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Causas e tratamento da incontinência urinária
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Como o envelhecimento e a diminuição do número de células do organismo, o corpo passa a perder água e potássio, assim como a massa dos tecidos e dos órgãos internos, como rins, fígado e músculos.
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Essas modificações provocam alterações funcionais nos órgãos e, no caso particularmente dos rins, pode-se iniciar um quadro de insuficiência, com incontinência urinária.
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A Sociedade Internacional de Incontinência define a incontinência urinária como a condição na qual a perda involuntária de urina pode acarretar problemas físicos, psicológicos e de mal-estar. Segundo dados da Sociedade, a prevalência da doença na população idosa varia de 8 a 34%.
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Como o problema pode ser transitório ou permanente, é preciso que um médico especialista realize uma investigação cuidadosa que contemple o histórico do paciente e o seu diário miccional, antes de qualquer sugestão de tratamento.
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A incontinência transitória não é provocada pelo envelhecimento, mas geralmente por fatores externos, como infecções, constipação intestinal, dificuldade de locomoção ou ainda por evento adverso de alguns medicamentos, como é o caso de certos sedativos e hipnóticos. Nestes casos, costuma cessar ou melhorar após o controle do seu fator desencadeante.
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A incontinência urinária permanente é diagnosticada quando os possíveis fatores externos desencadeantes são excluídos e quando ela persiste por mais de três meses. Em pacientes com mais de 50 anos é freqüente também a chamada nocturia, em que o idoso levanta-se mais de uma vez à noite para urinar. O tratamento varia de acordo com a natureza do problema e depende de uma análise minuciosa do paciente.
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Em geral, o tratamento exige apenas a instituição de medidas simples de hábitos e a inserção de atividades de fisioterapia para incontinência urinária - que varia de acordo com o nível do problema e consiste basicamente no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico e na reeducação do funcionamento da bexiga. "Os recursos mais utilizados nesta prática são a cinesioterapia; os exercícios de Kegel; a eletroestimulação com uso de sondas; os exercícios proprioceptivos, com uso de cones e o calendário miccional (treino da bexiga).
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"O tratamento é simples, indolor e eficaz.", de acordo com Marilia Fazio, fisioterapeuta da Clínica Tangguh.
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A terapia medicamentosa também é controlada e ajustada de acordo com as necessidades de cada paciente. Alguns remédios são utilizados para relaxar a bexiga, como os a base de propantelina, de imipramina, de hiosciamina, de oxibutinina e de diciclomina. Em alguns casos é necessário utilizar medicamentos que apresentam o efeito inverso, aumentando a contração vesical.
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Com as devidas orientações e o tratamento medicamentoso é possível uma melhora de 30% da incontinência urinaria.
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Em casos mais severos, quando o problema está associado à prolapso genital ou quando não há melhora após tratamento fisioterápico e/ou medicamentoso, o tratamento cirúrgico é necessário. Atualmente, existem várias técnicas eficientes e que se ajustam às diferentes situações.
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Nos casos em que não é possível controlar a incontinência urinária com tratamentos específicos, absorventes e roupas íntimas especialmente projetadas para incontinência urinária podem proteger a pele, permitindo que os indivíduos permaneçam secos, confortáveis e socialmente ativos.
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A incontinência urinária é vista muitas vezes como um processo natural do envelhecimento. Porém, com as melhorias dos indicadores de saúde, o aumento da expectativa de vida, assim como o avanço da medicina, é possível tratar as doenças do idoso de forma a melhorar sua qualidade de vida. (
remediocerto.com.br)
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