terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ambiente de Trabalho pode acelerar aparecimento de artrite reumatóide

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Os investigadores do Instituto Karolinska de Estocolmo divulgaram que há muito tempo se sabe que determinados factores ambientais, como fumar e beber álcool, assim como a hereditariedade, aumentam o risco de desenvolver a doença.
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O estudo, publicado na "Psychotherapy and Psychosomatics", sugere que o stress e uma pesada carga de trabalho, assim como ter pouco controlo sobre os resultados, aumentam a probabilidade de desenvolver artrite reumatóide.
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Os investigadores principais, Lars Alfredsson, do Departamento de Medicina Ambiental, e Lars Lareskog, do Departamento de Medicina, expuseram correlações claras entre a doença e empregos nos quais as pessoas não controlam a sua própria situação.
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A artrite reumatóide é uma doença auto-imune, na qual as articulações se inflamam simetricamente, incluindo habitualmente as das mãos e dos pés, originando inchaço, dor e muitas vezes levando à destruição definitiva do interior da articulação. A artrite reumatóide também pode desencadear uma variedade de sintomas em todo o corpo.
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Desconhece-se a sua causa exacta, embora sejam muitos os vários factores (inclusive a predisposição genética) que podem influir na reacção auto-imune. Cerca de 1 % da população sofre desta doença, que afecta as mulheres duas ou três vezes mais frequentemente que os homens. (http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=6195)
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sábado, 27 de setembro de 2008

Índice de massa corporal elevado prejudica quimioterapia

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Eficácia afectada
Índice de massa corporal elevado prejudica quimioterapia
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A obesidade pode aumentar os riscos de se sofrer de cancro e a agressividade da doença. O mesmo pode acontecer em relação ao tratamento. Um estudo elaborado pelo M. D. Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, revelou que as pacientes com cancro da mama operável, que têm índices de massa corporal (IMC) elevados, têm menos possibilidade de obterem uma resposta eficaz do tratamento com quimioterapia do que os doentes com peso normal.
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Pesquisas anteriores demonstraram haver uma ligação entre a obesidade e a agressividade dos cancros da mama, mas os mecanismos que ditam essa relação ainda não eram conhecidos, segundo destaca a equipa do M. D. Anderson Cancer Center, liderada por Abenaa M. Brewster, num relatório publicado no “Journal of Clinical Oncology”.
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Nesse trabalho, os investigadores acompanharam 1169 pacientes, entre Maio de 1999 e Maio de 2004, recorrendo ao IMC para categorizar as doentes. Conclusão: as pacientes com peso normal têm maiores probabilidades de obterem uma resposta eficaz do tratamento com quimioterapia.
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Apesar de não haver diferenças nas possibilidades de as doentes obterem uma resposta completa da quimioterapia, as que têm peso a mais correm mais riscos de sofrerem de tumores de faseIII e têm menores taxas de sobrevivência no período pós-tratamento de 4,1 anos.
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A ligação entre um IMC mais elevado e a redução na resposta da quimioterapia “pode ser atribuída à influência do IMC na eficácia clínica da quimioterapia ou da dosagem insuficiente de pacientes obesos seguida pelos médicos por receio da toxicidade, apesar de os estudos terem demonstrado que essa prática contribui para uma menor sobrevivência livre da doença”.
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Dados do estudo
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Título: Relationship Between Obesity and Pathologic Response to Neoadjuvant Chemotherapy Among Women With Operable Breast Cancer
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Publicação: Journal of Clinical Oncology, volume 26, número 25, 1 de Setembro de 2008, páginas 4072-4077
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Autores: Jennifer K. Litton, Ana M. Gonzalez-Angulo, Carla L. Warneke, Aman U. Buzdar, Shu-Wan Kau, Melissa Bondy, Somdat Mahabir, Gabriel N. Hortobagyi, Abenaa M. Brewster(Peso & Medida - Público)
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cancro do colo do útero - jovens vacinadas já no próximo mês

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Cancro do colo do útero - Estado já escolheu a vacina
Jovens vacinadas no próximo mês
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As raparigas de 13 anos poderão começar a ser vacinadas já no próximo mês contra o papiloma vírus, que provoca o cancro do colo do útero.
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A vacina, que vai ser integrada no Plano Nacional de Vacinação (e dada gratuitamente), já está escolhida. Os dois laboratórios que têm produtos contra este vírus entregaram ontem as propostas. A Gardasil, da Sanofi Pasteur MSD, obteve a maior pontuação no concurso público, em detrimento da Cervarix, da GlaxoSmithKline. Não por ser mais barata, mas por imunizar contra mais tipos de vírus.
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De acordo com as regras do concurso, a escolha é feita tendo em conta uma fórmula: a eficácia e a abrangência de cada uma valiam 53%, o preço 47%. Na segunda ronda de propostas, os laboratórios baixaram os preços das ofertas. A Sanofi propôs vender por 55 euros e a Glaxo 39,39 euros, cada dose.
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Ao optar pela mais cara, o Estado irá pagar mais 2,6 milhões de euros por ano para vacinar 55 mil jovens (a cada uma são dadas três doses). Foram encomendadas 169 mil doses para o primeiro ano.
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O Governo tinha aprovado, em Conselho de Ministros já este mês, um orçamento de 14 milhões de euros para adquirir a vacina (acrescido de IVA). Mas, como cada concorrente baixou as ofertas nesta segunda fase do concurso, o Ministério da Saúde poupará mais de quatro milhões de euros em relação à verba prevista. A decisão do júri ainda não foi divulgada oficialmente e, por isso, o Ministério da Saúde não comenta se esta diferença de preços será utilizada para vacinar mais jovens.
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Anunciada há um ano pelo então ministro Correia de Campos, a vacina contra o cancro do colo do útero estava prevista para começar a ser administrada em Setembro. Mas o concurso público sofreu um atraso após um dos laboratórios ter entregue uma providência cautelar contra o outro concorrente, por não ter entregue toda a documentação no prazo. O concurso não chegou a ficar suspenso, pelo interesse público na sua conclusão.
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O QUE É QUE A VACINA VENCEDORA TEM?
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A Gardasil, vacina agora escolhida no concurso público, foi a primeira a entrar no mercado. Tal como a concorrente Cervarix, tem cem por cento de eficácia. A diferença é o facto de proteger contra mais estirpes de vírus (quatro, enquanto a concorrente se fica por duas). Além dos papilomas vírus humano 16 e 18 – os mais comuns e os que estão na origem da maioria dos cancros do colo do útero – apresenta protecção para os tipos 6 e 11, responsáveis por lesões como as verrugas genitais.
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Este vírus é transmitido por via sexual e representa a segunda causa de morte por cancro nas mulheres entre os 15 e os 44 anos. Portugal tem a taxa de incidência mais alta da Europa, com cerca de 900 novos casos por ano e mais de 300 mortes devido a este carcinoma.
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DGS PODE AVANÇAR 'NUM PRAZO DE DIAS'

