quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Tratamento da apneia do sono melhora controlo glicémico em diabéticos

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Um relatório, publicado na “Journal of Clinical Sleep Medicine”, referiu que a terapia por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas (CPAP), principalmente utilizada como tratamento da apneia obstrutiva do sono, melhora o controlo glicémico (açúcar no sangue), durante o sono, em pacientes que também têm diabetes tipo 2.
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De acordo com o Dr. Arthur Dawson, da Scripps Clinic, na Califórnia, a diminuição média do nível de glicose nocturna nos pacientes diabéticos foi de cerca de 20 mg/dL. A redução foi menor nos pacientes com bom controlo glicémico e muito maior naqueles com mau controlo glicémico.
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Esta descoberta sugere que tratar a apneia obstrutiva do sono pode ter um grande impacto na gestão dos diabéticos tipo 2 que, por qualquer razão, não conseguem baixar os níveis de glicose para o ponto ideal.
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Os investigadores utilizaram um sistema de monitorização contínua da glicose para medir os níveis de glicose, durante o estudo poligráfico do sono ou polissonografia, em 20 pacientes com diabetes tipo 2 e apneia do sono moderada a grave. Isto foi efectuado antes e depois de quatro a 13 semanas de terapia por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas.
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Após o tratamento por CPAP, os pacientes apresentaram um aumento do tempo total de sono com menos tempo de estado desperto, após o início do sono.
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Os níveis de glicose durante o sono foram mais baixos e menos variáveis com o tratamento por CPAP do que antes deste tratamento.
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Os níveis médios de glicose durante o sono diminuíram em 10 dos 11 pacientes cujos níveis estavam acima dos 100 mg/dL, mas não diminuíram nos 9 pacientes que tinham níveis abaixo dos 100 mg/dL.
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O nível médio de glicose durante 24 horas também diminuiu significativamente durante o tratamento por CPAP, mas a alteração da glicose durante o dia (das 7 às 23 horas) não foi estatisticamente significativo.
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A apneia obstrutiva do sono, um dos distúrbios do sono mais comuns, é caracterizada pela interrupção da respiração durante o sono, devido ao bloqueio das vias aéreas, e por um ressonar alto. Esta situação resulta em despertares contínuos durante a noite, levando à privação do sono e à fadiga e sonolência durante o dia.
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O tratamento por Pressão Positiva Contínua das Vias Aéreas (CPAP) é um método de ventilação respiratória, no qual um fluxo leve e contínuo de ar é entregue, através de uma máscara flexível colocada por cima do nariz, durante o sono. Isto mantém as vias aéreas abertas e previne episódios de privação de oxigénio (apneia) e subsequente despertar durante a noite. (farmacia.com.pt)
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Medicamento para tosse pode tratar cancro da próstata

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Investigadores norte-americanos afirmam que um ingrediente presente nos medicamentos da tosse mais comuns pode ser útil no tratamento do cancro da próstata.
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O estudo descobriu que a substância noscapina, utilizada em medicamentos para a tosse há mais de 50 anos, reduzia o crescimento de tumores em 60%, limitando ainda disseminação de tumores em 65% sem efeitos secundários prejudiciais.
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No entanto, o facto do composto não poder ser patenteado limita o potencial do mesmo para testes clínicos.
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Moshe Rogosnitzky, do MedInsight Research Institute, explicou que algumas farmacêuticas não estão dispostas a realizar testes clínicos dispendiosos sem conseguirem recuperar o seu investimeno. Um derivado sintético da noscapina já foi patenteado, embora não tenha chegado ainda à fase de testes clínicos.
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Como a noscapina está aprovada para ser utilizada como supressor da tosse em diversos países, está disponível para ser prescrita pelos médicos para outros fins. Desta forma, a noscapina tem vindo a ser utilizada cada vez mais no tratamento de uma variedade de cancros.Os investigadores pretendem agora dar continuidade a este estudo com testes clínicos efectuados em humanos. (farmacia.com.pt)
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Obesidade aumenta o risco Linfedema derivado de cancro

