem, ainda consomem álcool.
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Todos os dentistas, incluindo os odontologistas, estão treinados para detectar estes tumores ainda em estado inicial. No entanto, apenas 28% dos pacientes revelaram ter tido exames para detectar cancro oral.
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Diversas companhias já colocaram disponíveis testes simples de forma a auxiliar o dentista na detecção e diagnóstico precoce de lesões orais antes de se transformarem de cancro. Estes testes são indolores e relativamente baratos, segundo Michael Siegel. (Farmacia.com.pt)
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Farmacêuticos denunciam falta de genéricos

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Medicamentos com preços reduzidos
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A Ordem dos Farmacêuticos Enfermeiros alertou esta terça-feira para a falta de medicamentos genéricos nas farmácias, situação que se verificou depois de o preço ter sido reduzido em 30 por cento, no passado mês de Outubro.
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Segundo avança a rádio 'TSF', após a redução dos preços, por decisão do Governo, as embalagens de genéricos foram reenviadas aos laboratórios para receberem novas etiquetas, mas muitos medicamentos não voltaram às farmácias, por alegadamente darem prejuízo aos laboratórios.
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João Mendes, presidente da secção regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos, em declarações à mesma rádio, explica que a redução dos genéricos nas farmácias está a reflectir-se nos doentes que, neste momento, não encontram no mercado medicamentos que lhes são prescritos há vários anos.
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Por sua vez, Paulo Lilaia, presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, afirma desconhecer casos concretos de fármacos que saíram do mercado, mas admite que há genéricos que dão prejuízo e que colocam em risco o futuro de algumas empresas.(Correio da Manhã)
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Investigadores não encontram relação entre aumento de peso e pílula

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Investigadores alemães revelaram que alguns cientistas podem ter tirado conclusões precipitadas ao sugerir que as pílulas contraceptivas fazem com que as mulheres ganhem peso.
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Os investigadores do Instituto Alemão para a Qualidade e Eficiência dos Cuidados de Saúde (IQWiG), em Colónia, que analisaram diversos estudos, revelaram que não encontraram evidências substanciais de uma relação entre a utilização de contraceptivos hormonais e o aumento de peso.
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Nos estudos com mulheres que tomavam a pílula tanto foram relatados aumentos como perdas de peso. Os investigadores aconselham, por isso, as mulheres a não permitirem que o medo de ganhar peso faça com que adiem a decisão de utilizar este tipo de contraceptivos.
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Os investigadores concluíram que parece muito pouco provável que os contraceptivos hormonais provoquem um grande aumento de peso. Se isso acontecesse, então teria sido evidente nas pesquisas que já foram realizadas. Contudo, estas conclusões não excluem a possibilidade de algumas mulheres poderem ganhar peso.
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De acordo com o director do IQWiG, o Dr. Peter Sawicki, muitas mulheres ganham algum peso à medida que envelhecem, quer utilizem ou não a pílula, sendo que limitar as escolhas contraceptivas não irá ajudar as mulheres a manter o peso sob controlo.
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Os investigadores acrescentaram que os métodos de contracepção hormonais, tais como a pílula e os dispositivos intrauterinos (DIU), são as formas mais efectivas, a longo prazo, de evitar uma gravidez. (farmacia.com.pt)
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Philips desenvolve "comprimido inteligente"

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O grupo holandês Philips desenvolveu um “comprimido inteligente”, que contém um microprocessador, uma bateria, um rádio wireless, uma bomba e um reservatório para o fármaco, para libertar a medicação numa área específica do organismo.
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A Philips, um dos maiores fabricantes a nível mundial de equipamento hospitalar, referiu que a cápsula, denominada "iPill", mede a acidez com um sensor, de modo a determinar a sua localização no intestino e poder assim libertar os fármacos onde estes são necessários.
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O transporte de fármacos directamente na localização da doença no tratamento de distúrbios do tracto digestivo, como a Doença de Crohn, pode significar a possibilidade das dosagens serem mais baixas, reduzindo assim os efeitos secundários.
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Embora já sejam utilizadas cápsulas que contêm câmaras em miniatura, como ferramentas de diagnóstico, estas ainda não possuem a capacidade de transportar fármacos.
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A "iPill" consegue também medir a temperatura local e relatá-la via wireless para um receptor externo.
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De acordo com Philips, a "iPill" é um protótipo, mas está pronto para ser fabricado em série. A companhia planeia apresentar a "iPill" no encontro anual da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos, em Atlanta, ainda este mês. (farmacia.com.pt)
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Tem uma consulta médica? Prepare-a com antecedência

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Para tirar o máximo partido da próxima visita ao médico é importante ir preparado, ser proactivo e agradavelmente assertivo, segundo a opinião do Dr. Michael Pignone, chefe de medicina interna geral da Universidade da Carolina do Norte.
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Segundo o Dr. Pignone, deve-se ter um registo, onde se anotam os problemas que precisam de ser abordados. Se não se for preparado, existe a possibilidade de se esquecer de alguma coisa. Além disso, ajuda bastante o médico se o paciente conseguir fazer um resumo rápido dos motivos da consulta.
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Também é fundamental saber o próprio historial médico e os medicamentos utilizados, pois os médicos precisam de saber que testes foram realizados e quando, assim como a medicação que se está a tomar. Sem este tipo de informação os médicos podem desnecessariamente voltar a pedir testes ou prescrever medicamentos que podem interagir adversamente com algum fármaco que o paciente já esteja a tomar.
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É ainda importante pôr os médicos a par dos valores e do estilo de vida. Normalmente não é algo que os pacientes pensem, mas não faz sentido concordar com um plano de tratamento que não se pensa cumprir.
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Investigações têm demonstrado que os pacientes que se preparam com antecedência, para uma consulta médica, têm mais probabilidade de serem mais bem atendidos e saem mais satisfeitos do que aqueles que não se prepararam. (farmacia.com.pt)
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Depressão ligada à gordura da barriga

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Após o período de 5 anos no qual decorreu o estudo, investigadores holandeses sugerem que os adultos já com uma certa idade que apresentam sintomas de depressão têm uma maior propensão para ganhar gordura abdominal, mas não gordura no geral.
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A equipa de cientistas estudou 2088 adultos com idades compreendidas entre os 70 e os 79 anos. Os participantes foram analisados para a depressão no início do estudo, tendo a sua obesidade abdominal sido registada, tanto no início como no final dos 5 anos.
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O estudo concluiu que, após o ajuste de factores sócio-demográficos e outras características associadas a mudanças de peso, a depressão estava associada a um aumento da gordura visceral e do diâmetro sagital após o período de 5 anos.
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“Esta associação não foi constatada para o aumento da obesidade em geral, parecendo ser independente das mudanças da obesidade, o que sugere que os sintomas depressivos estão associados ao aumento da gordura na região visceral”, afirmaram os investigadores em comunicado.
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O stress crónico e a depressão podem activar certas áreas do cérebro e conduzir para o aumento dos níveis de cortisol, o que promove a acumulação de gordura visceral. Para além disso, os indivíduos com depressão têm um estilo de vida menos saudável, incluindo uma dieta mais pobre, podendo interagir com factores psicológicos que conduzem a um aumento da obesidade abdominal. (farmacia.com.pt)
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Comprimidos de combinação para a hipertensão mais efectivos do que diuréticos