O director-geral da Saúde, Francisco George, está apenas à espera da formalização da escolha do fornecedor para avançar com a vacinação. Francisco George garante que, depois do processo concluído, é uma questão de dias até que tudo seja posto em prática. Também a Sanofi Pasteur já fez saber que as vacinas estão em Portugal e disponíveis para ser adquiridas.
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De acordo com os prazos definidos, os concorrentes têm agora cinco dias úteis para recorrer.Caso não haja contestação, o júri publica o relatório final e a decisão segue para o Ministério da Saúde, para aprovação da ministra Ana Jorge. (Correio da Manhã)
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APONTAMENTOS
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Calendário

Este ano serão vacinas as raparigas nascidas em 1995. Em 2009, as jovens de 1996 e em 2010 as que nasceram em 1997. De 2009 a 2011, chegará às jovens de 17 anos.
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Redução do cancro
Calcula-se que 70% dos cancros sejam provocados pelo papiloma vírus. A vacina previne estas situações.
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Mortes
O cancro do colo do útero é responsável por mais de 300 mortes por ano em Portugal.
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Células estaminais sem efeitos secundários indesejáveis?

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Vírus da constipação poderá ser a chave
Células estaminais sem efeitos secundários indesejáveis?

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As células estaminais embrionárias são uma das esperanças da medicina do futuro: em princípio, devem permitir, a partir das células de um doente, gerar tecidos e órgãos biocompatíveis com esse doente. Porém, a sua produção levanta problemas; por isso, mais recentemente, o interesse virou-se também para células estaminais “quase embrionárias”, relativamente fáceis de produzir. Só que a sua utilização apresentava grandes riscos potenciais para a saúde. Agora, talvez a solução esteja à vista: na edição online de hoje da revista Science, cientistas de Harvard concluem que um vírus da constipação poderá ser a chave para a produção de células deste tipo desprovidas de efeitos secundários graves.
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Um pouco por todo o mundo, têm-se procurado maneiras de obter células estaminais embrionárias, pois elas prometem servir um dia para tratar a doença de Alzheimer ou resolver a escassez de órgãos para transplante. Mas, até há cerca de um ano, a obtenção deste tipo de células apresentava um grande obstáculo – que não era, aliás, de ordem científica: pensava-se que, para as criar, era necessário clonar embriões a partir das células dos doentes (da mesma forma como foi clonada a ovelha Dolly). Esses embriões humanos não se desenvolveriam mais do que uns dias no laboratório, até ao estádio de uma bolinha com um punhado de células – o suficiente para colher as suas células estaminais – mas, mesmo assim, a ideia levantava questões morais que muitos governos e uma parte da opinião pública não estavam dispostos a ignorar.
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Muitos cientistas continuam a explorar esta via mas, entretanto, ao longo de 2007, uma equipa japonesa primeiro e outras depois mostraram que não era obrigatório clonar embriões para se chegar a estas células (ou pelo menos a algo de muito parecido), ao conseguirem obter, por outra via, células aparentemente tão “embrionárias” como as verdadeiras células estaminais embrionárias. Para isso, simplesmente, “reprogramaram” directamente os genes de células da pele adultas (de ratinho e humanas). Estas novas células, a que deram o nome de células pluripotentes estaminais induzidas ou células IPS (induced pluripotent stem cells), forneciam uma alternativa à clonagem e fizeram com que o próprio George W. Bush e até o Papa louvassem a descoberta.
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Mas as células IPS apresentavam um grande problema – técnico, desta vez: é que, para introduzir nas células da pele adultas os genes necessários à sua reprogramação em células IPS, usavam-se vírus que se inseriam para sempre no ADN dessas células. Ora acontece que um dos genes necessários para efectuar a reprogramação celular e conseguir que as células da pele recuassem no tempo e se tornassem novamente “embrionárias”, era um gene, chamado c-myc, que tem o mau gosto de provocar cancros. E o que se constatou nos meses a seguir foi que embriões de ratinho a quem essas células IPS tinham sido injectadas – precisamente para mostrar que elas se comportavam como células embrionárias – desenvolviam tumores malignos.
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Agora, Matthias Stadtfeld e colegas deram um passo importante na eliminação desse obstáculo, utilizando um vírus da constipação – um adenovírus – para introduzir os genes de reprogramação em culturas de células adultas de ratinho. Os adenovírus, ao contrário de outros vírus, não precisam de se integrar no ADN das células que infectam para activar os genes que transportam e a sua presença nas células-alvo é portanto transitória. Isto seria um inconveniente se fosse preciso manter durante muito tempo a acção dos genes introduzidos, mas como para reprogramar as células adultas em células IPS apenas é preciso que os genes em causa se activem temporariamente, o estratagema funciona.
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Até agora, dizem os cientistas, ainda não observaram qualquer efeito adverso destas células IPS nos ratinhos em cujos embriões as injectaram – e que permitiram constatar que elas eram capazes de dar origem a células pulmonares, cerebrais, cardíacas, etc.. Resta porém, avisam, saber se o mesmo resultará com células humanas.(Público)
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Hipertensão fatal para as grávidas

