sábado, 31 de maio de 2008

ASPIRINA: Diminui risco de Alzheimer

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Estudo realizado por cientistas norte-americanos revela que o consumo de doses de aspirina regularmente pode reduzir o risco de contrair a doença de Alzheimer.
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A pesquisa demonstrou que as pessoas que recorrem ao uso de certos analgésicos, como a aspirina e o ibuprofeno, apresentam uma probabilidade 23% inferior de desenvolver a doença degenerativa do cérebro.
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De acordo com os cientistas, as propriedades anti-inflamatórias da aspirina diminuem o aparecimento de placas no cérebro associadas ao Alzheimer.
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Os investigadores procederam à análise de seis estudos que envolveram 13499 pessoas, de entre as quais 820 tinham a doença."Os estudos mostraram um risco reduzido de Alzheimer entre os que consumiam aspirina", afirmou Peter Zandi, coordenador da pesquisa.
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Com estes resultados promissores, os investigadores afirmam que os benefícios da aspirina contra a doença da Alzheimer devem ser aprofundados."Ainda precisamos compreender se é o tamanho da dose, ou o uso prolongado do remédio ou as características do paciente que influencia nos benefícios da aspirina", concluiu o investigador. (Farmacia.com.pt)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Saúde: Pelo menos 1,4 milhões de portugueses sofrem de rinossinusite

Saúde: Pelo menos 1,4 milhões portugueses sofrem de rinossinusite - primeiro estudo português
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Pelo menos 1,4 milhões de portugueses sofrem de rinossinusite, um problema que afecta mais o sexo feminino, concluiu o primeiro estudo português sobre a doença divulgado hoje pela Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (SPORL).
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A rinossinusite é uma conjunção de dois problemas, a sinusite e rinite, com a inflamação dos seios peri-nasais a ser acompanhada de inflamações prévias ou simultâneas da cavidade nasal.
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O estudo, que envolveu 5.116 indivíduos de várias regiões do país, procurou determinar a predominância da rinossinusite aguda e crónica em Portugal e é a primeira fase numa série de análises.
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"Existem vários estudos sobre este assunto noutros países europeus. Achámos que era uma grande lacuna, nesta área, não haver ainda um em Portugal", explicou o presidente do SPORL, João Marta Pimentel.
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Segundo o estudo, a rinossinusite é uma patologia mais elevada nas mulheres e, em termos de faixa etária, é mais frequente entre os 60 e os 65 anos de idade.
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A maioria dos casos com rinossinusite aguda verificam-se no Norte do país enquanto que os indivíduos com rinossinusite crónica moram maioritariamente na Zona de Lisboa e Vale do Tejo.
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A rinossinusite aguda é considerada crónica a partir da 12ª semana de prevalência dos sintomas.
Luísa Monteiro, membro da SPORL, salientou por outro lado que o médico de família é dos que precisa de estar mais preparado para este tipo de casos, uma vez que o estudo identifica que 72 por cento dos doentes recorrem primeiro a este médico.
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O coordenador do estudo e membro do SPORL, Ezequiel Barros, salientou que a rinossinusite é uma doença que "reflecte uma diminuição da qualidade de vida das pessoas e que tem também um impacto económico na sociedade".
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O absentismo no trabalho e na escola devido a este problema chega aos 18 por cento, adiantou, explicando que os doentes faltaram, em média, por ano, entre 6 a 14 dias ao trabalho e entre 7 a 13 dias à escola.
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"Este tipo de absentismo tem um impacto económico sério na sociedade portuguesa", destacou Ezequiel Barros.
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A segunda fase do estudo irá envolver uma análise dos clínicos gerais na abordagem desta doença, enquanto que a terceira fase analisa os otorrinolaringologistas.
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O presidente do SPORL adiantou que uma vez concluído este primeiro estudo "espera-se que a segunda e terceira fase estejam prontas já no começo da próxima primavera".(Notícias.sapo.pt)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Aljustrel lidera risco de morte por cancro

Alvito lidera nas doenças do aparelho circulatório
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Aljustrel e Alcochete foram os concelhos do Continente com o maior risco de mortalidade por cancro no Continente entre 2000-2004 e o Alvito teve o maior registo de óbitos por doenças ligadas ao coração, segundo um estudo apresentado esta terça-feira, noticia a agência Lusa.
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Estas conclusões - bem como a falta de coincidência entre as taxas mais elevadas de mortalidade e de internamentos - constam do livro «Análise da Mortalidade e dos Internamentos Hospitalares por Concelhos de Portugal Continental (2000 e 2004)», apresentado em Lisboa, na presença do ex-ministro da Saúde Correia de Campos.
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Nesta primeira fase do estudo, foram analisados os óbitos e os internamentos de acordo com quatro grandes grupos de causas: «todas as causas, excepto causas externas» (que incluía 95 por cento do total de óbitos em Portugal Continental entre 2000 e 2004), doenças do aparelho respiratório, doenças do aparelho circulatório e neoplasias malignas (cancro).
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Da análise feita concluiu-se que os internamentos ocorreram a Norte, com a Covilhã a liderar a tabela. Apenas em Lisboa e Vale do Tejo se encontrou um número reduzido de concelhos com taxas de mortalidade e internamento superior ao percentil 90.
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Dos três grandes grupos estudados de doenças, as regiões de Lisboa e Beja são das mais citadas em termos de cancro e patologias do aparelho circulatório, enquanto nas doenças respiratórias as maiores taxas padronizadas estão no Centro e Norte, com alguns concelhos de Lisboa e Vale do Tejo a destacarem-se por pneumonia e gripe.
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Quanto a doenças do aparelho circulatório, onde se incluem as cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais (AVC), provocaram no período em estudo quase 40 por cento dos óbitos totais e 14,5 por cento dos internamentos.
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O concelho do Alvito registou as maiores taxas de mortalidade em todas as doenças do aparelho circulatório, incluindo os acidentes vasculares cerebrais e a doença isquémica do coração, que pode provocar enfartes.
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As neoplasias malignas (cancro) foram responsáveis por 22,2 por cento das mortes e 6,5 por cento de internamentos, com o maior risco de mortalidade a constatar-se nos distritos de Beja, Setúbal, Porto e alguns concelhos do distrito de Viana do Castelo.
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Beja somou os maiores valores no geral e também em termos de neoplasias malignas de brônquios e pulmões.
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Segundo o estudo, em zonas como Penamacor e Fundão há mais do dobro do risco de internamento.
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Já as doenças do terceiro grande grupo, as relacionadas com o aparelho respiratório, provocaram 9,1 por cento da mortalidade e 9,8 dos episódios de internamento.
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As maiores probabilidades de morte ou de ser ser internado devido a estas doenças é no Centro e Norte, principalmente no Porto e Aveiro, enquanto os valores mais baixos encontram-se em alguns concelhos do Alentejo e do interior.
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Para a população residente no concelho de Bragança, o risco de internamento hospitalar foi sempre superior ao do continente, atingindo um máximo no caso da pneumonia e gripe.
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Da autoria de Rita Nicolau, Ausenda Machado, José Marinho Falcão e Baltazar Nunes, o livro é o resultado da conclusão da primeira de três fases do projecto GeoFASES (análise Geográfica de Factores Ambientais e Socio-Económicos em Saúde. (Portugal Diário)

Cães podem "diagnosticar" cancro nos humanos

Cientistas pretendem utilizar animais na detecção da doença em fase precoce
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Vários cientistas da Fundação Pine Street, na Califórnia pretendem provar que os cães podem «diagnosticar» cancro em seres humanos, farejando a doença através da saliva ou da urina da pessoa, informa a imprensa brasileira.
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A fundação Pine Street realizou um teste que envolveu 55 pessoas com cancro de pulmão e 31 com cancro de mama. Ao mesmo tempo, foram testadas 83 pessoas sem a doença. Os cães acertaram entre 88 a 97 por cento dos casos.
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A pesquisa refere que bastariam apenas três semanas para tornar um cão num verdadeiro médico. De acordo com os cientistas, o animal também pode detectar, entre amostras do hálito humano, e distinguir qual é o de um portador de cancro de pulmão ou mama.
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Isto seria feito precocemente, quando a doença ainda não manifestou sinais claros de que está presente no organismo da pessoa em questão. (Portugal Diário)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Apenas 30% dos jovens come sopa no Verão

