domingo, 26 de abril de 2009

Alimentos que contêm o flavonóide apigenina podem reduzir risco de cancro dos ovários

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Descobertas de um estudo sugerem que as mulheres que consomem grandes quantidades de alimentos e bebidas à base de plantas, que contêm o flavonóide natural denominado apigenina, podem apresentar um risco reduzido de cancro dos ovários.
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A Dra. Margaret A. Gates, do Hospital Brigham e de Mulheres e da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston, referiu que a apigenina, encontrada no aipo, salsa, vinho tinto, molho de tomate, limão, e noutros alimentos à base de plantas, pode ser particularmente benéfica.
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Os flavonóides são compostos com propriedades antioxidantes que protegem as células contra os danos provocados pelas moléculas de oxigénio. Num estudo que comparou a ingestão de flavonóides entre as mulheres com ou sem cancro dos ovários, publicado na “International Journal of Cancer”, as mulheres que relataram a ingestão mais elevada de apigenina apresentaram uma diminuição significativa do risco de cancro dos ovários, em relação às mulheres que relataram a ingestão mais baixa de apigenina.
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A Dra. Gates revelou à Reuters Health que estes resultados são promissores, mas é necessária mais investigação para confirmar esta associação.
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Os investigadores analisaram os alimentos normalmente ingeridos, durante o período de uma semana, por 1141 mulheres com cancro dos ovários e por 1183 mulheres sem cancro.
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As mulheres, com uma média de 51 anos, apresentavam características semelhantes, excepto aquelas com cancro dos ovários que apresentavam mais factores de risco conhecidos e tinham uma massa corporal ligeiramente maior e uma ingestão diária de calorias mais elevada. Contrariamente, as mulheres sem cancro, que serviram de controlo, tinham uma dieta alimentar na generalidade mais saudável.
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Os investigadores, a partir dos dados alimentares, calcularam a ingestão de cinco flavonóides comuns – miricetina, caempferol, quercetina, luteolina, e apigenina – frequentemente obtidos através do consumo de chá ou vinho tinto, maçãs, alface romana ou verde, couve-lombarda, mirtilos, laranjas, aipo ou molho de tomate.
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Os investigadores não encontraram qualquer associação entre a ingestão total de flavonóides e o risco de cancro dos ovários, em análises que tiveram em conta factores potencialmente associados com o risco de cancro dos ovários, tais como idade, utilização de contraceptivos orais, parto, amamentação, historial de laqueação das trompas e actividade física.
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Apenas a ingestão de apigenina foi associada com uma diminuição sugestiva do risco de cancro dos ovários. Contudo, estas descobertas sublinham a necessidade da realização de mais investigações. (farmacia.com.pt)
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Disfunções do sistema imunitário afectam 10% da população

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Especialistas lançam o alerta para o problema
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As doenças auto-imunes, como a artrite reumatóide ou doenças inflamatórias intestinais, afectam já 10% população portuguesa. Segundo Luís Campos, coordenador nacional do Núcleo de Estudos de Doenças Auto-Imunes da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, o problema afecta pelo menos um milhão de pessoas em Portugal.
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As razões que levam a um aumento da prevalência das doenças auto-imunes que se tem vindo a registar em Portugal são, no entanto, desconhecidas para os cientistas.
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"Temos alguma investigação, mas a que existe é muito insuficiente para perceber as causas da prevalência", disse Luís Campos, defendendo ainda a implementação de um registo informático padronizado das doenças auto-imunes nos hospitais portugueses.
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As doenças auto-imunes são provocadas por uma disfunção do sistema imunitário, que ataca as células e tecidos do próprio organismo do doente. Existem cerca de uma centena de doenças identificadas, entre as quais a artrite reumatóide, espondilite anquilosante, lúpus, vasculites, doenças inflamatórias intestinais, esclerose múltipla e um tipo de diabetes.(farmacia.com.pt)
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Gravidez dentro da menopausa pode tornar-se realidade

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Estudo
Gravidez depois da menopausa pode tornar-se realidade