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Saúde:
Doença não controlada é a principal causa da mortalidade materna
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O aparecimento da hipertensão durante a gravidez, sem controlo clínico, é em Portugal a principal causa de morte das mulheres grávidas. Porém, a mortalidade materna no nosso país é considerada das mais baixas do Mundo.
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Por ano regista-se uma média de cinco óbitos por cem mil partos. Nascem em média 103 mil bebés todos os anos.
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Luís Graça, presidente do Colégio da Especialidade de Ginecologia-Obstetrícia da Ordem dos Médicos, afirma ao CM que a mortalidade materna em Portugal é das mais baixas a nível mundial. "É das melhores do Mundo. Num ano podem morrer três grávidas, noutro ano cinco ou seis, por cada cem mil partos anuais." A média nos países da OCDE ronda as oito a nove mortes por cem mil nascimentos por ano.
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Segundo o especialista, a hipertensão arterial pode surgir na gravidez, pelo que é indispensável a mulher ser vigiada clinicamente para se controlar tanto a sua saúde como a do bebé. Deve ir às consultas e fazer análises e exames sempre que recomendados.
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Enquanto Portugal regista uma baixa taxa de mortalidade, outros países apresentam dados mais preocupantes. Um relatório da UNICEF, divulgado ontem, revela que mais de meio milhão de mulheres morre anualmente em todo o Mundo devido a complicações durante a gravidez ou no momento do parto e dez milhões sofrem lesões, infecções, doenças ou deficiências, muitas evitáveis.
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O relatório afirma que mais de 99 por cento de todas as mortes relacionadas com a maternidade ocorre nos países em desenvolvimento, das quais 84 por cento nos países da África subsariana e no Sul da Ásia.
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A hemorragia é a causa de morte mais comum, especialmente em África (34 por cento) e na Ásia (31 por cento). Seguem-se as infecções, como a sepsia – trata-se de uma intoxicção generalizada do organismo – e a anemia. (Correio da Manhã)
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Especialistas condenam prescrição de psicofármaco Ritalina a menores de cinco anos

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Aconselhado apenas para casos extremos
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Desta vez, os avisos vêm do Reino Unido. As novas linhas orientadoras ditadas pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE) referem que o conhecido medicamento chamado Ritalina (nome comercial do metilfenidato) usado para casos de défice de atenção e hiperactividade não deve “em caso algum” ser prescrito a menores de cinco anos e, apenas em último recurso, deve ser usado por crianças mais velhas. Em Portugal, os especialistas sublinham que a prescrição destes fármacos a crianças com menos de 5 anos abrange uma pequena minoria e situações muito especiais.
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As novas directivas britânicas neste campo foram divulgadas hoje pelo diário inglês "The Guardian". Segundo este jornal, os especialistas defendem que antes de receitar Ritalina é preciso assegurar que todas as outras estratégias foram tentadas e falharam. Assim, fala-se numa aposta na formação de pais e professores para que aprendam a lidar com estas situações delicadas antes de simplesmente prescrever o medicamento que acalma a criança. Para a formação é proposto um programa de 12 semanas e apenas nos casos mais graves e como último recurso deve ser usado o psicofarmaco, sublinham. Além disso, o uso destes medicamentos, diz o NICE, deve ser sempre acompanhado de apoio psicológico.
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A prescrição de medicamentos como a Ritalina sempre foi alvo de controvérsia e debate na comunidade científica. Ainda assim, há milhões de crianças em todo o mundo que parecem precisar desta medicação para resolver problemas de desatenção. Em Portugal, o problema deverá afectar entre 3 a 5 por cento da população escolar. “O manancial de experiência adquirido até hoje permite concluir que é um medicamento eficaz e seguro. Temos dados suficientes para concluir que a taxa de complicações a curto e longo prazo é muito baixa”, referiu ao PÚBLICO, o neuropediatra José Carlos Ferreira, especialista nesta área, admitindo que o fármaco pode produzir efeitos secundários já relatados como, por exemplo, palpitações e falta de apetite. “Há sempre muita vigilância nestas situações”, nota. O pediatra Pedro Cabral acrescenta: “É prescrito a muito poucas crianças com menos de cinco anos e com cuidados especialíssimos”, refere, notando que deve ser sempre investigada outra explicação para o problema como perturbações do espectro do autismo.
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Mais drogas na América
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Um estudo publicado hoje na revista Child and Adloescent Psychiatric refere que as crianças norte-americanas são três vezes mais alvo de prescrições de psicofármacos quando comparadas com as europeias. O artigo aponta para possiveis explicações admitindo que este cenário possa estar relacionado com as diferenças nas regras de prática clínica, com sistemas de classificação e diagnóstico distintos, bem como, com questões culturais. “Um reflexo da mentalidade”, referem os autores que apontam para um aumento dos diagnósticos de desordem bipolar nos EUA, A investigação levada a cabo nos EUA envolveu a Alemanha e a Holanda. (Público)
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Ataque cardíaco: os sinais de alerta