Apesar da Organização Mundial de Saúde alertar para os perigos de não se consumir legumes e hortaliças diariamente, a maior parte dos jovens não come sopa durante o Verão.
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A ingestão deste prato baixa de 71% no Inverno para 43% no Verão, quando falamos na população em geral.
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De acordo com o estudo, no Verão somente 30% dos jovens, entre os 15 e os 24 anos, consume sopa todos ou quase todos os dias, enquanto no Inverno esse número sobe para 60%.
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Esta pesquisa foi realizada pela empresa portuguesa de estudos de mercado Growth from Knowledge, com o objectivo de avaliar os hábitos de consumo de sopa no Verão. Realizado em Abril de 2008, o estudo envolveu indivíduos com mais de 15 anos de idade, que comem sopa pelo menos uma vez por mês.
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Nos meses mais quentes, os portugueses alteram os seus hábitos alimentares diminuindo o consumo de sopa.
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Como a sopa é um grande fornecedor de vegetais, pode colocar-se em risco o consumo recomendado pela Organização Mundial de Saúde – no mínimo 400 gramas de vegetais e fruta por dia – e consequentemente a descuidar a saúde.
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O estudo demonstra também que no Verão, mesmo entre os mais velhos (com mais de 65 anos), que se revelaram os maiores consumidores de sopa, a percentagem de ingestão desce de 82% no Inverno para 62%.
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Mas esta tendência mantém-se igualmente entre adultos (71% no Inverno passa para 43% no Verão) e crianças (85% no Inverno e 67% no Verão).“Sabe-se que o hábito de comer sopa diminui bastante no Verão.
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Se não houver um aumento do consumo de legumes de outras formas, pode não se satisfazer as necessidades diárias destes alimentos”, diz Elsa Feliciano, nutricionista vice-presidente da Confraria das Sopas.
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Porém, vários estudos comprovam que a sopa de legumes, tradicionalmente portuguesa, é insubstituível na prevenção de algumas patologias em todas as idades, como o colesterol elevado, a obesidade, entre outras.
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Para Elsa Feliciano, “a sopa associa-se a um início de refeição saudável, baixo em calorias e muito saciante, que diminui o apetite para outros alimentos mais calóricos do prato principal ou sobremesa. Desta forma, ajuda a regulação do apetite, muito importante para quem quer controlar o peso” esclarece a profissional de saúde.
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Mais sopa, mais saúde
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De acordo com o estudo, o calor é o principal factor apontado pelos entrevistados para não integrarem a sopa na sua alimentação durante os meses de Junho, Julho e Agosto. Os portugueses parecem assim esquecer-se que “a sopa é uma excelente fonte de água, minerais, vitaminas, fibras e antioxidantes, essenciais para nos mantermos hidratados nos períodos com temperaturas mais altas. Para além disso, serve para compensar os deslizes alimentares que todos cometemos nesta altura, como as bolas de Berlim ou as batatas fritas na praia”, destaca Elsa Feliciano.
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Embora a maioria não coma sopa todos os dias, perto de 90% dos entrevistados reconhece que é um prato que “contribui para uma alimentação saudável” tanto no Verão como no Inverno.
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Segundo Elsa Feliciano, “a sopa é efectivamente um tipo de confecção culinária bem adaptado às exigências do organismo porque disponibiliza uma variedade de nutrientes que dificilmente se encontram em simultâneo, noutros pratos”.
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O estudo comprova ainda que a maior parte dos adultos quando não come sopa opta por saladas (46%), frutas (30%) ou legumes (26%). Neste sentido, a nutricionista recorda que “a sopa, pelo facto de os vegetais estarem cozinhados e se aproveitar a água da cozedura, tem um valor nutricional muito superior ao dos legumes crus ou cozinhados de outras formas. Para além disso a temperatura de cozedura dos legumes destrói os micro-orgarnismos e parasitas, tornando a sopa um prato muito seguro”, explica.
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Independentemente da estação do ano, “as pessoas devem consumir pelo menos 400 gramas de vegetais e fruta, tal como recomenda a Organização Mundial de Saúde. Neste contexto a sopa revela-se um excelente contributo para atingir este objectivo da”, enfatiza a nutricionista. (Barlavento Online)

domingo, 25 de maio de 2008

Prevenção: Especialistas pedem atenção à exposição solar

Bronzeado pode ser fatal
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Nos olhos, os óculos escuros. Na cabeça, um chapéu. A partir de agora no corpo, uma segunda pele. Os cuidados com os raios solares multiplicam-se. Para muitos não basta já besuntar o corpo com o protector solar, que não é infalível perante a força do satélite natural da Terra. Disponível está já em Portugal, à semelhança do que acontece noutros países do Mundo, roupa capaz de proteger da radiação ultravioleta, a responsável pelos escaldões e ainda por muitos dos cancros da pele. Os especialistas agradecem.
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"Colocamos o acento tónico na protecção", confirma ao CM João Abel Amaro, director do serviço de Dermatologia do IPO de Lisboa e coordenador nacional das actividades do Dia do Euromelanoma, que se assinala amanhã. "Deve usar-se todos os métodos possíveis. Em Portugal há várias marcas de roupa de praia preparadas para enfrentar o Sol, mas ainda não há muita adesão, ao contrário do que acontece, por exemplo, na Austrália, onde este tipo de vestuário é moda há muitos anos."
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Toda a protecção parece pouca, uma vez que o preço a pagar pelos excessos pode ser muito alto. No nosso país estima-se que todos os anos dez mil pessoas sejam confrontadas com o diagnóstico de cancro da pele. Destas, 800 têm de enfrentar o mais maligno e mortal: o melanoma, que afecta cada vez mais jovens.
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"É que o protector solar é apenas um complemento", reforça o especialista. "A prioridade deve ser dada ao vestuário e à sombra." Cuidados que os portugueses, ansiosos pelo Sol, não devem nunca esquecer. "Temos tido uma Primavera muito invernosa e anos como este são os mais traiçoeiros. Quando temos calor desde Abril as pessoas vão apanhando Sol pouco a pouco e a pele vai-se habituando. Este ano, quando vier o calor, as pessoas não vão estar preparadas."
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RASTREIOS PELO PAÍS
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Não podemos viver sem ele, mas o Sol em excesso é responsável por 90% de todos os casos de cancro de pele. A prevenção surge como a principal arma no combate à doença, que vai afectar uma em cada seis pessoas ao longo da vida. O apelo faz-se acompanhar, uma vez mais, por rastreios à pele, espalhados pelo País, com início amanhã, Dia do Euromelanoma. IPO de Lisboa, Hospital Garcia de Orta (Almada), Curry Cabral (Lisboa), Nossa Senhora do Rosário (Barreiro), São Marcos (Braga), Amato Lusitano (Castelo Branco), Espírito Santo (Évora), Santo André (Leiria) são algumas das unidades de Saúde que realizam esta acção. n
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MAIS PEQUENOS DEVEM ESTAR PROTEGIDOS
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Porque a pele das crianças é muito mais sensível do que a dos adultos, os cuidados devem ser acrescidos, evitando-se as horas de maior calor, sem esquecer o uso de protector solar. (CM)

Melanomas aumentaram 400% em 40 anos

Porque uma cara conhecida ajuda sempre a passar melhor uma mensagem e porque o senso comum nem sempre tem as melhores percepções, a figura escolhida para o Dia Euromelanoma, que se assinala amanhã, é a atleta Rosa Mota. E a mensagem é simples os riscos de desenvolver cancro por exposição excessiva ao Sol não são exclusivos da praia. O desporto ao ar livre é "uma das actividades que mais expõe a pele" e, dado o cada vez maior número de adeptos e a cada vez maior falta de cuidado, contribui para o aumento de casos.
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De acordo com a Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo (APCC), o excesso de exposição ao Sol é responsável por 90% dos cancros da pele. E uma em cada seis pessoas da população branca poderá desenvolver a doença. Insistir na prevenção é o lema deste Dia Europeu de Prevenção do Cancro Cutâneo, que contará em Portugal com rastreios em vários hospitais.
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Apesar de o nosso país ainda estar abaixo da média europeia de novos casos anuais de melanoma (o mais maligno e o menos comuns dos cancros de pele), a incidência em Portugal aumentou 400% nos últimos 40 anos de dois casos por cem mil habitantes, passou para oito casos (ou seja, 800 novos doentes por ano), com uma mortalidade de 10% a 20% ao fim de cinco anos. O melanoma representa 8% de todos os tumores malignos cutâneos, mas é responsável por 85% das mortes por cancro da pele.
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E o aumento, segundo Osvaldo Correia, da APCC, encontra explicação nos comportamentos dos portugueses, bem retratados por um inquérito promovido no Verão passado nas praias. Cerca de 75% dos jovens entre os 16 e os 24 anos relata "antecedentes de queimadura solar". Ora, os chamados escaldões - decorrentes da exposição solar excessiva brusca e intermitente - são justamente os maior factor de risco no desenvolvimento de melanoma.
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"A população mais jovem é a mais resistente às boas práticas" de consumo de Sol, explica o médico. Apenas 32% dos jovens dos 11 aos 15 anos e 25% dos adolescentes e jovens adultos usa chapéu, só 30% e 40%, respectivamente, usam protector solar antes de chegar à praia, e 46% e 70% insiste em ficar no areal nas horas críticas (entre o meio dia e as 16 horas).(Jornal de Notícias)

sábado, 24 de maio de 2008

Proscar/Propecia poderá ajudar a prevenir cancro da próstata

--------------------------------------------------------Photo Credits: BBC
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Um estudo, publicado na "Cancer Prevention Research", revelou que o fármaco Proscar/Propecia (finasterida), da Merck & Co, poderá ajudar a prevenir o cancro da próstata.
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A nova análise dos dados de um estudo chave do cancro da próstata, que foi inicialmente apresentado em 2003, fortaleceu a visão de que o fármaco, comercializado anteriormente pela Merck and Co como Proscar para o tratamento da próstata aumentada e agora disponível como genérico, pode ser uma arma valiosa para prevenir o cancro da próstata.
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Este fármaco afecta os níveis de hormonas nos homens.Os dados, apresentados no congresso da "American Urological Association", em Orlando, demonstraram que a finasterida reduziu o risco do homem de desenvolver cancro da próstata em cerca de 30 por cento.
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Os homens do estudo estavam a tomar o fármaco em doses de 5 miligramas.
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A análise revelou ainda que os casos de cancro que fármaco preveniu no ensaio eram clinicamente significativos, uma vez que eram do mesmo tipo dos que são actualmente tratados com radiação e remoção cirúrgica da glândula prostática. (farmacia.com.pt)