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Investigadores chineses prometem avanços na medicina contra a menopausa precoce, que atinge 1,1% da população feminina mundial, e no tratamento da infertilidade. Médicos portugueses mostram-se cépticos quanto aos resultados.
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Durante seis anos tentou de tudo, numa luta contínua contra o tempo. Aos 32 anos, numa altura em que muitas mulheres pensam em constituir família, Ana via-se a braços com os primeiros sintomas da menopausa. Apesar de se ter subme-tido a vários tratamentos, aos 38 anos ficava menstruada pela última vez. Calcula-se que uma em cada mil portuguesas sofra de menopausa precoce.
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"Sempre desconfiei que era diferente", analisa Ana, acrescentando: "Aos 18 anos tive o período apenas duas vezes. Mas na altura não dei muita importância. Estava mais preocupada com a entrada na faculdade e pensava que tinha sido por isso." Hoje com 40 anos, casada e sem filhos, está mais resignada e pensa em adoptar uma criança.
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Ana é uma entre muitas mulheres que sofrem de menopausa precoce, uma situação que surge quando os ovários deixam de funcionar antes dos 40 anos. Um estudo do Colégio Rush Medical, de Chicago, nos Estados Unidos, indica que o problema atinge 1,1% da população feminina mundial (ver caixa).
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Mas agora uma investigação da Universidade Jiao Tong, de Xangai, relança a esperança para estas mulheres, ao abrir caminhos para o adiamento da menopausa. Os cientistas chineses conseguiram de-senvolver, pela primeira vez, ovócitos (células sexuais femininas) a partir de células estaminais retiradas de ovários. O estudo, publicado na última edição da Nature Cell Biology, foi realizado em pequenos ratos de laboratório, mas abre expectativas para a gravidez pós-menopausa em humanos. Os investigadores acreditam que também as mulheres possuirão células estaminais nos ovários que permitam gerar mais ovócitos no decorrer da vida.
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A investigação não convence, contudo, a maioria dos obstetras e ginecologistas contactados pelo DN. Manuel Neves e Castro, presidente da Sociedade Portuguesa de Menopausa, mostra-se céptico em relação aos efeitos práticos da descoberta. "Uma mulher nasce com um número mais ou menos certo de ovócitos, cerca de dois milhões, que vai gastando progressivamente até à menopausa", explica o ginecologista-obstetra, acrescentando: "Para a investigação ter efeito as células estaminais teriam de ser retiradas dos ovários enquanto estes ainda mantinham um funcionamento normal." Segundo o especialista, não é nem será possível retardar a menopausa: "Consegue-se diminuir os seus efeitos hormonais com tratamentos de compensação, mas não se consegue abrandar a falência dos ovários", frisa.
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João Silva Carvalho, do Centro de Estudos e Tratamento da Infertilidade, assina por baixo. "A menopausa acontece quando o reservatório dos ovócitos se esgota. Prolongar a menopausa ou modificar este processo de perda ao longo da vida não me parece possível", salienta.
Já Pedro Canas Mendes, ginecologista-obstetra e ex-director do Hospital Curry Cabral, considera a investigação "uma proposta científica interessante", apesar de pedir cautela na sua aplicação prática e na percepção dos riscos que pode trazer para a vida da mulher. "Parece-me uma descoberta viável, mas também é preciso perceber se é eticamente desejável", sustenta.
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É entre os 45 e os 55 anos que normalmente começam a aparecer os primeiros sintomas da menopausa, como os ciclos irregulares, afrontamentos e alterações de humor. Mas para as mulheres com menopausa precoce estes efeitos são ainda mais intensos.
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No caso de Maria dos Anjos, que perdeu a menstruação aos 40 anos, os problemas surgiram ao nível cardíaco. "Sentia-me muito aflita do coração e havia vezes que pensava que ia morrer. Tive de ser medicada durante anos, mas depois passou", conta a doméstica, hoje com 55 anos.
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Mas se para algumas mulheres as causas da menopausa estão relacionadas com uma predisposição genética, há outros casos em que a menopausa surge por razões clínicas. Sónia tinha 30 anos quando lhe foi diagnosticado cancro na mama. Depois de várias sessões de químio e radioterapia, o sonho de ser mãe caiu por terra. Hoje com 34 anos assume que já se sentiu diminuída enquanto mulher, mas teve de aceitar: "Inicialmente foi muito difícil. Tive de aprender a viver com o problema".
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Ana Rosa Costa, obstetra do Hospital de São João, no Porto, olha para a investigação da Universidade Jiao Tong como uma mais-valia nas mulheres com patologias graves, como no caso da Sónia. "A recolha das células estaminais tem é de ser feita antes de se começarem os tratamentos", sublinha, explicando que a menopausa precoce traz mais riscos de osteoporose, problemas cardíacos e secura vaginal. Por outro lado, "a menopausa tardia comporta mais riscos como o aparecimento do cancro da mama". (Diário de Notícias)
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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Cancro do pulmão: Teste à urina pode indicar risco da doença

