segunda-feira, 27 de setembro de 2010

À procura de um botão para travar o cancro

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Investigadores criaram uma molécula capaz de enganar as células cancerígenas em ratinhos
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Para já, é apenas uma experiência com ratinhos, mas os cientistas acreditam que a capacidade de ligar e desligar os genes associados ao cancro é um caminho a seguir na procura de novas terapias. Num artigo publicado na última edição da "Nature", uma equipa de investigadores dos EUA e Inglaterra revela ter conseguido desenvolver uma molécula capaz de enganar as células cancerígenas desligando os seus comandos genéticos.
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A investigação focou-se num carcinoma raro associado ao gene BRD4-NUT e até aqui sem nenhuma terapia eficaz. A molécula JQ1 foi testada em ratinhos doentes, conseguindo eliminar por completo o cancro. James Bradner, um dos autores do estudo do Instituto do Cancro Dana-Farber, explica num comunicado da instituição que a actividade desta molécula é surpreendente: "Todos os os ratinhos que receberam a JQ1 sobreviveram. Os que não a receberam morreram", resume. Ainda assim, sublinha, não está em causa para já utilizá-la em medicamentos para seres humanos. A ideia é continuar a perceber como interferir com a biologia deste cancro e testar moléculas semelhantes em futuras terapias. "Nos últimos anos tornou-se claro que ser capaz de controlar a actividade dos genes no cancro - manipular que genes estão ligados e desligados - pode ter um grande impacto na doença. Se se puder desligar os genes que provocam o crescimento das células cancerígenas e ligar os que desenvolvem os tecidos, a célula cancerígena pode tornar-se uma célula normal", sublinha Bradner. Marta F. Reis
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terça-feira, 30 de março de 2010

Sexo oral pode aumentar risco de cancro orofaríngeo

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Sexo oral pode aumentar risco de cancro orofaríngeo
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A prática do sexo oral pode aumentar o risco de tumores na boca e na faringe. Investigadores acreditam que o aumento da prática de sexo oral, aliado ao vírus do papiloma humano (HPV), está na base do crescimento dos casos de tumores orofaríngeos, sobretudo.
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O artigo dos investigadores, publicado na revista British Medical Journal, diz que um tipo de carcinoma – o mais comum na cabeça e no pescoço – está relacionado com o HPV e apontam o sexo oral como o meio mais provável de contágio.
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Os números dizem que há uma diminuição dos tumores na zona da cabeça e pescoço, com a excepção dos causados pelos carcinomas espinocelular cujo “nível cresceu de modo importante, especialmente no mundo desenvolvido,” afirmam os investigadores.
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Entre 1966 e 2006, este tipo de tumores aumentou 20% nos Estados Unidos e no Reino Unidos 55% de 1989 a 2006.
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Segundo os investigadores, este tipo de tumor pode ser considerado diferenciado por ser mais fácil de diagnosticar – pela relação com o HPV – e tem maior probabilidades de sobrevivência do que os tumores não relacionados com o HPV.
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Todos os anos há 640 mil novos casos deste tipo de cancro.
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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Moléculas travam avanços da SIDA

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Novo estudo de investigadores do Hospital Clínico de Barcelona
Moléculas travam avanços da sida
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Investigadores do Hospital Clínico de Barcelona comprovaram que algumas moléculas (alfa-defensivas 1-3), segregadas de forma naturalmente pelo organismo humano, possuem a capacidade de controlar a progressão do vírus da sida, sem que o paciente necessite ser submetido a terapia retroviral.
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Josep Maria Gatell, chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Clínico, explicou que cerca de cinco por cento das pessoas infectadas com o Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) conseguem controlar por si sós a doença, ou seja, o próprio organismo cria defesas próprias. O estudo, publicado agora na revista ‘PLoS ONE’, mostra que as células dendríticas de alguns pacientes produzem moléculas alfa-defensivas em níveis superiores ao normal.
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Esta descoberta abre um novo caminho para a investigação terapêutica de controlo da sida.
“Se conseguirmos estimular a segregação destas moléculas, poderemos fazer com que o paciente mantenha a doença controlada”, afirmou Gatell, acrecentando, no entanto, que actualmente “não são ainda conhecidas formas para estimular esta segregação, mas a investigação irá continuar”.
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Para a realização do estudo, a equipa de investigadores analisou as células dendítricas de pessoas sãs, pacientes que conseguem controlar a doença por si próprios e outros que necessitam de tratamento anti-retroviral para travar os avanços da infecção, ao longo de um período de três anos.
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Em Espanha foram detectadas 250 pessoas infectadas pelo HIV que conseguem controlar o vírus por si próprias, denominadas pelos cientistas como ‘Controladores de Elite’, sendo o principal objectivo da investigação converter todos os infectados para que constem neste grupo.
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Homens infelizes sofrem mais AVC