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Ataque cardíaco: os sinais de alerta
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A maioria dos portugueses tem dificuldade em identificar sinais e sintomas de um ataque cardíaco, como a dor na zona do peito e no braço, revela um inquérito que será divulgado esta terça-feira, a propósito do Dia Mundial do Coração.
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O estudo sobre "Enfarte agudo do miocárdio - gravidade associada, notoriedade dos factores de risco, reconhecimento dos sinais/sintomas e medidas preventivas" foi realizado pela Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), responsável pelas comemorações do Dia Mundial do Coração, que se assinala domingo.
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A investigação, a que a agência Lusa teve acesso, apurou que "a maioria dos inquiridos (400 indivíduos com idade igual ou superior a 30 anos) tem dificuldade em identificar sinais e sintomas do enfarte agudo do miocárdio".
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"Estes dados vêem comprovar que há ainda muito trabalho por fazer", segundo Luís Negrão, médico assessor da FPC.
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O enfarte agudo de miocárdio ocorre quando a obstrução de uma artéria coronária restringe gravemente ou interrompe o fornecimento de sangue a uma região do coração e tem como sintomas uma dor súbita e intensa na zona do peito e uma dor no braço.
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O inquérito revela ainda que quatro em cada dez portugueses, com idades acima dos 30 anos, continuam a não tomar medidas preventivas para evitar complicações cardiovasculares.
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Quase 30 por cento dos portugueses não efectua exames médicos regulares de prevenção, em particular a população com menos de 50 anos, segundo as conclusões do inquérito.
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A investigação apurou que "dois dos principais factores de risco cardiovascular - o mau colesterol e a hipertensão - ainda não são tidos como tal junto da esmagadora maioria de portugueses acima dos 30 anos".
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Entre os inquiridos que conhece ou já ouviu falar de enfarte agudo do miocárdio, quase metade não associa a alimentação rica em gorduras, o tabagismo ou a ausência de exercício físico regular a comportamentos de risco que podem ter consequências a prazo no desenvolvimento de doenças cardíacas.
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De acordo com este inquérito, a maioria dos portugueses (cerca de 57 por cento) tem a percepção de que as doenças cardíacas são a principal causa de morte em Portugal, 96 por cento já ouviu falar do enfarte do miocárdio e cerca de 53 por cento já contactou ou conhece pessoas afectadas por um enfarte do miocárdio.
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Dos que conhecem a doença, metade não receia vir a sofrer um enfarte e aponta como principais factores de risco a alimentação rica em gorduras, tabagismo e ausência de exercício físico regular. -
Os indivíduos que afirmaram conhecer os aspectos da doença identificam a dor súbita ou intensa na zona do peito e a dor no braço como principais sintomas da doença. Do total deste grupo, 38 por cento assume não tomar medidas preventivas para evitar males maiores.
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Entre os seis em cada dez portugueses com mais de 30 anos que fazem uma prevenção no dia-a-dia, as medidas chave de prevenção cardiovascular passam pela prática de exercício físico regular e hábitos alimentares.
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Para o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, Manuel Carrageta, "as doenças cardiovasculares são largamente evitáveis através de um estilo de vida saudável, que inclua uma vida activa, uma alimentação saudável e um ambiente livre do tabaco."
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As doenças cardiovasculares e os ataques cardíacos são responsáveis por 17,5 milhões de óbitos em todo o mundo, mais que a soma do número de mortes causadas por HIV/Sida, tuberculose, malária e diabetes, todas as formas de cancro e de doenças respiratórias crónicas.
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O Dia Mundial do Coração tem este ano o lema "Sabe qual o seu risco?". A efeméride é assinalada em mais de cem países, incluindo Portugal, onde as câmaras municipais aderentes irão desenvolver várias iniciativas durante a manhã de domingo.
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Rastreios, caminhadas organizadas, corridas, sessões de ginástica, fóruns científicos, concertos e torneios de desporto são algumas das iniciativas previstas. (Jornal de Notícias)
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Nestlé envolvida no escândalo da melamina na China

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Demissão de alto cargo em Pequim
Nestlé envolvida no escândalo da melamina na China

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Há já mais de 13 mil bebés internados em hospitais por causa do leite contaminado com melamina. Hoje, o responsável máximo pela segurança alimentar na China demitiu-se e os mercados asiáticos reagiram banindo os produtos vindos da China. De dia para dia o escândalo vai aumentando as suas proporções e hoje a Nestlé foi envolvida no caso após terem sido descobertas amostras de leite UHT em Hong Kong que acusaram a presença do produto tóxico, ainda que em quantidades alegadamente inofensivas. Em Portugal não há perigo, assegura a empresa.
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A Nestlé, uma das maiores companhias de produtos alimentares, anunciou hoje a retirada de leite UHT em Hong Kong após uma acção de fiscalização que detectou vestígios de melamina (1.4 ppm/partes por milhão) numa embalagem de litro de leite pasteurizado. Com efeito, a dose de melamina detectada na embalagem de leite continha uma dose de melamina 25 vezes inferior ao máximo autorizado na Europa.
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O produto não estaria à venda ao público mas estaria a ser distribuído para organizações comerciais e empresas de catering, exclusivamente de Hong Kong, segundo adiantou fonte da empresa da Nestlé numa declaração oficial, citada pela Reuters. “Apesar do produto não representar risco para a saúde, a Nestlé iniciou um processo de retirada deste produto de Hong Kong, na sequência de um pedido do Centro de Segurança Alimentar de Hong Kong”, adiantava a comunicação da empresa acrescentando ainda: “Outros produtos lácteos da Nestlé foram testados exaustivamente pelas autoridades chinesas e de Hong Kong e foi confirmado o que já tinha sido avançado ontem... que todos os outros produtos Nestlé testados são seguros”.
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Em declarações à TSF, o responsável pelo controlo de qualidade da divisão portuguesa da Nestlé assegurou que não há qualquer hipótese de haver lotes de leite em pó chinês contaminado com melamina em Portugal. Ainda assim, adiantou, serão feitas despistagens a esta substância nos produtos da marca, mas apenas por precaução.
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O envolvimento da Nestlé - que - desta forma, se junta a uma lista de empresas que vem crescendo todos os dias - no escândalo que rebentou no início da passada semana na China foi apenas o desenvolvimento mais recente deste caso que assume proporções cada vez mais dramáticas. Hoje, as autoridades fizeram mais uma actualização dos números. Há cerca de 53 mil crianças que foram afectadas pela contaminação com melamina, dos quais 13 mil se encontram internados e, destes, 104 estão em estado grave. O número de mortes declaradas fixou-se em quatro desde o final da semana passada.
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A gravidade da situação fez com que o responsável máximo da segurança alimentar na China, Li Changjiang, apresentasse hoje a sua demissão, naquela que foi a primeira demissão de um alto cargo em Pequim na sequência desta crise. O Conselho de Estado aceitou a demissão e já nomeou para o cargo o seu substituto: Wang Yong. (Público)
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domingo, 21 de setembro de 2008