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Investigadores norte-americanos e chineses afirmam que os níveis de um metabólito na urina podem ajudar a identificar aqueles que têm risco da doença.
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O estudo descobriu pacientes que tinham um nível médio do metabólito NNAL tinham um risco 43% superior de cancro do pulmão, comparativamente aos que tinham níveis mais baixos.
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Após terem sido levados em conta diversos factores, como anos de consumo de tabaco, aqueles com níveis mais elevados de NNAL tinham um risco duas vezes superior de cancro do pulmão.Para além disso, aqueles com níveis elevados de nicotina e NNAL tinham um risco oito vezes maior da doença, comparativamente aos fumadores com níveis mais baixos.
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"Fumar leva ao cancro do pulmão, mas existem cerca de 60 carcinogéneos presentes no fumo do tabaco", afirmou Jian-Min Yuan, líder do estudo. "Não há dúvidas que fumar aumenta o risco, mas o porquê disso acontecer apenas em algumas pessoas é ainda uma boa questão", acrescentou.
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A equipa de investigadores realizou entrevistas e colheitas de urina e sangue de 50 mil pacientes, e após uma década fizeram uma avaliação do impacto de NNAL em 246 fumadores que desenvolveram cancro do pulmão, e 245 fumadores que não desenvolveram a doença. (farmacia.com.pt)
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Cientistas usam células-estaminais para tratar doença que causa cegueira

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Novo tratamento deverá estar disponível a partir de 2015
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O trabalho é resultado de uma pesquisa de oftalmologistas da University College London e do Hospital Moorfields de Londres, tendo por base substituir a camada e células oculares que sofreram um processo degenerativo devido à idade por células novas obtidas a partir da manipulação de células-estaminais embrionárias.
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"Há uma camada de células na parte posterior do olho que é suporte da parte do olho que vê, a retina. Essa camada de células começa a degenerar-se e morre - o resultado é que a pessoa fica cega porque a parte da retina que nos ajuda a ver já não tem o respaldo do qual necessita", afirmou Peter Coffey, do Instituto Oftalmológico da UCL. "O que estamos a estudar é se podemos voltar a colocar células para regenerar essa camada", acrescentou.
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A Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) é uma doença ocular causada pela degeneração, danos ou deterioração da mácula, a camada amarelada de tecido sensível à luz que se encontra no centro da retina e que proporciona a acuidade visual que permite ao olho notar detalhes.
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O tabagismo, a idade avançada, antecedentes familiares, o alto nível de colesterol no sangue e a hipertensão arterial são os factores mais comuns que causam DMRI, um problema que afecta cerca de 30 milhões de pessoas a nível mundial.(farmacia.com.pt)
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Dobesilato de cálcio pode não ajudar a prevenir danos na retina devido à diabetes

Um novo estudo revelou que o fármaco dobesilato de cálcio não ajuda a prevenir o desenvolvimento do edema macular que provoca perda da visão nos pacientes com diabetes, que sofrem de retinopatia diabética ligeira a moderada.Aproximadamente 50 por cento das pessoas que têm diabetes tipo 1 e 30 por cento daquelas com diabetes tipo 2 desenvolvem retinopatia, que envolve danos na retina provocados por complicações relacionadas com a diabetes. O edema macular clinicamente significativo (EMCS) ocorre quando a retinopatia diabética progride.
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Quando isto acontece, fluido e depósitos de proteínas acumulam-se perto ou na mácula, a área central da retina, provocando um espessamento e inchaço.O estudo, publicado na “The Lancet”, incluiu 635 pessoas com diabetes tipo 2 e retinopatia diabética ligeira a moderada que receberam aleatoriamente dobesilato de cálcio ou placebo.
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Oitenta e seis pessoas de 324 que tomaram dobesilato de cálcio e 69 das 311 que tomaram placebo desenvolveram edema macular clinicamente significativo. Os investigadores determinaram que as pessoas que receberam o fármaco tinham uma probabilidade 32 por cento maior de desenvolverem EMCS do que aquelas que receberam placebo.
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O Dr. Christos Haritoglou, da Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique, na Alemanha, e colegas referiram que as descobertas demonstram que o dobesilato de cálcio não conseguiu prevenir a ocorrência de EMCS nem reduzir a probabilidade de desenvolver EMCS, durante o período de cinco anos do seguimento.
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Um comentário a acompanhar o artigo, escrito pela Dr. Anna B. Einarsdottir e pelo Dr. Einar Stefansson, do Hospital Universitário da Islândia, em Reiquiavique, sublinhou a necessidade de distinguir entre a prevenção da retinopatia e a prevenção da cegueira diabética.
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Os especialistas referiram que a cegueira diabética pode ser reduzida ou prevenida sem reduzir a retinopatia. O rastreio sistémico para a retinopatia diabética e o tratamento preventivo a laser, para aqueles que desenvolveram edema macular ou retinopatia proliferativa, reduz a taxa de cegueira em cerca de 0,5 por cento na população diabética, independentemente da prevalência da retinopatia. (farmacia.com.pt)
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Melatonina pode ajudar crianças autistas a dormir

