terça-feira, 26 de agosto de 2008

Identificada causa da osteoporose

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Estudo de investigadores da Coreia do Sul
Identificada causa da osteoporose
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Cientistas sul-coreanos descobriram o mecanismo por detrás da osteoporose, uma doença que afecta em particular as mulheres depois dos 50 anos. A descoberta tem como base experiências em ratos de laboratório mas pode dar origem a novas linhas de investigação para remédios inovadores.
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De acordo com a equipa de cientistas da Universidade Nacional de Seul, liderada por Kim Hong-hee, as conclusões da investigação confirmam que existe uma proteína, a CK-B, que é responsável por activar o processo de deteorização dos ossos. Ao bloquear a proteína nos ratos, impediram a descalcificação dos ossos. As conclusões serão publicadas na revista da especialidade ‘Nature Medicine’.
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Actualmente os tratamentos para esta doença têm como base a ingestão de cálcio e vitamina D, mas podem causar outro tipo de complicações. Com a identificação do papel da proteína CK-B, podem surgir novas formas de abordar a doença, evitando os efeitos secundários.
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A osteoporose é hoje um problema de saúde pública. Em Portugal, estima-se que atinja 500 mil pessoas e afecte uma em cada três mulheres após os 50 anos. Traduz-se numa diminuição da massa óssea que faz com que haja uma maior fragilidade do osso. O resultado é um maior risco de se partir. Prevê-se que, nos próximos 50 anos, o número de pacientes duplique pelo aumento da longevidade. (Correio da Manhã)
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Hepatite B afecta cem mil em Portugal

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Saúde: Dois mil milhões de doentes em todo o mundo
Hepatite B afecta cem mil em Portugal
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta para a situação dramática que se vive em todo o Mundo, com o vírus da hepatite B (VHB). Esta doença, que causa cirrose e cancro do fígado, infecta dois mil milhões de indivíduos nos cinco continentes e mais de 350 milhões têm uma infecção crónica.
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Em Portugal existem cerca de cem mil infectados com o vírus. Destes, dez mil desenvolverão cirrose. Os casos mais graves, entre 400 a 500 doentes, terão cancro do fígado.
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Este panorama negro da infecção da hepatite B agora traçado pela OMS não é desconhecido do hepatologista (especialista em doenças do fígado) Carneiro Moura. Ao CM critica a falta de atenção dos governantes para o grave problema. "Durante muitos anos todas as atenções voltaram-se para a sida e descuraram-se as hepatites B e C. É preciso investir mais no tratamento e prevenção desta doença."
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Não existem dados sobre o número de mortes emPortugal relacionadas com esta doença, que não tem sintomas. Segundo o especialista, continuam a existir novos casos de doença porque "muitos sectores da população não estão vacinados". É o caso dos imigrantes, "que não vão ao Serviço Nacional de Saúde", apesar da vacinação obrigatória aos recém-nascidos ter um papel importante na prevenção. A obrigatoriedade da vacina é comum a mais de 115 países.
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A hepatite B é uma infecção viral que ataca o fígado e causa doença crónica e morte. O vírus transmite-se através do sangue e fluídos orgânicos de uma pessoa infectada e não através de contactos sociais.
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Segundo a OMS, 25 por cento dos adultos que se tornaram infectados crónicos na infância, poderão morrer de cancro do fígado ou cirrose.
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O vírus da hepatite B é cinquenta a cem vezes mais infeccioso do que o da sida e a sua prevenção é possível graças às vacinas. (Correio da Manhã)
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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fumo passivo mata sete pessoas por dia, diz estudo

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Fumo passivo mata sete pessoas por dia, diz estudo
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Todos os dias, ao menos sete brasileiros que nunca fumaram na vida morrem por doenças decorrentes da exposição à fumaça do tabaco. Por ano, são 2.655 mortos. Os dados constam no estudo "Mortalidade Atribuível ao Tabagismo Passivo na População Urbana do Brasil", realizado por pesquisadores do Inca (Instituto Nacional de Câncer) e do Iesc/UFRJ (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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Os números preocupam a pesquisadora Valeska Figueiredo, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca. "São mortes que poderiam ser facilmente evitadas. Isso mostra a necessidade de termos uma legislação mais rígida em relação ao cigarro", afirma.
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Ela defende, porém, que as estimativas são "conservadoras". É que a pesquisa considera como fumantes passivos apenas os habitantes de áreas urbanas com mais de 35 anos, que nunca fumaram e moram com pelo menos um fumante. Ficaram de fora do cálculo, portanto, aqueles expostos à fumaça no ambiente de trabalho e os moradores de áreas rurais.
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O estudo inclui apenas as três principais causas de morte por tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto e angina) e acidentes vasculares cerebrais. Outros problemas, como síndrome da morte súbita da infância e doenças respiratórias crônicas, não foram computados. "O número de óbitos provavelmente está subestimado", diz Figueiredo.
Segundo a pesquisa, de cada mil mortes por câncer de pulmão no país, sete podem ser atribuídas ao fumo passivo. No caso de doenças isquêmicas do coração, essa proporção sobe para 25 -e chega a 29 nos acidentes vasculares cerebrais.
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Dependendo da doença, as mortes de mulheres são de 1,3 a três vezes mais elevadas que as de homens. Das 2.655 vítimas anuais, 1.601 ou 60,3% são de mulheres. A faixa etária que registra maior ocorrência, tanto em homens quanto em mulheres, é de 65 anos ou mais.
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Segundo o Inca, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável do mundo, atrás só do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.
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No Brasil, onde cerca de 16% da população é fumante, o fumo em ambientes públicos ou privados de uso coletivo é regulado pela lei federal 9.294, de 1996. O texto permite a criação de áreas reservadas para esse fim, o que é criticado por associações antitabagistas.
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Os fumódromos, porém, podem estar com os dias contados. O Ministério da Saúde propôs emenda que proíbe o fumo em qualquer ambiente fechado ou semi-fechado. O texto já foi aprovado pela Casa Civil e aguarda envio ao Congresso.
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"A lei atual está defasada e expõe as pessoas ao risco, especialmente os garçons que trabalham nessas áreas de fumantes. Não existe sistema de ventilação capaz de dissipar a fumaça, assim como não existem níveis seguros de exposição", diz a chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante. (Folha.online)
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domingo, 24 de agosto de 2008

