segunda-feira, 30 de junho de 2008

Urgências do Hospital de Faro atrasadas

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Reestruturação demora mais tempo
Urgências do Hospital de Faro atrasadas
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Os trabalhos de reestruturação das urgências do Hospital de Faro estão atrasados, não estando ainda prevista qualquer data para a conclusão das obras de ampliação de que as instalações estão a ser alvo, obras que deveriam terminar no final deste mês.
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Em declarações prestadas à rádio TSF, a presidente do Conselho de Administração do hospital algarvio, Ana Paula Gonçalves, assinalou, contudo, que as obras prosseguem e que o pré-fabricado onde serão instaladas as urgências está quase concluído.
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Ainda de acordo com a mesma responsável, também o processo de aquisição dos equipamentos a instalar naquela infra-estrutura está praticamente fechado e já estão encomendados às empresas que os vão fornecer.
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Ana Paula Gonçalves explicou que o atraso na conclusão das obras ficou a dever-se a “um pequeno problema”, que foi a necessidade de remover um depósito de oxigénio que não podia ficar no local onde estava instalado. (Correio da Manhã)
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Estudo revela benefícios de um pequeno-almoço rico em hidratos de carbono

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Mulheres obesas perderam peso de forma mais consistente
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Comer um pequeno-almoço rico em hidratos de carbono e proteínas, seguido de uma dieta pobre em carbo-hidratos e calorias ao longo do dia, é uma forma eficaz e sustentável de perder peso, sugere um estudo apresentado na conferência anual da Endocrine Society, trabalho que se baseou no acompanhamento de 84 de mulheres obesas e sedentárias, submetidas a dois tipos de regime: um com pequeno-almoço com mais hidratos de carbono, o outro pobre açúcares complexos.
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Uma equipa do Hospital de Clínicas, em Caracas, Venezuela, liderada por Daniela Jakubowicz, trabalhou neste estudo em conjunto com cientistas da Virginia Commonwealth University, em Richmond, EUA. Ambas as dietas testadas tinham baixo índice calórico, mas a composição nutricional era diferente.
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As 46 mulheres submetidas à dieta baixa em carbo-hidratos consumiram 1085 calorias por dia, com 17 gramas de hidratos de carbono, 51g de proteínas e 78g de gorduras. O pequeno-almoço era a refeição com menos calorias: 290. As mulheres só podiam consumir sete gramas de carbo-hidratos no pequeno-almoço (pão, fruta, cereais e leite) e 12g de proteínas (carne e ovos) durante a manhã.
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Em contraste, as 48 mulheres com o “grande pequeno-almoço” consumiam 1240 calorias por dia. Pobre em gorduras (46g), esta dieta incluía consumos diários de 97g de hidratos de carbono e 93g de proteínas. Ao pequeno-almoço eram consumidas 610 calorias (58g de carbo-hidratos, 47g de proteínas e 22g de gorduras), ao almoço 395 (34g de hidratos de carbono, 28g de proteínas e 13g de gorduras) e ao jantar 235 (5g de carbo-hidratos, 18g de proteínas e 26g de gorduras).
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Quatro meses depois do início da dieta, não se registaram diferenças significativas entre os dois grupos: o de baixo índice de hidratos de carbono perdeu uma média de 12,7kg e o outro 10,4kg. Mas, aos oito meses, o primeiro grupo voltou a ganhar peso – média de 8,2kg – enquanto o segundo continuou a perder peso, em média 7,5kg. Ou seja, ao longo do estudo, o primeiro perdeu apenas 4,5 por cento do peso corporal, o segundo reduziu 21 por cento.
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E, de acordo com Jakubowicz, as mulheres do “grande pequeno-almoço” relataram que sentiam menos fome, principalmente no período antes do almoço, o que diminuía os desejos por carbo-hidratos. “A maioria dos estudos sobre perda de peso determinou que as dietas com escassez de hidratos de carbono não são um bom método para reduzir o peso. Aumentam o desejo por carbo-hidratos e reduzem o metabolismo. Como resultado, após um curto período de perda de peso, regista-se um regresso rápido à obesidade”, afirmou Jakubowicz num comunicado divulgado durante a conferência da Endocrine Society, que decorreu em São Francisco, EUA. (Público)
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domingo, 29 de junho de 2008

CDS propõe ensino de primeiros socorros

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No 9.º ano
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Os democratas-cristãos querem que, a médio/longo prazo, a maioria da população esteja apta a prestar os cuidados de Suporte Básico de Vida em caso de emergência, tendo, para tal, proposto ao Governo o ensino obrigatório de primeiros socorros no 9.º ano de escolaridade.
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O projecto de resolução, entregue na passada semana na Assembleia da República, prevê que o curso de formação em “Suporte Básico de Vida” tenha a duração de 10 horas no 9.º ano, tendo início já no ano lectivo de 2009/2010.
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Para os centristas, “a forma mais eficaz de, a médio/longo praz, ter a grande maioria da população suficientemente informada e apta a prestar cuidados de Suporte Básico de Vida, é introduzindo nas escolas cursos de formação nesta área, nomeadamente dirigidos aos jovens do 3.º ciclo do Ensino Básico”.
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A medida foi, entretanto, apoiada pela Fundação de Cardiologia, que considera a formação fundamental na sensibilização dos jovens para a necessidade de ajudar os outros, segundo a rádio TSF. (Correio da Manhã)
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sábado, 28 de junho de 2008

Atenção aos quilos a mais

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Saúde - andar a pé faz bem
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Manter o peso ideal não é fácil, mas uma dieta equilibrada, aliada à prática de exercício – por exemplo, andar 45 minutos a pé, por dia – contribui para um estilo de vida saudável.
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As pessoas com excesso de peso correm quatro vezes mais o risco de doenças cardiovasculares graves, como a angina de peito e o enfarte do miocárdio. Estão até sujeitas a morte súbita, segundo alerta a Fundação Portuguesa de Cardiologia que, através do seu site na internet cardiologia.browser.pt respondeindividualmentea todas as questões que lhe são colocadas sobre nutrição.
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O excesso de peso,mesmo que não entre no domínio da obesidade, conduz a outras doenças como a diabetes tipo II, hipertensão, osteoartrose, apneia do sono, problemas respiratórios, perturbações psicológicas e redução da qualidade de vida.
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Reduzir o sal, as gorduras, os fritos, os bolos, as bolachas, os refrigerantes e privilegiar o consumo de grelhados, estufados, assados, legumes (sopas e saladas) e fruta são, para a Fundação Portuguesade Cardiologia, para a Associação Portuguesa de Nutricionistas e para os médicos em geral, receitas ideais para quem não quer e não pode engordar. (Correio da Manhã)
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Perca peso a comer

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Saúde: Emagreça 3 quilos por mês
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Perder peso sem passar fome é possível. Basta seguir algumas regras muito fáceis. O resultado é visível no final do primeiro mês, com o ponteiro da balança a recuar, pelo menos, três quilos.
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A endocrinologista Isabel do Carmo, do Hospital Santa Maria, dá a receita de como emagrecer e atenuar a sensação de fome. "A quantidade de calorias ingerida deve ser menor do que a quantidade de calorias despendidas."
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Reduzir a quantidade de calorias não implica deixar de comer e ajuda a diminuir a sensação de fome. Isabel do Carmo aconselha refeições ligeiras: pequeno-almoço, almoço e jantar. Metade do prato deve ter vegetais. Deve ainda comer-se a meio da manhã, duas vezes a meio da tarde e ao deitar.
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Segundo a especialista, uma mulher que gaste 2200 calorias diárias deve ingerir 1200 a 1500 calorias por dia, porque é nessa diferença que perde massa gorda. (Correio da Manhã)
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Remédios mortais

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Saúde: Autoridades alertam para a venda de medicamentos na internet
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A Autoridade Nacional do Medicamento, Infarmed, alerta para o perigo de mais de metade dos medicamentos à venda na internet poderem ser falsos e constituírem um risco de morte para quem os consome.
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De acordo com as autoridades de saúde, apenas é aconselhada a compra de medicamentos vendidos por farmácias ou locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, registados no Infarmed. Desde 15 de Abril que é possível comprar medicamentos em Portugal através da internet.
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Fonte do Infarmed assegura ao CM que "estão a ser investigados alguns casos suspeitos", mas escusou-se a avançar com dados concretos da fiscalização.
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A Ordem dos Farmacêuticos (OF) também alerta para os perigos da venda ilegal pela internet de medicamentos contrafeitos. Ao CM, João Mendonça, da direcção da OF, constata o risco. "Os medicamentos só podem ser vendidos no circuito legal. Todos os medicamentos vendidos no mercado paralelo, na internet ou através de mails, são suspeitos de serem contrafeitos."
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O responsável defende mais fiscalizaçãoeinformaçãoao consumidor. Tanto a Ordem dos Farmacêuticos como o Infarmed dizem não conhecer a dimensão do comércio ilegal de remédios falsos. (Correio da Manhã)
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Oftalmologia: Sócrates quer baixar tempo de espera