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Segundo investigadores, a tumefação de algum órgão do corpo decorrente da perturbação ou obstrução na circulação linfática, uma condição conhecida como linfedema, é mais comum em mulheres obesas ou com excesso de peso comparativamente aquelas com peso normal.
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Esta condição é considerada comum, e normalmente desenvolve-se após cirurgia mamária devido à remoção ou danos nos nódulos linfáticos. Radiação derivada da terapia, infecções pós-operatórias e a idade também são factores a ter em conta.
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O estudo baseou-se em 193 sobreviventes de cancro da mama. A equipa de investigadores descobriu que o risco de linfedema era entre 40 a 60% superior em mulheres com excesso de peso ou obesas, comparativamente a mulheres com peso normal.
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Este risco é especialmente elevado em mulheres obesas ou com excesso de peso que experienciaram inchaços pós-operatórios depois da cirurgia.De acordo com a análise dos cientistas, cerca de dois terços das sobreviventes do cancro da mama apresentam um risco de desenvolveram linfedema nos primeiros 30 meses após a operação.
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"O linfedema tem um impacto profundo na saúde e no bem-estar, mas na maioria das vezes não é diagnosticado nem tratado pelos médicos e pacientes", afirmou Jane M. Armer, uma das investigadoras.
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Um estudo anteriormente realizado já havia revelado que as mulheres que experienciaram esta condição após o tratamento de cancro da mama acabam por sofrer em silêncio. Outras acabam por não seguir os conselhos para tratamento dos seus médicos ou procuram outras alternativas sem o discutirem com o seu responsável de saúde. (farmacia.com.pt)
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Psicoterapia e antidepressivos são ambos eficazes para a depressão

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Investigadores holandeses relataram que as intervenções psicológicas e a terapia com fármacos são ambas efectivas para adultos que sofrem de depressão major, tendo cada uma as suas próprias qualidades.
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O Dr. Pim Cuijpers, da Universidade Vrije de Amesterdão, e colegas referiram que um grande número de estudos sugere que tanto as terapias psicológicas como as farmacológicas são efectivas no tratamento de distúrbios depressivos ligeiros a moderados. Contudo, ainda não tinha sido estabelecido definitivamente se ambos os tipos de intervenção são igualmente efectivos.
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Para investigar esta questão, os investigadores reuniram dados de 30 estudos comparativos de terapias psicológicas e farmacológicas, envolvendo um total de 3.178 pacientes diagnosticados com distúrbios depressivos. Um total de 1.612 participantes foram tratados com psicoterapia e os restantes 1.566 foram tratados com terapia à base de antidepressivos.
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Os investigadores relataram, na “Journal of Clinical Psychiatry”, que a diferença entre as terapias psicológica e farmacológica não foi significativa para a depressão major.
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Contudo, os resultados demonstraram que a terapia com antidepressivos foi significativamente mais efectiva do que as intervenções psicológicas no tratamento da distimia, uma forma de depressão ligeira crónica que perdura por um período mais longo, mas que não é tão extrema como outros tipos de depressão.
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Enquanto que o tratamento com antidepressivos utilizados normalmente, denominados inibidores selectivos da recaptação da serotonina, foi significativamente mais efectivo do que o tratamento psicológico, a terapia com outros antidepressivos não diferiu significativamente das psicoterapias.
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Os investigadores também descobriram que a taxa de desistência foi significativamente mais baixa nos tratamentos psicológicos, em comparação com os tratamentos com fármacos. (farmacia.com.pt)
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Dormir bem pode ajudar a manter as artérias limpas