Saúde: Candidatos à liderança do PSD querem destruir o SNS, diz Francisco Louçã

O líder do BE, Francisco Louçã, acusou hoje os candidatos à liderança do PSD de quererem destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS), criando "um serviço de misericórdia" para pobres e outro "de grande qualidade" para ricos.
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O coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda (BE) falou à comunicação social no final de uma visita ao Hospital de S. Francisco Xavier, que integra o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.
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Francisco Louçã, que visitou o hospital acompanhado pelo deputado bloquista João Semedo, apresentou um projecto de lei que atribui "a qualquer cidadão admitido num serviço de urgência do SNS o direito de acompanhamento por familiar ou amigo" e contestou as posições dos candidatos à liderança do PSD sobre a saúde.
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"Parece que quase todos os candidatos do PSD, senão todos, estão de acordo em desmantelar a universalidade do SNS, querem acabar com o acesso igualitário de todas as pessoas que pagam os seus impostos e que têm direito a serem tratadas com a melhor competência, quer dizer, querem destruir o SNS", observou.
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Na sexta-feira à noite, durante um debate na TVI, os candidatos à liderança do PSD Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho declararam-se a favor do fim do SNS tendencialmente gratuito para todos, defendendo que sirva quem tem menos recursos.
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Manuela Ferreira Leite argumentou que actualmente "aqueles que têm muitos recursos não usam esse mau serviço, pagam impostos para manter esse serviço e simultaneamente tornam a pagar o serviço porque vão aos serviços privados".
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Segundo Francisco Louçã, os candidatos à liderança do PSD e o Governo do PS "estão muito de acordo" em matéria de saúde.
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"Instalou-se no Governo do PS e na direita uma espécie de consenso que é o seguinte: Deve haver um serviço de misericórdia para que os pobres sejam tratados e depois deve haver um serviço de saúde de grande qualidade para quem o pode pagar", considerou.
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"Nós não queremos que a diferença da carteira tenha nenhum peso na qualidade do serviço de saúde a que as pessoas têm direito", contrapôs.
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"Qualquer pessoa tem de ter direito aos melhores médicos, às melhores competências, ao melhor atendimento, ao máximo respeito. Isso é que um SNS. É para isso que pagamos impostos, para que haja o cuidado de todos em relação a todos", defendeu o líder do BE.
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Francisco Louçã reforçou que "é preciso afirmar radicalmente a exigência desse mínimo de democracia que é o SNS", assegurando que "as pessoas são diferentes na sua vida, na sua profissão, na sua riqueza, mas têm que ser iguais quando estão confrontadas com o desespero de um problema grave de saúde".
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"É por isso que propomos, também em pequenas medidas como o acompanhamento por um familiar nos serviços de urgência, uma generalização de regras iguais para todos", acrescentou.
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"Seis milhões de pessoas estiveram no ano passado nas urgências, muitas delas submetidas a dificuldades, estão no corredor, demoram a ser atendidas, estão desesperadas, têm medo. O atendimento e a humanização do serviço passam por medidas simples", afirmou Louçã.
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O projecto de lei do BE apresentado hoje impõe às instituições do SNS com serviços de urgência que procedam às alterações necessárias nas suas instalações "no prazo de 180 dias" para "permitir que os doentes possam usufruir do direito de acompanhamento".
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O diploma ressalva que, por regra, "não é permitido acompanhar ou assistir a intervenções e outros exames ou tratamentos" que possam ser prejudicados pela presença de um acompanhante.
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Francisco Louçã criticou o Governo por ter "deixado sair cem profissionais deste centro hospitalar" de Lisboa Ocidental e referiu que "saíram quase mil médicos do conjunto do SNS recentemente".
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Para responder à saída de médicos, adiantou que o BE apresentará "dentro de pouco tempo um projecto de lei que tem uma longa preparação" estabelecendo a "criação de uma carreira do serviço público que seja muito qualificada".(Notícias.sapo.pt)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Doentes com Lúpus aumentam no Norte do país

Estudo do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
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O número de doentes com Lúpus tem vindo a aumentar nos últimos anos na região Norte de Portugal, revela um estudo divulgado no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).
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O aumento do número de doentes no Norte do país consta da tese de doutoramento de Carlos Vasconcelos, responsável pela Unidade de Imunologia Clínica do Hospital Santo António, no Porto, que realizou um levantamento inédito da prevalência e incidência desta doença no Norte do país.
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As conclusões do trabalho indicam que, em 88% dos casos, os doentes são do sexo feminino, têm uma idade média de 31 anos e uma sobrevida ao diagnóstico de 15 anos.
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O estudo também indica que a doença afecta dez mulheres para cada homem.
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Na década de 60, mais de metade das pessoas afectadas com Lúpus não estava viva cinco anos após as primeiras manifestações da doença. (Saúde na Internet)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

PODOLOGIA: Portugueses preocupam-se pouco com a saúde dos pés

De acordo com um estudo realizado em 2007 pela Associação Portuguesa de Podologia, 86 por cento dos portugueses sofre de doença nos pés, sendo as mais frequentes as onicomicoses, o pé-de-atleta e as hiperqueratoses. No entanto, apenas 12 por cento das pessoas já foi a uma consulta de podologia, a ciência na área da saúde que estuda o pé.
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Enquanto base de sustentação de todo o corpo, os pés devem ser alvo de cuidados especiais, nomeadamente para prevenir as patologias que frequentemente os assolam.
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"Em primeiro lugar devemos olhar para os pés como mais um órgão do nosso corpo e não como um acessório" alerta Manuel Azevedo Portela, presidente da Associação Portuguesa de Podologia.
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De acordo com este especialista "devemos lavar os pés todos os dias, com um sabonete de PH neutro, porque a pele tem um PH alcalino e há determinado tipo de microorganismos, nomeadamente os fungos, que se desenvolvem neste tipo de meio". Após a lavagem é importante secar muito bem os pés, "principalmente nos espaços interdigitais, ou seja, entre os dedos, porque associado ao excesso de transpiração, se deixarmos humidade no meio dos dedos a pele começa a ficar mais macerada e sensível", refere Manuel Azevedo Portela, aconselhando também o uso de um creme hidratante específico para os pés, nomeadamente na zona onde a pele é mais grossa e mais seca.
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Pelo contrário, "na zona interdigital nunca se deve colocar creme hidratante, para que não fique com excesso de humidade", adverte o especialista. Após estes cuidados podem calçar-se meias, mas é importante que estas sejam de fibras naturais, tais como a seda, o algodão ou a lã, porque permitem que o pé respire com mais facilidade e são mais absorventes em relação ao excesso de transpiração.
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Além disso, de acordo com o presidente da Associação Portuguesa de Podologia "devemos optar sempre por sapatos de fibras naturais, confortáveis e adequados ao tamanho do pé". No caso das senhoras, o uso de saltos altos não é, contudo, desaconselhado, no entanto, é importante ter em atenção o tamanho desses mesmos saltos, uma vez que estes nunca devem ultrapassar os três ou quatro centímetros.
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Manuel Azevedo Portela, salienta, por outro lado, que "existem também muitas patologias que se prendem com o uso de chinelos, que obriga a que o pé adopte um determinado tipo de posição para segurar o calçado, nomeadamente os dedos em garra, o que pode produzir lesões, não a curto, mas sim a médio e longo prazo".
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Relativamente à estética, os cuidados de beleza não são vistos pelos especialistas como prejudiciais para a saúde do pé, muito pelo contrário, desde que sejam feitos correctamente.
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"Pintar as unhas, por exemplo, não tem nada de mal, mas é preciso ter atenção à remoção das cutículas, que funcionam como uma barreira de protecção entre a unha e a pele.
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Existem determinados tipos de microorganismos no pé que são comensais, ou seja, que estão em contacto com o nosso pé mas que não provocam danos, a não ser que exista alguma alteração nas defesas do nosso organismo e se crie uma porta de entrada", esclarece o especialista, frisando que as pessoas "podem e devem arranjar os pés, pintar as unhas ou colocar unhas de gel, mas só se forem saudáveis, nunca para camuflar patologias.
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Sempre que as pessoas notem alguma alteração ao nível estético, devem ter em atenção que se trata de um problema de saúde e que deve ser tratado como tal, numa consulta de podologia. (Dica da Semana)

Saúde: Teste sanguíneo pode detectar precocemente cancro do pulmão

Um simples teste sanguíneo pode permitir detectar o cancro do pulmão nos primeiros estados do seu desenvolvimento com uma precisão sem precedentes, segundo um estudo apresentado segunda-feira.
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Este teste baseia-se mais nas assinaturas genéticas do cancro nas células dos glóbulos brancos do paciente do que nas marcas químicas do tumor no seu sangue, explicou em comunicado Anil Vachani, da Universidade da Pensilvânia, principal autora deste estudo.
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"Descobrimos que os tipos de genes presentes nessas células (do sistema imunitário) poderia indicar se o cancro está ou não presente", acrescenta.
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Para verificar a fiabilidade deste teste, os investigadores recrutaram 44 pacientes com cancro do pulmão nos primeiros estados e um grupo de controlo de 52 pessoas, comparáveis em termos de idade, sexo, raça, e também fumadores e não fumadores.
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Os investigadores utilizaram depois um leque de características genéticas para determinar os melhores `alvos` para detectar a presença de cancro do pulmão.
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Os autores do estudo determinaram que um grupo de 15 genes pode revelar a presença de um cancro emergente em 87 por cento dos casos.
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Comparativamente, "um exame com um tomógrafo apenas permitiu detectar nódulos em 20 a 60 por cento dos sujeitos", afirma Vachani.
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A médica realçou que a elevada taxa de falsos resultados positivos dos testes actuais obriga frequentemente o paciente a ser submetido a uma quantidade de testes suplementares, como as biopsias.
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"Se este último teste sanguíneo puder ser aperfeiçoado para ser utilizado a grande escala, poderia permitir evitar todos os exames adicionais", segundo Vachani. (RTP)