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Espera será reduzida para quatro meses
Sócrates quer listas de espera de oftalmologia ao nível das boas práticas internacionais

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O primeiro-ministro disse hoje que o programa do Governo para combater as listas de espera em oftalmologia visa colocar Portugal ao nível das boas práticas internacionais, reduzindo para quase quatro meses a espera por uma operação às cataratas.
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"Esperamos que esta nova resposta coloque o Serviço Nacional de Saúde, na áres da oftalmologia e em particular às operações às cataratas, com os melhores indicadores ao nível das boas práticas internacionais", disse José Sócrates.
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"Isto é, que os cidadãos portugueses que têm necessidade de fazer uma operação às cataratas em Portugal possam esperar, em mediana de tempo, cerca de quatro meses, porque este é o tempo de espera recomendado internacionalmente", explicou. José Sócrates falava em Beja no final de uma visita ao Centro Hospitalar do Baixo Alentejo (CHBA) e onde lançou o Programa de Intervenção em Oftalmologia (PIO), que arranca oficialmente terça-feira, para resolver as listas de espera em oftalmologia.
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Através do PIO, o ministério da Saúde vai gastar 28 milhões de euros para contratualizar com hospitais públicos 75 mil primeiras consultas e 30 mil cirurgias em produção adicional, que serão realizadas entre a próxima terça-feira e 30 de Junho de 2009. (PÚBLICO)
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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Saúde: Andar a pé faz bem

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Atenção aos quilos a mais
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Manter o peso ideal não é fácil, mas uma dieta equilibrada, aliada à prática de exercício – por exemplo, andar 45 minutos a pé, por dia – contribui para um estilo de vida saudável.
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As pessoas com excesso de peso correm quatro vezes mais o risco de doenças cardiovasculares graves, como a angina de peito e o enfarte do miocárdio. Estão até sujeitas a morte súbita, segundo alerta a Fundação Portuguesa de Cardiologia que, através do seu site na internet cardiologia.browser.pt respondeindividualmentea todas as questões que lhe são colocadas sobre nutrição.
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O excesso de peso,mesmo que não entre no domínio da obesidade, conduz a outras doenças como a diabetes tipo II, hipertensão, osteoartrose, apneia do sono, problemas respiratórios, perturbações psicológicas e redução da qualidade de vida.
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Reduzir o sal, as gorduras, os fritos, os bolos, as bolachas, os refrigerantes e privilegiar o consumo de grelhados, estufados, assados, legumes (sopas e saladas) e fruta são, para a Fundação Portuguesade Cardiologia, para a Associação Portuguesa de Nutricionistas e para os médicos em geral, receitas ideais para quem não quer e não pode engordar. (Correio da Manhã)
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SAÚDE: Projecto pioneiro no Alentejo sobre Sindrome do X Frágil com 26 doentes detectados

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Um projecto no Alentejo para a identificação e apoio a crianças e famílias com a Síndrome do X Frágil (SXF), doença genética hereditária, já permitiu detectar "26 doentes" em sete concelhos da região, foi hoje revelado.
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"Já estudámos 30 famílias potencialmente portadoras e encontrámos 26 doentes, 16 deles do sexo feminino e 10 do sexo masculino", disse à agência Lusa Fátima Ferreira, directora do centro de Saúde de Alandroal (Évora).
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A SXF (a causa mais frequente de atraso mental hereditário) resulta de alterações genéticas ao nível do cromossoma X e pode manifestar-se em vários graus, desde um simples défice cognitivo até quadros de alterações muito profundas.
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A investigação preliminar sobre a doença começou, há quatro anos, no concelho de Alandroal, por iniciativa do centro de Saúde local, em parceria com o Serviço de Genética do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e em colaboração com as escolas locais.
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O Fórum Hospital do Futuro distinguiu, este ano, precisamente, o trabalho do centro de Saúde de Alandroal na área da SXF com o "Prémio Integração".
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No ano passado, foi estabelecido um protocolo entre a Administração Regional de Saúde (ARS), a Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA) e os hospitais de Évora e de Santa Maria para verificar a fiabilidade dos números obtidos no Alandroal, com um "estudo real da prevalência da doença", extensível também à região.
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Até então, já estavam identificados no concelho vários habitantes com SXF, quer com mutação completa (com a doença), quer com pré-mutação (potenciais transmissores), apontando os cálculos para uma prevalência da doença "cinco vezes superior à média nacional".
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"Mas o Alandroal não tem nada de diferente em relação a outros concelhos do país. A única diferença é que, aqui, a SXF começou a ser estudada e houve sensibilidade para a doença. Agora, ao alargarmos o estudo para outros concelhos, começámos a detectar novos doentes", disse.
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Até ao momento, no conjunto dos concelhos de Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Redondo, Mourão, Arronches, Elvas e Vila Viçosa, dos 26 doentes identificados, "13 (10 homens e três mulheres) têm mutação completa e os outros 13, todos mulheres, têm pré-mutação".
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"A maior parte das mulheres com pré-mutação são adultas, enquanto que, nos casos de mutação completa, quer os homens, quer as mulheres, são quase todos jovens até à casa dos 20 anos", acrescentou Fátima Ferreira.
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Esta doença genética vai estar em foco na vila de Alandroal, no sábado, por ocasião do primeiro Encontro Ibérico Sobre Síndrome do X Frágil, em que são esperados 200 participantes.
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A iniciativa é promovida pelo centro de Saúde e município locais e pela Associação Portuguesa da Síndrome do X Frágil (APSXF), constituída em Dezembro do ano passado e cuja assembleia-geral é presidida por Fátima Ferreira.
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"Esta junção de vontades entre os países ibéricos é muito importante para que possamos aumentar o conhecimento sobre a doença, para a qual ainda há pouca sensibilidade em Portugal, e trocar experiências com especialistas de Espanha, onde este trabalho está muito avançado", salientou.
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Para Fátima Ferreira, o importante é que "doentes e famílias sejam cada vez mais acompanhados" por equipas multidisciplinares e que os "profissionais de saúde e de educação estejam atentos para detectar a doença o mais cedo possível, para que as crianças tenham um futuro mais digno".
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Fátima Ferreira referiu ainda que, à margem do encontro, deverá ser analisada, em parceria com o Centro de Genética Clínica e com a Extremadura espanhola, a eventual criação de um centro de investigação genética, virado sobretudo para a SXF, mas também para outras áreas da deficiência mental. (RTP)
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BRAGA - Pais de gémeas com mal raro processam S.Marcos

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Braga Acção cível baseia-se no facto de a síndrome não ter sido detectada na gravidez
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Os pais de duas gémeas que nasceram com Treacher Collins, uma síndrome genética rara e desconhecida para a maioria, moveram um processo contra o Hospital de S. Marcos, no qual pedem uma avultada indemnização por danos variados.
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Enquanto esperam o resultado da acção movida contra o hospital de Braga, cuja sentença do Tribunal Administrativo se aguarda para breve, o casal João Ribeiro e Rosa Barbosa, de Prado de S. Miguel, Pico de Regalados, Vila Verde, leva uma vida de canseiras, despesas e preocupações, amenizada por uma notória coragem.
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A mãe, que deixou de trabalhar há cinco anos para acompanhar melhor as meninas, recorda o choque da descoberta. "Mal nasceu a primeira, disseram-me que não tinha orelhinhas", diz. Ninguém, durante oito dias de internamento, lhe terá explicado em que consistia, ao certo, o problema.
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A síndrome, caracterizada por deformações crânio-faciais, que deverá afectar apenas três ou quatro pessoas em Portugal, faz com que as gémeas respirem, ouçam mal e tenham uma aparência muito própria. Situações que só sistemáticas cirurgias podem ir corrigindo. "Já chegaram a perguntar-me se saía com elas. Pois claro que saio. Para todo o lado! As pessoas reparam e perguntam, mas, para já, não sentimos rejeição", sublinham.
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Em 2003, quando nasceram as gémeas, a ingenuidade do casal face à doença fez com que não tomassem o pulso à sua verdadeira dimensão. "Só quando me apercebi das consequências é que desabei", recorda Rosa. Para além de um pedido de 450 mil euros ao S. Marcos, pela não detecção do problema, sobretudo nas ecografias das 23 semanas de gestação, quando ainda havia a opção de impedir a gravidez, e, posteriormente, às 30 semanas, o casal quer ser ressarcido pelos danos morais e despesas que se acumulam nas várias idas ao Porto, para consultas variadas.
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Às gémeas espera-as uma vida de cirurgias e tratamentos. Ambas foram submetidas a uma traqueotomia à nascença e, posteriormente, ao palato fendido, tendo uma delas passado três semanas em coma, entre a vida e a morte.
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Rosa parece serena. "Também tenho as minhas horas más, mas faz parte da vida. Elas não têm culpa disto, nem nós", explica. Cátia e Tânia andam na pré- primária local e estão adaptadasr, apesar de alguns problemas na comunicação oral, corrigido com terapia da fala, duas vezes por semana.
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No Hospital de S. João, no Porto, são seguidas nas especialidades de cirurgia pediátrica e cirurgia plástica, estomatologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, genética e oculoplástica.
Nos próximos anos, terão de ser operadas aos maxilares, às maçãs do rosto, queixo, nariz e orelhas, podendo optar pela reconstrução ou próteses.
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Por enquanto, uma vez que têm a entrada para o pavilhão auditivo fechado, usam uns aparelhos, pelos quais esperaram um ano e que acabaram por ser oferecidos pela Renascer, de Matosinhos. Os pais não escondem que gostariam de conhecer casos semelhantes, para troca de experiências.(Jornal de Notícias)
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quinta-feira, 26 de junho de 2008