10% dos médicos das urgências vêm de empresas

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10% dos médicos das urgências vêm de empresas
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Saúde. A maior parte dos hospitais portugueses têm de recorrer aos serviços médicos de empresas. Não só no Verão, mas durante todo o ano. E os custos por hora chegam a ultrapassar o dobro ou o triplo do que é pago a médicos do quadro.
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O problema da falta de médicos nas urgências agrava-se no Verão. No entanto, o recurso às empresas prestadoras de serviços médicos começa a ser uma solução para todo o ano. Vários hospitais admitiram que o peso destes médicos tarefeiros na actividade diária ronda já os 10% a 12%. A situação está longe de agradar aos administradores hospitalares, por ser mais dispendiosa e porque a dedicação dos médicos é sempre diferente quando não integram o quadro. Mas a tendência destes serviços é para aumentar.
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Ninguém sabe quantas empresas prestam esses serviços, embora estejam ligadas à maior parte das unidades hospitalares. Na região do Alentejo, por exemplo, nenhum hospital abdica do contributo: "Sem eles não tínhamos médicos para dar resposta a todos os utentes", diz António Serrano, administrador do Hospital do Espírito Santo (Évora). Pelo menos 20 a 24 tarefeiros trabalham na unidade mensalmente, o que significa que "garantem 12% da actividade da urgência", diz.
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Tal como se verifica um pouco por todo o País, as carências são sobretudo de anestesistas, "que se agravaram com o aumento das cirurgias às cataratas". Por isso, até contactaram a Morpheus na esperança de ter mais um médico a tempo inteiro. Na urgência, têm vários especialistas a fazer horas. "Não sei se vamos conseguir responder a todas as solicitações até ao fim do ano", desabafa.
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Luís Ribeiro, administrador do Hospital de Portalegre, conta diariamente com dois médicos na triagem e um internista (o equivalente a 90 profissionais por mês), que garantem os tais "10% de produção". "A situação complicou- -se há vários anos e vai agravar-se". No Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, também é prática regular, nas áreas de obstetrícia, anestesiologia ou pediatria. "Em 2007, contratámos novos serviços de 32 empresas, embora algumas sejam empresas com apenas um médico", diz o porta-voz. "São recursos que nos têm valido em muitas situações".
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No Norte, a época do Verão está a revelar-se calma, embora os tempos de espera no Hospital de Santo António estejam mais longos aos domingos. Ao que o DN apurou, o Hospital de São João tem ultrapassado as dificuldades com a constituição de equipas fixas, mas outras unidades da região têm apostado numa empresa de médicos dedicados à urgência.
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É frequente encontrar os tarefeiros na triagem. Tal como em Portalegre, o Hospital de São Marcos (Braga), onde a procura tem crescido no Verão, "já há muitos médicos de empresas nesta tarefa", diz o chefe de equipa António Carvalho. O Centro Hospitalar de Coimbra admite que os utentes com senhas azuis e verdes (menos urgentes) estão praticamente a cargo das empresas. "Ajudam-nos a resolver muitos problemas. Mas os casos mais complexos e especializados têm resposta das nossas equipas", diz Deolinda Portelinha, a directora clínica. "Preferimos que eles tratem das situações banais. É como se fosse um SAP". Apesar de não ter dados, acredita que esta equipa tenha algum peso (12%), calculando que lá estejam quatro médicos por dia.
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A Guarda recebe mais 50% de utentes nesta altura, diz o administrador hospitalar Fernando Girão. "Este ano tivemos de fazer um concurso para 144 horas na urgência geral (seis dias) e contratar médicos para a pediatria, o que significa que realizam 10% da actividade".
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Em Lisboa, tal como Viseu, o Centro Hospitalar de Lisboa Central não recorre a ajudas externas. Mas o Hospital de Santa Maria e Pulido Valente tiveram de contratar a Morpheus. "O seu peso é de 10% na urgência, mas só contratamos anestesistas. O resto garantimos com os nossos recursos", diz Correia da Cunha, director clínico. As maternidades da capital também acusam problemas . (Diário de Notícias)
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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Sumos alteram eficácia de medicamentos

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Toranja, laranja e maçã
Sumos alteram eficácia de medicamentos
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Uma equipa de cientistas norte-americanos e canadianos descobriu que os sumos de toranja, laranja e maçã podem alterar o efeito de determinados medicamentos, reduzindo a sua eficácia.
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Os investigadores levaram a cabo este estudo com base em pacientes medicados com anti-histamínicos, usado para as alergias, onde alguns voluntários tomaram o remédio com água e outros com sumo de toranja.
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Com este estudo, os cientistas detectaram que o principal ingrediente activo de toranja reduz para metade a absorção do medicamento.
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Também os sumos de maçã e de laranja podem, de igual modo, diminuir a absorção de alguns remédios passados à corrente sanguínea através do intestino.
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Deste modo, os investigadores assinalam que os medicamentos cujo efeito pode ser afectado por estes sumos são os receitados para doenças cardíacas, para o tratamento de cancros e para a hipertensão e infecções.
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Todavia, os cientistas referem que estes resultados são apenas “a ponto do iceberg”, na medida em que outros medicamentos poderão ter o seu efeito reduzido com o ingerir de sumos de toranja, laranja e maça.
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O chefe de investigação alerta que os sumos de fruta podem anular totalmente o efeitos dos remédios. (Correio da Manhã)
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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Cientistas europeus descobrem como transformar células embrionárias em neurónios