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Um estudo revelou que um comprimido que contém dois fármacos para a pressão sanguínea foi mais efectivo, do que uma estratégia baseada em diuréticos, na redução do risco de problemas cardiovasculares graves e morte em pessoas com hipertensão.
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No estudo, que envolveu mais de 11 mil pacientes dos Estados Unidos, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, os pacientes receberam um comprimido contendo benazepril (um inibidor da enzima de conversão da angiotensina) e amlodipina (um bloqueador dos canais de cálcio) ou um comprimido contendo benazepril e hidroclorotiazida (um tipo de diurético).
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Ambos os comprimidos de combinação ajudaram a reduzir a pressão sanguínea em mais de 75 por cento dos pacientes, mas os que tomaram o primeiro comprimido (benazepril+amlodipina) apresentaram menos 20 por cento de eventos cardiovasculares do que aqueles que tomaram o outro comprimido de combinação com o diurético.
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O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, definiu os eventos cardiovasculares como mortes cardiovasculares, ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), hospitalizações devido a angina instável e tratamentos para reabrir as artérias coronárias bloqueadas.
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O investigador principal, o Dr. Kenneth Jamerson, professor de Medicina Interna na Faculdade de Medicina da Universidade do Michigan, referiu que este estudo demonstrou que mudar os pacientes para um único comprimido de combinação significou que o dobro conseguiu atingir o objectivo de pressão sanguínea, independentemente da terapia anterior.
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A pressão sanguínea elevada aumenta o risco de AVC, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e outros problemas do coração. Os fármacos podem ajudar a controlar a pressão sanguínea, mas muitos pacientes têm dificuldade em tomar a medicação múltipla que necessitam, pelo que foram desenvolvidos os comprimidos de combinação. (farmacia.com.pt)
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Fármaco para a malária considerado seguro e eficaz

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Um painel da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) considerou o fármaco Coartem (artemeter/lumefantrina), da Novartis, como sendo seguro e eficaz.
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Este composto, que foi considerado como prioritário para análise por parte da agência reguladora, será a primeira terapia combinada com artemísia indicada para o tratamento da malária nos Estados Unidos, caso venha a ser aprovado.
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Os membros do painel votaram de forma unânime que os dados fornecidos pela farmacêutica demonstraram a eficácia do Coartem. Relativamente à segurança do mesmo, todos os membros com a excepção de um votaram favoravelmente.A Novartis procura aprovação por parte da entidade reguladora norte-americana para que o fármaco passe a ser usado como tratamento para infecções provocadas pela malária. (farmacia.com.pt)
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Um quinto dos novos genéricos à espera dos tribunais

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Saúde
Um quinto dos novos genéricos à espera dos tribunais

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A guerra entre os fabricantes de genéricos (versões mais baratas dos medicamentos originais) e os laboratórios dos fármacos inovadores está ao rubro em Portugal. O problema intensificou-se em 2007 e atinge hoje uma dimensão inusitada: cerca de um quinto dos pedidos de definição de preços para genéricos apresentados este ano estão suspensos porque aguardam decisões dos tribunais.
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Resultado: há medicamentos (por exemplo para a doença de Alzheimer) que não começaram a ser comercializados por este motivo. E em 2009 já se adivinha uma luta judicial pelo fabrico do Viagra (ver texto ao lado).
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Em 2008, dos 500 pedidos de atribuição de preços para genéricos entrados na Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) cerca de 400 foram diferidos, e num prazo médio de oito dias, adianta o director-geral, Mário Lobo. Os restantes aguardam pelo desfecho das acções judiciais interpostas pelos fabricantes dos originais, que recorrem aos tribunais para defender as patentes.
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Em causa estará menos de uma dezena de moléculas (os pedidos são vários porque é necessário um para cada tipo de embalagem e dosagem), desvaloriza uma fonte da indústria farmacêutica.
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Mário Lobo adianta os dados de 2008 para provar que a entrada de genéricos não tem sido bloqueada em Portugal e contrariar as críticas da Comissão - que, num relatório preliminar de uma investigação sobre o sector divulgado há duas semanas, acusou as empresas de inovação de atrasar ou travar a entrada de genéricos interpondo acções judiciais, entre outro tipo de estratégias.
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O relatório destaca Portugal como um “case study” pelo elevado número de processos pendentes nos tribunais ("mais de 70"), e nota que por vezes as acções se arrastam tanto tempo que os fármacos caem, entretanto, no domínio público.
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"Em meados de 2008, o processo de aprovação de preço para 120 genéricos estava suspenso", refere o relatório. Segundo a autoridade nacional do medicamento (Infarmed), há 41 providências cautelares e 54 acções administrativas especiais pendentes.
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"Há muitos equívocos e ruídos" à volta desta questão, lamenta Lobo. "O que se verifica de diferente em Portugal é que os detentores das marcas entendem defender desta forma as suas patentes. E não sei se este fenómeno acontece mais cá porque haverá mais pedidos de entrada de genéricos."
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O presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, Paulo Lilaia, contrapõe que o elevado número de casos se deve ao facto de, ao contrário de outros países na Europa, o processo ficar suspenso enquanto decorre a acção judicial.
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O problema é que este " bloqueio" resulta em elevados custos adicionais para os estados-membros e os contribuintes, acentua a CE. Analisando uma amostra de medicamentos que perderam a exclusividade entre 2000 e 2007 no conjunto dos vários países, a Comissão estima que teria sido possível poupar três mil milhões de euros se os genéricos tivessem entrado mais cedo no mercado.
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Forças de bloqueio?
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O processo de entrada implica duas etapas: primeiro é pedida uma autorização de introdução no mercado (AIM) ao Infarmed (que depende do Ministério da Saúde). Depois, é pedida a definição do preço à DGAE (dependente do Ministério da Economia e da Inovação). O que tem sucedido é que, mal o Infarmed concede as AIM, os laboratórios interpõem providências cautelares. E os genéricos não chegam ao mercado porque a DGAE fica a aguardar a decisão dos tribunais. O problema atingiu tal dimensão que motivou a intervenção do Governo: em Julho de 2007, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, instou, por despacho, a DGAE a fixar o preço dos genéricos após as decisões judiciais. Face a protestos do sector, o despacho foi revogado e Serrasqueiro passou a matéria para a DGAE.
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Mário Lobo acrescenta que foi o Infarmed que decidiu, a partir de meados de 2007, dar sequência a todos os pedidos de AIM, obrigando a direcção-geral a ficar com "a decisão entre mãos". E nota que a maior parte das sentenças dos tribunais já conhecidas vão no sentido da suspensão da AIM, apesar de haver decisões divergentes quanto ao mesmo caso.
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Ao invés, o relatório da CE adianta que, das acções já decididas em tribunal entre 2000 e 2007, mais de 60 por cento foram favoráveis às empresas de genéricos. "A ideia de que as empresas de inovação estão a bloquear por bloquear está errada", defende a fonte da indústria farmacêutica, lamentando "a falta de ética" de empresas de genéricos, que avançam antes de as patentes expirarem.
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E dá o exemplo de várias moléculas para as quais já estão aprovadas AIM, como o valsartan (anti-hipertensor) e o valaciclovir (antiviral), mas cujas patentes só expirarão em 2013 e 2010. (Público)
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Estudo: Aspirina não ajuda a prevenir risco cardíaco em diabéticos