Uso do telemóvel na gravidez causa hiperactividade

Mulheres grávidas que usem o telemóvel podem ter mais possibilidades de ter filhos com problemas de comportamento, como hiperactividade, de acordo com um estudo realizado pela Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, e a de Aarhus, na Dinamarca.
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De acordo com a investigação, filhos de mães que utilizavam o telemóvel, pelo menos duas ou três vezes diárias durante a gravidez, estavam 54% mais propensos a ter problemas comportamentais, quando chegavam à idade escolar, e os riscos parecem aumentar conforme o uso é mais frequente.
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Quando as próprias crianças usavam o aparelho antes de completar os sete anos, tinham em média, 80% mais risco de ter problemas. Contudo, os autores da pesquisa afirmam que os resultados foram inesperados e devem ser interpretados «com cuidado», já que se trata do primeiro estudo do tipo e torna-se necessário pesquisar mais sobre o assunto.
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Mães de 13.159 crianças foram recrutadas ainda durante a gravidez e, quando os seus filhos completaram sete anos, em 2005 e 2006, responderam a um questionário sobre a saúde e o comportamento das crianças, assim como sobre o uso do telemóvel durante e após a gravidez e pelos próprios filhos.
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No entanto, é preciso aprofundar a investigação para estabelecer se a causa dos problemas comportamentais foi, de facto, o uso do telemóvel, já que, de acordo com os cientistas, estes podem não ser resultado da radiação emitida pelo aparelho, mas, sim, estarem associados à pouca atenção dada à criança pela mãe que usa o dispositivo com muita frequência.
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Se isso ficar comprovado, dizem os especialistas, «o assunto será uma questão de preocupação em termos de saúde pública, devido à utilização generalizada da tecnologia». O estudo será publicado em Julho, na revista especializada Epidermiology. (Diário Digital)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Genéricos ultrapassam 80% da quota de mercado em seis medicamentos


Os medicamentos genéricos ultrapassaram 80% da quota de mercado em seis das dez princípios activos mais receitadas, no primeiro trimestre, em termos de embalagens vendidas, de acordo com os últimos dados revelados pelo INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
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Os seis princípios activos em que os genéricos lideram são: citaloplan (antidepressivo), glimepirida (diabetes), omeprazol (problemas digestivos), sinvastatina (colesterol), isotretinoína (acne) e ciprofloxacina (antibiótico).
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No que respeita aos outras quatro princípios activos mais receitadas, os genéricos já ultrapassaram 70%. São, neste caso, ácido alendrónico (osteoporose), a flutamida (cancro da próstata), a fluoxetina (antidepressivo) e o meloxicam (anti-inflamatório).
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Segundo nota do INFARMED, citada pelo Portal da Saúde, o consumo de medicamentos genéricos atingiu, em valor, uma quota acumulada de 19,26% no período Janeiro-Março deste ano, face a 17,24% no período homólogo de 2007. Em termos de embalagens vendidas, a quota subiu, de 10,99% em 2007, para 13,6% nos primeiros três meses do ano.(Saúde na Internet)

domingo, 18 de maio de 2008

Modificações de um gene pode impedir o lúpus

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O lúpus, uma doença crónica auto- imune de causas genéticas complexas, poderá ser evitada e curada através da modificação de um único gene, indica um estudo hoje publicado nos Estados Unidos.
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"Embora a doença resulte de vários factores que agem em conjunto para desencadear os sintomas, mostrámos que bastaria corrigir uma função crucial do gene FCRgIIB para a impedir", explica Jeffrey Ravetch, director do Laboratório de Imunologia e genética molecular da Universidade Rockefeller, num artigo da revista Science.
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O cientista, que coordenou um estudo feito com ratinhos, sublinhou que a correcção dessa função do gene poderia também permitir a cura completa no homem.
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A doença traduz-se por uma acumulação de anticorpos que desencadeia uma reacção do sistema imunitário contra os tecidos sãos do corpo.
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Os sintomas mais comuns são fadiga, febre, dores musculares, anemia, inflamações cutâneas e do sistema respiratório e, nalguns casos, insuficiência renal e crises somato-sensitivas.Para Betty Diamond, investigador na Faculdade de Medicina da Universidade de Columbia, estes trabalhos representam uma primeira etapa importante para "compreender melhor a chave desta doença"."Esperamos que essa chave seja idêntica nos seres humanos", acrescentou o cientista, que colaborou no estudo.
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O Lúpus é dez vezes mais frequente nas mulheres, atingindo-as sobretudo entre os 15 e os 45 anos.Estima-se que cerca de 1,5 milhões de norte-americanos sofrem de uma forma ou outra de Lúpus, que, não sendo uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna, não tem cura.
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Se for bem tratada, pode haver uma remissão que permita a paragem do tratamento por grandes períodos de tempo ou até para o resto da vida. (Farmacia.com.pt)

Doenças auto-imunes transmitem-se até à 3ª geração

Doenças auto-imunes transmitem-se até à 3ª geração
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Um estudo realizado por quatro hospitais portugueses junto de 321 famílias revela que as doenças auto-imunes, como o lúpus e a artrite reumatóide, podem transmitir-se a descendentes até à terceira geração.
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O médico Carlos Ferreira, um dos autores do estudo esta apresentado quinta-feira em Braga pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, diz que as doenças auto-imunes se transmitem à segunda e terceira geração, «atacando» 15 a 20% familiares consanguíneos.
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Segundo o especialista, estas doenças, entre as quais se inclui a patologia da tiróide, a diabetes juvenil ou a esclerose múltipla, abrangem entre 20 e 50 pessoas em cada 100 mil habitantes, na maioria mulheres, o que significa que haverá entre dois a cinco mil portadores da doença em Portugal.
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O estudo, intitulado «Lupus eritematoso sistémico e outras doenças auto-imunes em familiares consanguíneos de doentes portugueses» foi apresentado durante o 11.º Congresso Nacional de Medicina Interna, que decorre no Parque de Exposições em Braga até sábado, com a presença de mil médicos.
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Este é o primeiro trabalho do género em Portugal e um dos quatro ou cinco realizados a nível mundial. Foi levado a cabo por quatro hospitais e organismos de investigação do sector e abrangeu 321 famílias, 90% das quais com doentes do sexo feminino, com idades entre os 14 e os 86 anos.
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Parciparam no trabalho o Serviço de Medicina 2 do Hospital de Santa Maria/Faculdade de Medicina de Lisboa, a Associação Portuguesa de Doentes com Lupus, o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Unidade de Imunologia Clínica do Hospital de Santo António do Porto.
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Os médicos responsáveis pelo estudo, Carlos Ferreira, Carlos Vasconcelos e Faustino Ferreira, salientaram que as doenças auto-imunes são patologias de base genética e do tipo inflamatório, com prevalência nos chamados «países ricos», as quais têm tendência a aumentar em Portugal, onde aparecem pelo menos 30 casos novos por ano. (Farmacia.com.pt)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

"Programa de choque" para resolver listas de espera

-------------------------------------------------------Alexandre Brito / RTP
Até Julho de 2009, o Ministério da Saúde quer que o tempo máximo para uma cirurgia às cataratas seja de 5 meses
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O Governo quer fazer 30 mil cirurgias-extra às cataratas em apenas um ano. O Ministério da Saúde apresentou esta tarde o Programa de Intervenção em Oftalmologia.
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Reforçar o papel do Serviço Nacional de Saúde (SNS), reduzir o tempo de espera para uma consulta da especialidade e dar acesso à cirurgia às cataratas em tempo útil são as linhas gerais do programa apresentado pelo Ministério da Saúde.
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Pedro Gomes, Coordenador do Sistema Integrado da Gestão de Inscritos para a Cirurgia, explicou que será criada dentro dos hospitais aderentes uma rede de centros de elevado desempenho (CED) para a cirurgia às cataratas.
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Vão ser quatro CED: Hospital São João EPE (Porto), Hospitais Universitários de Coimbra (HUC), Centro Hospitalar Lisboa-Norte/Hospital Santa Maria e Centro Hospitalar Central/São José. Neste CED, em apenas um ano, serão realizadas 17.200 cirurgias à cataratas.
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Pedro Gomes adiantou que os hospitais se comprometerão a “um aumento da produção de base que, em torno da sua capacidade instalada”, varia “entre 10% e 30% da sua capacidade normal”. Acima deste valor “vão contratualizar-se cerca de 30 mil cirurgias em produção adicional a executar entre 1 de Julho de 2008 a 1 de Julho de 2009, de forma a absorver os doentes à espera de cirurgia”, disse.
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“Contratualizam-se também 75 mil primeiras consultas em produção adicional para que dessa forma se possa recensear toda a população que necessita de cirurgia às cataratas”, acrescentou.
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Com esta iniciativa, o Governo pretende que até Dezembro de 2008 o tempo máximo de espera para consulta de oftalmologia seja de 9 meses, com um tempo mediano de 6 meses. Para as cirurgias, pretende-se um tempo máximo de espera de 6 meses e um tempo mediano de 4 meses. Estes valores significam um aumento na produção de base na ordem dos 10 por cento.
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Até Julho de 2009 (2ª fase do programa), o Ministério quer que o tempo máximo para uma consulta seja de 6 meses (mediano de 4 meses). Para a cirurgia, o tempo máximo 5 meses (mediano 3 meses). Ou seja, um aumento na produção de base de 20 por cento.
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Cronologia do programa para o combate à listas de esperas em oftalmologia
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Em 2008
-Implementação do programa de choque para absorver o excesso de utentes à espera de cirurgia -Contratualização dos CED
-Transferência dos casos que passem o tempo estabelecido
-Desenvolvimento de medidas estruturantes que visem garantir o controlo efectivo e do tempo -de espera dos utentes
-Desenvolvimento de um sistema de monitorização do tempo de espera às consultas
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Em 2009
-Concluir o programa de choque
-Absorver o excesso de utentes
-Implementação das medidas estruturais no terreno
-Implementação dos sistema de monitorização e avaliação das entidades participantes neste processo (RTP)

Coma espinafres!!