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Cientistas europeus descobrem como transformar células embrionárias em neurónios
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Cientistas europeus descobriram como transformar, em laboratório, células embrionárias em neurónios do córtex cerebral. A descoberta abre novas perspectivas para a investigação médica sobre doenças neurológicas.
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O córtex cerebral é uma estrutura complexa, constituída por células nervosas ou neurónios, onde surgem doenças como a epilepsia ou a doença de Alzheimer. O trabalho, realizado pela equipa de Pierre Vanderhaeghen, da Universidade Livre de Bruxelas, com Afsaneh Gaillard, da Universidade francesa de Poitiers, foi colocado 'online' no domingo pela revista científica "Nature".
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Nicolas Gaspard, da Universidade Livre de Bruxelas, descobriu pela primeira vez que as células embrionárias "podem ser transformadas em neurónios do córtex de acordo com um mecanismo simples e eficaz, resumindo a essência da complexidade do córtex cerebral, mas dentro de caixas de cultura celular", referiu um investigador à AFP.
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Esses neurónios, gerados totalmente fora do cérebro, foram depois transplantados para cérebros de ratos. Um mês depois, examinando o cérebro dos ratos, foi possível ver que os novos neurónios ligaram-se ao cérebro, formando canais adequados para o efeito.
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Desta forma, acrescentou o investigador, "demonstrámos que os neurónios são funcionais". "Pela primeira vez, temos acesso a uma fonte ilimitada de neurónios específicos do córtex", referiu.
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Os investigadores acreditam que esta nova descoberta "é uma ferramenta inovadora para a investigação" e poderá ser utilizada para testar novos medicamentos.
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Este método poderá também constituir uma alternativa para algumas experiências em animais e humanos.
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A longo prazo, este trabalho abre também a perspectiva de transplantes intracerebrais contra doenças degenerativas, vasculares cerebrais ou traumas que afectam o córtex. (Público)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Metade das mulheres em risco não previne a osteoporose

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A maioria das mulheres com mais de 45 anos considera a osteoporose como uma doença grave (65.7 por cento) ou muito grave (32.2 por cento), mas apenas metade (48 por cento) admite que está a fazer prevenção ou tratamento para a doença.
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Por outro lado, a esmagadora maioria das mulheres que tomam medicamentos para a osteoporose indicam que o fazem com comprimidos diários ou semanais (92 por cento), apesar de mais de metade ver vantagem num único comprimido mensal (58.2 por cento). O estudo revela também que 24.6 por cento das mulheres com osteoporose acima dos 45 anos não estão a fazer qualquer tratamento.
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A investigação, promovida pela Associação Nacional Contra a Osteoporose (APOROS) e pela Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas (LPCDR), constata também que as mulheres que tomam precauções preventivas ou que fazem tratamento preferem medicamentos (56.9 por cento), dieta (47.7 por cento) e/ou exercício físico (38.5 por cento).
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De acordo com o Prof. Jaime Branco, médico reumatologista e presidente da LPCDR, “um dos principais problemas nas doentes com osteoporose é o abandono dos tratamentos receitados pelos médicos, o que pode ter consequências graves como por exemplo as fracturas. O tratamento mensal pode reduzir a percentagem de abandonos das mulheres à terapêutica”.
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Para a Dra. Viviana Tavares, médica reumatologista e presidente da APOROS, “o facto de apenas 5 por cento das mulheres inquiridas não saber o que é osteoporose merece o nosso destaque positivo. Acreditamos que é o resultado do investimento que temos desenvolvido na promoção de campanhas de sensibilização para esta doença”.
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Para saber mais sobre a osteoporose as mulheres admitem que tencionam consultar em 2008 um médico de família (63.4 por cento), ou um médico especialista.
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Para a realização deste estudo, a empresa Cegedim Strategic Data (CSD), responsável pela investigação, inquiriu uma amostra de 500 mulheres com idades acima dos 45 anos, com base na distribuição geográfica e por escalões etários, de forma a ser representativa. A margem de erro é de aproximadamente 4.3 por cento.
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Os resultados completos do estudo serão apresentados em Outubro. (Farmacia.com.pt)
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Vitamina C pode ser útil no tratamento do cancro

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A vitamina C poderá ser útil no tratamento do cancro, segundo um estudo norte-americano, no qual injecções de elevadas doses desta vitamina reduziram grandemente a taxa de crescimento tumoral em ratos.
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A teoria de que a vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, poderia ser utilizada no tratamento do cancro foi avançada nos anos 70 pelo cientista norte-americano Linus Pauling, que ganhou o Prémio Nobel da Química em 1954. A noção era controversa e estudos subsequentes falharam a demonstração do benefício. Contudo, esses estudos envolveram a administração oral de vitamina C.
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O novo estudo de investigadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences", envolveu injecções de vitamina C para permitir maiores concentrações desta para entrar no sistema.
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Os investigadores implantaram três tipos de células cancerígenas agressivas nos ratos de laboratório: tumores ováricos, pancreáticos e glioblastomas. Os ratos que receberam injecções com elevadas doses de vitamina C apresentaram um crescimento do tumor de cerca de metade do que os ratos que não receberam as injecções.
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De acordo com o investigador principal, o Dr. Mark Levine do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (Estados Unidos), a descoberta chave é que isto é a utilização do ácido ascórbico como fármaco e parece promissor no tratamento de alguns cancros.
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Os investigadores acreditam que as elevadas quantidades de ácido ascórbico geram peróxido de hidrogénio no organismo que actua contra as células cancerígenas.
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Segundo o Dr. Levine, parece que o peróxido de hidrogénio leva à morte de algumas células cancerígenas e não parece danificar as células normais, mas não se sabe a razão pela qual isto acontece.
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O Dr. Levine referiu que num estudo clínico recente no Canadá, no qual ele esteve envolvido, demonstrou que semelhantes doses elevadas de vitamina C podem ser injectadas em pessoas com efeitos secundários mínimos.
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Agora, o próximo passo será iniciar estudos para testar se isto funciona em humanos, acrescentou o Dr. Levine. (Farmacia.com.pt)
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Mãe depois dos 40: uma alegria e um risco