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Um estudo revelou que a toma de uma aspirina por dia não parece ajudar a reduzir o risco de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos de meia-idade.
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O Dr. Hisao Ogawa, da Universidade Kumamoto, no Japão, e colegas revelaram que a aspirina não reduziu significativamente a combinação de eventos coronários fatais e de eventos cerebrovasculares fatais.
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Os investigadores analisaram se a aspirina de baixa dosagem poderia ser benéfica para a prevenção primária de eventos ateroscleróticos, ou seja, o estreitamento ou endurecimento das artérias devido à acumulação de placa, em pacientes com diabetes tipo 2.
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O ensaio conduzido por investigadores japoneses, publicado na “The Journal of the American Medical Association” e apresentado no encontro da Associação Americana do Coração, em Nova Orleães, estudou 2.539 pacientes com diabetes tipo 2 e sem historial de doença aterosclerótica de 163 instituições no Japão, entre Dezembro de 2002 e Abril de 2008.
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De acordo com os investigadores, ocorreram, no total, 154 eventos ateroscleróticos, sendo que 68 foram no grupo da aspirina e 86 no grupo de controlo. Os pacientes, que estavam divididos primeiramente consoante a idade, receberam 81 miligramas ou 100 miligramas de aspirina ou placebo.
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Nos 1.363 pacientes com 65 anos ou mais, sendo que 719 estavam no grupo da aspirina e 644 no grupo de controlo, a incidência de eventos ateroscleróticos foi relativamente mais baixa no grupo da aspirina, com uma incidência de 45 eventos, ou 6,3 por cento, em relação ao grupo de controlo com 59 eventos, ou 9,2 por cento.
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Contudo, nos 1.176 pacientes com menos de 65 anos a diferença de eventos nos dois grupos não foi significativa.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença cardíaca foi responsável pela morte de cerca de 17,5 milhões de pessoas a nível mundial em 2005, correspondendo a 30 por cento de todas as mortes globais. A doença é ainda mais perigosa nos diabéticos, eventualmente matando dois em cada três destes pacientes, de acordo com a Associação Americana de Diabetes.(Farmacia.com.pt)
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Metade das mulheres desenvolve infecções urinárias

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Investigadores norte-americanos afirmam que metade das mulheres desenvolve infecções urinárias ao longo das suas vidas.
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Segundo Philippe Zimmern, urologista norte-americano, estas condições, que embora sejam bastante desconfortáveis, são no entanto fáceis de tratar, e surgem devido a infecções bacterianas no tracto urinário.
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"Algumas mulheres procuram tratamento imediatamente após os primeiros sintomas", afirmou Zimmern. "Os sintomas de infecções urinárias podem incluir vontade em urinar frequentemente ou dor durante urinar, embora existam outros factores, como sentir a zona do abdómen dorida", acrescentou o investigador.
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Zimmern afirma que o diagnóstico e tratamento por parte do médico é importante para assegurar que a infecção é tratada de forma correta e não se espalha para os rins, sendo que os antibióticos são prescritos frequentemente.O investigador salienta ainda a importância de se realizar uma higiene adequada como forma de prevenção para a doença.(Farmacia.com.pt)
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sábado, 29 de novembro de 2008

Análise ao sangue pode detectar cancro do colón

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Investigador israelita desenvolveu um teste ao sangue, simples e barato, para detectar o cancro no cólon.Segundo Nadir Arber, professor de medicina e gastroenterologia na Faculdade de Medicina Tel Aviv University, este teste consegue detectar células de pólipos do cólon (os percursores para o cancro do cólon) no sangue, com um grau elevado de sensividade e eficácia.
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O teste é baseado na pesquisa do oncogene para o cancro colo rectal, um gene codificador de proteína, que quando desregulado participa no início e desenvolvimento do cancro.
-O exame recorre ao facto dos pólipos no cólon emitirem biomarcadores, e que podem ser detectados no sangue em níveis muito reduzidos.
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Estudos recentes demonstraram que este teste pode identificar de forma segura adenomas, os pólipos que se convertem no cancro do cólon, com uma taxa de sucesso superior a 80%.
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Muitos pacientes evitam fazer colonoscopias, não só pelo tipo de exame em si mas também devido ao seu custo, pelo que este exame poderá vir a facilitar a prevenção da doença. (Farmacia.com.pt)
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Gorduras saturadas podem aumentar risco de cancro do intestino delgado

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Um estudo, publicado na edição de 15 de Novembro da “Cancer Research”, demonstrou que as dietas elevadas em gorduras saturadas parecem aumentar o risco de cancro do intestino delgado.
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De acordo com a principal investigadora, a Dra. Amanda J. Cross, do Instituto Nacional do Cancro norte-americano, no Maryland, é importante identificar factores de risco variáveis para o cancro do intestino delgado, não só porque a incidência deste tipo de cancro está a aumentar, mas também pode permitir compreender melhor outras doenças gastrointestinais.
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Descobertas de diversos estudos têm relacionado o consumo de carnes vermelhas e processadas ao cancro do cólon, mas a associação ao cancro do intestino delgado tem recebido relativamente pouca atenção e não tem sido examinada num progressivo estudo prospectivo.
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A equipa de investigação, utilizando dados de um estudo sobre dieta e saúde, examinou associações alimentares ao cancro do intestino delgado em meio milhão de homens e mulheres. Foram utilizados questionários de frequência de consumo de alimentos para estimar a ingestão de carne e gordura e os participantes foram seguidos durante 8 anos.
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Durante o seguimento, 60 pessoas desenvolveram adenocarcinomas e 80 desenvolveram tumores carcinóides gástricos, um tipo raro de cancro do estômago.
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Não foi observada uma associação estatisticamente significativa entre a ingestão de carne vermelha, ou processada, e as doenças do intestino delgado.
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Por outro lado, a ingestão de gorduras saturadas foi associada efectivamente ao desenvolvimento de tumores carcinóides. As pessoas com a ingestão mais elevada de gorduras saturadas tinham um risco 3,18 vezes maior de desenvolver tumores carcinóides, em comparação com as pessoas cuja ingestão era a mais reduzida.
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O intestino delgado compõe 75 por cento do tracto digestivo, contudo, raramente se desenvolvem cancros aí, aparecendo mais frequentemente no intestino grosso ou cólon. (Farmacia.com.pt)
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Saúde 24: "Houve pressões" para assinar carta