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Pesquisa desenvolvida por investigadores americanos
Homens infelizes sofrem mais AVC
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Um estudo norte-americano concluiu que os homens solteiros ou infelizes com o casamento têm uma maior probabilidade de sofrer um derrame cerebral, um AVC.
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As conclusões do estudo foram apresentadas na passada quarta-feira numa conferência internacional organizada pela Associação Americana de Derrames Cerebrais.
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Os investigadores avaliaram informações recolhidas a mais de 10 mil homens há 50 anos atrás sobre doenças cardiovasculares, cruzaram-nas com dados mais recentes e concluíram que o risco de sofrer um AVC aumenta em 64 por cento nos solteiros e nos homens casados que se dizem infelizes com o matrimónio, segundo o site ‘G1’.
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Radiações dos telemóveis não preocupam

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Garante especialista em campos electromagnéticos
Radiações dos telemóveis não preocupam
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Os portugueses temem as radiações electromagnéticas, como as dos telemóveis, devido à associação que fazem à palavra "nuclear", mas não há motivo para preocupações, até porque os níveis registados em vários locais estão dentro das recomendações internacionais.
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A garantia é de Luís Correia, responsável pela coordenação do projecto monIT, desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores do I. S. Técnico, em parceria com o Instituto das Telecomunicações. O projecto avalia as radiações das comunicações móveis e disponibiliza os resultados de medidas efectuadas em locais públicos. Os telemóveis, explicou, "são uma tecnologia relativamente nova do ponto de vista social e ninguém consegue ver as radiações electromagnéticas", mas estas radiações e as radiações nucleares "são muito diferentes" relativamente aos efeitos no corpo humano e na maneira como são geradas.
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Falta de limpeza celular

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Sobrecarga: Casos de doenças genéticas raras devem aumentar até 20%
Falta de limpeza celular
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Uma pequena vesícula, o lisosoma, é responsável pelo processo de ‘limpeza’ das células. Quando, por falta ou deficiência de uma enzima, o lisosoma funciona mal, as moléculas que, pelo seu tamanho, não podem ser reutilizadas nem expelidas acumulam-se, tornam-se tóxicas e prejudicam o funcionamento de sistemas e órgãos.
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É o que acontece a quem sofre de algumas das 50 Doenças Lisosomais de Sobrecarga (DLS), que afectam 600 portugueses. Mercê da melhoria ao nível do diagnóstico, este número deve aumentar entre 10 a 20 por cento nos próximos anos, estima a Associação Portuguesa das Doenças do Lisosoma (APL).
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O exame pré-natal, principalmente no caso das grávidas que têm familiares com patologias hereditárias, e biópsia de Corion, para detectar alterações cromossómicas no feto, são os métodos mais eficazes para a detecção atempada das DLS, bem como o vulgarmente chamado teste do pezinho. "Sendo progressivas, estas doenças devem ser precocemente detectadas para que o tratamento, quando existe, seja administrado com a maior brevidade possível", considera Clara Sá de Miranda, directora do Departamento do Lisosoma e Peroxisoma do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto .
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Em Portugal foram identificadas até ao momento 27 DLS, embora só exista tratamento para seis: doenças de Fabry, Gaucher, Pompe, Maroteaux-Lamy, Hurler e Hunter. O tratamento passa pela substituição enzimática e, mais raramente, pelo transplante de medula.
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Um erro na estrutura genética ou um gene defeituoso no organismo está na base da insuficiência metabólica associada às DLS. Das 50 conhecidas, 47 são herdadas por cromossomas não sexuais. Apenas três, Fabry, Danon e Hunter, são ligadas ao sexo, ou seja, têm origem num dos chamados cromossomas sexuais – o cromossoma X. Os pais passam as doenças às filhas e as mães tanto podem passá-las aos filhos como às filhas.
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Ter dois filhos faz bem ao coração