VACINA CUBANA

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Cancro do pulmão: Investigadores anunciam descoberta
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O Centro de Imunologia Molecular cubano anunciou ter registado uma "vacina terapêutica" que pode aumentar 30 a 40 por cento o tempo de vida dos doentes terminais com cancro do pulmão. Os estudos para a criação da vacina começaram em 1992 e o primeiro ensaio clínico foi realizado em 1995. Actualmente está a decorrer um ensaio em 579 doentes de 18 hospitais cubanos. Mas a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) reage com cautela.
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"É um produto que não está oficialmente aprovado nas entidades competentes. Temos de ter muito cuidado nestas matérias. Para um produto ser aprovado tem de passar por muitos estudos e ensaios", alertou o vice-presidente da SPP, Renato Sotto Mayor.
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Para o especialista em pneumologia oncológica, há já, a nível internacional, vários estudos e ensaios que apontam para uma tentativa de se encontrar uma "vacina terapêutica" para o cancro do pulmão. Renato Sotto Mayor sublinhou também que o produto de-senvolvido por peritos cubanos ainda não está publicado em nenhum jornal científico credenciado. (Correio da Manhã)
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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Artrite Reumatóide

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O fármaco Actemra (tocilizumab), da Roche Holding AG, demonstrou em estudos ser superior ao metotrexato e a outros fármacos da família dos inibidores do factor de necrose tumoral (FNT), segundo dados apresentados no congreso da "European League Against Rheumatism" (EULAR), em Paris.
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Segundo os dados, 30 por cento dos pacientes com artrite reumatóide que falharam uma resposta adequada a terapia com anti-FNT atingiram uma remissão da doença com o Actemra.
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Após 24 semanas de tratamento, 30,1 por cento dos pacientes que receberam Actemra mais metotrexato atingiram DAS28, o índice de actividade da doença, ou seja, uma medida standard da remissão da doença, em comparação com apenas 1,6 por cento dos pacientes do grupo do placebo.
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O Actemra é um anticorpo anti-receptor da interleucina-6 e actua de forma diferente relativamente aos fármacos existentes da classe dos anti- FNT que bloqueiam uma proteína inflamatória, o chamado factor de necrose tumoral.
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De acordo com o investigador principal, Paul Emery, estes resultados são muito promissores para os pacientes com artrite reumatóide que necessitam de uma variedade de opções de tratamento, particularmente quando não conseguiram atingir um alívio adequado da dor e dos sintomas com terapias anti-FNT.
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A Roche também relatou resultados de um segundo estudo, onde o Actemra atingiu uma maior redução dos sinais e sintomas, como articulações inchadas, do que o metotrexato, após seis meses de tratamento.
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Cerca do triplo dos pacientes que receberam Actemra atingiram uma remissão da doença neste estudo.O fármaco está aprovado no Japão e aguarda aprovação para ser comercializado na Europa e nos Estados Unidos.
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Segundo a Roche, a artrite reumatóide, que se caracteriza pela inflamação da membrana sinovial das articulações do corpo, o que pode provocar dor, rigidez, inchaço e, por fim, debilidade, afecta cerca de 21 milhões de pessoas a nível mundial. Isabel MarquesFontes: Reuters (Farmacia.com.pt)
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Genéricos: Barreiras legais dificultam entrada de novos medicamentos

A inexistência de um equilíbrio apropriado entre incentivos e concorrência nos sistemas de patentes e na estrutura legal é o principal entrave que se coloca à entrada de novos medicamentos genéricos no mercado europeu, indica um relatório apresentado pela Associação Europeia de Medicamentos Genéricos (European Generics Association – EGA).
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Uma das principais fragilidades apontadas está relacionada com deficiências no sistema para garantir patentes com qualidade. No mesmo documento são também referidas falhas no complexo de patentes e patentes de continuidade, que permitem que quando uma patente expira, o medicamento continue a não poder ser comercializado enquanto genérico, por se considerar que ainda se encontram em vigor outras patentes do mesmo medicamento.
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Os processos de litígio sobre patentes, "que colocam em causa a existência do medicamento genérico, dificultando e atrasando a sua entrada no mercado", fazem também parte do rol de barreiras identificadas pelo relatório da EGA, refere um comunicado da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (APOGEN), a que o Farmacia.com.pt teve acesso.
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Para além destas três grandes áreas, o relatório identifica ainda outras barreiras utilizadas para dificultar a comercialização de genéricos no mercado europeu. É o caso da patent linkage, um esquema regulamentar que proíbe a autorização da introdução no mercado ou a atribuição de preço ou comparticipação de um medicamento genérico até todas as patentes terem expirado ou até ser determinado que as patentes não estão a ser violadas ou são inválidas ou inexequíveis.
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O relatório, intitulado "Barreiras à entrada de medicamentos genéricos na União Europeia relacionadas com Patentes: revisão das fragilidades do actual sistema de patentes europeu e o seu impacto no acesso de medicamentos genéricos ao mercado", foi recentemente apresentado durante a 14ª Conferência Anual do organismo.Marta Bilro (Farmacia.com.pt)
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Rasilez pode proteger rins de pacientes com diabetes tipo 2

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Estudo sugere que o fármaco da Novartis, Rasilez (Aliscireno), que está indicado para casos de hipertensão, pode proteger eficazmente os rins em certos pacientes com diabetes tipo 2.
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Estas descobertas foram publicadas no New England Journal of Medicine.Cerca de 600 pacientes com diabetes tipo 2, hipertensão e doença renal foram tratados com o fármaco Cozaar (Losartan) durante 3 meses, seguindo-se 6 meses de tratamento com Rasilez ou o placebo, ambos em combinação com o Cozaar.
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Os resultados demonstraram que um indicador de doença renal, a albuminúria, foi reduzida em mais 20% em pacientes pertencentes ao grupo do Rasilez, comparativamente ao grupo administrados com o placebo.
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O Rasilez está actualmente aprovado na União Europeia e nos Estados Unidos, onde é vendido sob a designação de Tekturna.A Novartis espera conseguir mais de um bilião de dólares provenientes da venda do medicamento anualmente.
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Rasilez pode proteger contra danos nos rins em pacientes com diabetes tipo 2.Estudo sugere que o fármaco da Novartis, Rasilez (Aliscireno), que está indicado para casos de hipertensão, pode proteger eficazmente os rins em certos pacientes com diabetes tipo 2.
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Estas descobertas foram publicadas no New England Journal of Medicine.Cerca de 600 pacientes com diabetes tipo 2, hipertensão e doença renal foram tratados com o fármaco Cozaar (Losartan) durante 3 meses, seguindo-se 6 meses de tratamento com Rasilez ou o placebo, ambos em combinação com o Cozaar.
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Os resultados demonstraram que um indicador de doença renal, a albuminúria, foi reduzida em mais 20% em pacientes pertencentes ao grupo do Rasilez, comparativamente ao grupo administrados com o placebo.
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O Rasilez está actualmente aprovado na União Europeia e nos Estados Unidos, onde é vendido sob a designação de Tekturna.A Novartis espera conseguir mais de um bilião de dólares provenientes da venda do medicamento anualmente.(Farmacia.com.pt)
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domingo, 22 de junho de 2008