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Saúde 24: Abaixo-assinado dos funcionários do atendimento
“Houve pressões” para assinar carta
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Há três semanas que uma carta negando a existência de problemas da Linha de Saúde 24 foi posta a circular junto dos funcionários para que estes se demarcassem das notícias sobre o "caos organizativo" do atendimento e assegurassem que "as condições de trabalho e as relações interpessoais se passam dentro da maior cordialidade e profissionalismo". Alguns profissionais ouvidos pelo CM queixam-se de terem sido objecto de "pressão psicológica" para subscrever o texto divulgado na segunda-feira, depois de a Ordem dos Farmacêuticos desaconselhar a linha.
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De acordo com um comunicado enviado à agência Lusa, 120 dos 300 funcionários dizem que "os comentários sobre a qualidade do serviço não têm qualquer aderência à realidade" e que "as referências às condições de trabalho são grotescas". Mas, ao que o CM apurou, a maioria das assinaturas é do Porto, já que em Lisboa muito poucos se quiseram aliar àquelas declarações. A carta foi posta a circular por um dos três supervisores que ficou de fora das denúncias feitas por oito coordenadores à ministra da Saúde, Ana Jorge.
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O responsável pela empresa gestora LCS, Ramiro Martins, diz que teve conhecimento da carta a meio da tarde de segunda--feira através de e- -mail, mas prefere não comentar nem a posição dos Farmacêuticos, nem este abaixo-assinado. "Os utentes estão satisfeitos e, pelos vistos, os profissionais também", defende.
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Hoje, a comissão parlamentar de Saúde vota a presença do director- -geral da Saúde, Francisco George, para explicar os problemas na linha. A proposta é do próprio PS, depois de na passada semana ter sido o único partido a chumbar a audição de Francisco George, da LCS e da enfermeira suspensa.
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A Ordem dos Enfermeiros continua a acompanhar o caso e vai propor uma reunião conjunta com todos os intervenientes. O vice-presidente, Jacinto Oliveira, admite "que há aspectos susceptíveis de melhoria". (Correio da Manhã)
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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Perda de potássio devido a diuréticos pode aumentar risco de diabetes

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Investigadores norte-americanos revelaram que a queda dos níveis de potássio no sangue provocada por diuréticos, geralmente prescritos para a pressão sanguínea elevada, pode aumentar o risco de diabetes.
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Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, referiram que os diuréticos aceleram a perda de fluidos e também drenam químicos importantes, incluindo o potássio, sendo que as pessoas que os tomam são geralmente aconselhadas a ingerir bananas e outros alimentos ricos em potássio para contrabalançar esse efeito.
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O investigador principal, o Dr. Tariq Shafi, referiu que estudos anteriores têm revelado que, quando os pacientes tomam diuréticos tiazidas, os níveis de potássio baixam e o risco de diabetes aumenta para 50 por cento.
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Os investigadores examinaram dados de 3.790 participantes não diabéticos num ensaio clínico aleatório, conduzido de 1985 a 1991, delineado para determinar os riscos versus os benefícios de administrar uma determinada medicação para a pressão sanguínea elevada a pessoas com 60 anos ou mais.
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Uma metade dos participantes foi tratada com clortalidona e a outra com placebo. No estudo original, os níveis de potássio foram monitorizados como uma precaução de segurança para proteger contra o ritmo cardíaco irregular, um problema que pode resultar dos níveis baixos de potássio.
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Os resultados, publicados online na “Hypertension”, demonstraram que, para cada diminuição de 0,5 miliequivalentes por litro de potássio, existia um aumento de 45 por cento do risco de diabetes. Nenhuma das pessoas do grupo que recebeu placebo desenvolveu níveis baixos de potássio. (Farmacia.com.pt)
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Hidroginástica durante a gravidez ajuda a reduzir dores de parto

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Investigadores brasileiros revelaram que realizar exercícios de hidroginástica durante a gravidez ajuda a diminuir as dores de parto e, assim, também a quantidade necessária de analgésicos durante o parto.
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O estudo, publicado na “Reproductive Health”, incluiu 71 grávidas, tendo metade assistido a três sessões de 50 minutos de hidroginástica por semana durante a gravidez, enquanto a outra metade serviu de grupo de controlo.
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A autora do estudo, a professora Rosa Pereira, da Universidade de Campinas, em São Paulo, referiu que não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na duração do parto ou do tipo de parto entre os dois grupos. Contudo, apenas 27 por cento das mulheres do grupo da hidroginástica pediu analgésicos, em comparação com 65 por cento do grupo de controlo. Isto representa uma redução de 58 por cento dos pedidos.
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Existe alguma discussão relativamente ao facto das mulheres praticarem exercício físico durante a gravidez. A preocupação principal é que o exercício possa interferir com as exigências do feto e da placenta e comprometer o desenvolvimento ou crescimento do feto, ou aumentar o risco de anomalias.
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Os investigadores concluíram que a hidroginástica não apresentava qualquer efeito prejudicial para a saúde cardiovascular das grávidas e também confirmaram o bem-estar dos bebés das mães que praticaram hidroginástica.
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A investigadora referiu que foi demonstrado que a prática regular de exercícios moderados na água, durante a gravidez, não é prejudicial, nem para a saúde da mulher nem do bebé. De facto, a redução dos pedidos de analgésicos sugere que este tipo de exercício pode fazer com que as mulheres fiquem em melhores condições psicológicas e físicas. (Farmacia.com.pt)
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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

É possível reduzir em 95% infectados com sida

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É possível reduzir em 95% infectados com Sida
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Uma despistagem generalizada do vírus da sida e o tratamento imediato com anti-retrovirais de todos os que fossem seropositivos permitiria em dez anos uma redução de 95 % do número de infectados.
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Esta é a conclusão de um estudo de investigadores da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado na edição electrónica da revista médica britânica "The Lancet".
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A equipa de investigadores, chefiada por Reuben Granich, recorreu a modelos informáticos para imaginar o impacto de uma epidemia generalizada entre os heterossexuais num país como a África do Sul, o mais afectado no mundo pela sida.
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Se a estratégia anti-sida que propõem fosse aplicada, o número de pessoas infectadas pelo vírus passaria de 20 por mil para um por mil em dez anos, indica o estudo.
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Cerca de três milhões de pessoas estavam a ser tratadas em todo o mundo com anti-retrovirais em finais de 2007, mas 6,7 milhões não dispunham desse tratamento, sem contar com os 2,7 milhões que foram infectados nesse ano.
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Com a estratégia proposta, "a transmissão poderia ser reduzida a níveis limitados e a epidemia poderia decrescer fortemente até à sua eliminação, quando envelhecessem e morressem as pessoas em tratamento", afirmam os autores do estudo.
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"Só análises voluntárias para todos e o início imediato da terapia anti-retroviral poderia reduzir a transmissão do vírus até ao ponto em que seria admissível a possibilidade da sua eliminação até 2020, no quadro de uma epidemia generalizada", segundo o estudo publicado na revista médica britânica.
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A OMS afirma que a sua publicação se destina a suscitar o debate e não a definir uma política oficial para esta organização da ONU. (Jornal de Negócios)
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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Células do olho regeneraram pela primeira vez constituintes da retina em ratinhos vivos