Hospitais públicos estendem passadeiras vermelhas aos médicos para saírem

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Saúde: Hospitais públicos estendem passadeiras vermelhas aos médicos para saírem
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Lisboa, 21 Set (Lusa) - João é obstetra há nove anos num hospital público, com o qual acaba de rescindir o contrato por estar "farto das passadeiras vermelhas" que o Estado "estende aos médicos" para abandonarem o Serviço Nacional de Saúde.
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Nos últimos anos, milhares de médicos têm saído dos serviços públicos. Mas ninguém sabe ao certo quantos. Nem a Ordem, nem o Ministério. Sabe-se que são muitos e que vão sobretudo para um sector privado em expansão e que oferecerá melhores condições de investigação e médicas.
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"Praticamente todos os hospitais do SNS perderam médicos para as instituições privadas nos últimos tempos", afirma o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes.
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Saber quantos e em que moldes é que é uma tarefa aparentemente impossível, pois "o médico não tem obrigação de informar a Ordem quando sai, ou para onde vai".
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"O médico sai do público para o privado, ou para a reforma, ou para se constituir como empresa prestadora de serviços, ou simplesmente muda de vínculo", explica Pedro Nunes.
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O próprio número rigoroso de médicos em actividade em Portugal é desconhecido. Conforme reconheceu o bastonário, há médicos que morrem, mas que os familiares não informam o organismo e outros que já não exercem, mas continuam a pagar quotas como se o fizessem.
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Dos 38 mil médicos que a Ordem contabiliza, existirão "mil ou dois mil" que não estarão em actividade, segundo as contas de Pedro Nunes.
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A Lusa tentou apurar junto do Ministério da Saúde quantos médicos deixaram o SNS nos últimos tempos, mas essa contabilidade ainda não está feita.
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Segundo as contas de António Correia de Campos, ex-ministro da Saúde e antecessor da actual ministra, Ana Jorge, só no ano passado foram mais de mil os clínicos que deixaram o serviço público, metade dos quais directamente para o sector privado.
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Em 2007, o Ministério da Saúde tinha avançado à Lusa que, entre o início de 2006 e Abril de 2007, 943 médicos tinham deixado o SNS, entre reformas e rescisões.
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Sobre as medidas que a tutela conta levar a cabo para resolver a carência de médicos nos serviços públicos de saúde, fonte do gabinete de Ana Jorge remeteu o anúncio das mesmas para quando for "oportuno".
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João, obstetra do Hospital S. Francisco Xavier, onde ajudou a nascer mais de mil crianças, já não acredita. Está desiludido. E decidiu que a sua vida "tem de mudar" e pediu a rescisão do Contrato de Provimento Administrativo que vem renovando há nove anos.
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Este vínculo precário, que lhe tem fechado as portas a uma carreira médica, vem funcionando como garantia da presença de muitos médicos nos serviços, sem que efectivamente pertençam ao Estado ou às instituições que servem, acusa.
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Sem hipóteses de progressão na carreira, a ganhar cerca de 2.000 euros mensais por 47 horas semanais, João tem assistido à saída massiva dos clínicos do seu serviço neste hospital, que inclusive encerrou as portas no final do mês passado por falta de profissionais.
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Faltam médicos, os que restam estão desiludidos e reina a desarticulação entre as equipas, principalmente desde que as administrações compram serviços a médicos que ganham por hora muito mais que os profissionais dos hospitais.
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Uma das consequências desta situação reflecte-se na formação dos futuros clínicos, já que a falta de médicos e de tempo dos que trabalham não permite o acompanhamento ideal dos internos que estão a especializar-se.
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Para isso mesmo alertou o presidente do Conselho Nacional do Médico Interno (CNMI), Rui Guimarães, que sabe de casos de alguns internos que já se queixaram de se sentir "desacompanhados" na sua formação, o que preocupa este organismo.
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O aumento dos tempos de espera dos pacientes - como acontece na Maternidade Alfredo da Costa, onde a falta de médicos tem vindo a agravar-se - é outra das consequências desta situação e objecto do crescimento de queixas das utentes, como disse à Lusa a directora do serviço de urgência desta instituição, Clara Soares.
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A culpa? Para João, nem os directores de serviço nem os próprios administradores são os grandes responsáveis pela situação, mas sim as tutelas que, sucessivamente, têm como grande objectivo "a diminuição dos gastos com a Função Pública".
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E este nem é, para o médico, um mau propósito, mas desde que assumido com transparência e não "à custa de engenharias financeiras".
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Na prática, os hospitais apresentam menos despesas com pessoal, mas depois gastam mais "ao contratarem outros (ou os mesmos) a preços mais elevados", desde que pagos através de outras rubricas.
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"Todos sabem o que se passa", disse, mas "ninguém faz nada", até porque, "bem ou mal, as coisas vão-se fazendo e os números até demonstram que se fazem mais consultas, mais partos, etc.", explicou.
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Sobre o "assédio" das empresas de médicos e dos hospitais privados, este clínico alerta: "Com a falta de médicos, não é difícil estes encaixarem-se em qualquer lado" e a ganharem mais.
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O mais triste, disse, é que "as portas estão permanentemente abertas para os médicos saírem". Alguns aceitam o convite. João sai no fim do mês.(RTP)
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Atenção ao Paracetamol

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Levantamento epidemiológico envolveu mais de 200 mil crianças
Estudo associa uso de paracetamol a maior risco de asma infantil

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Os investigadores sublinham que o paracetamol é ainda a melhor resposta para a febre de uma criança e que os resultados do estudo não alteram as actuais recomendações internacionai, ou seja, administrar paraceptamol apenas quando a tempretaura do bebé atinge os 38,5 graus.
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Os resultados do estudo divulgado ontem na edição especial da The Lancet mostram apenas uma relação de associação e não de causalidade entre o paraceptamol e os casos de asma e também de um aumento da severidade dos sintomas.
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Trata-se de uma das fases do estudo epidemiológico de larga escala (ISAAC - Estudo Internacional da Asma e Alergias na Infância) que envolveu mais de 205 mil crianças com seis e sete anos de 31 países.
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Os investigadores inquiriram os pais das crianças sobre o uso do analgésico durante os primeiro ano de vida do bebé e também durante os 12 meses anteriores ao inquérito. Resultados: o uso de paracetamol durante os primeiros doze meses de vida foi associado a um aumento de 46 por cento do risco de sofrer os sintomas de asma em crianças entre os seis e sete anos (em qualquer dos países).
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No caso do consumo nos 12 meses anteriores ao estudo (ou seja, crianças com seis e sete anos) o risco aumenta para os 61 por cento. “O estudo constata factos, não os explica”, adverte Libério Ribeiro, pediatra e médico especialista em imunoalergologia, contactado pelo PÚBLICO, insistindo também que os pais devem continuar a optar pelo paracetamol (sobretudo nos casos de doenças como a asma).
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Segundo adianta, cerca de 90 por cento dos casos de asma são hereditários e, por outro lado, o facto de um bebé tomar mais paracetamol pode apenas significar que teve mais febres, é mais susceptível a sofrer infecções e que, por isso, pode ter mais doenças alérgicas como a asma.
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O médico reconhece a importância do ISAAC mas considera que este deve ser encarado como “um ponto de partida para estudos mais aprofundados”. Os próprios investigadores responsáveis pelo estudo concordam e sublinham que, para declarar uma relação de causalidade, era necessário um ensaio clínico com grupos de controlo.
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No entanto, a equipa liderada por Richard Breasley, do Instituto de Investigação Médica da Nova Zelândia, admite que há diversos factores que podem influenciar o aparecimento da asma e outras doenças alérgicas. Mas, conclui, “um deles pode ser o uso do paracetamol. É uma importante hipótese que deve ser explorada”.
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Em Portugal, a asma infantil regista uma taxa de incidência que ronda os 12 por cento. (Público)
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Vacina contra meningite só acessível aos mais ricos