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Estudo norte-americano acredita ter comprovado que o espinafre pode ajudar a aumentar os músculos. Os cientistas decidiram testar a sua tese baseando-se nos desenhos animados do marinheiro Popeye, que na série aumenta os músculos e torna-se mais forte após comer uma lata de espinafres.
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A pesquisa consistiu na extracção de esteróides presentes nas folhas da verdura, analisando-se o seu comportamento após o contacto com amostras de tecido muscular humano, notando um aumento da velocidade do crescimento dos músculos em até 20%.
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No entanto, os investigadores afirmam que, para obter estes benefícios provenientes do espinafre, será necessário consumir pelo menos um quilo do mesmo diariamente.
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Estudos realizados anteriormente já haviam sugerido que os espinafres podiam ajudar as pessoas a perder peso, diminuindo a velocidade da digestão de gordura e prolongando a sensação de saciedade.
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O consumo dos espinafres está ainda associado ao aumento da capacidade cerebral.(Farmacia.com)

Genéricos chineses

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A aprovação de fármacos de baixo custo produzidos na China está a ganhar terreno na maioria dos mercados, o que deverá provocar uma redução no preços nos medicamentos genéricos, indica um estudo da IMS Health, citado pela Reuters.
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Actualmente, a China é já o maior produtor mundial de ingredientes farmacêuticos activos, porém, até ao momento não se revelou um fornecedor significativo de medicamento genéricos enquanto produto final. No entanto, a aprovação, no ano passado, do primeiro fármaco genérico chinês por parte da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) – uma cópia do anti-HIV Viramune (nevirapina) –, revela uma tendência de mudança.
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De acordo com a Reuters, pelo menos 10 outras empresas Chinesas estão preparadas para acompanhar esta evolução, sendo que, algumas das substâncias poderão ser disponibilizadas ainda este ano, dando origem a um aumento da competitividade na indústria dos genéricos. "De forma a garantirem o seu sucesso no mercado, os produtores chineses irão, provavelmente, oferecer preços inferiores a todos os outros", refere o documento elaborado pela IMS. Os responsáveis pelo estudo acreditam que a adopção desta política por parte dos produtores chineses trará consequências tanto para a investigação e desenvolvimento como para as empresas internacionais de produção de genéricos.
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O crescimento das farmacêuticas chinesas de produção de genéricos deverá assemelhar-se ao dos laboratórios indianos, como é o caso da Ranbaxy, que começou por se destacar como fornecedor de ingredientes farmacêuticos activos, tendo evoluído para a produção de genéricos há uma década.
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As conclusões da IMS indicam também que a China irá procurar desgastar a forte posição ocupada pela Índia no sector da produção, tendo como principais alvos os mercados emergentes, os Estados Unidos da América e a Europa.
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Há, no entanto, alguns obstáculos capazes de travar esta progressão da indústria de genéricos chinesa, entre os quais, a fraca reputação do país no que respeita à qualidade. "A Índia tem menos publicidade do que a China relativamente a imperfeições de produção", refere a IMS, sublinhando que "é aqui que a batalha competitiva poderá ou não ser vencida". (Farmacia.com)

Casos de lúpus aumentam na região norte

O número de casos de lúpus na região norte de Portugal tem vindo a aumentar nos últimos anos, revela um estudo divulgado \esta quinta-feira no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).
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Segundo os dados apresentado, foram registados mil casos da doença no norte do País, sendo que 88 % são do sexo feminino, têm uma idade média de 31 anos e uma esperança de vida de 15 anos. A tese indica ainda que cerca de metade apresenta problemas renais.
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A lúpus, que afecta cerca de quatro mil portugueses, é uma doença crónica que pode atingir diversos órgãos, resultando em inflamação e, eventualmente, na danificação dos tecidos e destruição do órgão.
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O estudo sobre esta doença consta da tese de doutoramento de Carlos Vasconcelos, responsável pela Unidade de Imunulogia Clínica do Hospital Santo António, no Porto. O seu objectivo era fazer um levantamento dos doentes em termos geográficos e clínicos, “fundamental para correlacionar com os genes responsáveis pela doença”. (Correio da Manhã)

Higiene ligada ao lúpus

Saúde - Limpeza e desinfecção na infância são factores que podem desencadear doença anos mais tarde
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Higiene ligada ao lúpus
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O número de doentes de lúpus eritematoso sistémico (LES) – uma doença auto-imune – tem vindo a aumentar em Portugal nos últimos anos, tal como em todos os países ocidentais. Hoje existem cinco mil portugueses, na sua maioria mulheres, a sofrer desta patologia, estimando-se que um milhar resida no Norte do País.
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Um estudo, que serviu de tese de doutoramento de Carlos Vasconcelos, responsável pela Unidade de Imunologia Clínica do Hospital de Santo António, no Porto, revela que a melhoria das condições de higiene básicas e dos cuidados de saúde na infância tendem a desencadear, anos mais tarde, a doença.
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Uma revelação que não surpreende o especialista em doenças auto-imunes Luís Campos, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. Em declarações ao CM sublinhou a correlação entre a teoria da higiene e o aparecimento da doença. "Os dados científicos mais recentes – e a tese de Carlos Vasconcelos prova-o – indicam que, na infância, quem vive em ambientes mais protegidos e mais estéreis, com menos infecções, tem maior propensão a desenvolver, em adulto, esta doença auto-imune."
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APONTAMENTO
Infecções
A falta de exposição a infecções pode desencadear mecanismos que resultam no aparecimento da doença.
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Causas da doença
Vários factores podem contribuir para desencadear a doença: hormonais, ambientais e genéticos.
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Órgãos afectados
A doença pode afectar vários órgãos vitais, como o coração, rins, pulmões e cérebro, e ainda as articulações.
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Sintomas
Febre, cansaço, dores articulares e mal-estar são alguns sintomas. (Correio da Manhã)

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cientistas decifram genética do lúpus

Um grupo de cientistas descobriu que mutações em, pelo menos, seis genes estão associadas ao surgimento do lúpus eritematoso sistémico (LES) – doença auto-imune, em que o sistema imunitário do paciente se volta contra o próprio organismo, devido a uma falha de reconhecimento, e que afecta maioritariamente as mulheres.
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A descoberta, publicada na ‘Nature Genetics’ e no ‘New England Journal of Medicine’, resultou num rastreio genético realizado em mais de três mil mulheres com a doença de lúpus, realizado por britânicos, norte-americanos e suecos, liderado por Timothy Vyse, do Imperial College de Londres. Na Europa, 31 em cada cem mil mulheres é afectada por esta doença.
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Este estudo detectou em três genes diferentes a correlação mais evidente com a doença: um deles é o ITGAM, um gene que codifica uma molécula envolvida no funcionamento do sistema imunitário e cujo papel é marcar as bactérias e outros agentes infecciosos para que as células do sistema imunitário possam reconhecê-los e atacá-los. Segundo os investigadores, as mutações detectadas noutros dois genes – o PXK e o KIAA1542 – nestes estudos são menos evidentes, tendo a associação à doença sido surpreendente, mas a descoberta abre pelo menos novos caminhos de trabalho.
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Foram ainda identificados outros três genes como estando associados a esta doença, estando dois deles – o LYN e o BLK – associados às funções dos linfócitos B – células do sistema imunitário que têm um papel-chave na produção dos anticorpos.
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Segundo os investigadores, este estudo vem abrir portas à compreensão dos finos mecanismos moleculares na origem desta doença e também ao desenvolvimento de terapias que ajudem a melhorar a qualidade de vida destes doentes, podendo chegar-se, eventualmente, à sua cura. (Cienciapt)