ARTE & SIDA

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A arte é o conjunto de preceitos ou regras para bem dizer ou fazer qualquer coisa. Viver infectado pelo virus da SIDA, é um desafio inquestionável perante uma sociedade que discrimina e estigmatiza os portadores. Há que fazer uso da arte para saber a quem dizer que se está infectado, sendo essa comunicação efectuada a um número muito restrito de pessoas, chegando-se muitas das vezes ao extremo de não se dizer a ninguém e viver num isolamento constante e permanente.
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A arte de viver o dia-a-dia é inequívocamente uma tarefa árdua. É necessário viver como se nada tivesse acontecido, como se não se estivesse infectado. No relaciomento com as pessoas, no desenvolvimento da actividade profissional, no convivio com a familia, o VIH faz parte de nós e não pode ser partilhado, no que se refere ao sofrimento que causa, pelo carga negativa que acarreta e na forma como limita o horizonte de vida.
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Nas mais diversas patologias, as pessoas falam de como se sentem, de como reagem à medicação, da evolução da doença de que são portadoras. Na infecção pelo VIH, é raro que tal aconteça, pelo que, quem dela padece, está sujeito ao isolamento. Muitas infectados tomam os seus medicamentos às escondidas, para que ninguém perceba que se encontram sobre terapia. O aparecimento de efeitos secundários, associados aos potentes medicamentos que controlam o virus, nomeadamente aqueles que progressivamente alteram o aspecto fisico das pessoas, são temíveis, por quase lhes colocarem um rótulo na testa, identificando-as como seropositivas.
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O isolamento associa-se ao aparecimento da depressão, causada quer pela frustração de se estar perante uma patologia sem cura, quer pela solidão em que se vive exaustivamente. Actualmente, com os medicamentos existentes, é provável que os portadores possam viver muitos e muitos anos. No entanto, para que tal seja possível, e porque não existem medicamentos contra uma sociedade que ainda não conseguiu aceitar e entender a SIDA como outra patologia qualquer e não marginalizar os portadores como se de escória se tratassem, é urgente que ocorra a mudança, sob pena dos infectados sucumbirem, não pela acção destruidora do VIH que transportam consigo, mas pela vivência de uma vida inteira, muitas das vezes, na mais profunda e desesperante solidão.
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É sabido que o VIH não é transmissível nas relações sociais. É sabido que existem no mundo milhões de portadores, que necessitam de viver como outra pessoa qualquer, na mais perfeita normalidade. O que está errado é a maneira de como a patologia é entendida pelas pessoas, que guardam no seu subconsciente imagens aterradoras de outrora, que já não fazem qualquer sentido. O que está também errado é encarar-se a infecção pelo VIH, única e exclusivamente, como uma doença do comportamento, quando existem milhares de portadores que foram infectados inocentemente e quando existem também muitas outras doenças provocadas pelo comportamento humano, sem que, no entanto, tal facto seja motivo de discriminação. Até mesmo aqueles que foram infectados devido aos seus actos, não devem ser acusados por isso. Existem razões que a razão desconhece e que eu saiba, ninguém consegue viver uma vida inteira mantendo uma racionalidade permanentemente eficaz. Errar é humano e todos erramos, porque somos humanos.
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A sociedade julga e aponta o dedo em todos os momentos. Quem nunca errou que atire a primeira pedra.
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A ilustração deste post, foi concebida por um seropositivo, que encontrou na arte, uma forma soberana de expressão e quem sabe, uma alternativa nobre e bela de combater a solidão e o isolamento a que provavelmente possa estar votado. ( SIDADANIA )
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FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ESPERAM MAIS NOS PRIVADOS

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Saúde. Beneficiários da ADSE esperam muito mais tempo por cuidados de saúde do que clientes particulares ou com seguro.
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As discrepâncias foram detectadas em unidades do grupo Mello, mas sobretudo no Hospital da Luz, da Espírito Santo Saúde, que rejeita haver discriminação de doentes.
Mais de seis meses de diferença para consulta à visão
O Hospital da Luz, da Espírito Santo Saúde (ESS), tem pouco mais de um ano, mas já tem listas de espera para todas as consultas. A demora é irrelevante para alguns doentes, mas pode ultrapassar seis meses para os funcionários públicos. Na clínica CUF de Belém (grupo Mello) a diferença é menor, mas também existe.
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A ADSE refere que os acordos que mantém com os grupos privados "proíbem qualquer tipo de discriminação no acesso", mas Isabel Vaz, administradora da ESS, justifica que a procura se multiplicou num ano e que o futuro incerto deste subsistema, entre outras razões, conduziu à imposição de quotas para as primeiras consultas.
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A oftalmologia é uma das especialidades críticas no Hospital da Luz. Um beneficiário da ADSE só consegue marcar uma primeira consulta para 2009. Com um seguro de saúde, a operadora conseguiu encontrar um vaga para terça-feira.
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Um funcionário do Estado que tentou ainda marcar consulta para cirurgia vascular, conseguiu vaga em Agosto: "aqui a espera não é longa", frisaram do outro lado da linha. Com um cartão da seguradora, teria consulta amanhã.
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Ao que o DN apurou, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia e obstetrícia e ortopedia são especialidades onde a resposta está longe do ideal. Os doentes do subsistema de saúde falam em discriminação e, ao que o DN apurou, a Entidade Reguladora terá recebido inúmeras queixas relacionadas com tratamento desigual no acesso aos cuidados.
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A Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) também admite ter recebido reclamações dos beneficiários. Ao DN, refere que, "nestas situações, questiona o prestador porque os acordos contemplam clausulado que proíbe qualquer tipo de discriminação no acesso". Ainda assim, adverte, "a administração dos cuidados de saúde é da exclusiva responsabilidade do prestador, que poderá confirmar se existem ou não quotas para estes doentes" do subsistema.
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Isabel Vaz rejeita a idéia de se estar a discriminar doentes. "Há espera para todas as consultas e os médicos têm excesso de doentes (200 mil), por isso vamos fazer uma requalificação para aumentar a área assistencial e já contratámos mais 40 médicos desde Setembro", refere.
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Em apenas um ano, a unidade atingiu os objectivos previstos para quatro. "O objectivo não é perder clientes, que até podem ir a outro lado".Além de haver quotas de primeiras consultas, "porque os médicos têm de seguir outros doentes", diz ao DN que "há quotas a nível global para cada cliente.
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Não podemos ter no hospital só doentes da ADSE", que já representa 20% do negócio. Não podemos ficar dependentes de nenhum cliente. O estabelecimento de quotas justifica-se sobretudo porque "há movimentos no sentido de acabar com a ADSE. Temos de zelar pela saúde financeira do hospital e das 900 famílias que aqui trabalham.(Diário de Notícias)
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sexta-feira, 20 de junho de 2008

Radiação ultravioleta vai atingir valores muito altos em todo o território português

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Aviso Amarelo em Évora e Beja devido às temperaturas elevadas
Radiação ultravioleta vai atingir valores muito altos em todo o território português

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A radiação ultravioleta vai atingir hoje valores muito altos em todo o território português. Segundo o Instituto de Meteorologia, os distritos de Évora e Beja estão hoje sob aviso Amarelo devido à previsão de tempo quente.
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A radiação ultravioleta vai atingir hoje valores muito altos em todo o território português, com excepção para o grupo Ocidental dos Açores, onde o nível será apenas "alto" e do arquipélago da Madeira, para onde se prevêem valores "extremos".
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O Instituto de Meteorologia aconselha, para os locais onde se esperam valores muito altos a utilização de óculos de Sol, chapéu, t-shirt, guarda-sol, protector solar e que se evite a exposição das crianças ao Sol. A escala da radiação apresenta cinco níveis entre o "Baixo" e o "Extremo".
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Espera-se para o distrito de Évora uma temperatura máxima de 35º e Beja deverá atingir os 36º. Ainda acima dos 30º vão estar Santarém (34º), Castelo Branco (33º), Portalegre (32º) e Lisboa (31º). (PÚBLICO)
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Imunoterapia pode ser arma contra o cancro


Caso de melanoma mortal tratado por células imunitárias

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O doente, um homem de 52 anos, tinha um melanoma renitente à cirurgia e aos tratamentos, que já se tinha espalhado para a virilha e os pulmões. Ia morrer em breve. Os médicos colheram o seu sangue, extraíram daí certas células do sistema imunitário, multiplicaram-nas no laboratório e injectaram-lhas de volta. Dois meses mais tarde, as metástases tinham totalmente desaparecido, E hoje, quase três anos mais tarde, o homem continua ao que tudo indica, de boa saúde.
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Não foi fácil cultivar in vitro e clonar o tipo de células que foram aqui utilizadas – os linfócitos T CD4, ou T4 para abreviar, cruciais nas respostas imunitárias do organismo. Para mais, como os cancros são feitos das próprias células do doente, o organismo não se defende bem contra eles.
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O que a equipa de Cassian Yee, do Centro de Estudos do Cancro Fred Hutchinson de Seattle, fez agora foi clonar um tipo de linfócitos T4 potencialmente letais para o tumor. Após uma análise molecular das características do melanoma do doente, os investigadores constataram que uma boa parte das células tumorais tinha à sua superfície, como uma antena, uma molécula chamada NY-ESO-1. Por isso, clonaram só os T4 capazes de reconhecer essa molécula, esperando que eles atacassem o tumor mas não as células sãs.
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O doente recebeu uma única injecção de cinco mil milhões destas células T4. Teve um pouco de febre, dores musculares e uma queda dos seus linfócitos. Mas uns dias depois, contam os cientistas no último "New England Journal of Medicine", esses efeitos desapareceram. Dois meses depois, submeteram o doente a uma tomografia PET e não viram vestígios das metástases. E no seu último exame até à data, dois anos mais tarde, o homem continuava “limpo”.
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O mais surpreendente foi talvez que os tumores regredissem completamente. “Apesar de apenas 50 a 75 por cento das células tumorais expressarem NY-ESO-1, a totalidade do tumor regrediu”, escrevem. “Esta discrepância [leva-nos] a especular que os linfócitos injectados provocaram uma reacção imunitária mais ampla do que previsto”, incitando outros linfócitos a matar as restantes células cancerosas.
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Num artigo que acompanha este caso clínico, Louis Weiner, da Universidade de Georgetown, pergunta: “serão estes resultados uma miragem, um oásis, ou um prenúncio da meta? (...) Penso que, embora ainda não tenhamos lá chegado, a meta está à vista.
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”A chegada não é para já. Apenas 25 por cento dos melanomas têm a molécula NY-ESO-1 – e mesmo nesses, ninguém sabe se o tratamento irá funcionar. Mas pode-se esperar que seja possível desenvolver um dia imunoterapias mais personalizadas – e tratar também outros cancros. (PÚBLICO)
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"INFACOL" - medicamento ilegal