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Investigadores norte-americanos sugeriram que a melatonina, uma substância produzida no cérebro pela glândula pineal e presente em muitos alimentos e em suplementos, poderá ajudar as crianças com autismo ou síndrome do X-Frágil a dormir.
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O estudo, publicado na “Journal of Clinical Sleep Medicine”, associou o tratamento com melatonina a um aumento da duração do sono de 21 minutos, diminuindo a latência média para o início do sono, ou seja, o período de tempo que se demora a adormecer, em 28 minutos e reduzindo o início do sono em 42 minutos.
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A autora principal do estudo, a Dra. Beth Goodlin-Jones, do Instituto MIND, do Sistema de Saúde Davis da Universidade da Califórnia, em Sacramento, sugere que o tratamento com suplementos de melatonina poderá ajudar a aliviar algum do stress que os pais de crianças com necessidades especiais experienciam.
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Os problemas de sono são relatados em cerca de 89 por cento das crianças com autismo e em 77 por cento das crianças com síndrome do X-Frágil, a forma mais comum de incapacidades mentais hereditárias que vão desde problemas de aprendizagem a atraso mental.
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A Dra. Goodlin-Jones referiu que os problemas em adormecer no início da noite são muito preocupantes para as crianças e suas famílias. Por vezes, as crianças podem levar uma a duas horas a adormecer e frequentemente perturbam a família durante esse período.
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O estudo incluiu informações de 12 crianças que preenchiam os critérios de diagnóstico para autismo ou síndrome do X-Frágil, ou ambos, com idades entre os 2 e os 15 anos. A qualidade e a quantidade do sono foram ambas medidas objectiva e subjectivamente. Os participantes receberam suplementos de melatonina ou placebo durante duas semanas.
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O autismo é uma perturbação devido à qual as crianças pequenas são incapazes de estabelecer relações sociais normais, comportam-se de maneira compulsiva e ritual e, em geral, não desenvolvem uma inteligência normal.
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A síndrome do X-Frágil é uma doença genética ligada ao cromossoma X, sendo a causa mais frequente de atraso mental hereditário. Calcula-se que afecte um em cada 4.000 rapazes e uma em cada 6.000 raparigas. Em Portugal, a doença é ainda muito desconhecida e está subdiagnosticada.Sites úteis:
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APSXF – Associação Portuguesa da Síndrome do X Frágil - http://www.apsxf.org/default.htm
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Federação Portuguesa de Autismo - http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/
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Diabetes: Descontinuar o tratamento com rosiglitazona eleva os níveis de açúcar no sangue