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Uma boa noite de sono é benéfica para o coração, na medida em que pode ajudar a diminuir a incidência de calcificação das artérias coronárias, segundo resultados de um estudo publicado na última edição da “Journal of the American Medical Association”.
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No estudo, os investigadores descobriram que as pessoas de meia-idade razoavelmente saudáveis que dormiam, em média, mais uma hora por noite do que os outros participantes, apresentavam uma incidência mais baixa de calcificação das artérias coronárias, ou seja, a acumulação de placas calcificadas nestas artérias, que se pensa ser um indício de futura doença cardíaca.
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Na investigação actual, a Dra. Diane S. Lauderdale, da Universidade de Chicago, e colegas procuraram evidências de uma associação directa entre o sono e a incidência de calcificação das artérias coronárias, ao longo de cinco anos, em 495 pessoas saudáveis que tinham entre 35 e 47 anos no início.
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De acordo com o estudo, um maior tempo de sono foi associado a uma incidência mais baixa de calcificação das artérias coronárias.
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A incidência de calcificação das artérias do coração variou entre 6 por cento nos participantes que dormiam mais de 7 horas por noite, 11 por cento entre aqueles que dormiam de 5 a 7 horas por noite, e 27 por cento para aqueles que dormiam menos de 5 horas.
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Após o ajuste de diversos factores que poderiam influenciar os resultados, tais como idade, sexo, raça, educação e tabaco, os investigadores descobriram que uma hora a mais de sono por noite diminuiu as probabilidades estimadas de calcificação em 33 por cento.
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A Dra. Lauderdale referiu que, embora este único estudo não prove que dormir pouco leva a doença das artérias coronárias, é seguro recomendar, pelo menos, seis horas de sono por noite.
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Os factores de risco de calcificação das artérias coronárias incluem reconhecidos factores de risco de doença cardíaca, tais como elevados níveis de açúcar no sangue, pressão sanguínea elevada e ter excesso de peso. Dados recentes sugerem que a quantidade e a qualidade do sono estão ligadas a diversos destes factores de risco. (farmacia.com.pt)
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domingo, 21 de dezembro de 2008

Portugueses desenvolvem medicamento que cria vasos sanguíneos

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Conceito já foi patenteado em Portugal e o registo internacional está em curso
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Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram um sistema de transporte de vírus geneticamente transformados capazes de induzir o organismo a gerar novos vasos sanguíneos em poucas semanas, para tratar doenças vasculares.
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Com o conceito já patenteado em Portugal e o registo internacional em curso, os investigadores acreditam ter desenvolvido uma via para contornar certos problemas relacionados com a obstrução de vasos sanguíneos, causadora de elevada mortalidade ou diminuição da qualidade de vida e, por vezes, da amputação de membros por falta de irrigação.
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Em caso de isquémia, ou seja, de obstrução de uma artéria principal, as vias terapêuticas mais correntes para a sua minimização são a cirurgia ou o tratamento com a introdução de um cateter, que acaba por libertar placas que podem causar tromboses.
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Em vez de procurar uma solução que desobstruísse os vasos sanguíneos, os investigadores de Coimbra apostaram numa via alternativa, de angiogênese, que induz o organismo a gerar novos vasos sanguíneos.
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Partindo de uma investigação em nanotecnologia para concepção de novos medicamentos, a que se dedica há uma década um grupo na Faculdade de Farmácia e no Centro de Neurociências de Coimbra, foi desenvolvido um transportador capaz de circular pelo sangue e levar a molécula à zona do organismo a tratar.
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Criaram micro-esferas com o fármaco adequado no seu interior e características que lhes permitem circular no organismo e iludir os sistemas de defesa. Um escudo de água a envolvê-las torna-as «invisíveis» aos sistemas de defesa do organismo.
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Em função da doença, as células em stress expressam certos marcadores à superfície. Foram então estudá-los e, com recurso à engenharia, desenvolveram um mecanismo analogicamente comparável a um GPS, que fizesse ancorar essas cápsulas especificamente nas células doentes e ao entranharem-se nelas aumentassem o potencial terapêutico e minimizassem os efeitos secundários, tóxicos, do tratamento nos tecidos sãos. (Portugal Diário)
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Diabetes: Natal é época de risco para quem sofre da doença