Infarmed investiga
Farmácias vendem medicamento ilegal
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A Infarmed está a investigar há cerca de um mês a venda ilegal em Portugal de um medicamento utilizado para aliviar as cólicas dos bebés, denominado ‘Infacol’.
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Segundo noticiou a rádio TSF, existem várias farmácias que estão a comercializar o medicamento passando facturas adulteradas para ocultar a ilegalidade, ou mesmo sem passar facturas.
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De acordo com uma fonte contactada pela TSF, na maioria dos casos o ‘Infacol’ chega às farmácias através da Internet.
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Questionada sobre o assunto, a Associação Nacional de Farmácias preferiu manter o silêncio alegando desconhecer a situação. (Correio da Manhã)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A PARAMILOIDOSE

Saúde: Investigadores portugueses confiantes na cura
‘Pezinhos’ com nova esperança
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ATudca, um ácido produzido naturalmente pela bílis, já é utilizado no tratamento de algumas doenças do fígado. Agora, um grupo de investigadores da Universidade do Porto, liderado por Maria João Saraiva, descobriu que pode ser uma nova arma no combate à paramiloidose (doença dos pezinhos), depois de testar esta droga em ratos de laboratório. Em Portugal, há cerca de dois mil portadores da doença, na sua maioria na zona Norte do País.
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A descoberta será publicada na próxima semana na revista ‘BBA – Molecular Basis of Disease’. A equipa do Instituto de Biologia Molecular e Celular desde há vários anos que desenvolve linhas de investigação para perceber os mecanismos por detrás da doença.
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A doença dos pezinhos acontece devido a uma mutação genética, que leva à formação de fibras pelo corpo, que matam as células. Começa por se manifestar pela perda de sensibilidade nos membros inferiores e acaba por ser fatal. É neste processo de destruição das células que o novo composto provou ser eficaz, explica Maria João Saraiva. "Os marcadores mostram uma redução da morte de células, mas também a redução da formação de fibras."
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Maria João Saraiva refere que uma investigação anterior, com uma substância designada de doxiciclina, deu resultados positivos na desagregação das fibras nos tecidos. A terapia está a ser testada em humanos, num ensaio clínico em Itália.
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A esperança de um novo tratamento poderá passar pela associação das duas drogas: uma desagrega as fibras que se acumulam, outra previne-as e reduz a morte celular. Mas a investigadora explica que demorará ainda alguns anos para que a Tudca seja testada em humanos. Falta repetir a experiência e depois ajustar as doses seguras para administração em pessoas. No caso da primeira substância, o processo demorou dois anos.
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SAIBA MAIS
A PARAMILOIDOSE
É uma doença genética (transmitida de pais para filhos) que resulta da mutação de uma proteína.
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2000
é o número de portadores da doença em Portugal. Existem 500 famílias afectadas. (Correio da Manhã)
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domingo, 15 de junho de 2008

Excesso de peso começa a estabelecer-se antes dos três meses e logo após os três anos


Estudo de instituto francês
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Um estudo do organismo francês Inserm (Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica) revelou que há dois períodos da infância em que as crianças correm um risco particular de desenvolverem as primeiras raízes de um futuro problema de excesso de peso: antes dos três meses de idade e logo após os três anos.
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Entre 1997 e 2002, os investigadores do Inserm, coordenados por Marie-Aline Charles, acompanharam as crianças de duas localidades do norte de França – Fleurbaix e Laventie –, concluindo que nem todos os períodos da infância contribuem da mesma forma para um problema relacionado com excesso de massa gorda na adolescência.Segundo indicam os investigadores no estudo, publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, há dois períodos “cruciais” – os primeiros meses de vida e logo após os três anos – em que a rapidez no ganho de peso está associada à posterior percentagem de massa gorda, fenómeno que não se regista entre o primeiro ano e os 24 meses de idade.
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Os investigadores encontraram também diferenças entre rapazes e raparigas.
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No primeiro caso, a rapidez no crescimento registada aos três meses está não só associada com a futura massa gorda como também com a massa muscular. No caso das raparigas, esta associação só acontece em relação à massa gorda.
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Em França, 15 por cento das crianças entre três e seis anos de idade já apresenta excesso de peso.
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Dados do estudo
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Título: Postnatal weight and height growth velocities at different ages between birth and 5 y and body composition in adolescent boys and girlsPublicação: American Journal of Clinical Nutrition, Junho de 2008, volume 87, págs. 1760-1768Autores: Jérémie Botton, Barbara Heude, Jean Maccario, Pierre Ducimetière, Marie-Aline Charles (Peso & Medida - Público)

sábado, 14 de junho de 2008

Comprimido trata cancro da mama

Em Portugal surgem por ano 4500 novos casos da doença
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A Agência Europeia do Medicamento (EMEA) aprovou nesta semana a venda do primeiro medicamento oral para o tratamento de um tipo de cancro da mama (o ErbB2-positivo) que representa 25% de todos os casos diagnosticados. O medicamento, em forma de comprimido, retarda a progressão da doença e tem como efeitos adversos diarreia e manchas na pele.
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Em Portugal, o cancro da mama causa a morte a uma média de quatro mulheres por dia (cerca de 1460 mortes por ano), sendo diagnosticados, todos os anos, cerca de 4500 novos casos.
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Com o nome Tyverb (princípio activo lapatinib), o medicamento, em conjugação com outro, a capecitabina, está indicado para o tratamento de cancros da mama em estado avançado, com metástases.
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O médico oncologista Passos Coelho, do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, diz tratar-se de um avanço terapêutico para o tratamento daquele tipo de cancro, um dos mais agressivos. "O medicamento foi desenhado para actuar naquele tipo de cancro e tem acção no interior das células tumorais, não no exterior, como outros ", disse ao CM.
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Actua no interior da célula, inibindo as proteínas ErbB2 e ErbB1, ambas responsáveis pelo crescimento e proliferação do tumor.
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Os investigadores compararam a combinação do lapatinib com a capecitabina contra apenas a capecitabina e concluíram que a combinação atrasa o tempo de progressão da doença de 5,5 meses contra os 4,2 meses do segundo grupo.
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Decorrem ensaios clínicos em vários países mas Portugal não participa, por a Comissão Nacional de Ética considerar não serem suficientes os dados relativos ao novo medicamento. Esses ensaios visam testar a eficácia curativa na fase mais inicial da doença.
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Enquanto aguarda a venda em Portugal, o lapatinib já é utilizado por "alguns doentes no meio hospitalar que reúnem critérios clínicos".
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APONTAMENTOS
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METÁSTASES CEREBRAIS
O novo remédio reduz a incidência das metástases cerebrais, uma das causas de morte por cancro da mama.
OUTROS TUMORES
O lapatinib está a ser estudado no tratamento de outros tumores.
REACÇÕES ADVERSAS
Diarreia e manchas na pele foram alguns efeitos adversos observados nos ensaios.
APRESENTAÇÃO
Há a vantagem de ser comprimido em vez de solução injectável. (Correio da Manhã)
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sexta-feira, 13 de junho de 2008

Seguro de saúde beneficia 1,87 milhões de portugueses

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Um estudo da Marktest contabiliza 1 874 mil possuidores ou beneficiários de seguro de saúde em Portugal, um valor que corresponde a 22.6% do universo composto pelos residentes no Continente com 15 e mais anos.
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De acordo com o relatório Base Seguros, centrado no quadrimestre móvel terminado em Abril, a análise da penetração de seguro de saúde por targets, indica «diferenciações importantes, sendo ao nível da classe social e da ocupação que elas são mais significativas.
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Na idade também se registam comportamentos diferenciados, «sendo ao nível da região e do sexo que menores diferenças são encontradas», explica a Marktest.
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Os quadros médios e superiores distanciam-se do valor médio, sendo junto destes que se observa a maior penetração do produto, «pois 43.1% destes indivíduos possui ou beneficia de seguro de saúde».
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De acordo com a mesma fonte, os indivíduos das classes alta e média alta também registam valores superiores à média, com 42.3%, refere a mesma fonte. (Diário Digital)
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REVISTA NEW SCIENTIST MOSTRA FOTOGRAFIA DO MOMENTO DA OVULAÇÃO


«Look closely: this is history in the making. These are the clearest pictures ever taken of what is the starting point of every human life: ovulation occurring inside a woman's body.
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"The release of the oocyte from the ovary is a crucial event in human reproduction," says Jacques Donnez at the Catholic University of Louvain (UCL) in Brussels, Belgium. "These pictures are clearly important to better understand the mechanism."
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Observing ovulation in humans is extremely rare, and previous images have been fuzzy. Donnez captured the event by accident while preparing to carry out a partial hysterectomy on a 45-year-old woman. The release of an egg was considered a sudden, explosive event, but his pictures, to be published in Fertility and Sterility, show it taking place over a period of at least 15 minutes.» [New Scientist]
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Menos hospitais recolhem sangue