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Há cada vez mais mulheres a serem mães depois dos 40. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo «Diário de Notícias», em apenas uma década, o número de crianças cujas mães tinham mais de 40 anos aumentou 50,7%: em 1997 nasceram 2046 bebés e em 2007 esse número cresceu para 3083.
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No entanto, os perigos, nesta idade, também são maiores. para o bebé e para a mãe. O médico obstetra Carlos Aguiar explica ao DN que quanto mais velha é a mãe, maiores as probabilidades de o bebé nascer com deficiências.
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O DN cita inclusivamente estudos norte-americanos segundo os quais em 100 mil nascimentos de mulheres entre os 30 e os 34 anos, 49 bebés tinham trissomia 21, também chamada de mongolismo. Um número que aumentava para mais do dobro quando as mães tinham entre 35 e 39 anos.
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Carlos Veríssimo lembra, no entanto, que «a maioria dos centros de diagnóstico pré-natal propõe a realização de amniocentese» para diagnosticar essas alterações de cromossomas.
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Para a mãe com mais de 40 anos aumenta também o risco de diabetes gestacional ou hipertensão.
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Apesar de todos os riscos, aquele obstetra sublinha ao DN que «a gravidez após os 40 não deve ser encarada como um abismo repleto de perigos. Há que vivê-la com tranquilidade e naturalidade». (Portugal Diário)
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sábado, 16 de agosto de 2008

Jovens portugueses mais descuidados com a saúde oral


As cáries dentárias aumentaram em Portugal nos jovens entre os seis e os 15 anos. Os dados são de um estudo nacional da Direcção-Geral de Saúde que dá conta de um aumento de 21 pontos percentuais nos últimos 20 anos.
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Os jovens entre os seis e os 15 anos estão mais descuidados na atenção que devem ter com os seus dentes e, por isso, as cáries dentárias aumentaram no nosso país nos últimos 20 anos em 21 pontos percentuais.
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Os dados chegam de um estudo nacional da Direcção-Geral de Saúde, que mostra a evolução em 20 anos da saúde oral das crianças e jovens portugueses, documento que analisa o período entre 1986 e 2006.
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O estudo também indica que com o passar da idade há mais problemas nas gengivas, assim como um maior hábito de escovar os dentes, pelo menos duas vezes por dia, mas revela igualmente uma tendência positiva quanto à população com dentes sãos.
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Olhando ainda ao estudo e centrando as atenções nas regiões verifica-se que Lisboa e Vale do Tejo surge com os melhores resultados, enquanto a Madeira e os Açores registavam os valores mais baixos.
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O documento refere ainda que, com a contratualização de serviços privados, também aumentou o número de jovens com dentes tratados entre 2000 e 2006.
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Num dos pontos mais importante da higiene dentária, como o escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia, a percentagem também tende a aumentar com a idade, passando dos 50 por cento aos seis anos, para 69 por cento aos 15 anos.
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Depois de revelar todos os dados o estudo recomenda a implementação das estratégias do Programa Nacional de Promoção Saúde Oral, "o mais cedo possível, na vida das crianças" e que a prevenção seja integrada na promoção da saúde em geral.
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O estudo da Direcção-Geral de Saúde recomenda ainda a criação de serviços de saúde oral acessíveis às crianças e aos jovens, bem como de um sistema de recolha de informação epidemiológica para permitir uma avaliação de custo-efectividade das intervenções. (RTP)
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Enfermeira tentou salvar doente suicída

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Idoso atirou-se de uma janela do 4.º andar do hospital
Enfermeira tentou salvar doente suicida
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Apenas algumas escoriações e, sobretudo, um grande susto. Este foi o resultado do acto heróico da enfermeira Helena, de 35 anos, que anteontem às 06h30, tentou impedir um doente de saltar do 4º andar do Hospital de Chaves. Apesar dos seus esforços, o doente de 75 anos acabou mesmo por falecer na sequência da queda.
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A enfermeira, segundo uma colega contactada pelo CM, 'já está em casa e não tem nenhuma fractura, apenas algumas mazelas'. 'Está em estado de choque e a recuperar, mas é verdade que teve muita coragem', acrescentou. A atitude do doente deixou todos surpresos, porque nunca tinha dado sinal que poderia avançar para esta atitude tresloucada.
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Para tentar evitar o suicídio do paciente , Helena não hesitou em agarrá-lo para que este não saltasse pela janela da enfermaria 6, da cirurgia 1, onde estava internado, após uma operação a uma neoplastia gástrica. Ao agarrar Eduardo Reis, de 75 anos, a enfermeira foi arrastada com ele e ambos caíram na cobertura do serviço de urgências do hospital.
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Ainda assim, depois da queda de quatro metros, o idoso conseguiu levantar-se e deu novo salto. Não resistiu e apesar das tentativas dos médicos para o reanimar, acabou por morrer.
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A enfermeira foi de pronto assistida e ainda esteve sob observação no hospital, sendo que os ferimentos foram considerados ligeiros.
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A PSP esteve no local e o caso está a ser investigado. O CM tentou contactar o director do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro,Carlos Vaz, mas este esteve indisponível. (Correio da Manhã)
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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Cancro do útero: Vacina em Setembro

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Plano Nacional de Vacinação
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O Ministério da Saúde assegurou esta quarta-feira que se mantêm as datas estabelecidas anteriormente para integrar a vacina contra o vírus que pode provocar o cancro do colo do útero no Plano Nacional de Vacinação. Fonte oficial do Ministério prevê o início da vacinação já em Setembro.
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É ainda desconhecido o desfecho sobre uma providência cautelar interposta em Julho pela empresa Sanofi Pasteur, uma das duas concorrentes para fornecer as vacinas, contra a decisão do júri do concurso de aceitar um documento da outra farmacêutica concorrente, a GlaxoSmithKline, já depois de iniciado o processo. As duas empresas garantem estar em condições de fornecer a vacina, como previsto no caderno de encargos.
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A Comissão Técnica de Vacinação e a Direcção-Geral de Saúde recomendam que durante este ano sejam vacinadas contra o papiloma vírus humano (HPV) as raparigas nascidas em 1995, seguindo-se em 2009 as que nasceram em 1996, sendo que em 2010 será a vez das jovens nascidas em 1997. Entre 2009 e 2011 prevê-se vacinar as raparigas que tenham nessa altura 17 anos. (Correio da Manhã)
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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Infarmed alerta para possíveis avarias de "pacemakers" devido às TAC

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Alerta de entidade norte-americana
Infarmed alerta para possíveis avarias de "pacemakers" devido às TAC