Diabetes: Natal é época de risco para quem sofre da doença
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Como é sabido, as épocas do Natal e do ano novo são normalmente sinónimo de excessos alimentares, o que representa também uma época de risco para pessoas com certas doenças, como a diabetes.
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Gorduras, doces e bebidas alcoólicas fazem parte da ementa de consoada para a grande maioria das famílias, o que representa um problema para os cerca de 500 mil diabéticos portugueses.
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Muitos dos ingredientes utilizados na confecção dos alimentos da época podem ser consumidos pelos diabéticos. No entanto é preciso ter particular atenção na sua preparação de forma a se manter sob controlo a taxa de glicemia.É importante evitar ao máximo a presença de molhos, cremes e coberturas dos alimentos, e que se opte por carnes magras, como o peru e o frango, ou pelo peixe, como o tradicional bacalhau.
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No que concerne aos doces deve ser substituído o açúcar por adoçante, cozinhando os alimentos no forno em vez de os fritar visto que é mais saudável.
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Para além dos cuidados com a dieta, os diabéticos devem ter particular atenção aos valores de glicemia, pois basta uma rabanada para disparar os níveis de açúcar no sangue. De forma a simplificar a monitorização, a Bayer Diabetes Care proporciona um autocontrolo seguro e eficaz através do medidor de glicemia BREEZE2. Este aparelho possui uma tecnologia de autocodificação e disco com 10 tiras integradas, promovendo a comodidade e fiabilidade para quem o utiliza, sendo ainda considerado o medidor mais rápido no tempo total de teste, apresentando resultados em apenas 5 segundos. (Farmacia.com.pt)
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Dentistas podem detectar cancro oral precocemente

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Investigadores norte-americanos afirmam que muitas vezes os cancros orais, pescoço e cabeça são diagnosticados tarde, podendo uma visita ao dentista ajudar a minimizar estes casos.
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De acordo com Michael Siegel, da Nova Southeastern University College of Dental Medicine, as ferramentas de diagnósticos que os odontologistas (especialistas em próteses dentárias) possuem, são suficientes para garantir que os pacientes são diagnosticados com maior brevidade possível. O especialista acrescentou ainda que o risco maior de desenvolver cancro oral acontece em adultos com mais de 40 anos de idade e que, para além de fumarem, ainda consomem álcool.
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Todos os dentistas, incluindo os odontologistas, estão treinados para detectar estes tumores ainda em estado inicial. No entanto, apenas 28% dos pacientes revelaram ter tido exames para detectar cancro oral.
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Diversas companhias já colocaram disponíveis testes simples de forma a auxiliar o dentista na detecção e diagnóstico precoce de lesões orais antes de se transformarem de cancro. Estes testes são indolores e relativamente baratos, segundo Michael Siegel. (Farmacia.com.pt)
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Farmacêuticos denunciam falta de genéricos

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Medicamentos com preços reduzidos
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A Ordem dos Farmacêuticos Enfermeiros alertou esta terça-feira para a falta de medicamentos genéricos nas farmácias, situação que se verificou depois de o preço ter sido reduzido em 30 por cento, no passado mês de Outubro.
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Segundo avança a rádio 'TSF', após a redução dos preços, por decisão do Governo, as embalagens de genéricos foram reenviadas aos laboratórios para receberem novas etiquetas, mas muitos medicamentos não voltaram às farmácias, por alegadamente darem prejuízo aos laboratórios.
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João Mendes, presidente da secção regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos, em declarações à mesma rádio, explica que a redução dos genéricos nas farmácias está a reflectir-se nos doentes que, neste momento, não encontram no mercado medicamentos que lhes são prescritos há vários anos.
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Por sua vez, Paulo Lilaia, presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, afirma desconhecer casos concretos de fármacos que saíram do mercado, mas admite que há genéricos que dão prejuízo e que colocam em risco o futuro de algumas empresas.(Correio da Manhã)
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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Investigadores não encontram relação entre aumento de peso e pílula