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Vacina contra meningite só acessível aos mais ricos
CDS-PP considera "insultuoso" adiar a inclusão da Prevenar no Plano Nacional de Vacinação
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Apesar da opinião consensual dos especialistas em relação à importância de administrar nas crianças a vacina contra a meningite, a introdução da Prevenar no Plano Nacional de Vacinação continua sem data marcada.
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Se as infecções que a Prevenar evita são susceptíveis de serem contraídas por todos, a vacina pneumocócica propriamente dita - disponível no mercado desde Junho de 2001 - é acessível apenas a alguns: aos que têm capacidade financeira. Cada dose custa cerca de 75 euros e a posologia recomendada implica quatro doses, o que perfaz 300 euros. O custo, aproximado ao do salário mínimo nacional (426 euros), significa que as famílias mais pobres não conseguem proteger as suas crianças. "Algumas fazem empréstimos para conseguir adquirir a vacina", confessou um farmacêutico ao JN.
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Para eliminar esta desigualdade no acesso à saúde, o grupo parlamentar do CDS-PP propôs a inclusão da vacina no PNV a partir de Janeiro de 2009. E recomendou ao Governo que, até lá, a vacina seja comparticipada pelo escalão C, implicando uma subtracção ao preço de 37%. A ser aceite, cada dose custaria 47,25 euros.
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No entanto, em resposta à proposta centrista, o Ministério da Saúde argumentou que existe disparidade entre o preço que o Estado estará disposto a pagar e o valor proposto pelo laboratório Wyeth. O valor terapêutico em termos de racio custo/efectividade foi, em 2001, de 48,56 euros e a empresa propôs 71,88 euros.
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Ao JN, a Wyeth afirmou que, por duas vezes (2001 e 2006), submeteu ao Infarmed o pedido de comparticipação de 40%. E garante que "até hoje, nunca recebeu formalmente qualquer solicitação de preço por parte do Estado para aquisição da Prevenar".
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Teresa Caeiro considera "insultuoso" o protelamento da inclusão da vacina no PNV. Para a deputada centrista, "não faz sentido esperar por uma vacina mais polivalente" - argumento também usado pela tutela -, "nem ignorar que a Prevenar é unanimemente reconhecida pela sua eficácia".
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Contactado pelo JN, o Ministério da Saúde remeteu a resposta para a Direcção-Geral de Saúde que, por sua vez, afirmou não existir qualquer avanço. "A comissão técnica continua a reunir periodicamente e a fazer o ponto da situação à senhora ministra." (Jornal de Notícias - Helena Teixeira dfa Silva)
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Perda de peso ajuda após o diagnóstico da diabetes

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As pessoas que perdem peso logo após o diagnóstico da diabetes tipo 2 conseguem controlar melhor o açúcar no sangue, mesmo se o peso for recuperado.
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A investigadora principal, a Dra. Adrianne Feldstein do Centro de Pesquisa em Saúde Kaiser Permanente, em Portland, seguiu mais de 2.500 adultos com diabetes tipo 2 durante quatro anos. Aqueles que perderam peso numa média de 18 meses após o diagnóstico tinham duas vezes mais probabilidade de atingir os níveis de pressão sanguínea e açúcar no sangue, em comparação com aqueles que não perderam peso.
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Os benefícios podem ajudar a prevenir as doenças cardíacas relacionadas com a diabetes, cegueira, danos nos nervos e rins, e morte.
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De acordo com a Dra. Feldstein, o estudo, publicado online na "Diabetes Care", demonstrou que uma perda de peso precoce pode reduzir os factores de risco que frequentemente levam às complicações da diabetes e à morte.
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O estudo de quatro anos seguiu 2.574 pacientes com diabetes de tipo 2 entre 1997 a 2002. A maioria dos pacientes permaneceu com o mesmo peso durante os primeiros três anos, mas um pequeno grupo de 314 pacientes perdeu uma média de 10,4 quilogramas. Este grupo tinha mais probabilidade de atingir as metas de pressão sanguínea e glucose no sangue durante o quarto ano, embora a essa altura a maioria já tivesse recuperado o peso. (Farmacia.com.pt)
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Hipertensão: Diovan e Exforge aprovados como tratamentos de primeira linha

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A agência reguladora norte-americana (FDA) aprovou o pedido da Novartis para alargar os princípios activos dos fármacos Diovan (valsartano) e Exforge (amlodipina + valsartan) como tratamentos de primeira linha para a hipertensão.
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O Diovan já era utilizado para a patologia, embora como tratamento de segunda linha, e o Exforge também já havia sido aprovado como tratamento para a hipertensão em 2007, embora apenas em pacientes que tinham apresentado respostas inadequadas a outros fármacos.
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"Estas aprovações permitem uma flexibilidade e confiança nos profissionais de saúde para que passem a utilizar estas terapias como tratamentos de primeira linha", afirmou Kenneth Jamerson, do Departamenteo de Medicina Cardiovascular na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
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"Os pacientes irão ainda ter mais benefícios, já que poderão controlar a sua pressão arterial mais rapidamente e apenas com um comprimido", concluiu. (Farmacia.com.pt)
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Alguns sumos de fruta podem reduzir eficácia de medicamentos