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Estudo analisou 1,3 milhões de mulheres
Ter dois filhos faz bem ao coração
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A saúde cardiovascular nas mulheres está relacionada com o número de filhos. A conclusão é de um estudo divulgado pelo ‘American Heart Journal', que refere que ter dois filhos é bom para o coração.
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A análise, realizada na Suécia, concluiu que de um total de 1,3 milhões de mulheres que tinham mais de 50 anos, as que tinham dois filhos apresentavam menos problemas cardíacos. Além disso, as que não tiveram bebés ou apenas um apresentavam dez por cento de mais possibilidades de virem a sofrer do coração ou de enfartes.
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Mas se se pensa que quantidade quer dizer qualidade, a mesma análise, que impressionou os especialistas pela dimensão considerável da amostra, refere que as mulheres com quatro filhos aumentavam os riscos cardíacos até 30 por cento. No caso das mães com cinco ou mais crianças a percentagem chega a subir até aos 60%.
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Os investigadores consideram então que a gravidez pressupõe fluxos sanguíneos importantes para a mulher.
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Infarmed suspende venda de medicamento para emagrecimento

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Substância sibutramina aumenta risco de problemas cardíacos
Infarmed suspende venda de medicamento para emagrecimento
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A Autoridade Nacional do Medicamento, o Infarmed, emitiu ontem uma nota onde recomenda a suspensão da venda de todos os medicamentos que contenham sibutramina. A substância está presente em medicamentos para tratamento de problemas de peso e, segundo a Agência Europeia do Medicamento, “aumenta o risco de eventos cardiovasculares graves”.
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Em Portugal, no ano passado foram vendidas pelos armazenistas às farmácias mais de 180 mil embalagens de medicamentos com esta substância e em 2008 mais de 195 mil, o que corresponde a um volume de vendas de 7,5 milhões de euros em cada ano, de acordo com dados fornecidos ao PÚBLICO pela consultora IMS Health. A sibutramina está presente em vários medicamentos autorizados em Portugal como o Reductil, o Zelium e em várias versões genéricas. Só pode ser vendida com receita médica e não é comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde, sendo que uma embalagem com 56 comprimidos custa mais de 80 euros.
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Em Dezembro a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) tinha anunciado que iria rever a segurança do produto. Agora, o Comité de Medicamentos para o Uso Humano (CHMP) diz que os estudos concluídos indicam que “os riscos destes medicamentos são mais elevados do que os benefícios”, pelo que recomenda a suspensão das Autorizações de Introdução no Mercado deste medicamento em todos os países da UE. Uma recomendação que já foi enviada para a Comissão Europeia que deverá adoptar em breve uma decisão sobre o assunto e que será vinculativa para todos os Estados-membros.
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O estudo que levou a estas conclusões foi feito ao longo de seis anos e envolveu dez mil doentes e tinha como objectivo avaliar o impacto cardiovascular desta substância em doentes com excesso de peso ou obesidade e com factores de alto risco para doenças cardíacas. “O CHMP concluiu deste modo que os benefícios da sibutramina enquanto parte integrante de um programa de perda de peso não suplantam os seus riscos cardiovasculares”, que podem ir de palpitações e taquicardias até enfartes e acidentes vasculares cerebrais.
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Segundo o comunicado do Infarmed que dá conta da decisão da EMEA, “os medicamentos com sibutramina estão autorizados na Europa desde 1999 e são utilizados no tratamento da obesidade como auxiliar na perda de peso. Juntamente com uma dieta controlada e exercício físico, estão indicados em doentes obesos ou com excesso de peso que apresentem simultaneamente outros factores de risco, como diabetes tipo 2 ou dislipidemia”.
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Agora, a autoridade nacional recomenda aos médicos que deixem de prescrever esta molécula e pede às farmácias que deixem de a vender. Aos doentes que já estão a tomar sibutramina, o Infarmed aconselha que marquem uma consulta com o médico para escolher uma solução alternativa e explica que podem, se assim entenderem, suspender já a toma do medicamento.
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Medicamentos: 6% dos portugueses já compraram online