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Artigo na revista "Proceedings of the Natural Academy of Sciences"
Células do olho regeneraram pela primeira vez constituintes da retina em ratinhos vivos

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A retina do olho é fundamental para a visão: recolhe a luz, decifra a cor e transforma os estímulos luminosos em nervosos para que o cérebro decifre a informação e monte uma imagem. É por isso que quando algo corre mal e este tecido se danifica, por doença ou por ferimento, podemos ficar cegos. Infelizmente a retina dos mamíferos não se regenera se for danificada mas, pela primeira vez, cientistas norte-americanos conseguiram pôr um tipo de células da retina a produzir outras células no olho de ratinhos vivos – uma luz ao fim do túnel para combater certos tipos de cegueira.
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Quando os olhos dos peixes e das aves são feridos, as células de Müller têm um papel importante porque regeneram naturalmente o tecido. “Este tipo de célula existe em todos os vertebrados”, disse em comunicado Thomas A. Reh, último autor do artigo publicado na revista “Proceedings of the Natural Academy of Sciences”. “Por isso a fonte celular da regeneração está presente na retina humana”, acrescentou o biólogo, professor na Universidade de Washington.
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As células de Müller têm normalmente funções de suporte das outras células nervosas que se encontram na retina. Nos peixes, quando este tecido é danificado, estas células começam a dividir-se, tornam-se mais simples e diferenciam-se em outras células nervosas, regenerando a retina. As aves também têm esta capacidade, embora esteja menos desenvolvida. Mas no homem (como em todos os mamíferos), as células deixam de proliferar quando somos bebés, e quando o olho é ferido podem reagir e aumentar de tamanho mas não se dividem nem se transformam em outras.
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Vários grupos já conseguiram estimular estas células a proliferar e a diferenciar-se in vitro, utilizando factores de crescimento que reactivam certos genes que estavam silenciados.Agora, os investigadores da Universidade de Washington conseguiram fazer o mesmo em ratinhos vivos. Os cientistas injectaram nos roedores uma substância para destruir células nervosas da retina e, seguidamente, injectaram factores de crescimento.
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As células de Müller responderam aos estímulos e começaram a dividir-se, transformando-se primeiro em células não especializadas e depois diferenciando-se em células amácrinas – que também existem na retina.
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A maioria das novas células morreram nos primeiros dias, mas algumas duraram um mês. Embora seja normal que uma percentagem das células do sistema nervoso morra quando o tecido se está a desenvolver, os cientistas especulam que as novas células necessitam de “estabelecer ligações com as outras células para sobreviverem”, diz o artigo. Apesar de ainda haver muito pela fente, o feito abre portas para novas terapias de doenças e problemas relacionados com a visão.
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Vinho tinto pode ajudar a proteger contra a Doença de Alzheimer

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Investigadores norte-americanos revelaram que o vinho tinto pode não só ser benéfico para a saúde cardiovascular, mas também ajudar a proteger contra a Doença de Alzheimer.
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Investigadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), em colaboração com a Faculdade de Medicina de Mount Sinai, em Nova Iorque, referiram ter descoberto como o vinho tinto pode reduzir a incidência da Doença Alzheimer.
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O estudo, publicado na “Journal of Biological Chemistry”, demonstrou como componentes que ocorrem naturalmente no vinho tinto, os polifenóis, bloqueiam a formação de proteínas que constroem as placas tóxicas que se pensa que destroem as células no cérebro.
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Adicionalmente, o estudo descobriu que o vinho tinto diminuiu a toxicidade das placas existentes, reduzindo assim a deterioração cognitiva.
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David Teplow, professor de neurologia da UCLA, referiu que o seu laboratório tem estado a estudar a forma como a proteína beta-amilóide está envolvida no desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Os investigadores trataram as proteínas com um composto de polifenol extraído de sementes de uva e monitorizaram como cada uma das duas proteínas se alteravam e se fixavam uma à outra para produzir agregados que matavam as células nervosas.
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Teplow referiu que a sua equipa descobriu que os polifenóis provocam um ataque duplo: bloqueiam a formação de agregados tóxicos das proteínas beta-amilóide e diminuem a toxicidade, quando combinados com a beta-amilóide antes desta ser adicionada às células cerebrais.
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O investigador revelou que o que descobriram é bastante simples, pois se as proteínas beta-amilóide não conseguirem juntar-se, os agregados tóxicos não se podem formar e assim não existe toxicidade. (Farmacia.com.pt)
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Psoríase: Alimentação e estilos de vida saudáveis ajudam a controlar sintomas

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Decorreu no passado dia 8 de Novembro, no Porto, o 4º encontro nacional da PSOPortugal, Associação Portuguesa da Psoríase. A questão da alimentação foi um dos pontos focados, tendo os seus intervenientes chegado à conclusão da sua importância no combate à doença.
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Assim, uma dieta rica em frutas, cereais e óleos vegetais é essencial para o controlo da psoríase, uma doença crónica de pele que afecta cerca de 250 mil Portugueses. Pelo contrário, o consumo de gorduras saturadas (presentes nas carnes vermelhas) e a ingestão de álcool em excesso podem levar à acumulação de toxinas, e consequentemente ao surgimento de crises da doença.
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Estudos previamente desenvolvidos já haviam referido que alimentos como salmão, sardinhas, cenouras e brócolos, ricos em antioxidantes, beta-caroteno, ácido fólico, ómega-3 e zinco, reforçam o sistema imunitário e evitam a acumulação de toxinas, ajudando no controlo efectivo da doença.
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"Na edição deste ano, a PSOPortugal pretendeu alertar para as dificuldades que os doentes têm que ultrapassar diariamente, desde os cuidados com a alimentação até às opções terapêuticas que estão disponíveis em Portugal", afirmou João Cunha, presidente da PSOPortugal.
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Renata Ramalho, nutricionista e professora da Faculdade de Medicina do Porto, expressou igualmente a sua opinião, sublinhando a importância daquilo que ingerimos e no reflexo que acarreta na saúde da nossa pele, daí a alimentação ter uma importância tão grande nos doentes de psoríase. "Apesar de a alimentação ser fundamental para a doença, não se pode assumir a existência de uma dieta milagrosa. Alguns alimentos, em especial peixes gordos e óleos de peixe, naturalmente ricos em ácidos gordos polisaturados, ajudam no alívio dos sintomas", afirmou.
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Relativamente ao tema "Opções de um doente de psoríase: da terapêutica à alimentação", o encontro contou ainda com a participação do dermatologista Osvaldo Correia.Segundo o especialista, em relação aos tratamentos existem actualmente terapêuticas gerais eficazes, que devem ser adequadas a cada caso e que permitem "adormecer" o processo inflamatório, melhorando a qualidade de vida dos doentes de psoríase.
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É assim com o objectivo de ajudar os doentes a viver melhor com a sua doença que a PSOPortugal, Associação Portuguesa da Psoríase, em parceria com a Academia das Emoções, disponibiliza na sua sede em Lisboa consultas de apoio psicoterapêutico para os doentes e seus familiares.
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"Para além das consultas de Psicologia Clínica e Psicologia Educacional, a PSOPortugal terá ainda um departamento de Formação e Consultoria, que vai permitir o desenvolvimento e qualificação científica da investigação psicológica dos doentes, e ateliês de ocupação dos tempos livres", referiu ainda João Cunha, presidente da associação. (Farmacia.com.pt)
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Planta Índigo pode ajudar no tratamento da psoríase