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Investigadores norte-americanos relataram que muitos pacientes que suspenderam a utilização do fármaco rosiglitazona (Avandia) para a diabetes, devido a questões relativas à segurança do fármaco, receberam menos tratamento e desenvolveram níveis de glicose no sangue mais elevados.
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Uma análise de evidências científicas, publicada em 2007, descobriu que a rosiglitazona aumentava o risco de doença cardiovascular e ataque cardíaco, o que levou muitos médicos e pacientes a descontinuar a utilização do fármaco.
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Neste novo estudo, 89 por cento dos pacientes diabéticos estavam a utilizar uma terapia de combinação antes de descontinuarem a utilização da rosiglitazona. Após a suspensão, 33 por cento dos pacientes estavam a receber terapia de combinação e a 13 por cento dos pacientes não tinha sido prescrita qualquer medicação para a diabetes.
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A Dr. Etta Fanning, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, referiu que o controlo do açúcar no sangue também foi afectado, após os pacientes terem parado de tomar o fármaco.
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Os autores referiram que, nos pacientes que receberam terapia de combinação, e que tinham valores laboratoriais nos períodos de pré e pós-descontinuação, foram observados aumentos significativos tanto nos níveis da glicose no sangue, em jejum, como da hemoglobina A1c, um indicador standard de controlo a longo prazo do açúcar no sangue.
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Este estudo, publicado na “Endocrine Practice”, reafirma que os pacientes que descontinuaram a utilização da rosiglitazona e de outra tiazolidinediona, denominada pioglitazona (Actos ou Glustin), apresentam um risco acrescido de ter níveis de glicose no sangue, em jejum, e de hemoglobina A1c mais elevados, referiram o Dr. Stuart Zarich, cardiologista da Faculdade de Medicina de Yale, e o Dr. Richard Nesto, da Clínica Lahey. (farmacia.com.pt)
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domingo, 19 de abril de 2009

Dificuldade em dormir aumenta as dores dos pacientes com cancro

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Um estudo publicado na revista científica “Journal of Clinical Sleep Medicine” revelou que os problemas de sono provocam um aumento da dor e da fadiga nos pacientes com cancro.
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Os resultados demonstraram que mais de metade dos pacientes dormia mal, 26 por cento com problemas moderados ou graves de sono. Comparativamente com os pacientes que não sofriam de alterações do sono, o grupo que tinha problemas graves em dormir sofreu de mais fadiga, dores e depressões.
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O facto de se ser mais jovem e a recente administração de quimioterapia foram ambos associadas a um aumento dos problemas de sono. De acordo com os autores, os pacientes mais jovens tendem a receber quimioterapias mais agressivas do que os pacientes com mais idade, pelo que poderão estar expostos a uma maior toxicidade relacionada com o tratamento.
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De acordo com os autores, a relação entre a dor e o sono tem sido frequentemente assumida como recíproca. Contudo, no actual estudo, um modelo de causa recíproca não encaixava nos dados, e os modelos nos quais a dor causou os problemas de sono também não encaixavam tão bem como o modelo em que os problemas de sono causavam a dor.
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O Dr. Edward J. Stepanski, da ACORN (Accelerated Community Oncology Research Network), uma rede de clínicas comunitárias oncológicas, em Memphis, nos Estados Unidos, explicou que os investigadores acreditavam que poderiam encontrar uma relação bidireccional entre a insónia e a dor, mas encontraram que a dificuldade em dormir se ajustava mais à causa da dor do que à sua consequência.
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O Dr. Stepanski declarou ainda que diversos estudos têm demonstrado que a terapia cognitivo-comportamental melhora o sono nos pacientes com cancro que têm insónias. O investigador acredita que este tipo de intervenção pode ajudar a reduzir a dor e a fadiga dos pacientes através da melhoria do sono.
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O estudo foi desenvolvido a partir de dados de 11.445 pacientes com cancro em tratamento na West Clinic, uma organização sem fins lucrativos que fornece serviços aos pacientes com cancro, em Memphis. Os participantes tinham uma média de idades de 61,5 anos, 74 por cento eram mulheres, sendo o cancro da mama o cancro mais comum, e 25 por cento dos pacientes tinha recebido quimioterapia nos últimos 30 dias. (farmacia.com.pt)
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Ligação encontrada entre aspirina e pequenas hemorragias cerebrais