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A Autoridade Nacional do Medicamento adiantou que 6% dos cibernautas em Portugal já recorreram à compra de medicamentos através da internet. No entanto, alguns destes mesmos medicamentos podem ser responsáveis por graves problemas de saúde e até mesmo a morte.
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Aproximadamente 46% dos utilizadores de medicamentos comprados online destinam-se ao emagrecimento, e 16,7% são anti-depressivos, revelou uma sondagem realizada em Portugal e divulgada pelo Infarmed.
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Cerca de 15% dos inquiridos compram medicamentos que visam o aumento da massa muscular, 6,2% para a impotência sexual e 4,2% para doenças oncológias, revela a sondagem.
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O presidente do Infarmed acrescentou ainda que legislação de países europeus não contempla o crime de contrafacção de medicamentos, mas tal crime consta no Código Penal português, sendo assim um acto punido por lei. (farmacia.com.pt)
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Exposição prolongada ao sol pode provocar cataratas

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A exposição prolongada aos raios ultravioleta do sol pode provocar danos severos na visão, entre eles as cataratas. Segundo especialistas, a radiação ultravioleta provoca alterações oxidativas nas células epiteliais do cristalino, a lente natural do olho.
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Alterações climáticas, com ondas de calor excessivo em algumas regiões do planeta, aumentam ainda mais os riscos para a saúde. Uma equipa de investigadores constatou recentemente que na Bolívia já existem radiações UV superiores ao que é considerado seguro, ou seja, o nível máximo 16.
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Em termos de prevenção recomenda-se a utilização de óculos escuros com capacidade de filtrar os raios UVA e UVB, alertando-se ainda para o facto da utilização de óculos de má qualidade que podem prejudicar ainda mais os olhos.
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É imprescindível procurar um oftalmologista diante de qualquer alteração ocular, colocando de parte a automedicação, alertam os especialistas.
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“Para pessoas que já desenvolveram a doença é importante destacar que ela tem tratamento, sempre cirúrgico, com possibilidade de restabelecimento total da visão”, acrescentaram.(farmacia.com.pt)
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Comer um tomate por dia diminui o colesterol

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Segundo um estudo realizado por uma equipa da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, o consumo diário de tomate apresenta vários benefícios para a saúde, nomeadamente na diminuição de colesterol, triglicéridos e ácido úrico.
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As alunas do Instituto Politécnico de Saúde do Norte ingeriram, durante o período de um mês, um tomate por dia, tendo os resultados apresentado níveis reduzidos de triglicéridos e colesterol, apresentando ainda uma correlação proporcional com a diminuição de peso.
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Face aos resultados, o estudo deverá ser agora alargado a nível nacional para que se comprovem estes benefícios.

Uma em cada cinco mulheres tem infecção por HPV

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Uma em cada cinco mulheres em Portugal com idade compreendida entre os 18 e os 64 anos tem infecção por Papilomavírus Humano (HPV), responsável pelo cancro do colo do útero, segundo foi revelado pelo primeiro estudo nacional epidemiológico sobre a prevalência da infecção no país.
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Segundo a investigação do Grupo de Estudo Cleopatre, que desenvolveu o trabalho em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (INSA), a prevalência global da infecção foi de 19,4%, sendo que 14,8% das mulheres apresentou infecções por HPV de alto risco.
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Os resultados do estudo demonstraram que as mulheres com idades entre os 20 e os 24 anos eram mais afectadas pelas infecções por HPV, com uma prevalência de 28,8% nesta faixa etária.(farmacia.com.pt)
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Investigadores procuram novos fármacos para combater obesidade e diabetes

Projecto chama-se Diomed e já começou
Investigadores procuram novos fármacos para combater obesidade e diabetes