Antidepressivos podem ajudar no combate ao cancro e HIV


Investigadores americanos sugerem que os antidepressivos podem ajudar o sistema imunológico a lutar contra doenças graves, como cancro e VIH/Sida.
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Segundo os cientistas da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, as células brancas, capazes de destruir células infectadas depois de nelas se instalarem, podem ser ainda mais eficazes sob o efeito de antidepressivos.
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Os investigadores chegaram a esta conclusão no âmbito de um estudo motivado por outras investigações anteriores que concluíram que o stresse e a depressão podem acelerar os malefícios do cancro e do vírus VIH.
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De modo a testar a hipótese de que os antidepressivos podem ajudar no combate dessas doenças, os especialistas recrutaram um grupo de mulheres infectadas com o vírus VIH, algumas das quais com problemas de depressão.
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Todas elas foram tratadas com três medicamentos contra a depressão e o stresse. Dois deles aumentaram a actividade das células do sistema imunológico, tendo o terceiro antidepressivo, um esteróide, não produzido efeitos.
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Dwight Evans, líder da investigação, publicada na revista especializada Biological Psychiatry, conclui que "a investigação fornece evidências de que as funções das células de defesa podem ser ampliadas sob o efeito de inibidores específicos da recaptação da serotonina em pacientes depressivos e não-depressivos". (Ciência PT)

Casais inférteis encaminhados para privados


Até ao final do ano, os casais inférteis que não conseguem ser tratados pelo serviço público vão passar a ser encaminhados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) para o sector privado, anunciou esta quarta-feira a ministra da Saúde.
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"Estamos a trabalhar num sistema informático para poder encaminhar os casais que não tenham acesso a tratamentos no sector público para serem enviados para o sector privado" para tratamentos com técnicas de Procriação Medicamente Assistida (PMA), revelou Ana Jorge.
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Salientando que actualmente já estão disponíveis no sector público alguns tratamentos e consultas de PMA, a ministra reconheceu, contudo, que a capacidade instalada no SNS ainda é insuficiente para satisfazer as necessidades dos casais portugueses. (Correio da Manhã)

terça-feira, 13 de maio de 2008

MELANOMA: Classe média-alta mais exposta ao pior cancro de pele

Classe média-alta mais exposta ao pior cancro de pele

Os casos de melanoma, o mais agressivo dos cancros de pele, quadriplicaram em Portugal nos últimos 40 anos e é nas classes média e média-alta que esse aumento é mais marcado.

Enquanto nos anos 70 havia dois novos casos anuais por cem mil pessoas, "actualmente há oito por cem mil e com tendência para aumentar", adiantou ontem o director do Serviço de Dermatologia do IPO de Lisboa, João Abel Amaro, que é também o director da campanha EuroMelanoma 2008, que arranca a 26 de Maio, para alertar contra os perigos do sol.

A razão deste crescimento "selectivo" do melanoma está nos (maus) hábitos de exposição solar e também numa maior disponibilidade financeira que esta faixa da população tem para poder viajar para zonas balneares distantes e também para frequentar os solários.

As férias-relâmpago em paraísos tropicais (com a mudança abrupta de latitudes, a pele não tem tempo para se adaptar, avisam os dermatologistas), o sol a mais nas piores horas de calor, a falta de protecção adequada e os escaldões estão no pacote que pode levar mais tarde ao aparecimento de um melanoma.

Também o hábito de ir ao solário para ficar com a pele bronzeada é desaconselhado pelos dermatologistas. Os números mostram porquê: 10 exposições anuais nestas máquinas de bronzear aumentam em oito vezes, nos seus utilizadores, o risco de desenvolver cancro de pele.

Estes são alguns dos alertas dos especialistas da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) a poucos dias do lançamento de mais uma campanha EuroMelanoma, que começa no próximo dia 26, com a realização de rastreios gratuitos ao melanoma em pelo menos 25 instituições hospitalares do País, entre outra actividades (ver texto em baixo).

A campanha arranca com o início da época balnear e vai prolongar-se com acções de sensibilização ao longo do Verão, este ano especialmente dirigida aos jovens. É que estes integram actualmente o grupo mais descuidado com sol, como mostra um inquérito realizado no ano passado, nas praias algarvias a, 800 pessoas, no âmbito das acções da última campanha EuroMelanoma.

Realizados desde 2003, estes inquéritos mostram que "as crianças e os adultos acima dos 25 anos já mostram ter informação sobre os problemas causados pela exposição solar excessiva, e já começam a proteger-se mais", afirmou ao DN Osvaldo Correia, dirigente da APCC, sublinhando, no entanto, que "maioria dos jovens continua a ter comportamentos de risco a este nível".

Como mostram os resultados do inquérito do ano passado, 70% dos jovens entre os 16 e os 24 anos vão para a praia no Verão no horário vermelho (entre as 11.00 e as 16.00), e sem protecção adequada, descendo esse valor para 40% entre os 11 e os 16 anos. Repetindo tais hábitos ano após ano, estes jovens são candidatos sérios a desenvolver cancro de pele mais tarde na vida.(Diário de Notícias)

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Genética: Descoberto inibidor de enzima que actua como agente anticancerígeno


Investigadores da Universidade de Galway, na Irlanda, descobriram uma substância capaz de reduzir o tamanho dos tumores ao inibir uma enzima envolvida na síntese do ADN, segundo um estudo hoje publicado numa revista científica britânica.
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Uma característica do cancro é o facto de as suas células se dividirem de forma descontrolada, através da replicação do ADN (ácido desoxirribonucleico), que se multiplica por dois e se distribui pelas duas novas células resultantes.
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Nas primeiras etapas deste processo de replicação intervém a enzima quinase Cdc7, que activa um grupo de proteínas que põe em marcha este processo de cópia do material genético.
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A equipa irlandesa, dirigida por Corrado Santocanale, descobriu uma pequena molécula capaz de inibir a acção desta enzima, evitando a multiplicação do ADN e, por conseguinte, a reprodução das células cancerígenas nos pacientes que padecem de tumores.
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Esta substância actua contra a divisão celular descontrolada no princípio do processo e não nas últimas fases, como acontece com a quimioterapia.
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Outra vantagem destacada pelos investigadores neste estudo publicado na revista Nature Chemical Biology é que a molécula tem menor toxicidade do que os actuais tratamentos de quimioterapia.
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Em experiências com ratinhos de laboratório doentes de cancro, o inibidor reduziu o tamanho do tumor com baixos níveis de toxicidade. (Notícias.sapo.pt)

São as células de gordura que dificultam ficar magro


Estudo do Instituto Karolinska
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São as células de gordura que dificultam ficar magro
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Está explicado, em parte, por que razão é tão difícil perder peso e manter-se magro: o número de células que armazenam gordura, os adipócitos, mantém-se idêntico desde a adolescência, quer engordemos, quer emagreçamos. A única coisa que muda é a quantidade de gordura armazenada nestas células. Portanto, quem faz dieta não perde células adiposas, pelo que elas continuam à espera de gordura.
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Para quem tem de perder peso, estas notícias trazidas pela equipa de Kirsty Spalding, do Instituto Karolinska, na Suécia, na revista “Nature”, não são animadoras. Mas os cientistas dizem ter desvendado uma das incógnitas sobre a obesidade, que ameaça tornar-se uma epidemia global, associada a doenças cardiovasculares ou à diabetes.
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Quando engordamos, os adipócitos expandem-se em tamanho. O que não se sabia é se essa seria a única mudança: será que o seu número cresce ou diminui, quando se engorda ou se emagrece?
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Para encontrar uma resposta, a equipa de Spalding estudou centenas de crianças, adolescentes e adultos. Descobriu que, durante a infância, o número de células adiposas aumenta, mas, quando se chega à idade adulta, a sua quantidade mantém-se para o resto da vida.
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Sejamos gordos ou magros, a equipa verificou que todos os anos morrem cerca de dez por cento dos adipócitos, mas são substituídos pela mesma quantidade de novos adipócitos. Nos obesos, a morte e substituição destas células é duas vezes mais rápida do que nos magros.
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A equipa estudou obesos que estavam prestes a submeter-se a cirurgias para perder peso, como a aplicação da banda gástrica. Estudou as suas células antes e depois de perderem peso, e viu que o número se mantinha constante. O tamanho individual das células é que decresceu muito.
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“Estes resultados podem explicar, pelo menos em parte, por que é tão difícil manter o peso depois de se ter emagrecido”, diz Peter Arner, numa nota do Instituto Karolinska. “As novas células adiposas geradas durante e após a perda de peso precisam de lípidos rapidamente.” O mesmo sublinha Spalding à BBC on-line: “Essas células adiposas não vão a lado nenhum e exigem mais gordura”.
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Nem tudo são más notícias. Esta descoberta pode indicar novos alvos para tratar a obesidade, por exemplo através do controlo da formação dos novos adipócitos. (Público)
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Referência do estudo: Spalding, K. L. et al. Nature advanced online publication, doi:10.1038/nature06902 (2008).

domingo, 11 de maio de 2008

DIAGNÓSTICO DIFÍCIL DO LÚPUS ENGANA MÉDICOS

O lúpus é uma doença crónica e sistémica que pode afectar qualquer pessoa, independentemente da idade, raça ou sexo. A esmagadora maioria dos pacientes são mulheres adultas – 90 por cento com idades compreendidas entre os 15 e os 40 anos. Não é contagiosa, nem hereditária.
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É uma doença autoimune porque o organismo não tem as defesas imunológicas necessárias para combater os anticorpos gerados pelo próprio organismo e que vão afectar qualquer órgão vital, como por exemplo, coração, rins, olhos, sistema nervoso central e pulmões, entre outros.
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Há três semanas morreu uma pessoa em Beja, vítima da doença, e na mesma localidade encontra-se uma outra em estado grave.Trata-se de uma doença de difícil diagnóstico, cujos sintomas começam com febre e dores articulares.
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Esta patologia divide-se em dois grupos: Lúpus Eritematoso Discóide (LED), que afecta a pele, e o Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), que afecta qualquer órgão.As causas são, por enquanto, desconhecidas da comunidade médica e científica, mas existem factores que podem contribuir para o seu aparecimento, tais como ambientais (o sol), genéticas, alimentares, comportamentais, como o ‘stress’ e qualidade de vida. (Correio da Manhã)

