domingo, 28 de fevereiro de 2010

Moléculas travam avanços da SIDA

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Novo estudo de investigadores do Hospital Clínico de Barcelona
Moléculas travam avanços da sida
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Investigadores do Hospital Clínico de Barcelona comprovaram que algumas moléculas (alfa-defensivas 1-3), segregadas de forma naturalmente pelo organismo humano, possuem a capacidade de controlar a progressão do vírus da sida, sem que o paciente necessite ser submetido a terapia retroviral.
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Josep Maria Gatell, chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Clínico, explicou que cerca de cinco por cento das pessoas infectadas com o Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) conseguem controlar por si sós a doença, ou seja, o próprio organismo cria defesas próprias. O estudo, publicado agora na revista ‘PLoS ONE’, mostra que as células dendríticas de alguns pacientes produzem moléculas alfa-defensivas em níveis superiores ao normal.
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Esta descoberta abre um novo caminho para a investigação terapêutica de controlo da sida.
“Se conseguirmos estimular a segregação destas moléculas, poderemos fazer com que o paciente mantenha a doença controlada”, afirmou Gatell, acrecentando, no entanto, que actualmente “não são ainda conhecidas formas para estimular esta segregação, mas a investigação irá continuar”.
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Para a realização do estudo, a equipa de investigadores analisou as células dendítricas de pessoas sãs, pacientes que conseguem controlar a doença por si próprios e outros que necessitam de tratamento anti-retroviral para travar os avanços da infecção, ao longo de um período de três anos.
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Em Espanha foram detectadas 250 pessoas infectadas pelo HIV que conseguem controlar o vírus por si próprias, denominadas pelos cientistas como ‘Controladores de Elite’, sendo o principal objectivo da investigação converter todos os infectados para que constem neste grupo.
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Homens infelizes sofrem mais AVC

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Pesquisa desenvolvida por investigadores americanos
Homens infelizes sofrem mais AVC
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Um estudo norte-americano concluiu que os homens solteiros ou infelizes com o casamento têm uma maior probabilidade de sofrer um derrame cerebral, um AVC.
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As conclusões do estudo foram apresentadas na passada quarta-feira numa conferência internacional organizada pela Associação Americana de Derrames Cerebrais.
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Os investigadores avaliaram informações recolhidas a mais de 10 mil homens há 50 anos atrás sobre doenças cardiovasculares, cruzaram-nas com dados mais recentes e concluíram que o risco de sofrer um AVC aumenta em 64 por cento nos solteiros e nos homens casados que se dizem infelizes com o matrimónio, segundo o site ‘G1’.
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Radiações dos telemóveis não preocupam

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Garante especialista em campos electromagnéticos
Radiações dos telemóveis não preocupam
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Os portugueses temem as radiações electromagnéticas, como as dos telemóveis, devido à associação que fazem à palavra "nuclear", mas não há motivo para preocupações, até porque os níveis registados em vários locais estão dentro das recomendações internacionais.
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A garantia é de Luís Correia, responsável pela coordenação do projecto monIT, desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores do I. S. Técnico, em parceria com o Instituto das Telecomunicações. O projecto avalia as radiações das comunicações móveis e disponibiliza os resultados de medidas efectuadas em locais públicos. Os telemóveis, explicou, "são uma tecnologia relativamente nova do ponto de vista social e ninguém consegue ver as radiações electromagnéticas", mas estas radiações e as radiações nucleares "são muito diferentes" relativamente aos efeitos no corpo humano e na maneira como são geradas.
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Falta de limpeza celular

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Sobrecarga: Casos de doenças genéticas raras devem aumentar até 20%
Falta de limpeza celular
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Uma pequena vesícula, o lisosoma, é responsável pelo processo de ‘limpeza’ das células. Quando, por falta ou deficiência de uma enzima, o lisosoma funciona mal, as moléculas que, pelo seu tamanho, não podem ser reutilizadas nem expelidas acumulam-se, tornam-se tóxicas e prejudicam o funcionamento de sistemas e órgãos.
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É o que acontece a quem sofre de algumas das 50 Doenças Lisosomais de Sobrecarga (DLS), que afectam 600 portugueses. Mercê da melhoria ao nível do diagnóstico, este número deve aumentar entre 10 a 20 por cento nos próximos anos, estima a Associação Portuguesa das Doenças do Lisosoma (APL).
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O exame pré-natal, principalmente no caso das grávidas que têm familiares com patologias hereditárias, e biópsia de Corion, para detectar alterações cromossómicas no feto, são os métodos mais eficazes para a detecção atempada das DLS, bem como o vulgarmente chamado teste do pezinho. "Sendo progressivas, estas doenças devem ser precocemente detectadas para que o tratamento, quando existe, seja administrado com a maior brevidade possível", considera Clara Sá de Miranda, directora do Departamento do Lisosoma e Peroxisoma do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto .
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Em Portugal foram identificadas até ao momento 27 DLS, embora só exista tratamento para seis: doenças de Fabry, Gaucher, Pompe, Maroteaux-Lamy, Hurler e Hunter. O tratamento passa pela substituição enzimática e, mais raramente, pelo transplante de medula.
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Um erro na estrutura genética ou um gene defeituoso no organismo está na base da insuficiência metabólica associada às DLS. Das 50 conhecidas, 47 são herdadas por cromossomas não sexuais. Apenas três, Fabry, Danon e Hunter, são ligadas ao sexo, ou seja, têm origem num dos chamados cromossomas sexuais – o cromossoma X. Os pais passam as doenças às filhas e as mães tanto podem passá-las aos filhos como às filhas.
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Ter dois filhos faz bem ao coração

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Estudo analisou 1,3 milhões de mulheres
Ter dois filhos faz bem ao coração
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A saúde cardiovascular nas mulheres está relacionada com o número de filhos. A conclusão é de um estudo divulgado pelo ‘American Heart Journal', que refere que ter dois filhos é bom para o coração.
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A análise, realizada na Suécia, concluiu que de um total de 1,3 milhões de mulheres que tinham mais de 50 anos, as que tinham dois filhos apresentavam menos problemas cardíacos. Além disso, as que não tiveram bebés ou apenas um apresentavam dez por cento de mais possibilidades de virem a sofrer do coração ou de enfartes.
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Mas se se pensa que quantidade quer dizer qualidade, a mesma análise, que impressionou os especialistas pela dimensão considerável da amostra, refere que as mulheres com quatro filhos aumentavam os riscos cardíacos até 30 por cento. No caso das mães com cinco ou mais crianças a percentagem chega a subir até aos 60%.
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Os investigadores consideram então que a gravidez pressupõe fluxos sanguíneos importantes para a mulher.
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