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Um estudo descobriu que a planta Índigo naturalis, uma planta azul escura utilizada na medicina tradicional chinesa, parece ser efectiva no tratamento da psoríase.
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As descobertas, publicadas na última edição da “Archives of Dermatology”, do ensaio clínico que envolveu 42 pacientes que sofriam da doença há, pelo menos, dois anos, revelaram que a Índigo naturalis, na forma de pomada, foi segura e efectiva no tratamento da psoríase.
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Os pacientes aplicaram a pomada à base de Índigo naturalis num lado do corpo e uma pomada placebo, ou seja, sem efeito terapêutico, no outro lado. Os investigadores verificaram a condição dos pacientes no início do tratamento e após duas, quatro, seis, oito, 10 e 12 semanas.
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De acordo com os investigadores, as lesões tratadas com a pomada de Índigo naturalis demonstraram uma melhoria de 81 por cento, tendo as lesões que receberam placebo demonstrado uma melhoria na ordem dos 26 por cento.
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Para 25 dos pacientes, as placas que foram tratadas com Índigo foram reduzidas completamente ou quase completamente. Nenhum dos pacientes do ensaio apresentou efeitos adversos graves, embora alguns tenham experienciado uma ligeira alergia cutânea.
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De acordo com o investigador principal, o Dr. Yin-Ku Lin, do Hospital Memorial Chang Gung, em Taiwan, a actual medicação à base de esteróides pode provocar efeitos secundários como atrofia da pele, mas a Índigo naturalis apresenta muito menos efeitos secundários.
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A Índigo naturalis já é utilizada há muito tempo, externamente ou via ingestão, na China e em Taiwan, para tratar diversas infecções e doenças inflamatórias, tais como papeira, faringite e eczema.
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A utilização sistémica a longo prazo tem sido relacionada com irritação do tracto gastrointestinal e problemas no fígado.
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A psoríase é uma doença crónica da pele, não contagiosa, para a qual ainda não existe cura, embora algumas terapias produzam uma remissão. As lesões têm relevo, são vermelhas, cobertas por escama prateada, e surgem sobretudo nos cotovelos, joelhos, região lombar e couro cabeludo, embora possam afectar qualquer área do corpo, cobrindo, nos casos mais graves, extensas áreas do tronco e membros. (Farmacia.com.pt)
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Homens que tomam aspirina têm níveis mais baixos de PSA

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Investigadores norte-americanos revelaram que a utilização de aspirina e de fármacos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), por parte dos homens, está associada a níveis mais baixos do Antigénio Específico da Próstata (PSA).
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Os investigadores da Universidade Vanderbilt, em Nashville, referiram que a análise incluiu 1.277 participantes que consultaram um urologista para se submeterem a uma biopsia da próstata. Aproximadamente 46 por cento dos homens relataram tomar um anti-inflamatório não esteróide, habitualmente aspirina.
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A equipa de investigadores descobriu, após ajustar algumas variáveis, que têm efeitos independentes no tamanho da próstata e no risco de cancro, como a idade, raça, história de cancro da próstata na família, obesidade, entre outras, que a utilização de aspirina estava significativamente associada a níveis mais baixos de PSA.
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As descobertas revelaram que os níveis de PSA estavam 9 por cento mais baixos nos homens que tomaram aspirina, em comparação com aqueles que não tomaram o fármaco.
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O teste de PSA é utilizado normalmente como método para detectar nos homens a possibilidade de cancro da próstata, sendo que níveis elevados de PSA no sangue sugerem uma maior probabilidade de ter cancro da próstata. Contudo, níveis elevados de PSA também podem significar uma hiperplasia benigna da próstata, um aumento não-cancerígeno da próstata. (Farmacia.com.pt)
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Mulheres obesas sofrem mais com stress

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Investigadores norte-americanos sugerem que as mulheres que têm peso acima da médica passam por situações mais stressantes comparativamente aquelas que têm peso considerado normal.
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O estudo, que foi realizado por uma equipa do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, foi publicado na revista académica Preventive Medicine, analisou 41217 adultos.
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Os resultados demonstraram que as mulheres que têm peso acima da média têm uma probabilidade superior de perder o emprego, ser vítimas de crime, cometer crimes ou enfrentar problemas financeiros.
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De acordo com os investigadores, estas mulheres aparentam sofrer mais, especialmente no trabalho, onde se sentem mais discriminadas do que os colegas do sexo masculino que também têm peso acima da média.
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Os cientistas afirmam que existem alguns factores que podem explicar esta ligação entre o peso e eventos stressantes. A discriminação, por exemplo, pode levar a uma baixa auto-estima, fazendo com que as pessoas afectadas não lutem pelos seus direitos, perdendo hipóteses de serem promovidas.
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O estudo classificou os participantes segundo o seu Índice de Massa Corporal (IMC) em pessoas acima do peso, obesas ou extremamente obesas.
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Quando indivíduos obesos ou extremamente obesos foram avaliados, as probabilidades de surgirem eventos stressantes foram maiores, tanto entre mulheres como nos homens, em comparação com pessoas de peso considerado normal. (Farmacia.com.pt)
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Cancro da mama: Terapia de grupo pode ajudar a melhorar sobrevivência

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Investigadores norte-americanos revelaram que a terapia psicológica de grupo para mulheres com cancro da mama pode ajudar, não só a lidar melhor com a doença, mas também a viver mais tempo.
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A ideia de que este tipo de terapia possa estender a sobrevivência de pacientes com cancro tem sido controversa, nas últimas duas décadas, tendo estudos anteriores revelado resultados contraditórios.
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Os investigadores, liderados pela Dra. Barbara Andersen, da Universidade Estatal do Ohio, estudaram 227 mulheres com cancro da mama, tendo cerca de metade seguido durante um ano terapia em grupos de oito a 12 pacientes, enquanto as restantes não o fizeram.
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Após 11 anos, as mulheres que participaram na terapia de grupo tinham menos 56 por cento probabilidade de morrer de cancro da mama e tinham menos 45 por cento probabilidade do cancro voltar.
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A Dra. Andersen referiu que as sessões de grupo, entre outras coisas, direccionaram-se para a redução das preocupações das mulheres, ensiná-las a relaxar e a melhorar as capacidades de lidar com a situação, a melhorar a dieta alimentar e os hábitos de exercício físico, e para desencorajar o tabaco e as bebidas alcoólicas.
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Os investigadores revelaram, na revista científica “Cancer", que a melhoria da sobrevivência pode dever-se a uma melhor função imunitária devido à redução do stress.
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A psicóloga Lois Friedman, do Centro de Cancro de Ireland, em Cleveland, referiu que existem evidências claras de que tais intervenções psicológicas podem melhorar o humor e a qualidade de vida, ajudar na aderência aos regimes terapêuticos e a melhorar o bem-estar geral.(Farmacia.com.pt)
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Suplemento nutricional pode ajudar idosos a melhorar condição muscular