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A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) alertou hoje para possíveis avarias de aparelhos como "pacemakers" e neuroestimuladores devido aos raios-x das TAC, na sequência de um "pequeno número" de casos registados pela autoridade congénere norte-americana (FDA).
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Em causa estarão "choques" não intencionados de neuroestimuladores, avarias das bombas de perfusão de insulina e alterações transitórias da frequência de estimulação de pacemakers.
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A notificação com maior frequência de eventuais efeitos adversos devido aos raios-x pode ser justificada pelo aumento do número de exames de tomografia axial computorizada (TAC), assim como pela possibilidade de débitos de dose de radiação mais elevados dos equipamentos mais recentes.
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O aumento do número de doentes com dispositivos médicos electrónicos, implantados ou externos, e mais eficiência nos sistemas de notificação são outras das explicações avançadas na nota divulgada hoje pelo Infarmed.
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O Infarmed recomenda que antes de iniciar um exame de TAC, o operador questione o doente sobre os seus dispositivos e nos casos em que seja possível retire temporariamente aqueles que são externos da zona que vai ser examinada.
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Também se deve pedir aos doentes com neuroestimuladores para os desligarem enquanto o exame é realizado e minimizar a exposição do dispositivo aos raios-x.
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Nos casos em que é necessária uma permanência directa sobre o dispositivo médico superior a alguns segundos, a equipa presente no local deverá estar preparada para tomar medidas de emergência, acrescenta o Infarmed.
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Depois do exame, o operador deverá pedir ao doente para ligar novamente o dispositivo e para que verifique se está a funcionar bem.
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Deve-se ainda aconselhar os doentes a contactarem o seu médico assistente o mais rapidamente possível, se suspeitarem que o seu dispositivo não está a funcionar adequadamente. (Público)

domingo, 10 de agosto de 2008

Farmaco experimental LAQUINIMOD reduz lesões na esclerose múltipla

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O fármaco experimental oral laquinimod, da Teva Pharmaceutical Industries, apresentou resultados positivos num estudo de Fase II para o tratamento da esclerose múltipla.
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Segundo os resultados do estudo, o fármaco demonstrou reduzir o número de lesões no cérebro em pacientes com esclerose múltipla recorrente remissiva, em comparação com placebo. Assim, o laquinimod parece atrasar a doença e ser bem tolerado pelos pacientes.
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Os resultados foram publicados na "The Lancet".Após 36 semanas do estudo com 306 pessoas, os pacientes com esclerose múltipla recorrente remissiva que tinham sofrido uma ou mais recaídas no ano anterior receberam aleatoriamente uma de duas doses de laquinimod ou placebo. Aqueles que receberam a dose mais elevada do fármaco atingiram uma redução de 40,4 por cento nas lesões cerebrais, em comparação com os que receberam placebo.
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O tratamento com a dose mais baixa não demonstrou resultados significativos em comparação com o placebo.Quando os investigadores expandiram o estudo por mais 12 semanas, os pacientes demonstraram uma redução média de 60 por cento no número de lesões no cérebro. (Farmacia)
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Países ricos não ajudam no combate à SIDA

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A 17.ª Conferência Internacional sobre sida terminou, chamando à atenção dos países ricos para o facto de não estarem a assumir os seus compromissos em relação ao financiamento do "acesso universal" ao tratamento da doença.
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Tendo congregado durante uma semana, na cidade do México, cerca de 21.000 delegados, três mil jornalistas e mais de 55 milvisitantes, a conferência - a primeira desta natureza realizada na América do Sul - apela também a toda a gente para que deixe de estigmatizar os seropositivos.
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Há dois anos, a conferência (realizada em Toronto) terminou com outro pedido dirigido ao grupo do G8 - entidade económicopolítica formada pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e o Reino Unido (antigo G7) mais a Rússia -, para que cumprisse as promessas que tinha feito para combater a sida/VIH, uma doença que tem 33 milhões de pessoas infectadas em todo o Mundo.
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Em 2005, o G8 fixara, como objectivo, a garantia, em 2010, do "acesso universal" (a tratamentos, cuidados e programas preventivos) ao processo da cura da sida. Todavia, "estamos muito preocupados que, a menos de dois anos da data fixada, os líderes do G8 só tenham alocado pouco mais de um terço dos recursos que prometeram", declarou na sexta-feira Michel Kazatchkine, director executivo do Fundo Mundial para a Luta contra a sida/VIH. No universo das pessoas infectadas, 10 milhões precisam de tratamento, mas apenas um terço deste número tem acesso ao processo.
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Prevê-se um aumento de custos - o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH (ONUSIDA) fala em cerca de 55 mil milhões de euros em 2015 -, atendendo também à progressiva alteração de medicamentos que se tornaram ineficientes.
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Os países mais afectados são os da África subsahariana, onde a doença é a principal causa de morte (dois terços dos infectados). Na África do Sul, Botswana e Zimbawe, cerca de 20% da população está doente. A ONU calcula que, em 2007, a sida tenha matdo 2,1 milhões e infectado outros 2,5 milhões. (Jornal de Notícias)
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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Saúde: Estado reduz em 20 % valor pago por algumas análises clínicas em laboratórios convencionados

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Saúde: Estado reduz em 20% valor pago por algumas análises clínicas em laboratórios convencionados
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O Estado vai reduzir em 20 por cento o valor pago por várias análises clínicas realizadas em laboratórios privados convencionados com o Serviço Nacional de Saúde, segundo uma proposta do Ministério da Saúde a que a Lusa teve hoje acesso.
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De acordo com a proposta de despacho do secretario de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ventura Ramos, esta medida será aplicada "aos actos de patologia clínica em que se verifica que o preço facturado pelos convencionados é, em 50 por cento ou mais, superior ao preço respectivo praticado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
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A medida entra em vigor a partir de 01 de Setembro e será aplicada até 31 de Dezembro deste ano, segundo o mesmo documento.
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"De facto, verificam-se ainda divergências de diversos tipos, quer na identificação e designação de actos, como nos preços praticados pelos convencionados, face ao SNS. Nomeadamente no domínio da Patologia Clínica, é reconhecida a existência de grandes discrepâncias de preços, tendendo estes a favorecer, comparativamente, o sector das convenções", justifica o Governo no despacho.
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Por outro lado, lê-se no documento, estas tabelas necessitam de alguma actualização científica, tendo que se garantir no futuro próximo a inclusão de testes que hoje não constam nos actos identificados.
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Assim, a Administração Central do Sistema de Saúde irá desenvolver um trabalho de identificação dos actos que não constam nas tabelas actuais por desactualização científica e deverá propor alterações.
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Em declarações à agência Lusa, a assessora do Ministério da Saúde, Joana Réfega, garantiu que a diminuição não será suportada pelos utentes e que visa garantir as condições para uma boa execução orçamental em 2009. (RTP)
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Sida é sempre um risco