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Investigadores alemães revelaram que alguns cientistas podem ter tirado conclusões precipitadas ao sugerir que as pílulas contraceptivas fazem com que as mulheres ganhem peso.
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Os investigadores do Instituto Alemão para a Qualidade e Eficiência dos Cuidados de Saúde (IQWiG), em Colónia, que analisaram diversos estudos, revelaram que não encontraram evidências substanciais de uma relação entre a utilização de contraceptivos hormonais e o aumento de peso.
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Nos estudos com mulheres que tomavam a pílula tanto foram relatados aumentos como perdas de peso. Os investigadores aconselham, por isso, as mulheres a não permitirem que o medo de ganhar peso faça com que adiem a decisão de utilizar este tipo de contraceptivos.
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Os investigadores concluíram que parece muito pouco provável que os contraceptivos hormonais provoquem um grande aumento de peso. Se isso acontecesse, então teria sido evidente nas pesquisas que já foram realizadas. Contudo, estas conclusões não excluem a possibilidade de algumas mulheres poderem ganhar peso.
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De acordo com o director do IQWiG, o Dr. Peter Sawicki, muitas mulheres ganham algum peso à medida que envelhecem, quer utilizem ou não a pílula, sendo que limitar as escolhas contraceptivas não irá ajudar as mulheres a manter o peso sob controlo.
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Os investigadores acrescentaram que os métodos de contracepção hormonais, tais como a pílula e os dispositivos intrauterinos (DIU), são as formas mais efectivas, a longo prazo, de evitar uma gravidez. (farmacia.com.pt)
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Philips desenvolve "comprimido inteligente"

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O grupo holandês Philips desenvolveu um “comprimido inteligente”, que contém um microprocessador, uma bateria, um rádio wireless, uma bomba e um reservatório para o fármaco, para libertar a medicação numa área específica do organismo.
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A Philips, um dos maiores fabricantes a nível mundial de equipamento hospitalar, referiu que a cápsula, denominada "iPill", mede a acidez com um sensor, de modo a determinar a sua localização no intestino e poder assim libertar os fármacos onde estes são necessários.
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O transporte de fármacos directamente na localização da doença no tratamento de distúrbios do tracto digestivo, como a Doença de Crohn, pode significar a possibilidade das dosagens serem mais baixas, reduzindo assim os efeitos secundários.
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Embora já sejam utilizadas cápsulas que contêm câmaras em miniatura, como ferramentas de diagnóstico, estas ainda não possuem a capacidade de transportar fármacos.
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A "iPill" consegue também medir a temperatura local e relatá-la via wireless para um receptor externo.
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De acordo com Philips, a "iPill" é um protótipo, mas está pronto para ser fabricado em série. A companhia planeia apresentar a "iPill" no encontro anual da Associação Americana de Cientistas Farmacêuticos, em Atlanta, ainda este mês. (farmacia.com.pt)
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Tem uma consulta médica? Prepare-a com antecedência

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Para tirar o máximo partido da próxima visita ao médico é importante ir preparado, ser proactivo e agradavelmente assertivo, segundo a opinião do Dr. Michael Pignone, chefe de medicina interna geral da Universidade da Carolina do Norte.
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Segundo o Dr. Pignone, deve-se ter um registo, onde se anotam os problemas que precisam de ser abordados. Se não se for preparado, existe a possibilidade de se esquecer de alguma coisa. Além disso, ajuda bastante o médico se o paciente conseguir fazer um resumo rápido dos motivos da consulta.
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Também é fundamental saber o próprio historial médico e os medicamentos utilizados, pois os médicos precisam de saber que testes foram realizados e quando, assim como a medicação que se está a tomar. Sem este tipo de informação os médicos podem desnecessariamente voltar a pedir testes ou prescrever medicamentos que podem interagir adversamente com algum fármaco que o paciente já esteja a tomar.
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É ainda importante pôr os médicos a par dos valores e do estilo de vida. Normalmente não é algo que os pacientes pensem, mas não faz sentido concordar com um plano de tratamento que não se pensa cumprir.
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Investigações têm demonstrado que os pacientes que se preparam com antecedência, para uma consulta médica, têm mais probabilidade de serem mais bem atendidos e saem mais satisfeitos do que aqueles que não se prepararam. (farmacia.com.pt)
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Depressão ligada à gordura da barriga