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Projecto internacional, com a participação de duas instituições portuguesas, vai testar uma "biblioteca" de 1200 compostos químicos em três alvos terapêuticos importantes no combate à obesidade e diabetes.
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O ponto de partida é 1200 moléculas, três proteínas que estão relacionadas com a regulação metabólica e energética das células, mais de um milhão de euros de financiamento e seis instituições dos três países do Sul da Europa (Portugal, Espanha e França). A meta é encontrar, até meados de 2011, alguns compostos que provem ser eficazes nos alvos terapêuticos estudados e "entregar" o conhecimento à indústria biomédica, que poderá desenvolver estes "pré-fármacos" até ao ponto de servirem no combate contra a obesidade e a diabetes.
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O consórcio europeu chama-se Diomed (Diabetes, Obesidade e Medicina) e envolve duas instituições portuguesas, o IBMC (Instituto de Biologia Molecular e Celular) e o Biocant, que já estão a trabalhar desde meados de 2009, apoiados na sua "fatia do bolo" de um quarto de milhão de euros do financiamento garantido pelo Programa de Cooperação Territorial do Sudoeste Europeu (Sudoe). "A parte portuguesa consiste em produzir os alvos terapêuticos e fazer uma primeira análise sobre os efeitos dos compostos que temos nestes alvos. Vamos obter a estrutura tridimensional recorrendo a cristalografia de raios X e perceber quais são as moléculas que se encaixam na estrutura", explica Sandra Macedo Ribeiro, investigadora do IBMC que coordena a participação de Portugal no Diomed.
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A "biblioteca " de 1200 compostos que nunca foram testados na obesidade e diabetes foi fornecida por um instituto de investigação da Universidade de Santiago de Compostela, Por outro lado, os alvos terapêuticos (as três moléculas Mitufusine-2, Dor e Vat), que já se sabe que estão envolvidos nestas doenças foram obtidos com a participação de instituições espanholas e francesas. O estudo vai envolver ainda uma fase experimental que recorrerá a modelos animais (ratinhos) e cultura de células e que será levada a cabo em Espanha e França. "Deste conjunto de moléculas deveremos chegar a alguns que terão um efeito na obesidade e diabetes", explica Sandra Macedo Ribeiro, adiantando que as expectativas apontam para a identificação de pelo menos três pré-fármacos, um para cada alvo.
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O resultado de todo este trabalho dos investigadores será entregue à indústria biomédica, que poderá, se assim o entender, avançar para ensaios clínicos e tentar desenvolver os fármacos. "O que vamos oferecer são os primeiros moldes, chamados pré-fármacos, que a indústria depois poderá explorar", reforça Sandra Macedo Ribeiro. "Este projecto tem potencial para ser um exemplo do retorno que se pode esperar da Ciência", sublinha a investigadora no comunicado divulgado ontem, avisando que "é sempre necessário o envolvimento de empresas para garantir uma eficaz transferência de tecnologia, através da qual se pode sentir o impacto das descobertas".(Público)
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sábado, 16 de janeiro de 2010