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Investigadores norte-americanos revelaram que um suplemento nutricional pode ajudar os idosos a prevenir quedas e a manter os níveis de condição física, tornando possível uma vida independente.
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O investigador Jeffrey Stout, da Universidade de Oklahoma, e colegas referiram que a beta-alanina, um suplemento nutricional utilizado por atletas, melhora a resistência muscular nos idosos.
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A beta-alanina é um aminoácido que, juntamente com a histidina, forma o dipéptido carnosina. A carnosina é encontrada no tecido muscular e tem uma contribuição importante na manutenção do pH intracelular, que é vital para o normal funcionamento dos músculos durante exercício intenso. Uma ingestão elevada de beta-alanina aumenta significativamente os níveis de carnosina nos músculos.
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No ensaio aleatório, 26 mulheres e homens idosos receberam, durante 90 dias, suplementos de beta-alanina ou placebo. Os seus níveis de condição física foram testado antes e depois do estudo.
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O estudo, publicado na revista da Sociedade Internacional de Nutrição Desportiva, descobriu que, no grupo que recebeu os suplementos, 67 por cento dos indivíduos demonstraram uma melhoria dos seus níveis de condição física, em comparação com 21,5 por cento das pessoas que receberam placebo. (farmacia.com.pt)
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Alimentos energéticos podem aumentar risco de diabetes

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Investigadores sugerem que dietas ricas em alimentos energéticos, isto é, alimentos que têm como função fornecer energia ao organismo, como carbohidratos ou lípidos, podem aumentar as probabilidades de uma pessoa vir a sofrer de diabetes.
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Segundo um estudo conduzido no Reino Unido, os adultos que consumiam uma dieta rica neste tipo de alimentos apresentavam um risco 60% superior de virem a sofrer de diabetes do tipo 2, comparativamente aos restantes. Esta associação era, no entanto, independente do índice de massa corporal dos intervenientes, bem como da quantidade de calorias e gorduras que eram consumidas, e estilo de vida praticado.
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Relativamente à frequência de alimentação, os dados do estudo revelaram ainda que aqueles que recorriam a uma dieta rica em alimentos energéticos consumiam 2592 calorias a mais diariamente. Este grupo consumia grandes doses de carne processada e doses reduzidas de vegetais e fruta.Em contraste, aqueles com a dieta "menos energética" consumiam cerca de 1539 calorias por dia, com a presença de vegetais, fruta e bebidas sem calorias na sua dieta.
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Durante um estudo de acompanhamento os investigadores notaram que 725 pessoas vieram a desenvolver diabetes do tipo 2, e que aquelas que tinha uma alimentação energética tinham uma probabilidade 60% superior de desenvolver a doença.
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Apesar de ser necessário aprofundar estes estudos, as descobertas vieram sugerir que seria benéfico adoptar um tipo de dieta "menos energética", em combinação com um estilo de vida onde a actividade física está presente, de forma a prevenir o aparecimento da doença.(farmacia.com.pt)
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Níveis baixos de potássio relacionados com pressão sanguínea elevada

Níveis baixos de potássio relacionados com pressão sanguínea elevada
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Investigadores norte-americanos alertaram para o facto de níveis baixos de potássio poderem ser tão relevantes como níveis elevados de sódio como factor de risco de desenvolver pressão sanguínea elevada.
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De acordo com a investigadora principal, a Dra. Susan Hedayati, do Centro Médico Southwestern, da Universidade do Texas, em Dallas, e do Centro Médico de Veteranos de Dallas, tem havido muita publicidade sobre reduzir o sal, ou sódio, na dieta alimentar para baixar a pressão sanguínea, mas não a suficiente sobre aumentar a ingestão de potássio através da alimentação.
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O estudo, apresentado no 41º encontro anual da Sociedade Americana de Nefrologia, em Filadélfia, sugere que os níveis baixos de potássio podem ter uma importante contribuição para a pressão sanguínea elevada, e também identificou um gene que pode influenciar os efeitos do potássio na pressão sanguínea.
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Os investigadores analisaram dados de cerca de 3.300 indivíduos do “Dallas Heart-Study”, tendo os resultados revelado que a quantidade de potássio nas amostras de urina estava fortemente relacionada com a pressão sanguínea.
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Quanto mais baixo o nível de potássio na urina, mais baixa a quantidade de potássio na dieta, consequentemente mais elevada a pressão sanguínea. Este efeito foi ainda mais relevante do que o efeito do sódio na pressão sanguínea, acrescentou a Dra. Hedayati.Os alimentos mais ricos em potássio são os feijões, ervilhas, vegetais de cor verde-escura (espinafres, couve-de-bruxelas, etc), batata, beterraba, cenoura, tomate, banana, melão, laranja, frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs, amendoins, etc), entre outros. (farmacia.com.pt)
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Artérias de crianças obesas são idênticas a adultos de meia idade

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Estudo norte-americano
Artérias de crianças obesas são idênticas a adultos de meia idade

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Uma equipa de investigadores olhou para as placas de gordura acumuladas nas artérias de 70 crianças obesas com uma média de 13 anos. O resultado: São idênticas às de um adulto com 45 anos de idade. Estas crianças correm o risco de sofrer um ataque cardíaco ou um enfarte aos 30 anos, alertam os cientistas.
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O estudo foi coordenado por Geetha Raghuveer, da Universidade de Missouri Kansas City Shool of Medicine e do Children´s Mercy Hospital, e revelado ontem num encontro de especialistas em Nova Orleães. “São conclusões alarmantes”, referiu à Reuters a investigadora principal que quis tentar perceber qual seria a “idade vascular” destas crianças.
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As análises ao colesterol mostraram resultados esperados. Os níveis do LDL (mau colesterol) estavam alto e os de HDL (conhecido como o colesterol bom) estavam baixos. Os exames também revelaram elevadas quantidades de triglicerídeos. Especialmente atentos às artérias carótidas (situadas no pescoço), os investigadores recorreram à ultra-sonografia para avaliar o seu estado geral. Segundo Geetha Raghuveer, o que se concluiu foi que a “idade vascular” destas crianças era três décadas mais velha do que a sua idade cronológica.
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A combinação mais perigosa para eventuais problemas cardíacos será mesmo quando uma criança alia a obesidade aos elevados níveis de triglicerídeos. A autora do estudo acredita, no entanto, que com uma modificação do estilo de vida destas crianças é possível reverter os danos causados nas artérias e recuperá-las. Nalguns casos bastará perder peso, comer bem e fazer exercícios. Noutros poderá ser preciso uma ajuda de fármacos (estatinas) para fazer baixar o colesterol. Ainda assim, há esperança. (Público)
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cancro: Cientistas criam tomate roxo que pode evitar a doença