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Após o período de 5 anos no qual decorreu o estudo, investigadores holandeses sugerem que os adultos já com uma certa idade que apresentam sintomas de depressão têm uma maior propensão para ganhar gordura abdominal, mas não gordura no geral.
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A equipa de cientistas estudou 2088 adultos com idades compreendidas entre os 70 e os 79 anos. Os participantes foram analisados para a depressão no início do estudo, tendo a sua obesidade abdominal sido registada, tanto no início como no final dos 5 anos.
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O estudo concluiu que, após o ajuste de factores sócio-demográficos e outras características associadas a mudanças de peso, a depressão estava associada a um aumento da gordura visceral e do diâmetro sagital após o período de 5 anos.
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“Esta associação não foi constatada para o aumento da obesidade em geral, parecendo ser independente das mudanças da obesidade, o que sugere que os sintomas depressivos estão associados ao aumento da gordura na região visceral”, afirmaram os investigadores em comunicado.
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O stress crónico e a depressão podem activar certas áreas do cérebro e conduzir para o aumento dos níveis de cortisol, o que promove a acumulação de gordura visceral. Para além disso, os indivíduos com depressão têm um estilo de vida menos saudável, incluindo uma dieta mais pobre, podendo interagir com factores psicológicos que conduzem a um aumento da obesidade abdominal. (farmacia.com.pt)
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Comprimidos de combinação para a hipertensão mais efectivos do que diuréticos

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Um estudo revelou que um comprimido que contém dois fármacos para a pressão sanguínea foi mais efectivo, do que uma estratégia baseada em diuréticos, na redução do risco de problemas cardiovasculares graves e morte em pessoas com hipertensão.
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No estudo, que envolveu mais de 11 mil pacientes dos Estados Unidos, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia, os pacientes receberam um comprimido contendo benazepril (um inibidor da enzima de conversão da angiotensina) e amlodipina (um bloqueador dos canais de cálcio) ou um comprimido contendo benazepril e hidroclorotiazida (um tipo de diurético).
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Ambos os comprimidos de combinação ajudaram a reduzir a pressão sanguínea em mais de 75 por cento dos pacientes, mas os que tomaram o primeiro comprimido (benazepril+amlodipina) apresentaram menos 20 por cento de eventos cardiovasculares do que aqueles que tomaram o outro comprimido de combinação com o diurético.
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O estudo, publicado na “The New England Journal of Medicine”, definiu os eventos cardiovasculares como mortes cardiovasculares, ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVC), hospitalizações devido a angina instável e tratamentos para reabrir as artérias coronárias bloqueadas.
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O investigador principal, o Dr. Kenneth Jamerson, professor de Medicina Interna na Faculdade de Medicina da Universidade do Michigan, referiu que este estudo demonstrou que mudar os pacientes para um único comprimido de combinação significou que o dobro conseguiu atingir o objectivo de pressão sanguínea, independentemente da terapia anterior.
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A pressão sanguínea elevada aumenta o risco de AVC, ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e outros problemas do coração. Os fármacos podem ajudar a controlar a pressão sanguínea, mas muitos pacientes têm dificuldade em tomar a medicação múltipla que necessitam, pelo que foram desenvolvidos os comprimidos de combinação. (farmacia.com.pt)
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Fármaco para a malária considerado seguro e eficaz

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Um painel da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) considerou o fármaco Coartem (artemeter/lumefantrina), da Novartis, como sendo seguro e eficaz.
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Este composto, que foi considerado como prioritário para análise por parte da agência reguladora, será a primeira terapia combinada com artemísia indicada para o tratamento da malária nos Estados Unidos, caso venha a ser aprovado.
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Os membros do painel votaram de forma unânime que os dados fornecidos pela farmacêutica demonstraram a eficácia do Coartem. Relativamente à segurança do mesmo, todos os membros com a excepção de um votaram favoravelmente.A Novartis procura aprovação por parte da entidade reguladora norte-americana para que o fármaco passe a ser usado como tratamento para infecções provocadas pela malária. (farmacia.com.pt)
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Um quinto dos novos genéricos à espera dos tribunais