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Sumos de toranja, laranja e maçã podem prejudicar a capacidade do organismo para absorver determinados medicamentos e fazer com que os fármacos sejam menos efectivos, segundo um estudo canadiano.
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A investigação demonstrou que estes sumos podem diminuir a efectividade de determinados fármacos utilizados para tratar doenças cardíacas, cancro, rejeição de órgãos transplantados e infecções, potencialmente eliminando os seus efeitos benéficos.
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David Bailey, professor de farmacologia clínica da Universidade Western Ontario e líder do estudo, foi o primeiro investigador, há duas décadas, a identificar o potencial do sumo de toranja para aumentar a absorção de determinados fármacos, possivelmente tornando tóxicas algumas doses.
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As novas descobertas fazem parte da sua investigação contínua sobre o assunto e foram apresentadas no encontro anual da Sociedade Americana de Química, na Pensilvânia.
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De acordo com Bailey, recentemente descobriu-se que os sumos de toranja e de outras frutas reduzem substancialmente a absorção oral de determinados fármacos que passam pelo transporte intestinal.
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A preocupação centra-se na perda dos benefícios da medicação essencial para o tratamento de doenças graves.Voluntários saudáveis tomaram fexofenadina, um anti-histamínico utilizado para combater as alergias, juntamente com um copo de sumo de toranja, ou um copo de água com naringina (que dá o gosto amargo ao sumo de toranja), ou um copo de água simples.
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Aqueles que beberam sumo de toranja absorveram apenas metade da quantidade de fexofenadina, em comparação com os que beberam água simples.
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Os investigadores revelaram que a água com naringina serviu para bloquear um transportador chave de fármacos, chamado OATP1A2, envolvido no transporte dos fármacos do intestino delgado para a corrente sanguínea. Bloquear este transportador reduz a absorção dos fármacos e neutraliza os seus potenciais benefícios.
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Entre os fármacos afectados pelo consumo de sumos de toranja, laranja e maça estão: a etoposida, um agente anticancerígeno; beta bloqueadores (atenolol, celiprolol, talinolol) utilizados para tratar a pressão sanguínea elevada e prevenir ataques cardíacos; e determinados antibióticos (ciprofloxacina, levofloxacina, itraconazol).
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O efeito da ciclosporina, um fármaco para a prevenção da rejeição de órgãos após transplante, também foi afectado e mais fármacos poderão ainda ser acrescentados à lista à medida que a investigação continuar.
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Bailey afirmou que os pacientes devem consultar o médico acerca da toma da medicação com sumos, e limitarem-se à água simples quando tomam a maior parte dos medicamentos. (Farmacia.com.pt)
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domingo, 14 de setembro de 2008

Apneia do sono pode despoletar ataque cardíaco nocturno


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A pressão sanguínea, os nervos e as alterações hormonais provocados pela Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) podem aumentar o risco de ataque cardíaco durante a noite, segundo sugere uma nova investigação.
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A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono é um problema comum que se deve a uma obstrução temporária na garganta ou nas vias respiratórias superiores durante o sono, provocando vários episódios breves de respiração interrompida.
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A doença, que pode provocar extrema sonolência diurna, pode ser tratada eficazmente através de um aparelho especial de respiração que alivia o bloqueio ao enviar ar para a garganta.
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As alterações corporais que ocorrem com a apneia podem levar ao bloqueio das artérias coronárias e a ataque cardíaco, segundo explica o Dr. Virend K. Somers na edição de Julho da "Journal of the American College of Cardiology".
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Se a apneia for um despoletador do ataque cardíaco, um pico de sintomas deve ser esperado durante a noite. Para investigar esta premissa, o Dr. Somers, na Clínica Mayo, em Rochester, no Minnesota, estudou 92 pacientes que sofreram ataques cardíacos, nos quais o período quando as dores no peito começaram podia ser documentado.
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Os pacientes submeteram-se a testes do sono duas a três semanas após o ataque cardíaco, tendo a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono sido identificada em 64 pacientes (70%).
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Desde a meia-noite às 6 horas da manhã, a frequência de ataques cardíacos foi maior nos pacientes com apneia, enquanto que das 6 horas ao meio-dia foi maior nos pacientes sem a doença.
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No total, os pacientes com apneia apresentaram uma probabilidade seis vezes maior de terem um ataque cardíaco do que os pacientes saudáveis. Estas descobertas sugerem que os ataques cardíacos nocturnos podem contribuir para aumentar a probabilidade de morte súbita durante a noite que tem sido registada em pacientes com apneia.
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Os investigadores sugerem que os pacientes que sofreram ataques cardíacos sejam avaliados para verificar se têm apneia.A apneia é uma perturbação grave em que a respiração se suspende repetidamente durante o sono (apneia), num tempo suficientemente prolongado para provocar uma desoxigenação sanguínea e cerebral.Geralmente, a apneia obstrutiva apresenta-se nos homens obesos que, na sua maioria, costumam tentar dormir de costas. Esta perturbação é muito menos frequente nas mulheres.
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A obesidade, provavelmente em consequência do envelhecimento dos tecidos corporais e de outros factores, leva a um estreitamento das vias respiratórias superiores. O risco de desenvolver a apneia obstrutiva aumenta devido ao tabagismo, abuso de bebidas alcoólicas e a doenças pumonares, como o enfisema. Pode existir uma predisposição hereditária para a apneia do sono (estreitamento da garganta e das vias aéreas superiores), afectando neste caso vários membros da mesma família. (farmacia.com.pt)
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Vergonha ainda impede análise à próstata

