terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ataque cardíaco: os sinais de alerta

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Ataque cardíaco: os sinais de alerta
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A maioria dos portugueses tem dificuldade em identificar sinais e sintomas de um ataque cardíaco, como a dor na zona do peito e no braço, revela um inquérito que será divulgado esta terça-feira, a propósito do Dia Mundial do Coração.
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O estudo sobre "Enfarte agudo do miocárdio - gravidade associada, notoriedade dos factores de risco, reconhecimento dos sinais/sintomas e medidas preventivas" foi realizado pela Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), responsável pelas comemorações do Dia Mundial do Coração, que se assinala domingo.
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A investigação, a que a agência Lusa teve acesso, apurou que "a maioria dos inquiridos (400 indivíduos com idade igual ou superior a 30 anos) tem dificuldade em identificar sinais e sintomas do enfarte agudo do miocárdio".
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"Estes dados vêem comprovar que há ainda muito trabalho por fazer", segundo Luís Negrão, médico assessor da FPC.
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O enfarte agudo de miocárdio ocorre quando a obstrução de uma artéria coronária restringe gravemente ou interrompe o fornecimento de sangue a uma região do coração e tem como sintomas uma dor súbita e intensa na zona do peito e uma dor no braço.
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O inquérito revela ainda que quatro em cada dez portugueses, com idades acima dos 30 anos, continuam a não tomar medidas preventivas para evitar complicações cardiovasculares.
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Quase 30 por cento dos portugueses não efectua exames médicos regulares de prevenção, em particular a população com menos de 50 anos, segundo as conclusões do inquérito.
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A investigação apurou que "dois dos principais factores de risco cardiovascular - o mau colesterol e a hipertensão - ainda não são tidos como tal junto da esmagadora maioria de portugueses acima dos 30 anos".
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Entre os inquiridos que conhece ou já ouviu falar de enfarte agudo do miocárdio, quase metade não associa a alimentação rica em gorduras, o tabagismo ou a ausência de exercício físico regular a comportamentos de risco que podem ter consequências a prazo no desenvolvimento de doenças cardíacas.
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De acordo com este inquérito, a maioria dos portugueses (cerca de 57 por cento) tem a percepção de que as doenças cardíacas são a principal causa de morte em Portugal, 96 por cento já ouviu falar do enfarte do miocárdio e cerca de 53 por cento já contactou ou conhece pessoas afectadas por um enfarte do miocárdio.
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Dos que conhecem a doença, metade não receia vir a sofrer um enfarte e aponta como principais factores de risco a alimentação rica em gorduras, tabagismo e ausência de exercício físico regular. -
Os indivíduos que afirmaram conhecer os aspectos da doença identificam a dor súbita ou intensa na zona do peito e a dor no braço como principais sintomas da doença. Do total deste grupo, 38 por cento assume não tomar medidas preventivas para evitar males maiores.
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Entre os seis em cada dez portugueses com mais de 30 anos que fazem uma prevenção no dia-a-dia, as medidas chave de prevenção cardiovascular passam pela prática de exercício físico regular e hábitos alimentares.
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Para o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Carrageta, "as doenças cardiovasculares são largamente evitáveis através de um estilo de vida saudável, que inclua uma vida activa, uma alimentação saudável e um ambiente livre do tabaco."
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As doenças cardiovasculares e os ataques cardíacos são responsáveis por 17,5 milhões de óbitos em todo o mundo, mais que a soma do número de mortes causadas por HIV/Sida, tuberculose, malária e diabetes, todas as formas de cancro e de doenças respiratórias crónicas.
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O Dia Mundial do Coração tem este ano o lema "Sabe qual o seu risco?". A efeméride é assinalada em mais de cem países, incluindo Portugal, onde as câmaras municipais aderentes irão desenvolver várias iniciativas durante a manhã de domingo.
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Rastreios, caminhadas organizadas, corridas, sessões de ginástica, fóruns científicos, concertos e torneios de desporto são algumas das iniciativas previstas. (Jornal de Notícias)
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1 comentário:

Paula Pereira disse...

Olá Filomena
vim espreitar as novidades.
Beijos

Paula