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VIH - Especialistas cépticos em relação a estudo suíço
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Prestigiados clínicos portugueses mostram reservas ao estudo suíço, apresentado na Conferência Mundial de Sida, no México, segundo o qual "pessoas com carga viral baixa, devido à medicação, podem não transmitir o vírus e dispensar o preservativo".
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Ao CM , o ex-presidente da Comissão Nacional de Luta Contra a Sida, Fernando Ventura, garante que "mesmo entre casais, em que um dos elementos seja positivo e tenha uma carga viral baixa, a indicação, à luz dos mais actuais critérios clínicos, é a de manter o uso do preservativo". O especialista explica que "mesmo numa carga viral tão baixa, que dê negativo em análises, há o risco de uma infecção, constipação ou ferida poder aumentar a carga e o risco de contágio". Também o chefe de Serviço de Infecciologia do Hospital Egas Moniz (Lisboa), Kamal Mansinho, alerta para uma conclusão "perigosa", defendendo que "o risco de transmissão depende de várias circunstâncias" e que "uma pessoa pode contagiar outra mesmo com uma carga vírica baixa". O estudo suíço garante não haver registo de contágios naquelas condições e considera o risco "negligenciável".
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Presentes na conferência estão várias organizações não governamentais de luta contra a sida. Mas de Portugal, apenas a Fundação Portuguesa Contra a Sida marca presença. As restantes faltaram, devido à falta de verbas próprias e de apoio oficial. Margarida Martins, da Abraço, lamentou "a primeira ausência, em 16 anos de conferências mundiais".
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Quem se tornou ontem protagonista da Conferência, que reúne 25 mil especialistas, foi uma rapariga das Honduras, de 13 anos e portadora do VIH, que pediu cuidados médicos e educação sexual para crianças e jovens. Sendo os seus pais seropositivos, Karen Gonzalez pediu aos líderes mundiais que tenham em conta "opiniões" e "necessidades" das crianças e jovens portadoras de VIH/Sida. (Correio da Manhã)
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Antibióticos já não são eficazes

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Tuberculose - novos remédios dados apenas nos hospitais
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As novas classes de antibióticos, mais eficazes, são ministradas exclusivamente aos doentes nos hospitais, não sendo autorizada a venda ao público. A medida pretende evitar um agravamento das resistências nos doentes mais graves, como os que têm tuberculose.
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A resistência aos antibióticos é uma das maiores ameaças à saúde pública e o problema afecta em especial os portugueses, que são, na Europa, os que apresentam as taxas mais elevadas de resistência àqueles medicamentos.
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Em declarações ao CM, o director-geral da Saúde, Francisco George, reconhece a gravidade do problema da resistência aos antibióticos e deixa um alerta: "É necessário que sejam descobertas novas moléculas, que originam novos medicamentos, para combater o problema da resistência aos antibióticos."
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Segundo aquele responsável, o problema "é preocupante".
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O problema da resistência aos antibióticos deve-se,segundo Francisco George, ao consumo "abusivo e desordenado "dos medicamentos. "Muitas vezes os tratamentos não são completos, o que pode originar resistências."
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O assunto vai ser analisado pela Comissão Técnica para a Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos, criada por despacho do Ministério da Saúde, publicado ontem em Diário da República. (Correio da Manhã)
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vítimas não pagam

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Saúde - lesões visíveis chegam como prova
Vítimas não pagam
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A isenção do pagamento de taxas moderadoras por parte das vítimas de violência doméstica foi anunciada ainda em 2007. Mas só ontem foi publicado em Diário da República um esclarecimento, que obriga os hospitais a não cobrarem dinheiro por atenderem nas Urgências pessoas que sofreram maus tratos em casa.
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De acordo com o texto, que entra imediatamente em vigor, não pode ser cobrada taxa "sempre que alguém declare nos serviços de admissão de uma urgência em estabelecimento de saúde ou perante pessoal técnico dessa urgência ser vítima de maus tratos". Não é necessário apresentar provas, basta que haja "sintomas ou lesões que sustentem com alguma probabilidade tal alegação".
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O despacho do Ministério da Saúde surge depois de várias queixas de mulheres a quem foi pedido dinheiro pelos cuidados de saúde, apesar de haver indicações para que os tratamentos sejam gratuitos.
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É o caso de uma utente do Hospital de S. Marcos, em Braga. Em Fevereiro recebeu uma conta para pagar de 152 euros (os 8,70 euros de taxas moderadoras e o preço da consulta de especialidade). O Hospital entendeu que teria de provar que era vítima de violência doméstica para ficar isenta. E como havia um agressor, a unidade decidiu cobrar o custo da consulta a um terceiro, informando a vítima do preço. Já antes da mudança na legislação, as administrações hospitalares podiam enviar a factura ao agressor. Mas quando não era possível identificá-lo, a conta era remetida para a própria vítima de violência.
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O caso não foi único e a falta de informação das unidades de saúde motivou uma tomada de posição de vários deputados da Assembleia da República do PCP e do PS. A carta enviada em Fevereiro ao Ministério da Saúde questionava o Governo sobre as orientações dadas para fazer cumprir a decisão, "tendo em conta a existência de interpretações díspares quanto ao acesso ao direito da isenção". (Correio da Manhã)
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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Medicamentos - redução dos genéricos implica mais despesa para utentes