Cardiologia: Campanha de prevenção alerta para saúde cardiovascular durante Maio, Mês do Coração


Hipertensão custa 1,5 mil milhõesEm 2006, as doenças cardiovasculares custaram ao Estado português, em medicamentos, internamentos e reabilitação, mais de 1,5 mil milhões de euros. As contas, feitas pelo Centro de Investigação Económica em Saúde, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, revelam ainda que, per capita, os gastos nacionais chegaram aos 151 euros. Na União Europeia, a despesa com as doenças que matam qualquer coisa como dois milhões de pessoas todos os anos chegou, em 2006, perto dos 110 mil milhões de euros.
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Razões de sobra – a que se juntam ainda as que dificilmente conseguem ser quantificadas, como o sofrimento humano – que obrigam a pensar na melhor forma de enfrentar este tipo de problemas. A prevenção continua a ser o melhor caminho.
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Apesar da informação, as doenças cardiovasculares mantêm-se como a principal causa de morte, morbilidade e incapacidade em Portugal, responsáveis por mais de 40 mil óbitos por ano. "Os factores de risco são, na maior parte das vezes, assintomáticos", justifica Eugénio Lisboa, responsável pelo Clube Rei Coração da Fundação Portuguesa de Cardiologia. "Este factor, e ainda a falta de consciencialização de que estas doenças são crónicas e exigem uma intervenção a vários níveis, ajuda a explicar porque é que, tantas vezes, os portugueses só procuram ajuda quando já têm um enfarte agudo do miocárdio ou um AVC."
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Médicos, Governo e Sociedade Civil têm, por isso, muito trabalho pela frente para inverter a tendência dos números. E porque Maio é o Mês do Coração a Fundação Portuguesa de Cardiologia preparou uma série de iniciativas com o objectivo de reforçar a informação e apostar na prevenção. Para além dos rastreios à saúde cardiovascular, faz ainda parte do calendário um peditório nacional, marcado para os dias 24 e 25 deste mês, uma reunião científica sobre a hipertensão, a 29, com um jantar de gala nesse mesmo dia, no Hotel Palácio do Estoril, para além de uma campanha de divulgação, presente em todos os meios de Comunicação Social, que, este ano, apela à medição regular da tensão arterial.
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Um pedido que faz todo o sentido, tendo em conta que, revela a Organização Mundial de Saúde, mais de 50% de todas as doenças cardiovasculares e quase 75% dos AVC são provocados pela hipertensão.
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Os dados mais recentes revelam que cerca de 40% dos portugueses adultos sofrem de hipertensão. Ao todo, mais de 50% não têm a doença diagnosticada e dos que sabem que a têm, apenas 11% a mantêm controlada.
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À ESPERA DE UMA VACINA
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Mais de mil milhões de pessoas sofrem com hipertensão no Mundo. É para elas e para todas as que, no futuro, podem vir a sofrer com este problema, tantas vezes silencioso, mas que pode ter consequências graves para a saúde, que uma empresa de biotecnologia suíça se dedica à criação de uma vacina. Os testes em humanos já começaram e os bons resultados obtidos, publicados na revista ‘The Lancet’, deixam a promessa de, no futuro, se poder usufruir de mais uma arma terapêutica para o combate à mais importante causa de mortes prematuras em todo o Mundo, contribuindo para cerca de metade das doenças cardiovasculares. A CYT006-AngQb, nome que, por enquanto, identifica o medicamento, tem como objectivo permitir o controlo da tensão arterial sem o recurso a qualquer tipo de medicação. (Correio da Manhã)

Talidomida

Vítima do medicamento maldito

“Não vou parar até que seja feita justiça”Ana Maria Pinto nasceu há 45 anos com as pernas cruzadas, atrofiadas, pés informes e sem dedos. Foi um dos dez mil bebés vítimas das malformações congénitas atribuídas à talidomida. Apelidado de medicamento maldito, era administrado às grávidas nas décadas de 50 e 60 para aliviar os enjoos matinais. Aos oito meses, Ana sofreu a sua primeira intervenção cirúrgica. Até ao dia de hoje soma já 18 operações, a par das anestesias que têm de ser administradas para mudar o gesso. "Foram, e continuam a ser, anos muito difíceis", disse em declarações ao CM.
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Com um ano de vida, Ana foi com os pais a uma primeira consulta no Porto. Foi o médico Luís Azeredo que a alertou que a malformação nos membros inferiores estava relacionada com a talidomida que a mãe tomara durante os meses de gravidez. A partir dessa altura, a mãe, Ana Porta Nova, contactou a Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde no sentido de mover um processo com pedido de indemnização contra o laboratório alemão Chemie Grunenthal que comercializava a talidomida.
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Vários anos se passaram sem que o processo tivesse chegado ao Laboratório, ao Governo Federal Alemão ou à Fundação Hilfswerk Für Behinderte Kinder (Ajuda a Crianças Deficientes), que foi dotada de 20 milhões de marcos para o pagamento de pensões vitalícias a vítimas da talidomida.
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Ana Pinto nunca viu qualquer verba, pois o processo não chegou sequer às mãos da Fundação. A Direcção-Geral da Saúde solicitou que fosse feito novo processo, nomeado um instrutor, algo que foi feito há cinco anos. Desde então tem escrito frequentemente aos vários responsáveis governamentais, ao Presidente da República, Assembleia da República e até à Comissão Europeia. As respostas são nulas ou inócuas.
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Apesar das limitações e das dificuldades, Ana Maria Pinto "não quer parar de lutar até que seja feita justiça".
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OBRIGADA A USAR BOTAS DE 500 EUROS
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Ana foi operada com apenas oito meses em Lisboa. Com um ano, foi para o Porto onde começou por ser operada na Ordem de S. Francisco, seguindo-se o Hospital de S. Marcos em Braga. Actualmente, e depois das 18 cirurgias, usa umas botas especialmente adaptadas para a sua deficiência física, que são feitas à medida e encomendadas em Lisboa. Custam cerca de 500 euros, sem qualquer comparticipação. Anualmente, é obrigada a trocar não só as botas como as palmilhas, que custam cerca de 70 euros. "Fica muito caro e não tenho ajudas", diz.
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PERFIL
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Ana Maria Porta Nova Pinto, nasceu em Beja há 45 anos. Casada, tem dois filhos, rapazes, com 18 e 11 anos. Actualmente trabalha como telefonista na Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja. Na Associação Portuguesa de Deficientes em Beja, desempenhou os cargos de secretária e vogal. Aos 15 anos participou em congressos de deficientes na companhia de seus pais em Alcoitão, e em debates sobre os problemas relacionados com a sua doença. Luta pior uma pensão que lhe permita viver em segurança e tranquilidade. (Correio da Manhã)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Oftalmologia: Aljezur manda doentes para CUBA

Saúde: Aljezur segundo Município algarvio a enviar pacientes para Cuba
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A Câmara de Aljezur torna-se hoje a segunda autarquia do Algarve a levar munícipes a Cuba para serem operados às cataratas, com a partida de um grupo de quatro pacientes, que deverão ficar duas semanas naquele país.
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Até aqui, no Algarve, apenas a Câmara de Vila Real de Santo António tinha levado pacientes às clínicas cubanas, em número que já ascende a 150.
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Em declarações à agência Lusa, o presidente do Município de Aljezur, Manuel Marreiros (PS), precisou que se trata de quatro pessoas entre os 49 e os 75 anos, uma das quais estava à espera de uma operação há 15 anos nas filas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) português.
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O autarca, que acompanhará este primeiro grupo a Havana, acrescentou que os pacientes ficarão duas semanas na ilha das Caraíbas, acompanhados em permanência por um sociólogo da autarquia.
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De acordo com Manuel Marreiros, a ideia do acordo com Cuba surgiu de uma conversa informal que manteve há menos de um ano com um responsável dos serviços médicos cubanos, durante uma cerimónia que decorria em Faro.
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"Depois fizemos uma informação autárquica, ainda antes de haver acordo com Cuba, a que responderam 10 pessoas", sublinhou, adiantando que, agora, além dos quatro pacientes que partem hoje para Cuba, há uma dezena de inscritos.
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A inscrição no SNS e a consulta prévia por um médico são duas condições indispensáveis à aceitação de inscrições para idas a Cuba.
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Sobre as despesas associadas às deslocações, Marreiros afirmou que cada doente curado fica em 1.300 euros à autarquia, o que inclui estadia e alimentação durante duas semanas e todas as consultas prévias e posteriores à cirurgia.
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Além disso, enunciou, o preço é independente de o paciente necessitar de uma ou duas cirurgias à vista, ao contrário do que acontece em Portugal.
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"Dizem que é uma questão de preço justo mas eu pergunto qual será o preço justo, se uma operação cá custa 2.000 euros ou em Badajoz, onde a mesma operação custa 1.000 euros", disse.
Lamentou ainda que o Estado "não tenha feito a prevenção da cegueira", pois "quando isso acontece, é toda a sociedade que vai pagar as consequências, em trabalho perdido, em reformas antecipadas, em lares de acolhimento, etc.".
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A somar aos 1.300 euros a pagar por cada paciente ao Estado cubano, a autarquia apenas tem que pagar 900 euros por viagem de ida e volta, entre Lisboa e Havana, com escala em Madrid.
Além de Aljezur e Vila Real de Santo António, também Castro Marim e Alcoutim - ambos no extremo Leste da região - fizeram protocolos com o Estado cubano, mas nenhum deles enviou ainda qualquer paciente à ilha de Raul Castro. (RTP)