Saúde: Elevados custos levam hospitais a não querer serviços
Menos hospitais recolhem sangue
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O número de hospitais públicos que tem vindo a fechar os serviços de sangue e a deixar de fazer recolhas e análises laboratoriais tem vindo a aumentar. Desde 2000, abandonaram essa actividade menos 58 hospitais públicos.
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A extinção de muitos serviços de sangue deve-se aos elevados custos que implicam um maior controlo de qualidade das análises e os recursos humanos, sendo necessário pessoal altamente especializado.
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Em véspera do Dia Mundial do Dador de Sangue, que amanhã se celebra, Gabriel Olim, presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), diz ao CM que a instituição fornece sangue a um maior número de unidades de saúde, públicas e privadas. "Há um número elevado de hospitais que deixaram de fazer recolha e análises porque os custos para um melhor controlo de qualidade das análises são muito grandes."
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O IPS já fornece sangue a 73 hospitais públicos, 23 privados, nove clínicas de hemodiálise e a doze outras entidades, entre hospitais militares e clínicas. Apenas 21 hospitais públicos mantêm hoje a recolha e análise de sangue.
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Como consequência, as colheitas têm aumentado junto dos centros regionais e brigadas do IPS – há também mais dadores – que já começa a sentir a falta de profissionais: há falta de vinte médicos de clínica geral e dez enfermeiros.
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Apesar do aumento da actividade, o IPS tem tido uma redução contínua do financiamento (52 milhões de euros em 2008, enquanto em 2005 foi de 81 milhões de euros). (Correio da Manhã).

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pastilha acelera recuperação dos pacientes

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Pesquisa realizada num hospital britânico sugere que o uso de pastilhas pode ser utilizado como forma de acelerar a recuperação de pacientes após cirurgias.
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O estudo foi conduzido no Dorset Country Hospital, na cidade de Dorchester, a sul de Inglaterra, revelando que os pacientes que mastigaram pastilhas três vezes por dia após terem sido submetidos a cirurgias nos intestinos recuperaram mais rapidamente do que os outros.
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"Espero que isto não se torne prática comum agora - certamente que não faz mal", afirmou Harriet Wright, enfermeira que conduziu o estudo.
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A investigação durou cerca de seis meses, sendo apresentada apenas numa conferência em Birmingham no próximo mês.Os resultados revelaram que as pastilhas aumentavam a tolerância dos pacientes a fluidos orais e alimentos sólidos, sendo que as funções intestinais voltavam ao normal um dia e meio (em média) antes dos outros pacientes.
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"Como parte da nossa ambição de nos tornarmos um dos melhores hospitais distritais do país, é importante encorajarmos inovação e pesquisas", afirmou Jan Bergman, director do hospital. (Farmacia.com.pt)

Discalculia é mais comum que Dislexia

Estudo da University College London
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A Discalculia, dificuldade na aprendizagem de termos matemáticos, é mais comum que a Dislexia, dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita, revela um estudo realizado em Cuba por cientistas britânicos.
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O estudo, liderado por Brian Butterworth, do Instituto de Neurociência Cognitiva do University College London, em conjunto com o Centro Cubano de Neurociência, descobriu que, de 1.500 crianças avaliadas, entre 3 a 6% mostravam sinais de Discalculia, enquanto a Dislexia foi verificada entre 2,5 a 4,3% das crianças.
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Da mesma forma que a Dislexia, a Discalculia pode ser causada por um deficit de percepção visual ou problemas de orientação sequencial.
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Ao apresentar o seu trabalho no Cheltenham Science Festival, o cientista apelou às autoridades e educadores britânicos para que estejam atentos aos sintomas da Discalculia de forma a ajudar os seus portadores. (Saúde na Internet)
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Só 4 remédios novos desde 2007

Avaliação exigida pela tutela atrasa processo
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O Lucentis – remédio que pode evitar a cegueira em pessoas com degenerescência macular (doença degenerativa associada à perda de visão na população mais idosa) – foi o último medicamento inovador para a compra do qual os hospitais receberam luz verde. É o quarto, desde que a aquisição destes remédios passou a estar dependente de uma avaliação prévia da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
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O decreto-lei é de Outubro de 2006. Mas, no primeiro ano em que esta medida foi posta em prática, apenas um medicamento tinha sido aprovado. Em 2008, são já três, de um total de cerca de 15 pedidos que deram entrada.
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Os inovadores são os remédios mais recentes, produto da investigação farmacêutica. Oferecem uma mais--valia em relação aos outros tratamentos existentes, mas são mais caros. Antes eram comprados directamente pelos hospitais. Agora, precisam de uma avaliação feita pelo Infarmed sobre o custo e as eventuais vantagens para os doentes. Foi a forma encontrada pela tutela para contrariar a compra de remédios que, apesar de mais caros, não eram verdadeiramente inovadores e faziam disparar as contas do Serviço Nacional de Saúde.
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Porém, o novo modelo de avaliação tem sido criticado pela indústria farmacêutica, por fazer atrasar a entrada da inovação terapêutica nos hospitais, que chega assim mais tarde aos doentes que precisam dela. Recentemente, a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) referia que, na melhor das hipóteses, os inovadores demoram um ano a ser adquiridos, o que se traduz num atraso de nove meses em relação ao que era praticado.
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E quem avalia estes medicamentos? A resposta foi dada pelo Infarmed esta semana, divulgando na sua página da internet o nome dos membros do grupo de peritos e respectivos currículos.
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CANCRO E SIDA RESPONSÁVEIS PELA MAIOR DESPESA
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A maioria dos medicamentos inovadores que entram nos hospitais destina-se a tratar doenças oncológicas e VIH/sida. Dos quatro remédios aprovados, um é para tratar leucemias em adultos (dasatinib, princípio activo), outros para a hipertensão pulmonar (sitaxentano) e para a sida (darunavir). O mais recente (ranizumab), aprovado no dia 26 de Maio, destina-se aos idosos com degenerescência macular. São tratamentos de última linha para os doentes que não respondem às terapias existentes. Só os dois remédios para o cancro e hipertensão pulmonar terão um custo de mais de 12 milhões de euros para dois anos. E o medicamento para a sida custará 1, 6 milhões para apenas um ano de tratamento aos 200 doentes abrangidos, referem as avaliações feitas pelo Infarmed.
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COMPARTICIPAÇÃO DEMORA SETE MESES A DECIDIR

Desde o início do ano, o Estado atribuiu comparticipação (ajuda aos doentes na compra de remédios) a 389 medicamentos vendidos nas farmácias. A grande maioria é genérica (363). Os pedidos de comparticipação até Abril ascenderam a 550. Em média, a autoridade do medicamento está a demorar sete meses para tomar uma decisão (217 dias), referem os números oficiais daquele organismo. E apenas 10% dos processos são concluídos em três meses. O Infarmed admite que os dados dizem respeito "a uma fase em que a capacidade avaliativa ficou diminuída por perda de recursos". (Correio da Manhã)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Diabéticos - Gel perigoso está à venda em Portugal

Para feridas de diabéticos
Gel perigoso está à venda em Portugal
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Um gel utilizado para o tratamento de feridas e úlceras de pernas e pés de diabéticos, que tenham algum tumor, faz aumentar em cinco vezes o risco do doente morrer por cancro. O medicamento, Regranex (com a denominação comum becaplermina), está à venda em Portugal por 423,91 euros, sem comparticipação do Estado.
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O alerta surge da autoridade americana do medicamento (FDA), que actualizou as advertências de segurança do gel utilizado para cicatrizar as úlceras dos doentes com diabetes avançada ou mal controlada. Ao CM, fonte do Infarmed, diz que está a 'seguir a revisão do estudo da FDA para apurar se os benefícios são ou não superiores aos riscos e que serão tomadas todas as orientações determinadas ao nível europeu'.
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A FDA recomenda que só se utilize o Regranex quando os benefícios superem os riscos. Os riscos serão incluídos a partir de agora com um sinal de advertência na bula do medicamento. A FDA diz que parece não haver maior risco de novos tumores entre os utilizadores do gel, mas que aumenta em cinco vezes a possibilidade de o doente diabético morrer por um cancro já existente.