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Governo trava subida mas não explica como
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O Ministério da Saúde admite que a descidade 30% do preço dos genéricos implica um aumento da factura total de medicamentos paga pelos doentes. Por isso, a porta-voz do gabinete da ministra Ana Jorge garante que a decisão "será acompanhada por outras medidas" para evitar que os doentes paguem mais. Quais? Ontem, nem o Ministério sabia dizer.
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Anunciada sexta-feira pelo próprio Governo como benéfica para os doentes, a maior descida de preços imposta ao sector apanhou os laboratórios e as farmácias de surpresa. A medida não estava prevista no acordo que o Governo assinou com os laboratórios em 2006 – e que tem efeitos até 2009. E terá efeitos no preço de todos os remédios, até os de marca, porque as comparticipações são sempre feitas tendo como referência os genéricos. Sempre que um médico receitar um remédio de marca é o utente a arcar com a diferença de 30% em relação ao genérico equivalente. Mas este impacto negativo só foi admitido pelo Ministério depois de denunciado pelos outros intervenientes do sector.
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Durante o dia de ontem, a tutela fez saber que iria esclarecer a medida. Mas o esclarecimento acabou por não acontecer. A porta-voz adiantou apenas que a redução do preço será feita para todos os genéricos ao mesmo tempo, e de uma só vez em Setembro. O Governo escusa-se também a adiantar o impacto esperado para o Estado e doentes. "É uma forma de incentivar o consumo dos genéricos", refere apenas.
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LABORATÓRIOS 'PERPLEXOS'
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"Perplexa". Esta é a palavra utilizada pela indústria farmacêutica para comentar a decisão da ministra Ana Jorge. "É um valor fora de qualquer cenário admissível, que terá consequências difíceis de avaliar", afirma Manuel Gonçalves, vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, que chega a temer despedimentos no sector. O responsável recorda que o protocolo com o Governo previa a estabilidade de preços até 2009. Esta é a terceira imposição de baixas, justificada pela "conjuntura macroeconómica" do País. Manuel Gonçalves diz que nada fazia prever a decisão, pois todos os objectivos a que o Governo se propôs com a ajuda dos laboratórios foram atingidos: crescimento negativo nos medicamentos vendidos nas farmácias e contenção de despesas nos hospitais.
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AUMENTO DA DESPESA GERAL DOS UTENTES
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A Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen) sublinha os perigos para os doentes de diminuir unicamente os preços dos genéricos: "Um aumento da despesa geral com medicamentos". E considera que, a haver descida de preços, deve ser para todos, incluindo os de marca. "A forma mais rápida de aumentar a quota de genéricos e consequentemente reduzir os gastos dos utentes e do Estado, é incentivar fortemente a prescrição destes remédios e facilitar a entrada de mais produtos", diz a associação. Mas, em vez disso, o que tem acontecido é que os novos medicamentos de marca branca ficam retidos, porque a Direcção-Geral das Actividades Económicas não lhes atribui preço, lembra o presidente da Apogen, Paulo Lilaia.
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EFEITOS
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Comparticipações
Mudar o preço dos genéricos tem implicações em todo o sector. Mesmo quando se compra um remédio de marca, a comparticipação é feita sobre o valor do genérico mais caro equivalente. Se este desce de preço, também desce a comparticipação dada pelo Estado e o doente paga mais.
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Metade dos remédios
Esta mudança atinge 48,4% dos medicamentos – é a fatia do mercado total onde existe pelo menos um genérico como alternativa ao remédio de marca. (Correio da Manhã)
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domingo, 3 de agosto de 2008

Clínica alemã anuncia primeiro transplante de dois braços completos

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Operação decorreu em Munique e o paciente está bem
Clínica alemã anuncia primeiro transplante de dois braços completos

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Pela primeira vez no mundo foi realizado um transplante de dois braços completos a um homem, que tinha ambos os membros amputados após um acidente de trabalho, anunciou hoje a clínica da universidade técnica de Munique, no sul da Alemanha.
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Após uma cirurgia de 15 horas há seis dias, o paciente encontra-se bem.Em comunicado, a clínica Klinikum rechts der Isar sublinha que esta é a primeira operação do género em todo o mundo e que o estado de saúde do paciente, um alemão de 54 anos, seis dias após a cirurgia, não apresenta quaisquer complicações.
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O paciente, um agricultor que perdeu os dois braços num acidente de trabalho há seis anos, tinha tentado utilizar próteses artificiais, mas depois de resultados negativos consecutivos procurou ajuda na clínica especializada em cirurgia plástica e de mãos.
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Sob a direcção dos médicos alemães Christoph Hohnke e Edgar Biemer, uma equipa de 40 pessoas efectuou entre os dias 25 e 26 deste mês o transplante, explicado ao pormenor ao doente.
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“Antes da operação, esclarecemos-lhe que teria que lidar com o facto de que iria ter as mãos de outra pessoa”, contou Edgar Biemer à Reuters, lembrando que quando o paciente acordou da cirurgia olhou para as suas mãos e mostrou-se muito satisfeito. “Muito bem”, disse aos médicos que o acompanharam durante todo o processo.
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Edgar Biemer sublinhou que uma das principais dificuldades de um transplante de dois braços completos é encontrar dadores. “Actualmente, até o número de dadores dispostos a doar os seus órgãos internos está a decrescer”, salientou, acrescentando que continua a ser “mais aceitável ter rins de familiares doados, do que ter uma perna completa, uma mão ou uma cara”.
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Um dos últimos transplantes inéditos anunciados ao mundo ocorreu em França, em 2005, quando uma mulher de 38 anos foi sujeita a um transplante facial. Isabelle Dinoire foi atacada pelo seu cão, perdendo os lábios e o nariz, o que a impossibilitava de falar ou comer normalmente. A 27 de Novembro desse ano foi submetida à cirurgia no Hospital de Amiens, no Norte de França, numa operação que levou 15 horas a concretizar, dado que obrigou ainda ao transplante de tecidos, músculos e vasos sanguíneos de um único dador.(Público)
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Fármaco para reverter efeitos da anestesia aprovado na Europa