Cancro: Cientistas criam tomate roxo que pode evitar a doença
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O tomate é rico em antocianina, um antioxidante que também está presente em frutas, como as amoras, e que é conhecido pela sua capacidade de ajudar a desacelerar o crescimento das células cancerígenas.
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Uma equipa de cientistas britânicos resolveu desenvolver tomates roxos ao incorporar genes da planta boca-de-dragão, rica em antocianina. Esta substância acumulava-se nos tomates em níveis mais elevados do que os atingidos anteriormente, provocando na pele e na polpa da fruta uma cor roxa intensa.
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Os investigadores realizaram testes com ratos criados para serem susceptíveis ao cancro, notando que aqueles que tiveram uma dieta complementada com os tomates roxos viviam mais tempo do que os que comeram tomates vermelhos.
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"Este é o primeiro exemplo de um organismo geneticamente modificado com um elemento que realmente oferece um benefício potencial a todos os consumidores", afirmou a investigadora Cathie Martin.
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A equipa de cientistas tem vindo a investigar formas de aumentar os níveis de compostos saudáveis em frutas e legumes mais consumidos, sendo que o próximo passo será o de verificar os resultados deste estudo em humanos. (Farmacia.com.pt)
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Peixe pode ajudar a prevenir problemas renais em diabéticos

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Investigadores britânicos revelaram que, para adultos com diabetes, comer peixe duas vezes por semana pode ajudar a prevenir doença renal, uma das complicações mais graves da diabetes.
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A Dra. Amanda Adler, do Hospital Addenbrooke, em Cambridge, e colegas estudaram as dietas alimentares de mais de 22 mil homens e mulheres de meia-idade ou mais velhos, 517 dos quais tinham diabetes, principalmente de tipo 2.
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Os investigadores descobriram que as pessoas com diabetes que relataram consumir peixe, mais do que uma vez por semana, tinham consideravelmente menos probabilidade de ter proteína na urina, um sinal inicial de doença renal.
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A doença que provoca a existência da proteína albuminúria na urina, denominada macroalbuminúria, pode ser indicadora de danos nos rins e pode aumentar até o risco de ataque cardíaco, segundo a Dra. Adler explicou à Reuters Health.
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Pouco mais de 8 por cento dos pacientes com diabetes tinham macroalbuminúria, em comparação com menos de 1 por cento das pessoas sem diabetes. Por outro lado, 18 por cento dos diabéticos que não comiam peixe regularmente (menos de uma vez por semana) tinham macroalbuminúria, em comparação com apenas 4 por cento dos diabéticos que consumiam peixe mais do que uma vez por semana.
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De acordo com a Dra. Adler, isto sugere que consumir peixe pode prevenir este sinal precoce de problemas renais, que os pacientes com diabetes têm mais probabilidade de desenvolver.
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A investigadora principal, Chee-Tin Christine Lee, referiu à Reuters Health que é possível que os óleos de peixe melhorem os perfis de lípidos no sangue e que reduzam o risco de doença renal. Também é possível que outros componentes do peixe, tais como as proteínas ou os micronutrientes, protejam contra a doença renal em diabéticos. Contudo, é ainda possível que as pessoas que consomem peixe regularmente tenham outros factores de estilo de vida, que não foram possíveis justificar.
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O estudo, publicado na edição de Novembro da "American Journal of Kidney Diseases", não conseguiu responder se um tipo de peixe é melhor do que outro. Contudo, estudos posteriores talvez poderão analisar esta questão. (Farmacia.com.pt)
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Amamentação pode estar relacionada com menor risco de obesidade

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Investigadores norte-americanos sugerem que existem razões comportamentais que explicam por que motivo a amamentação pode ajudar as crianças a evitar a obesidade mais tarde na vida.
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Katherine F. Isselmann, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Temple, em Filadélfia, comparou os hábitos das mães que amamentavam os seus filhos e das mães que davam biberão aos bebés.
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A investigadora também analisou os hábitos alimentares dos filhos em idade pré-escolar.Numa investigação preliminar apresentada no encontro anual da Associação Americana de Saúde Pública, os investigadores questionaram mais de 120 mães para saber se estas amamentaram os seus filhos ou se deram biberão, utilizando leite materno bombeado ou fórmula.
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Os investigadores descobriram que as crianças que tinham sido amamentadas conseguiam determinar mais facilmente quando estavam cheias, enquanto que as crianças alimentadas com leite materno através de biberão tinham menos probabilidade de responder à sensação de estarem cheias na altura da idade pré-escolar. As crianças que respondiam menos à sensação de estarem cheias tinham um maior Índice de Massa Corporal (IMC).
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De acordo com a investigadora, as mães que dão biberão frequentemente focam-se numa determinada quantidade de centilitros por dia ou num horário estabelecido para os bebés comerem. Isto pode levar as mães a confiar mais no biberão do que nas dicas que os bebés dão, tanto quando já estão cheios, como quando ainda têm fome.(Farmacia.com.pt)
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Estilo de vida deve ser adaptado para ajudar a prevenir cancro da mama

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Estilo de vida deve ser adaptado para ajudar a prevenir cancro da mama
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Investigadores norte-americanos revelaram que, para diminuir o risco de cancro da mama, as mulheres devem-se focar numa alimentação saudável, consumo moderado de bebidas alcoólicas e na manutenção de um peso corporal saudável.
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O Dr. Martin Mahoney, do Instituto do Cancro Roswell Park, em Buffalo, e colegas conduziram uma revisão que examinou as estratégias de prevenção do cancro da mama das mulheres norte-americanas de risco médio, tendo revelado que primariamente devem ser abordados os factores de estilo de vida.
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De acordo com o Dr. Mahoney, todas as mulheres caucasianas devem ser aconselhadas a moderar o consumo de álcool, sendo que as mulheres que apresentam um maior risco de desenvolver cancro da mama devem moderar a ingestão de bebidas alcoólicas ou mesmo evitá-las.
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As mulheres devem seguir uma alimentação equilibrada e manter um peso corporal saudável, visto que ganhar mais de nove quilos, durante a idade adulta, tem sido relatado como resultando num aumento do risco de cancro da mama.
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Contudo, não existem evidências de que componentes alimentares específicos possam efectivamente reduzir o risco de cancro da mama.
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Os investigadores referiram ainda que a utilização de farmacoterapia para reduzir o risco de cancro da mama deve ser individualizada a cada paciente, após uma discussão pormenorizada dos riscos e benefícios, como parte de um processo partilhado de tomada de decisão.
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Segundo os autores do estudo, apesar de ser evidente nos últimos anos a diminuição da incidência e da mortalidade do cancro da mama, o impacto social e económico desta doença continua a ser enorme.
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Os resultados foram publicados na "CA: A Cancer Journal for Clinicians".(Farmacia.com.pt)
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