domingo, 8 de junho de 2008

Diabéticos: controlar açúcar no sangue

Saúde: Médicos portugueses garantem que se deve continuar a controlar açucar dos diabéticos
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Médicos portugueses garantem que "não se deve desistir" do controlo do açúcar no sangue de diabéticos do tipo 2, mesmo quando os estudos revelados não apresentam diminuições nos riscos de enfarte ou acidentes vascular cerebral.
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Dois estudos foram apresentados durante o 64º congresso anual da Associação Americana de Diabetes sobre o controlo intensivo da glicemia e ambos não apresentaram diminuições significativas nos riscos macrovasculares (enfartes, AVC).
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O estudo ADVANCE (Acção na Doença Vascular e Diabetes), do Instituto George para Saúde Internacional de Sidney, desenvolvido em cinco anos, concluiu que um controlo óptimo da glucose reduz para 21 por cento o risco de doenças renais.
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Na área das macrovasculares, não apresentou uma redução estatisticamente signitificativa, assinalando apenas uma quebra de 0,8 pontos percentuais nesse risco.
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A média final do controlo da hemoglobina (um marcador do controlo glicémico - HbA1c) foi de 6,5 por cento.
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A investigação do Instituto norte-americano do Coração, Pulmões e Sangue, o ACCORD (Acção para Controlar os Riscos Cardiovasculares na Diabetes) foi interrompido em Fevereiro depois de 3 anos e meio devido ao aumento da taxa de mortalidade total.
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Os dois estudos centram-se em populações já tratadas e com riscos indentificados. O ACCORD concentrou-se numa população de alto risco: média de idade de 62 anos, doentes com diabetes há 10 anos e 35 por cento já havia registado eventos cardiovasculares.
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Para Davide Carvalho, especialista português na direcção do Grupo Mediterrânico para o Estudo da Diabetes, os estudos mostraram a possibilidade de um "bom controlo glicémico ao longo do tempo".
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O especialista do Porto referiu ainda à Lusa que o ADVANCE não mostrou riscos quando se consegue reduzir para 6,5 por cento a hemoglobina Ac1, pelo que os "doentes podem continuar a confiar" nessa abordagem.
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Enquanto o coordenador nacional do Plano de Prevenção e Controlo da Diabetes, José Boavida, garantiu que não se poder "desistir" desse controlo, embora com a necessidade de individualizar cada tratamento.
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"Não se pode é ter a mesma exigência nos idosos que se tem nos jovens. Vale a pena ser mais exigente e investir mais quanto maior é a esperança de vida. E cada doente é um doente", referiu o médico à Lusa, lembrando que os estudos analisaram doentes já tratados e com factores de risco identificados.
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Sublinhou ainda que um controlo demasiado apertado pode levar a um aumento de casos de hipoglicemia, que leva a uma menor irrigação dos vasos.
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Para o médico, faltam estudos feitos na fase do diagnóstico da doença e a prática clínica talvez devesse passar de uma fase terciária para uma secundária para permitir o "diagnóstico e tratamento precoces".
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Face à não comprovação da diminuição de riscos das doenças do coração, os médicos sublinharam à Lusa a necessidade de controlar todos os outros factores de risco, como a pressão arterial, os lípidos no sangue e o consumo de tabaco. (RTP)

Reprimir emoções no trabalho pode causar depressão

Estudo alemão sugere que as pessoas que reprimem as suas emoções devido a motivos profissionais podem vir a desenvolver problemas de saúde, entre os quais depressão.A pesquisa foi publicada na revista científica Gehirn & Geist, sugerindo que as pessoas que necessitam de sorrir com frequência e ser cordiais no ambiente de trabalho acabam por reprimir os seus sentimentos agressivos.
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"Esse tipo de atitude é prejudicial ao coração e pode causar problemas psiquiátricos, tais como a depressão", afirmou Dieter Zapf, autor do estudo.
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O estudo consistiu na análise de dois grupos de estudantes que trabalhavam como funcionários num centro de telemarketing. O primeiro apresentava uma postura cordial ao telefone enquanto o segundo podia responder às críticas que os clientes apresentavam.
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Através de uma análise do batimento cardíaco dos participantes foi possível constatar que aqueles que eram cordiais registaram um ritmo cardíaco bastante mais rápido do que os outros que não necessitavam de exprimir os seus sentimentos.
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O investigador acredita que a tensão acumulada devido ao riso forçado pode ser responsável por outros problemas, como insónias, ansiedade e dores de cabeça.
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Zapf recomenda que os profissionais que trabalham em contacto constante com o público façam pausas regularmente por forma a controlarem melhor as suas emoções e reduzir os níveis de stress. (Farmacia.com.pt)

3855 com cancro esperam cirurgia

Saúde: Alguns doentes aguardam quatro meses por uma operação
3855 com cancro esperam cirurgia
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O número de doentes com cancro à espera de cirurgia era, a 30 de Abril, de 3855, o que corresponde a dois por cento do total de pacientes inscritos em lista de espera para cirurgias (192 750). Este número, porém, diminuiu em relação a Dezembro, altura em que se contabilizavam 4497 pacientes à espera de operação.
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Os dados foram ontem divulgados por Pedro Gomes, coordenador do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), organismo tutelado pelo Ministério da Saúde.
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Segundo aquele responsável, ao longo de todo o ano de 2007 foram realizadas 35 698 cirurgias para o tratamento de cancro nos hospitais públicos. Cada cirurgia custa ao Serviço Nacional de Saúde 1300 euros pagos às unidades de Saúde convencionadas.
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Metade dos doentes oncológicosoperadosem2007esperou apenas menos de 18 dias desde a inscrição na lista, mas a média de tempo de espera é de um mês.
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"Há vários níveis de prioridade e o tempo de espera médio por uma operação é de 32 dias. Conforme a gravidade dos casos e a sua urgência, os doentes são operados em três, 15 dias ou dois meses. No entanto, reconhecemos que ainda há um conjunto de doentes que carece de uma resolução mais rápida", reconheceu Pedro Gomes, referindo-se a casos que podem chegar aos quatro meses de espera.
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Em relação às doenças, as mais frequentes nos doentes operados por cancro maligno foram as da pele (19 por cento), mama (14 por cento), cólon e recto (13 por cento), bexiga (10 por cento) e ainda do útero (seis por cento).
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O tempo de espera de um doente prioritário para ser transferido entre hospitais, para ser operado, passará de dois meses para um mês até ao final do ano. (Correio da Manhã)

Médicos esperam surto de sarampo

Alerta - vírus é altamente contagioso e mortal
Médicos esperam surto de sarampo
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A Direcção-Geral da Saúde (DGS) alerta para a possibilidade de um surto de sarampoem Portugal – e aconselha os centros de saúde a vacinarem todos os menores de 18 anos que ainda não estejam imunizados. Não só devem ser vacinados os adultos com maior risco devido às características culturais e socioeconómicas como os viajantes que se desloquem para zonas onde existem surtos da doença. O sarampo é altamente contagioso e pode ser mortal.
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Com o Campeonato Europeu de Futebola decorrer e a grande deslocação de adeptos para países onde hoje existem surtos da doença, a facilidade na transmissão de pessoa a pessoa leva a DGS a emitir uma circular aos profissionais de saúde.
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Ao CM,a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, explica a importância deste alerta. "Os centros de saúde devem organizar-se da melhor forma possível, conforme as suas realidades, urbana ou rural, para identificar as pessoas que podem ser vacinadas. A situação está controlada mas podem ocorrer pequenos surtos, porque vai haver uma maior circulação de pessoas e pode haver casos importados de sarampo."
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A DGS recomenda aos centros de saúde que se desenvolvam esforços adicionais para que sejam identificadas famílias ou pequenascomunidades,designadamente os imigrantes com dificuldade no acesso aos cuidados de saúde, que possam estar associadas a baixas coberturas vacinais. Aconselha ainda a vacinação de todos os menores que não tiveram sarampo nem estão vacinados.
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Os casos de sarampo na Europa têm aumentado desde 2006 mas em Portugal a maioria das pessoas está imune, por estarem vacinadas ou porque já tiveram a doença. (Correio da Manhã)

Aparelho prevê crise epiléptica

Investigação: Empresa italiana vai fabricar equipamento
Aparelho prevê crise epiléptica
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Uma crise de epilepsia chega sem avisar. Em qualquer hora ou lugar, com todos os perigos para a segurança do doente. Desafiando a Ciência, uma equipa de investigadores portugueses lidera um projecto, único na Europa, para o desenvolvimento de um sistema de alarme inteligente transportável por pacientes com epilepsia que não reagem ao tratamento nem podem ser operados.
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Coordenado por António Dourado, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, o projecto Epilepsiae – Evolving Platform for Improving Living Expectations of Patients Suffering from Ictal Events – está a ser desenvolvido em parceria com grupos de investigadores e hospitais franceses e alemães. Uma empresa italiana já se disponibilizou para fabricar o alarme.
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"Pretendemos encontrar uma forma de prever as crises de epilepsia, desenvolver uma ferramenta transportável que recebe em permanência os sinais do cérebro", revela António Dourado, explicando que para isso estão a ser desenvolvidos "algoritmos de inteligência computacional".
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Os cientistas pretendem alcançar uma previsão com pelo menos 15 minutos de antecedência e construir um sistema que tenha uma taxa de sucesso na ordem dos 90%. O objectivo final é criar, dentro de três anos, o Brainatics, aparelho discreto que avalie em permanência, através do electroencefalograma e electrocardiograma, o estado do doente e seja capaz de prever as crises.
"A concretizar-se, este dispositivo muda completamente a vida do doente, permitindo-lhe precaver-se da exposição social e de situações de risco", diz António Dourado.
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SAIBA MAIS
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O QUE É
A epilepsia é uma alteração na actividade eléctrica do cérebro, temporária e reversível.
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40 MIL
a 70 mil pessoas sofrem desta doença em Portugal.
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CAUSA
As causas mais frequentes para a epilepsia são traumatismos que provocam cicatrizes cerebrais.(Correio da Manhã)

sábado, 7 de junho de 2008

Câncer: A pleno sol

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A pleno sol. Un turista toma el sol en la playa mallorquina de Illetas. Las Islas Baleares tienen la mayor tasa de cáncer de piel en en el mundo, de acuerdo con un estudio de la Asociación Española contra el Cáncer. (20 Minutos)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Leite orgânico ajuda a combater doenças