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Apesar das micro-hemorragias serem visíveis em ressonância, os investigadores afirmam que são inofensivas, pelo que não existem razões para se pararem de tomar aspirinas.
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Os cientistas holandeses alertaram que as pessoas mais velhas que tomam aspirinas ou medicamentos similares podem sofrer minúsculas hemorragias cerebrais, que são inofensivas mas visíveis através da ressonância magnética.
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Os investigadores analisaram mais de mil pessoas com uma idade média de 69 anos, que realizaram exames cerebrais de ressonância magnética entre 2005 e 2006.Entre os pacientes, 362 deles estavam a tomar medicamentos para a coagulação, como a aspirina, ácido acetil-salicílico, e 245 destes estavam a tomar a aspirina ou similar denominado por carbasalato de cálcio.
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Através de uma análise dos resultados os investigadores notaram que a probabilidade de um paciente que estava a tomar aspirina ou carbasalato de cálcio ter micro-hemorragias cerebrais era superior comparativamente aos restantes, com o risco a aumentar consoante as doses consumidas.
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"O nosso estudo mostrou uma associação entre uso de aspirina e a presença de micro-hemorragias. Mas é muito importante entender que nós não mostramos que a aspirina causa as hemorragias e nem que as pessoas que têm micro-hemorragias e estão a usar a aspirina terão um risco maior de hemorragias cerebrais sintomáticas, ou seja, grandes", afirmou Meike Vernooij, do Centro Médico da Universidade Erasmus MC, em Roterdão, Holanda.
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"Temos de entender que as pessoas que estavam a tomar aspirina ou outros medicamentos contra coágulos faziam isso por uma razão muito clara: ou tinham probabilidade maior de ter isquemia cardíaca, ou seja, enfarte, ou isquemia cerebral, ou seja, derrame", acrescentou o investigador, sublinhando que os efeitos benéficos da aspirina não devem ser descartados. (farmacia.com.pt)
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Brócolos podem combater germes

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Estudo revela que o consumo de brócolos reage melhor a infecções
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A pesquisa foi realizada em 50 voluntários, divididos em dois grupos, infectados com o germe Helicobacter pylori.Durante o período de oito semanas, um grupo comeu até cem gramas de brócolos por dia, enquanto o outro consumiu uma quantidade equivalente de alfafa.
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Através de exames padronizados de sangue e fezes, a equipa de investigadores descobriu que o grupo que consumiu brócolos reduziu significativamente os níveis de infecção do germe, enquanto os níveis no grupo de controlo permaneceram inalterados.
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Apesar de existirem tratamentos antibióticos para a infecção do Helicobacter pylori, nem sempre são efectivos, podendo mesmo provocar efeitos secundários desagradáveis.
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"Estamos animados com os resultados, mas temos de ser cautelosos para não os interpretar em demasia", afirmou Jed W. Fahey, co-autor do estudo. "Uma redução no H. pylori deveria levar a uma redução na inflamação, mas não provamos isso nesta pequena experiência clínica", adiantou o investigador, acrescentando ainda que bastaria apenas uma pequena mudança nos hábitos alimentares para obter um grande feito em doenças crónicas. (farmacia.com.pt)
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domingo, 12 de abril de 2009

Novo fármaco pode ajudar pacientes com artrite psoriática

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Estudo norte-americano demonstra que o golimumab melhorou as funções físicas e os sintomas da doença.
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A artrite psoriática é uma forma de artrite que se verifica em pessoas que têm psoríase da pele ou das unhas, e que afecta cerca de 11% das pessoas que têm psoríase.
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O estudo incluiu 405 pacientes que ainda tinham artrite psoriática activa após terem sido administrados com medicamentos anti-reumáticos ou anti-inflamatórios não esteróides. Os pacientes foram escolhidos, de forma aleatória, para serem injectados com 50 ou 100 miligramas de golimumab ou um placebo durante quatro semanas pelo período de 24 semanas.
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A fase III do estudo descobriu que 51% dos pacientes no grupo que foi administrado com os 50 mg, 45% do grupo dos 100 miligramas e 9% do grupo que foi administrado com o placebo conseguiu atingir uma melhoria de 20% após a décima quarta semana. Estas melhorias eram em áreas como articulações inchadas ou inflamadas, dor, actividade da doença e de funções físicas.
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Os investigadores acrescentaram ainda que um número reduzido dos pacientes experienciou efeitos secundários ao fármaco, mas que eram apenas ligeiros.
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O golimumab é um anticorpo monoclonal que tem como função bloquear as moléculas que induzem a inflamação.
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Um estudo desenvolvido anteriormente já havia revelado que o fármaco melhorava os sintomas da artrite reumatóide. (farmacia.com.pt)
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Avotermina demonstra-se promissora na redução de cicatrizes