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Saúde
Um quinto dos novos genéricos à espera dos tribunais

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A guerra entre os fabricantes de genéricos (versões mais baratas dos medicamentos originais) e os laboratórios dos fármacos inovadores está ao rubro em Portugal. O problema intensificou-se em 2007 e atinge hoje uma dimensão inusitada: cerca de um quinto dos pedidos de definição de preços para genéricos apresentados este ano estão suspensos porque aguardam decisões dos tribunais.
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Resultado: há medicamentos (por exemplo para a doença de Alzheimer) que não começaram a ser comercializados por este motivo. E em 2009 já se adivinha uma luta judicial pelo fabrico do Viagra (ver texto ao lado).
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Em 2008, dos 500 pedidos de atribuição de preços para genéricos entrados na Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE) cerca de 400 foram diferidos, e num prazo médio de oito dias, adianta o director-geral, Mário Lobo. Os restantes aguardam pelo desfecho das acções judiciais interpostas pelos fabricantes dos originais, que recorrem aos tribunais para defender as patentes.
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Em causa estará menos de uma dezena de moléculas (os pedidos são vários porque é necessário um para cada tipo de embalagem e dosagem), desvaloriza uma fonte da indústria farmacêutica.
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Mário Lobo adianta os dados de 2008 para provar que a entrada de genéricos não tem sido bloqueada em Portugal e contrariar as críticas da Comissão - que, num relatório preliminar de uma investigação sobre o sector divulgado há duas semanas, acusou as empresas de inovação de atrasar ou travar a entrada de genéricos interpondo acções judiciais, entre outro tipo de estratégias.
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O relatório destaca Portugal como um “case study” pelo elevado número de processos pendentes nos tribunais ("mais de 70"), e nota que por vezes as acções se arrastam tanto tempo que os fármacos caem, entretanto, no domínio público.
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"Em meados de 2008, o processo de aprovação de preço para 120 genéricos estava suspenso", refere o relatório. Segundo a autoridade nacional do medicamento (Infarmed), há 41 providências cautelares e 54 acções administrativas especiais pendentes.
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"Há muitos equívocos e ruídos" à volta desta questão, lamenta Lobo. "O que se verifica de diferente em Portugal é que os detentores das marcas entendem defender desta forma as suas patentes. E não sei se este fenómeno acontece mais cá porque haverá mais pedidos de entrada de genéricos."
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O presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos, Paulo Lilaia, contrapõe que o elevado número de casos se deve ao facto de, ao contrário de outros países na Europa, o processo ficar suspenso enquanto decorre a acção judicial.
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O problema é que este " bloqueio" resulta em elevados custos adicionais para os estados-membros e os contribuintes, acentua a CE. Analisando uma amostra de medicamentos que perderam a exclusividade entre 2000 e 2007 no conjunto dos vários países, a Comissão estima que teria sido possível poupar três mil milhões de euros se os genéricos tivessem entrado mais cedo no mercado.
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Forças de bloqueio?
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O processo de entrada implica duas etapas: primeiro é pedida uma autorização de introdução no mercado (AIM) ao Infarmed (que depende do Ministério da Saúde). Depois, é pedida a definição do preço à DGAE (dependente do Ministério da Economia e da Inovação). O que tem sucedido é que, mal o Infarmed concede as AIM, os laboratórios interpõem providências cautelares. E os genéricos não chegam ao mercado porque a DGAE fica a aguardar a decisão dos tribunais. O problema atingiu tal dimensão que motivou a intervenção do Governo: em Julho de 2007, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, instou, por despacho, a DGAE a fixar o preço dos genéricos após as decisões judiciais. Face a protestos do sector, o despacho foi revogado e Serrasqueiro passou a matéria para a DGAE.
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Mário Lobo acrescenta que foi o Infarmed que decidiu, a partir de meados de 2007, dar sequência a todos os pedidos de AIM, obrigando a direcção-geral a ficar com "a decisão entre mãos". E nota que a maior parte das sentenças dos tribunais já conhecidas vão no sentido da suspensão da AIM, apesar de haver decisões divergentes quanto ao mesmo caso.
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Ao invés, o relatório da CE adianta que, das acções já decididas em tribunal entre 2000 e 2007, mais de 60 por cento foram favoráveis às empresas de genéricos. "A ideia de que as empresas de inovação estão a bloquear por bloquear está errada", defende a fonte da indústria farmacêutica, lamentando "a falta de ética" de empresas de genéricos, que avançam antes de as patentes expirarem.
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E dá o exemplo de várias moléculas para as quais já estão aprovadas AIM, como o valsartan (anti-hipertensor) e o valaciclovir (antiviral), mas cujas patentes só expirarão em 2013 e 2010. (Público)
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Estudo: Aspirina não ajuda a prevenir risco cardíaco em diabéticos