Cientistas britânicos compararam a qualidade do leite orgânico com o convencional.
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Os resultados indicaram que os níveis de nutrientes chegam a ser até 60 por cento no produto orgânico. Uma mais-valia contra complicações oncológicas e cardiovasculares, defendem os especialistas.
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“A investigação mostra que os níveis desses nutrientes chegam a ser até 60 por cento mais elevados em algumas amostras de leite orgânico”, revelou a equipa.
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Segundo o estudo publicado no Journal of Science of Food and Agriculture, o leite produzido de forma orgânica ganhou em antioxidantes, vitaminas e ácidos gordos representando, deste modo, mais benefícios para a saúde.
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O leite produzido pelas vacas que pastam e têm uma dieta à base de feno é mais rico em antioxidantes, vitaminas, carotenóides e ácidos gordos que fazem bem à saúde, como o ómega 3 e o ácido linoleico, sustenta a equipa, sugerindo que estas substâncias ajudam a combater o cancro e problemas cardiovasculares. (Farmacia.com.pt)

Obesidade infantil quase imbatível após os 11 anos

Saúde. Estudos revelam que daqui a 20 anos os filhos morrem antes dos pais
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Especialistas alertam para o acentuado aumento da doença
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A obesidade pediátrica está a aumentar em Portugal, e em menores cada vez mais novos. Acresce que uma criança que atinja os cinco/seis anos com sobrepeso tem 50% de hipóteses de se tornar num adulto obeso. A partir dos 11 anos, é quase impossível reverter o processo: as hipóteses rondam os 80%, salientou ao DN a pediatra Carla Rego, presidente da organização do 18.º Encontro Anual do European Childhood Obesity Group, a decorrer no Porto.
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Sobre a doença crónica que reúne especialistas internacionais, a investigadora considerou assustadoras as taxas de obesidade infantil, que afectam as crianças em termos fisiológicos, psicológicos e sociais. Trata--se de patologias diversas como diabetes, hipertensão, dislipidemia, problemas cardiovasculares, alteração das gorduras do sangue e mesmo determinados tipos de cancro.
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A massa corporal excessiva, acentuou Carla Rego, faz com que a criança e o adolescente tendam a não gostar da sua imagem, isolando-se, tristes. E daí a dificuldade de inserção nos grupos, a falta de auto-estima, o baixo rendimento escolar, as depressões e, até, os suicídios. Dados recentes indicam que daqui a 20 anos "poderemos ter filhos a morrer antes dos pais". Ou seja, sublinhou Carla Rego, "estamos a antecipar para a idade pediátrica, dos zero aos 18 anos, as doenças inerentes à velhice".
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Sabe-se, ainda, que uma mãe obesa tende a ter filhos obesos, que vêm a ser adultos obesos, pelo que se torna vital saber como quebrar este ciclo vicioso. A presidente deste encontro médico precisa que, "até ao sexto mês do bebé, a alimentação deve ser, em exclusivo, o leite materno".
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A abordagem terapêutica é incompatível com o ministrar de fármacos, impondo-se a mudança de comportamentos. Ainda que existam crianças com propensão para a acumulação de gorduras, devido a factores genéticos, a verdade é que o sedentarismo e a abundância de alimentos calóricos contribuem para o progredir da doença. (DN Online)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Pastilha combate alergia ao pólen

Terapia - tratamento diminui sintomas
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Pólen e ácaros são os maiores inimigos dos alérgicos. O tratamento dos doentes contra os agentes agressores já conta, porém, com uma terapêutica eficaz: a imunoterapia, vacina antialérgica, também disponível em pastilhas.
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A imunoterapia já é comercializada em Portugal, Reino Unido e Alemanha. No nosso país foi autorizada a venda, em 2006, do Phleum pratense (com o nome comercial Grazax).
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Para ajudar os doentes estão disponíveis vacinas sob a forma de injectáveis (subcutâneas, 14 marcas diferentes) e em comprimido sublingual (para colocar debaixo da língua).
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O especialista em imunoalergologia Libério Ribeiro, reconhece que a vacina antialérgica apresenta uma "eficácia reconhecida" nos doentes de rinite e asma e que necessitam de tratamento para as alergias, em especial provocadas por ácaros e pólen mais comuns (como a gramínea, oliveira, parietária).
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Contudo, a eficácia terapêutica do medicamento é "mais discutível no combate às alergias provocadas pelos fungos".
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Libério Ribeiro explica que a vacina antialérgica não estimula a imunidade da pessoa, e por isso não é considerada como uma vacina, pois não previne o aparecimento da doença.
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"A vacina antialérgica não previne a doença, mas diminui a intensidade e a frequência dos sintomas", disse em declarações ao CM.
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Tratamento
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O tratamento das alergias ao pólen é possível, na maioria dos casos, ao fim de três a cinco anos de terapia, durante os quais o doente deve consultar, de início semanalmente e depois uma vez por mês, um especialista para que lhe administre uma injecção subcutânea. O motivo da supervisão é evitar uma possível reacção alérgica severa.
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A imunoterapia diária em pastilha, em forma de tablete que se dissolve na boca, torna o tratamento mais cómodo, muito especialmente para quem tem uma vida profissional muito ocupada, sem tempo para ir às consultas.
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APONTAMENTOS
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40% com problemas
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Mais de 40 por cento dos portugueses sofre de doenças respiratórias. Segundo o rastreio organizado pelo Observatório Nacional de Tuberculose e Doenças Respiratórias, um quarto da população apresenta queixas de alergia.
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Rinite alérgica
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A doença respiratória que mais afecta os portugueses é a rinite alérgica.
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Sintomas
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As principais queixas respiratórias dos portugueses são a tosse crónica, pieira e ainda a falta de ar.
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O MEU CASO ANA MARIA QUINTAS: "CHEIRO A TABACO É INSUPORTÁVEL"
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Desde bebé que Ana Maria Quintas tem problemas alérgicos. Os seus "inimigos" são os ácaros, pólen e os cheiros, mesmo os agradáveis como os perfumes e os odores exalados dos produtos de limpeza doméstica. Para Ana são insuportáveis, bem como o fumo do tabaco. Quando está em contacto com estes agentesagressores, Ana Maria Quintas acaba por sentir problemas respiratórios. "Ainda no outro dia, vinha no transporte público sentada ao lado de uma mulher. Pode parecer mal, mas tive se sair dali e esperar por outro autocarro, porque não suportava o cheiro a tabaco que ela deitava", contou ao CM.
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A situação clínica de Ana Maria Quintas está agora controlada, está medicada, mas já teve crises sérias, o que a obrigou "a ir algumas vezes às Urgências hospitalares devido a falta de ar, porque, por vezes, descuidava o tratamento e as vacinas são caras".
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PERFIL
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Ana Maria Quintas tem 57 anos e é reformada, tendo a sua doença contribuído para a aposentação. Colabora com a Associação Portuguesa de Asmáticos, no Porto. (Correio da Manhã)

Programa de Saúde Oral "muito dispendioso"

Se apenas for colocado no sector público
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A ministra da Saúde, Ana Jorge, considerou esta segunda-feira que a criação de um programa de saúde oral exclusivamente no sector público seria “muito dispendioso”, explicando que seria necessário instalar equipamento e colocar muitos profissionais nos centros de saúde.
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A governante, que falava na emissão simbólica do primeiro cheque-dentista a uma grávida no Centro de Saúde de Olivais, admitiu não estarem feitas as contas da poupança para Serviço Nacional de Saúde (SNS) com o recurso aos serviços contratualizados na área privada, onde existem o equipamento e os profissionais na área da saúde oral.
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No entanto, segundo Ana Jorge, a colocação exclusiva do programa de saúde oral no sector público “exigiria um esforço muito grande para que o programa fosse alargado equitativamente”. A emissão de cheques-dentista permite que o programa se estenda de forma “mais rápida e mais equitativa por todo o País, explicou a ministra. O alargamento do programa, este ano, custará ao Estado 21 milhões de euros.
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A ministra indicou ainda que já foram emitidos 43 cheques-dentista, garantindo que todos os centros de saúde já têm essa possibilidade.
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O Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral para este ano consagra tectos máximos anuais de 120 euros para as grávidas seguidas no Serviço Nacional de Saúde e 80 euros para os idosos beneficiários do complemento solidário. O programa foi, entretanto, alargado, prevendo-se o aumento da cobertura a 80 mil jovens por ano e que abranja 65 mil grávidas. (Correio da Manhã)