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Investigadores britânicos revelaram que o fármaco avotermina demonstrou potencial na redução da formação de cicatrizes e em tornar a pele mais normal.
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O investigador Mark Ferguson, da Universidade de Manchester, referiu que, se o fármaco continuar a actuar e se for aprovado, poderá ser utilizado em cirurgias, após trauma e queimaduras, desde acidentes rodoviários a cirurgias electivas e procedimentos cosméticos.
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A avotermina, um agente de sinalização celular sintético, reduz a vermelhidão e achata a cicatriz, após ter sido injectada debaixo da pele no local da ferida.
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A avotermina é uma forma artificial do factor transformador de crescimento beta 3 (TGF-beta 3), uma molécula sinalizadora (citocina) que envia mensagens entre as células para que o colagénio, um componente chave da pele, una o tecido de forma mais eficiente.
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De acordo com os especialistas, a avotermina altera a orientação, densidade e espessura das fibras de colagénio que causam as cicatrizes.
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Testes demonstraram que a avotermina reduz a formação de cicatrizes em feridas recentes e nas cicatrizes existentes, que foram cortadas novamente e depois cozidas.
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O investigador referiu que algumas pessoas apresentaram um efeito realmente dramático, sendo que a cicatriz ficou quase imperceptível. (farmacia.com.pt)
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Vitamina C diminui risco de ter gota

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Estudo afirma que a ingestão regular de vitamina C poderá estar associada a um risco menor de desenvolver gota, a forma mais comum de artrite inflamatória em homens com mais de 40 anos de idade.
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De acordo com o estudo publicado na revista "Archives of Internal Medicine", a probabilidade de surgir o problema foi 45% menor entre os participantes que consumiram uma dose diária da vitamina correspondente a 1500 mg ou mais.
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A pesquisa analisou 47 mil homens saudáveis entre 1986 e 2006, sendo que 1317 deles tiveram diagnóstico de gota.
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"É muito interessante porque aponta uma queda de 17% no número de casos novos de gota para cada 500 mg diários de vitamina C ingeridos", afirmou Ari Halpern, do Hospital Israelita Albert Einstein.
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Ainda segundo o investigador, já era sabido que a vitamina C aumentava a excreção de ácido úrico na urina, embora não houvesse provas de que o seu consumo isolado poderia reduzir o risco de gota.
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"Este estudo terá um impacto na prescrição de vitamina C, principalmente em homens de risco (com níveis de ácido úrico elevado)", acrescentou ainda Ari Halpern.(farmacia.com.pt)
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Grávidas que deixam de fumar têm o mesmo risco das não-fumadoras

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O risco de parto prematuro e de baixo peso do bebé é igual para grávidas não-fumadoras e para as que deixaram de fumar antes da 15ª semana de gestação.
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O risco de parto prematuro e de baixo peso do bebé é o mesmo para grávidas não-fumadoras e para as que param de fumar antes da 15ª semana de gestação.
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Foram estas as conclusões que um estudo chegou, e no qual foram acompanhadas 2500 grávidas a partir da 15ª semana de gestação. Elas dividiram-se em três grupos: não-fumadoras, fumadoras, e um grupo que deixou de fumar durante a gravidez (antes da 15ª semana).
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Tanto as não-fumadoras como as que deixaram de fumar apresentaram uma taxa de parto prematuro similar (4% dos casos), enquanto as fumadoras apresentaram uma taxa de 10%.
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Em relação ao peso do bebé no parto, 10% das não-fumadoras e 10% das que deixaram de fumar tiveram bebés com baixo peso, comparativamente aos 17% das fumadoras.
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Estudos previamente realizados já haviam demonstrado efeitos prejudiciais do tabaco na gestação, como o parto prematuro, maior risco de aborto, bebé com baixo peso, morte súbita do recém-nascido, nado morto e défice de desenvolvimento da criança.(farmacia.com.pt)
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Cancro da próstata: Estudo revela novo tratamento contra a doença

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Cientistas norte-americanos divulgam resultados bastante positivos de um novo medicamento para o cancro da próstata.
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Segundo os dados divulgados, mais de 40% dos pacientes tratados com o fármaco reduziram em 50% a concentração de PSA (antigénio prostático específico) no sangue, o que indica uma regressão da doença.
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O estudo foi realizado em 30 pacientes com a doença em estado avançado e que já tinham passado por todos os tratamentos possíveis, incluindo castração.
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Os resultados demonstraram que 22 dos pacientes tiveram uma redução dos níveis de PSA em três meses, sendo que 13 deles diminuíram mais de 50% na concentração da proteína que serve como "termómetro" molecular da doença.
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O cancro da próstata é dependente da testosterona, a principal hormona masculina, produzido pelos testículos.
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A testosterona funciona como um "combustível" que se liga a um receptor na membrana das células, estimulando o crescimento do tumor.
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Assim, o tratamento em estágios avançados da doença pós-metástase, quando o tumor já se espalhou da próstata para outras partes do corpo, consiste em suprimir a produção da hormona.(farmacia.com.pt)
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Psoríase: Raptiva retirado do mercado norte-americano devido a riscos neurológicos