A Pílula do Dia Seguinte

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A Pílula do Dia Seguinte
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Utilizado há quase 10 anos como contracepção de emergência, a popularmente chamada "pílula do dia seguinte", é um método alternativo para a interrupção de uma possível gravidez, que vem sendo cada vez mais divulgado e utilizado nos dias atuais.
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Mas a Organização Mundial da Saúde faz um alerta para o aumento do uso do método fora das indicações para o qual é recomendado, ou seja, situações de emergência em que se configura a necessidade de interrupção de concepção motivada por sexo sem proteção.
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A pílula do dia seguinte é um medicamento a base de hormônios que dificulta o acesso do espermatozóide ao óvulo e impede a sua fecundação. Existem dois tipos disponíveis no mercado: uma cartela com um comprimido de dose única com 1,5MG de concentração e outra com dois comprimidos de 0,75MG cada. Ambos contêm como principio ativo o hormônio levonorgestrel.
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Para que o medicamento faça efeito, é preciso ser ingerido até 24 horas após a relação sexual, com eficácia entre 94% e 97%. Quando ingerido entre 24 e 48 horas após o ato sexual, a eficácia passa a ser de 85%, e depois desse período, menos de 60%.
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Caso o embrião já esteja instalado, a pílula não fará efeito, o que configura que o medicamento não tem efeito abortivo. Portanto, quando mais cedo o medicamento for administrado, maior será a proteção.
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Pelos motivos já comentados, a pílula não pode ser utilizada de forma continua, no máximo, uma vez no período de um mês. Isto porque a alta concentração de hormônio pode provocar efeitos colaterais. Para se ter uma idéia, apenas um comprimido de 1,5MG representa quase meia cartela de uma pílula de baixa dosagem utilizada como método contraceptivo tradicional.
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Dentre os efeitos colaterais da pílula, o mais freqüente é desregular o ciclo menstrual, assim como um pequeno sangramento nos dias seguintes ao seu uso. Náuseas e vômitos são sintomas também relatados por algumas mulheres, assim como dores de cabeça, porém, com menos freqüência.
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É importante salientar que caso ocorra algum episódio de vomito 12 horas após tomar o medicamento é necessário repetir a dose, pois parte dele pode ter sido eliminada e comprometer sua eficácia. Fora esses desconfortos passageiros, a carga ocasional de hormônios não traz grandes problemas, desde que respeitadas as indicações de uso.
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Não existem contra indicações ao uso da pílula do dia seguinte, mas o ideal é que seu uso seja feito sempre sob prescrição médica e com cautela.
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Vale lembrar que o medicamento não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis. Da mesma forma, não é o método a ser utilizado rotineiramente para se evitar a gravidez.
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Seja consciente: não ponha a sua saúde e a do seu parceiro em risco.(remediocerto.com.br)
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Causas e tratamento da incontinência urinária

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Causas e tratamento da incontinência urinária
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Como o envelhecimento e a diminuição do número de células do organismo, o corpo passa a perder água e potássio, assim como a massa dos tecidos e dos órgãos internos, como rins, fígado e músculos.
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Essas modificações provocam alterações funcionais nos órgãos e, no caso particularmente dos rins, pode-se iniciar um quadro de insuficiência, com incontinência urinária.
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A Sociedade Internacional de Incontinência define a incontinência urinária como a condição na qual a perda involuntária de urina pode acarretar problemas físicos, psicológicos e de mal-estar. Segundo dados da Sociedade, a prevalência da doença na população idosa varia de 8 a 34%.
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Como o problema pode ser transitório ou permanente, é preciso que um médico especialista realize uma investigação cuidadosa que contemple o histórico do paciente e o seu diário miccional, antes de qualquer sugestão de tratamento.
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A incontinência transitória não é provocada pelo envelhecimento, mas geralmente por fatores externos, como infecções, constipação intestinal, dificuldade de locomoção ou ainda por evento adverso de alguns medicamentos, como é o caso de certos sedativos e hipnóticos. Nestes casos, costuma cessar ou melhorar após o controle do seu fator desencadeante.
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A incontinência urinária permanente é diagnosticada quando os possíveis fatores externos desencadeantes são excluídos e quando ela persiste por mais de três meses. Em pacientes com mais de 50 anos é freqüente também a chamada nocturia, em que o idoso levanta-se mais de uma vez à noite para urinar. O tratamento varia de acordo com a natureza do problema e depende de uma análise minuciosa do paciente.
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Em geral, o tratamento exige apenas a instituição de medidas simples de hábitos e a inserção de atividades de fisioterapia para incontinência urinária - que varia de acordo com o nível do problema e consiste basicamente no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico e na reeducação do funcionamento da bexiga. "Os recursos mais utilizados nesta prática são a cinesioterapia; os exercícios de Kegel; a eletroestimulação com uso de sondas; os exercícios proprioceptivos, com uso de cones e o calendário miccional (treino da bexiga).
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"O tratamento é simples, indolor e eficaz.", de acordo com Marilia Fazio, fisioterapeuta da Clínica Tangguh.
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A terapia medicamentosa também é controlada e ajustada de acordo com as necessidades de cada paciente. Alguns remédios são utilizados para relaxar a bexiga, como os a base de propantelina, de imipramina, de hiosciamina, de oxibutinina e de diciclomina. Em alguns casos é necessário utilizar medicamentos que apresentam o efeito inverso, aumentando a contração vesical.
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Com as devidas orientações e o tratamento medicamentoso é possível uma melhora de 30% da incontinência urinaria.
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Em casos mais severos, quando o problema está associado à prolapso genital ou quando não há melhora após tratamento fisioterápico e/ou medicamentoso, o tratamento cirúrgico é necessário. Atualmente, existem várias técnicas eficientes e que se ajustam às diferentes situações.
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Nos casos em que não é possível controlar a incontinência urinária com tratamentos específicos, absorventes e roupas íntimas especialmente projetadas para incontinência urinária podem proteger a pele, permitindo que os indivíduos permaneçam secos, confortáveis e socialmente ativos.
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A incontinência urinária é vista muitas vezes como um processo natural do envelhecimento. Porém, com as melhorias dos indicadores de saúde, o aumento da expectativa de vida, assim como o avanço da medicina, é possível tratar as doenças do idoso de forma a melhorar sua qualidade de vida. (remediocerto.com.br)
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Enxaqueca: como diagnosticar e tratar