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A Comissão Europeia (CE) aprovou o fármaco Bridion (sugammadex), da Schering-Plough, para reverter o bloqueio neuromuscular induzido por determinados relaxantes musculares, ou seja, da anestesia após cirurgia, em adultos, assim como em crianças e adolescentes.
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A companhia referiu que o Bridion é o primeiro e único agente selectivo de ligação relaxante aprovado na União Europeia.
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O fármaco está indicado na Europa para a reversão de rotina dos efeitos dos relaxantes musculares, o brometo de rocurónio ou o brometo de vecurónio, e para a reversão imediata do brometo de rocurónio em adultos, assim como para a reversão de rotina em pacientes com idades entre os dois e os 17 anos, de modo a que os pacientes recuperem mais rapidamente da anestesia.
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Em Junho, a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou a aprovação do fármaco Bridion, como o farmacia.com.pt noticiou em "EMEA recomenda aprovação de Bridion para reverter efeitos da anestesia".
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Actualmente, o composto está a ser revisto nos Estados Unidos, onde foi recomendado para aprovação em Março. (Farmacia.com.pt)
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Alerta para administração de norfloxacina e confirmada inexistência de risco oncológico com nelfinavir

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Alerta para administração de norfloxacina e confirmada inexistência de risco oncológico com nelfinavir
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O INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento) alertou para a utilização da norfloxacina (antibiótico pertencente ao grupo das fluoroquinolonas) para administração oral nas infecções urinárias (pielonefrite complicada).
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Em nota publicada no site do INFARMED, o instituto refere que a Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) recomendou a restrição da utilização dos medicamentos que contêm norfloxacina para administração oral no tratamento de infecções urinárias.
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O Comité de Medicamentos para Uso Humano da EMEA concluiu que a autorização da utilização dos medicamentos que contêm norfloxacina para administração oral no tratamento de pielonefrite (infecção renal) complicada, aguda ou crónica, deverá ser retirada, uma vez que os riscos são superiores aos benefícios.
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Esta recomendação é também baseada no facto da eficácia não ter sido demonstrada adequadamente neste tipo de infecções.
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Em relação ao anti-retroviral nelfinavir contaminado com mesilato de etilo, o INFARMED revela ainda que os estudos avaliados pela EMEA indicam não haver um aumento do risco de desenvolvimento de cancro em doentes que o tomaram.
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Em Junho de 2007, por recomendação da EMEA, a Comissão Europeia suspendeu a autorização de introdução no mercado do nelfinavir devido à contaminação de alguns lotes do medicamento com níveis elevados de mesilato de etilo, uma substância genotóxica conhecida, que pode ser nociva para o ADN (o material genético das células). (Saúde na Internet)
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Calor altera propriedades dos remédios

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Alerta: Calor altera as propriedades
Maus remédios
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A exposição dos medicamentos às altas temperaturas do Verão pode alterar as propriedades daqueles e os efeitos que produzem no organismo, que, em vez de serem benéficos, poderão constituir perigo para o doente.
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O alerta foi dado ontem pela Autoridade Nacional do Medicamento, Infarmed, que recomenda o transporte dos remédios em embalagens isotérmicas.
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As recomendações são importantes no caso dos medicamentos para doença cardíaca: os diuréticos podem aumentar a desidratação, os anti-hipertensores (para controlar a tensão arterial) podem agravar uma hipotensão (níveis da tensão baixos) e os antiarrítmicos podem causar desidratação e tornar necessário o ajuste de dosagem. Antibióticos e anti-inflamatórios podem alterar o funcionamento normal dos rins, em caso de desidratação, e os antidepressivos, antiparkinsónicose antialérgicos podem alterar a transpiração. Os antipsicóticos podem provocar aumento da temperatura corporal e os antiepilépticos causar desidratação.
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O especialista em Saúde Pública Mário Jorge diz ao CM que o calor pode "diminuir a acção dos medicamentos ou aumentar os seus efeitos secundários". (Correio da Manhã)
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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Preço dos genéricos baixa 30 por cento a partir de Setembro

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O preço dos medicamentos genéricos vai baixar 30 por cento a partir de Setembro, disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde (MS). Segundo a mesma fonte, o Governo considera que «apesar de mais baratos do que os medicamentos de marca, os genéricos têm ainda preços elevados, nomeadamente quando comparados com os preços noutros países europeus».
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A medida «foi já anunciada às entidades representantes da indústria farmacêutica pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos», segundo a mesma fonte, que adiantou que até ao final deste ano serão ainda «tomadas medidas de apoio ao mercado dos medicamentos genéricos».
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A venda de medicamentos genéricos aumentou 22,5 por cento no ano passado face a 2006, representando um valor de mais de 586,7 milhões de euros, segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
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Quota de 17,85 por cento
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De acordo com um relatório do Observatório do Medicamento e Produtos de Saúde do Infarmed, os genéricos atingiram, em 2007, uma quota acumulada de 17,85 por cento (586.702.495 euros), contra 15,15 por cento (479.098.553 euros) em 2006.
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O crescimento verificado em volume (número de embalagens vendidas) foi de 26,5 por cento em 2007, correspondendo a 29.501.605 de embalagens vendidas, contra os 21,3 por cento verificados em 2006 (23.320.230 embalagens).
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De acordo com os mesmos dados, em 2007 «houve pelo menos 10 substâncias activas em que os medicamentos genéricos representaram mais de 70 por cento das vendas», indica o Infarmed: citalopram (antidepressivo), glimepirida (diabetes), isotretinoína (acne), omeprazol (problemas digestivos), sinvastatina (colesterol), fluoxetina (antidepressivo), ciprofloxacina (antibiótico), flutamida (cancro da próstata), ácido alendrónico (osteoporose) e sertralina (antidepressivo).
No caso do citalopram «o genérico associado a esta substância activa tem quase 100 por cento de quota de mercado», disse à Lusa fonte do Infarmed.
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Quando os genéricos ultrapassam uma quota de mercado superior a 50 por cento, o seu preço desce.
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Em Abril último, 1.861 genéricos, referentes a 13 substâncias activas, baixaram de preço, representando uma poupança anual de 15 milhões de euros (10 milhões para o Estado e 05 para os cidadãos), segundo o Infarmed.
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A alteração de preços, ao abrigo da portaria n.º 300-A/2007, prevê uma redução máxima de 12 por cento no preço.
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A 30 de Setembro do ano passado estavam autorizados 3.656 medicamentos genéricos, 2.767 dos quais com preço aprovado, e 1.830 comparticipados.
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O Ministério da Saúde e o Infarmed pretendem que a quota de mercado dos medicamentos genéricos atinja os 20 por cento no final de 2008. (Portugal Diário)
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