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A companhia Genentech anunciou a retirada voluntária faseada, do mercado norte-americano, do fármaco Raptiva (efalizumab), para o tratamento da psoríase, devido à associação do fármaco a um aumento do risco de leucoencefalopatia multifocal progressiva.
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O médico-chefe da Genentech, Hal Barron, declarou que, embora a companhia acredite que muitos pacientes com psoríase estão a beneficiar com o Raptiva, o balanço entre os benefícios e os riscos na população com psoríase, para a qual o fármaco está aprovado, alterou-se significativamente.
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A Genentech está a dar instruções aos médicos para cessarem a prescrição do Raptiva a novos pacientes e para contactarem aqueles que estão actualmente a receber o fármaco, de modo a considerarem opções de tratamento alternativas.
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Nos Estados Unidos, o Raptiva deixará de estar disponível a partir de 8 de Junho. Até à data, foram relatados três casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva diagnosticados entre os pacientes que receberam Raptiva e um paciente tratado com o fármaco, que desenvolveu sintomas neurológicos progressivos, morreu devido a causas desconhecidas.
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A Genentech sublinhou que a retirada do mercado resulta de conversações com a agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), acrescentando que irá colaborar com a Merck KGaA, que detém a licença do fármaco fora dos Estados Unidos e Japão, para informar as autoridades reguladoras fora dos Estados Unidos.
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Em Fevereiro, a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou que a autorização de comercialização do Raptiva fosse suspensa, referindo que os benefícios do fármaco já não superavam os riscos.
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A leucoencefalopatia multifocal progressiva é uma rara manifestação de infecção cerebral por poliomavírus, que costuma progredir rapidamente uma vez desencadeada a sintomatologia.
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A doença afecta o cérebro e a espinal medula, tendo-se tornado muito frequente nas pessoas com deficiência na função (imunológica) dos linfócitos T, como, por exemplo, nos que sofrem de leucemia, linfoma ou SIDA. Os homens são afectados com mais frequência do que as mulheres.
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Nenhum tratamento se revelou eficaz na leucoencefalopatia multifocal progressiva. Nas pessoas que sobreviveram, os investigadores suspeitam que certas funções do seu sistema imunológico possam ter sido responsáveis por deter a infecção ou a destruição do tecido cerebral. (farmacia.com.pt)
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terça-feira, 7 de abril de 2009

Fármaco de venda livre contra a Obesidade chega a Portugal

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Chegou ao mercado português o primeiro fármaco para perder peso que não necessita de prescrição médica.
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O fármaco, comercializado pela GlaxoSmithKline, é uma versão de baixa dosagem do orlistato, medicamento sujeito a receita médica que é produzido pelo laboratório Roche com uma dosagem de 120 miligramas. O orlistato tem sido largamente recomendado pelos especialistas para combater formas graves de obesidade.
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Segundo dados da empresa que o comercializa o fármaco de venda livre, os ensaios clínicos demonstraram que, quando associado a uma dieta baixa em calorias e com menos gordura, o orlistato de baixa dosagem, ou seja de 60 miligramas, pode ajudar a perder 50% mais peso do que uma dieta por si só. Os especialistas defendem ainda que a terapêutica farmacológica só está indicada quando as alterações do estilo de vida não resultam.
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Quanto aos efeitos secundários mais frequentes, cerca de 10% dos pacientes podem sofrer dores de cabeça, hipoglicemia e infecções respiratórias. Os efeitos indesejáveis menos frequentes incluem infecções urinárias, ansiedade, irregularidades menstruais, dor rectal e doenças dos dentes ou gengivas.
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É de salientar que o fármaco inibe o efeito dos contraceptivos orais e que a sua administração é contra-indicada em jovens, grávidas, mulheres que estejam a amamentar e pessoas com distúrbios alimentares ou com inflamações do intestino.
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O preço ronda os 55 euros mas, dado ser de venda livre, as farmácias e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica podem praticar o preço que desejarem. (Saúde na Internet)
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