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Enxaqueca: como diagnosticar e tratar
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A dor de cabeça ou cefaléia é uma queixa muito comum da população, tanto que dificilmente iremos encontrar um indivíduo que nunca tenha apresentado o problema.
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Ela atinge cerca de 1/5 da população mundial, sendo mais freqüente nas mulheres, com idade entre 20 e 45 anos.
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Em alguns casos as crises dolorosas se tornam intensas, sendo denominadas de enxaqueca.
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A enxaqueca geralmente apresenta dor unilateral, pulsátil ou latejante, associada com náuseas e vômitos, sensibilidade à luz e ao som. Sua intensidade pode prejudicar as atividades diárias, podendo ter o seu quadro piorado na realização destas.
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Algumas pessoas apresentam ainda sintomas visuais, como luzes piscando, manchas e visão borrada, que antecedem a enxaqueca.
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A enxaqueca pode ser desencadeada por diversos fatores, que variam de pessoa para pessoa.
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Dentre eles pode estar a má qualidade do sono (falta ou excesso), má alimentação, estresse, mudança climática, excesso ou abstinência de cafeína, fatores genéticos ou mesmo doenças mais graves, como tumores. O uso constante de analgésicos para cefaléia sem orientação também pode desencadear a enxaqueca crônica diária.
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A enxaqueca é uma doença que não tem cura, no entanto o tratamento pode controlar sua freqüência e aliviar os sintomas. O padrão das crises muda ao longo do tempo, com tendência a diminuir com o passar dos anos.
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O tratamento ideal consiste na profilaxia, ou seja, na prevenção das crises com medicamentos específicos, geralmente à base de ansiolíticos e antidepressivos, que atuam no sistema inibidor da dor.
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Eles não substituem os remédios prescritos para os momentos de crise e cuja finalidade é tirar a dor de imediato.
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Um acompanhamento multidisciplinar com a inserção de atividades físicas leves e relaxantes, acupuntura e da terapia psicológica também auxilia no tratamento.
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Uma vez diagnosticada a enxaqueca é importante manter um registro, por escrito das atividades realizadas e que desencadeiam as crises, como alimentação, medicamentos administrados, qualidade do sono, etc. a fim de identificar e controlar o seu quadro.
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O importante para se ter um bom resultado é procurar um especialista, de preferência neurologista, que depois de feito os exames necessários, irá prescrever o tratamento ideal para cada caso. Certamente um se encaixará em suas necessidades.(remediocerto.com.br)
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Obesos têm uma maior probabilidade de desenvolver cancro renal