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Um estudo revelou que a toma de uma aspirina por dia não parece ajudar a reduzir o risco de eventos cardiovasculares em pacientes diabéticos de meia-idade.
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O Dr. Hisao Ogawa, da Universidade Kumamoto, no Japão, e colegas revelaram que a aspirina não reduziu significativamente a combinação de eventos coronários fatais e de eventos cerebrovasculares fatais.
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Os investigadores analisaram se a aspirina de baixa dosagem poderia ser benéfica para a prevenção primária de eventos ateroscleróticos, ou seja, o estreitamento ou endurecimento das artérias devido à acumulação de placa, em pacientes com diabetes tipo 2.
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O ensaio conduzido por investigadores japoneses, publicado na “The Journal of the American Medical Association” e apresentado no encontro da Associação Americana do Coração, em Nova Orleães, estudou 2.539 pacientes com diabetes tipo 2 e sem historial de doença aterosclerótica de 163 instituições no Japão, entre Dezembro de 2002 e Abril de 2008.
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De acordo com os investigadores, ocorreram, no total, 154 eventos ateroscleróticos, sendo que 68 foram no grupo da aspirina e 86 no grupo de controlo. Os pacientes, que estavam divididos primeiramente consoante a idade, receberam 81 miligramas ou 100 miligramas de aspirina ou placebo.
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Nos 1.363 pacientes com 65 anos ou mais, sendo que 719 estavam no grupo da aspirina e 644 no grupo de controlo, a incidência de eventos ateroscleróticos foi relativamente mais baixa no grupo da aspirina, com uma incidência de 45 eventos, ou 6,3 por cento, em relação ao grupo de controlo com 59 eventos, ou 9,2 por cento.
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Contudo, nos 1.176 pacientes com menos de 65 anos a diferença de eventos nos dois grupos não foi significativa.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença cardíaca foi responsável pela morte de cerca de 17,5 milhões de pessoas a nível mundial em 2005, correspondendo a 30 por cento de todas as mortes globais. A doença é ainda mais perigosa nos diabéticos, eventualmente matando dois em cada três destes pacientes, de acordo com a Associação Americana de Diabetes.(Farmacia.com.pt)
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Metade das mulheres desenvolve infecções urinárias

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Investigadores norte-americanos afirmam que metade das mulheres desenvolve infecções urinárias ao longo das suas vidas.
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Segundo Philippe Zimmern, urologista norte-americano, estas condições, que embora sejam bastante desconfortáveis, são no entanto fáceis de tratar, e surgem devido a infecções bacterianas no tracto urinário.
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"Algumas mulheres procuram tratamento imediatamente após os primeiros sintomas", afirmou Zimmern. "Os sintomas de infecções urinárias podem incluir vontade em urinar frequentemente ou dor durante urinar, embora existam outros factores, como sentir a zona do abdómen dorida", acrescentou o investigador.
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Zimmern afirma que o diagnóstico e tratamento por parte do médico é importante para assegurar que a infecção é tratada de forma correta e não se espalha para os rins, sendo que os antibióticos são prescritos frequentemente.O investigador salienta ainda a importância de se realizar uma higiene adequada como forma de prevenção para a doença.(Farmacia.com.pt)
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