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sono irregular está ligado à obesidade, consumo de tabaco e outros problemas

As pessoas que dormem menos de seis horas e mais de nove por noite têm maior probabilidade de se tornarem obesas, segundo um estudo do governo norte-americano, que pretende demonstrar a ligação entre o sono irregular e a obesidade.
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O estudo também identificou uma relação entre as pessoas com sono leve e menor actividade física, maior consumo de álcool e de tabaco.
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A pesquisa acrescenta o factor peso a um conjunto de estudos que encontraram obesidade e outros problemas de saúde nas pessoas que não dormem de forma apropriada, afirmou Ron Kramer, porta-voz da Academia Norte-Americana da Medicina do Sono.
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"Todos os dados estão a demonstrar que as pessoas que dormem pouco ou muito não têm uma saúde tão boa", afirma Kramer.
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O estudo baseou-se em inquéritos efectuados a 87 mil adultos norte-americanos, entre 2004 e 2006, pelo Centro Nacional para Estatística de Saúde, que faz parte do Centro para o Controlo e Prevenção De Doenças.
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Estes inquéritos não podem provar uma relação de causa-efeito, não sendo claro que o tabaco cause pouco sono ou que o pouco sono provoque um maior consumo de tabaco, afirma Charlotte Schoenborn, principal autora do estudo.
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Os inquéritos também não contabilizaram a influência de outros factores, como a depressão, que podem contribuir para um maior consumo de comida, tabaco, menos sono e outros problemas.
Dos fumadores, 31 por cento dormia menos de seis horas por noite e 26 por cento dormia nove ou mais horas por noite.
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Do mesmo grupo, 18 por cento dos inquiridos dormia entre sete a oito horas.
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Das pessoas obesas, cerca de 33 por cento dorme menos de seis horas e 26 por cento dorme nove ou mais horas.
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No grupo dos que têm um sono normal apenas 22 por cento era obeso.
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No que respeita ao consumo de álcool, as pessoas que dormem menos são as que bebem mais, não havendo no entanto grandes diferenças para as que dormem mais ou o normal.
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Por outro lado, cerca de metade dos que dormem nove horas ou mais por noite é fisicamente inactiva nos tempos livres.
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Muitos dos que dormem mais de nove horas têm graves problemas de saúde o que lhes dificulta fazer exercício. (RTP)

Obesidade aumenta riscos de Alzheimer


A obesidade pode aumentar o risco em 80 por cento de ter a doença de Alzheimer, segundo um artigo publicado na edição de Maio da revista britânica Obesity Reviews
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Os estudos estabelecem uma ligação entre o excesso de peso e as demências, entre elas o Alzheimer, que afectam 10 por cento das pessoas com mais de 65 anos.
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O risco de demência é acrescido em 42 por cento nos obesos, comparado com o risco que correm as pessoas com um peso normal.
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O risco é acrescido em 36 por cento nas pessoas com excesso de peso, segundo Youfa Wang, um dos três investigadores da Escola Internacional de Saúde Pública da Universidade John Hopkins Bloomberg, em Baltimore, que efectuaram o estudo.
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Nas mulheres, a obesidade aumenta o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
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Esta degeneração dos neurónios, que causa a perda irreversível das funções cerebrais, constitui dois terços das demências diagnosticadas nas pessoas com mais de 65 anos, relembram os autores do estudo.
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Nos homens, a obesidade acresce o risco de demência vascular, causada pelos danos parciais do cérebro após uma irrigação sanguínea deficiente.
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Doze por cento dos riscos de demência podem ser imputados à obesidade.
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Este número aumenta para 21 por cento quando se fala de Alzheimer, o que mostra que a redução da obesidade é uma estratégia prometedora para prevenir a evolução da idade média dos doentes de Alzheimer, segundo os autores. (RTP)

Hospital adiou cirurgia mas mandou conta


Pimpão dos Santos sentiu-se "gozado" quando recebeu a carta
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"Isto é um gozo, só pode!". Foi assim que José Pimpão dos Santos - que na semana passada viu a cirurgia ao estômago adiada por "falta de material" - reagiu à carta que o Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) lhe enviou, a cobrar 42, 21 euros pelas rotinas pré-operatórias a que então foi submetido. Segundo a missiva, recebida anteontem, o pagamento tem de ser feito no prazo de 15 dias.
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O adiamento da cirurgia teve lugar no dia 30 de Abril, já que o doente, de 60 anos, se encontrava há mais de duas horas no bloco operatório do Hospital dos Covões, uma das unidades que compõem o CHC.
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Pimpão dos Santos não faz tenções de pagar a conta relativa ao internamento (10,20 euros), a 13 exames laboratoriais (9.75 euros), a uma histologia (4.80 euros) e a uma tomografia axial computorizada (17.46 euros). "Então vou pagar por uma coisa que me foi feita com um fim não alcançado, por uma razão não imputada à minha pessoa?", questiona, indignado.
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Recorde-se que o doente deu entrada no Hospital dos Covões, a 29 de Abril, para se submeter aos cuidados pré-operatórios, e aí ficou até à manhã seguinte, para a qual estava programada a intervenção cirúrgica ao estômago. Todavia, cerca das 11 horas, viu, com incredulidade, o médico informá-lo do adiamento da cirurgia - marcada há um mês - para o próximo dia 27, devido a "falta de material".
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Uma "telenovela"
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O paciente pretende enviar uma carta ao Conselho de Administração do CHC, hoje, a explicar que não se acha no dever de efectuar o pagamento. "Dá a impressão de que estão a fazer de uma acto esporádico - porque imagino que aquilo não aconteça todos os dias - uma telenovela", observa Pimpão dos Santos, que considera toda a situação "muito aborrecida" e prejudicial. Não só por ter-lhe causado transtornos pessoais, mas também porque, em seu entender, lesou terceiros. "Vou ser operado numa data em que outro doente podia estar a sê-lo, só porque a minha cirurgia não foi feita no tempo certo", salientou.
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Na altura em que se deu o adiamento da intervenção cirúrgica, o presidente do Conselho de Administração do CHC, Rui Pato, explicou o incidente com o atraso na entrega do material de sutura automática por parte da firma responsável (cujo nome preferiu omitir). Essa falha impediu a actuação da equipa - que, de acordo com os relatos do paciente, deu sinais de "revolta contida" e de uma "frustração enorme". Carina Fonseca (Jornal de Notícias)

Amianto está no telhado de 600 mil edifícios

Saúde: Canalizações apresentam riscos ainda maiores
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Há em Portugal cerca de 600 mil edifícios com coberturas de telhas de fibra de cimento, material que contém na sua composição entre dez a 15 por cento de amianto, um mineral cancerígeno totalmente proibido desde o ano passado, divulgou ontem Maria do Carmo Proença, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
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Na I Jornada do Amianto, que ontem decorreu em Lisboa, a investigadora sublinhou, contudo, que 'estas coberturas apresentam um risco baixo, sendo que as situações mais preocupantes verificam-se na presença de amianto em material friável (maior facilidade de libertação das fibras) e que há em canalizações, portas corta-fogo ou isolamento entre compartimentos', acrescentou.
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Para João Hipólito, da direcção da Incidades – entidade responsável, em parceria com o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, por esta iniciativa – 'há uma necessidade urgente de realização de um inventário a nível nacional para se saber a real dimensão do amianto nos nossos edifícios'.
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Por sua vez, Mariana Neto, da Direcção-Geral de Saúde, precisou que por ano morrem em Portugal entre 25 a 30 pessoas vítimas de mesotelioma, um tumor cancerígeno raro, com uma incidência de um a dois casos por ano por cada milhão de habitantes, em regra trabalhadores expostos ao amianto. Em 1994 houve 15 vítimas mortais, valor que subiu para 28 em 2001, registando-se 29 em 2004 e 24 em 2005. A exposição a fibras de amianto é também responsável por doenças como cancro broncopulmonar, lesão pleural benigna e fibrose broncopulmonar.
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O subdiretor do Conselho Directivo da Escola Nacional deSaúde Pública, João Prista Silva, destacou que 'onde há factor de risco há risco que pode ser diminuto, mas existe'. Recordou que 'a variabilidade biológica traz-nos exemplos de pessoas que são capazes de suportar o inimaginável, e casos de pessoas supersensíveis'.
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SUBSTÂNCIA GERA SILÊNCIO E CONTESTAÇÃO
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CONFIDENCIAL
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O Instituto Ricardo Jorge não divulga quais os edifícios em que foram diagnosticadas situações de risco e consequente realização de obras para retirada do amianto. Na I Jornada também não foram quantificadas acções realizadas.
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TRIBUNAL
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A Associação Sindical dos Juízes Portugueses critica que a Autoridade para as Condições de Trabalho, alertada para a presença de amianto no Tribunal de Arganil, nada fez para a averiguar uma situação que pode ameaçar a saúde pública.
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TRABALHO
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Electricistas, pedreiros e canalizadores são das profissões de maior risco por exposição ao amianto. A Autoridade para as Condições do Trabalho aplicou no ano passado coimas no valor de 16 mil euros e este ano inspeccionou 38 locais. (Correio da Manhã)