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Segundo um estudo publicado na edição de Janeiro do British Journal of Urology International, o excesso de peso pode levar a um risco maior de desenvolver a forma mais comum de cancro renal.
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A equipa de investigadores norte-americanos avaliou mais de 1600 pacientes com tumores nos rins, tendo os especialistas descoberto que as pessoas obesas tinham uma probabilidade 48% maior de desenvolver cancro renal, sendo que esse risco aumentaria em 4% para cada ponto extra no índice de massa corporal (IMC).
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Os resultados das análises demonstraram que a obesidade estava significativamente associada ao carcinoma renal de células claras, com 38% dos pacientes com a doença a ter um IMC de 30 ou mais, correspondente à obesidade, subindo essa taxa para os 42% nos casos de carcinoma de células claras. A obesidade afectava apenas 31% daqueles com tumores benignos, havendo 67% dos pacientes obesos com tumores malignos, contra 57% dos não obesos.
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Apesar das razões da associação não serem claras, os especialistas acreditam que o aumento no risco de cancro renal surgia devido a alterações hormonais, redução da função imunológica, hipertensão ou diabetes nos pacientes obesos.(farmacia.com.pt)
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Manga pode ajudar a prevenir cancro de cólon e de mama

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Estudo norte-americano classifica a manga como um super-alimento, apesar dos seus níveis reduzidos de antioxidantes.
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A cientista Susanne Talcott, da instituição de pesquisas Texas AgriLife Research, afirmou que a manga tem cinco vezes menos capacidade antioxidante do que a uva, embora possa ter um impacto positivo contra vários tipos de cancro.
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Testes de laboratório revelaram que os extractos de polifenóis, as substâncias associadas a vários benefícios para a saúde, provenientes das cinco variedades mais comuns de fruta, tinham algum impacto sobre as células cancerígenas do pulmão, da próstata e leucemia. No entanto, o maior efeito observado foi nas células do cancro da mama e do intestino.
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“O que descobrimos é que nem todas as linhas de células são sensíveis na mesma medida a um agente anti-cancerígeno, mas as linhas do cancro de mama e de cólon tiveram apoptose, ou morte celular programada”, explicou a investigadora. “Para além disso, descobrimos que, quando testamos células normais do cólon lado a lado com células do cólon com cancro, os polifenóis da manga não prejudicavam as células normais”, concluiu a especialista.(farmacia.com.pt)
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Diabetes afecta um terço da população

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Dados revelados pelo Observatório Nacional da Diabetes e que foram apresentados esta quarta-feira afirmaram que existe um terço da população que é afectado pela diabetes, ou que está em risco de o vir a ser.
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Em Portugal surge uma estimativa que sugere a existência de 900 mil diabéticos, correspondente a 11,7% da população, e com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos.
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Deste valor, cerca de 400 mil não sabem que têm a doença, adiantou José Manuel Boavida, coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes.Segundo o especialista, há ainda 23% da população com risco elevado de ter diabetes, por já sofrer de pré-diabetes. De referir ainda que os gastos em medicamentos para a doença ascendem já a 109 milhões de euros.(farmacia.com.pt)
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Chá pode proteger contra cancro do útero

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Segundo um estudo publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology, o consumo de chá pode ajudar a proteger as mulheres contra o cancro do endométrio, uma doença que afecta o revestimento do útero.
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De acordo com cientistas chineses, existem vários estudos que indicaram que os polifenóis presentes em bebidas à base de Camellia sinensis, incluindo o chá verde e o chá preto, podem reduzir de forma eficaz o volume dos tumores, embora sejam necessários mais estudos para confirmar esse efeito no cancro endometrial.
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Foram avaliados vários estudos, tendo a equipa de investigadores constatado que o aumento de duas chávenas diárias no consumo de chá estaria associado a uma redução de 25% do risco de desenvolver cancro uterino. No entanto, esta associação era apenas significativa no chá verde, tendo sido apenas observados estudos asiáticos.
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Devido à limitação dos estudos sobre esta relação, os especialistas sublinham a importância de se realizarem mais pesquisas para confirmar os benefícios do consumo do chá na redução dos riscos de cancro endométrio. Existem outros factores que é preciso levar em conta, tais como o estilo de vida, condições genéticas e as medidas de consumo de chá para que se possa entender melhor a sua relação.(farmacia.com.pt)
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