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Saúde: Quatro mil novos casos e 1600 mortes anuais por cancro
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Em Portugal surgem por ano entre três a quatro mil novos casos de cancro da próstata, a doença oncológica que mais mortes provoca no homem: entre 1400 a 1600 anualmente. Doenças e mortes evitáveis se os homens perdessem a vergonha e fizessem o despiste da doença junto do médico, antes mesmo dos sintomas, e enquanto ainda existem mais hipóteses de tratamento eficaz.
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O alerta para a necessidade de fazer o despiste da doença surge na véspera do Dia Europeu das Doenças da Próstata, que se assinala amanhã, uma data que chama ainda a atenção para a incontinência e disfunção eréctil.
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O médico urologista Tomé Lopes, vice-presidente da Associação Portuguesa de Urologia, admite ao CM que muitos homens ainda sentem vergonha e não fazem o exame à próstata. "Sentem-se inibidos porque, apesar de ser um exame genital muito simples e necessário, implica o toque rectal e muitos não gostam", justifica o clínico.
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Segundo o especialista, os tratamentos são ma is eficazes quanto mais cedo e em fase inicial for detectada a doença. Um dos tratamentos mais recentes é a braquiterapia – colocação de sementes radioactivas no tumor –, uma técnica terapêutica que não é comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde e é suportada totalmente pelo doente. Pode ascender aos 15 mil euros, dependendo do número de sementes a colocar.
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Segundo Tomé Lopes, este tratamento não tem indicação clínica universal, apenas um número muito seleccionado de doentes se pode submeter, passando os critérios pela idade (não pode ser muito jovem) e o tipo de tumor. Outros tratamentos incluem a cirurgia, com remoção da próstata, e radioterapia. (Correio da Manhã)
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Genéricos até 5 euros não baixam preço

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Medicamentos - Preços baixam a 1 de Outubro, mas há excepções
Genéricos até 5 euros não baixam de preço
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O Ministério da Saúde acatou as reclamações dos laboratórios farmacêuticos e decidiu abrir duas excepções para a descida de 30% dos preços dos genéricos. Os que custam até cinco euros vão manter o mesmo valor (para evitar que a indústria os retire do mercado por não serem rentáveis). E é criado um limite para a redução – só descem até metade do preço do medicamento de marca equivalente (quando, na prática, podiam ficar 65% mais baratos). A mudança entra em vigor a 1 de Outubro.
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Com estas alterações a previsão inicial de poupança até ao fim do ano foi revista. Em vez de 22,6 milhões o Estado poupa 20 milhões. Os doentes gastam menos dez milhões – e não 11,6 milhões.
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O secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, admite que está a pedir-se "um grande sacrifício ao sector", mas explica que esta descida imposta pelo Governo tem dois motivos: conter a despesa do Estado, que cresceu no primeiro semestre acima do previsto (5,1%) e combater o problema há muito identificado – os genéricos continuam muito caros. Prova disso é Portugal ser o único país onde as marcas brancas têm quotas de mercado em valor superiores às quotas de mercado em embalagens. O objectivo do Governo é "corrigir este excesso de preço" e equiparar a fatia de mercado nestas duas vertentes.
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Francisco Ramos adianta que as mudanças não ficam por aqui. Em estudo estão novas medidas para incentivar os genéricos. Acelerar a entrada no mercado e tornar a comparticipação automática são hipóteses. O objectivo é colocar os genéricos a competir pelo preço. O próprio modelo de comparticipação que será alterado. Hoje o Estado comparticipa uma percentagem do valor do genérico mais caro (mesmo quando o utente compra um remédio de marca). No futuro, a comparticipação poderá passar a ter um valor fixo em todos os medicamentos equivalentes, para incentivar doentes e médicos a optarem pelos mais baratos. (Correio da Manhã)
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Três dos quatro medicamentos suspeitos para artrite reumatóide à venda em Portugal

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Alerta da agência norte-americana de medicamentos
Três dos quatro medicamentos suspeitos para artrite reumatóide à venda em Portugal.

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A agência norte-americana dos medicamentos e dos produtos alimentares (FDA) alertou hoje para os riscos dos efeitos secundários graves apresentados por quatro medicamentos para o tratamento da artrite reumatóide, três dos quais estão à venda em Portugal.
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Os medicamentos Humira, Cimzia, Enbrel e Remicade apresentam perigo para os doentes, que podem contrair infecções pulmonares, indicou em comunicado a FDA. O PÚBLICO confirmou no site do Infarmed que o Humira, o Enbrel e o Remicade estão à venda no mercado português.
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A Agência Lusa contactou a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) para saber se os quatros medicamentos estão à venda em Portugal, que remeteu informações para hoje.
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Segundo a agência norte-americana, dos 240 casos de infecções chamados histoplasmoses assinalados pela FDA, pelo menos 12 pacientes morreram.
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"Nos termos da nova autoridade da FDA, requeremos uma modificação das notas de advertência e uma avaliação dos riscos", afirmou Bob Rappaport, um dos responsáveis pela agência.
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Tal medida permitiria que os médicos se tornassem mais vigilantes, sendo "necessário assegurar que os benefícios dos medicamentos ultrapassam os riscos", acrescentou.
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A FDA aconselha os doentes que tomam estes medicamentos e que tenham tosse, febres persistentes e falta de ar para contactarem os seus médicos.
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Além da artrite reumatóide, os quatro medicamentos são também prescritos para tratar a doença de Crohn e psoríase (dermatose crónica da pele).
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Os fabricantes destes medicamentos são o belga UCB Pharma (Cimzia) e os americanos, Habbott (Humira), Amgen (Enbrel) e Centocor (Remicade). (Público)
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CE aprova dosagem semanal de Enbrel para psoríase moderada a grave



A Comissão Europeia (CE) aprovou a comercialização da versão de 50 miligramas de administração semanal do fármaco Enbrel (etanercept), da Wyeth, como alternativa à actual versão de 25 miligramas, administrada duas vezes por semana, para pacientes com psoríase em placas moderada a grave.
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A nova opção de dosagem fornece uma maior flexibilidade e conveniência para os controlarem efectivamente os sintomas debilitantes da sua doença.
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A aprovação baseou-se nos resultados de um estudo europeu, com pacientes adultos com psoríase em placas moderada a grave, que confirmaram que o Enbrel pode atingir eficácia sustentada tanto a curto como longo prazo.
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Segundo o Dr. Stevo Knezevic, a psoríase tem um grande impacto na vida quotidiana dos pacientes, como demonstrou o estudo, onde os pacientes antes do tratamento com etanercept relataram níveis de qualidade de vida comparáveis àqueles com doença pulmonar obstrutiva crónica grave.
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Na Europa, estima-se que existam 5,1 milhões de pessoas com psoríase, uma doença inflamatória crónica. Aproximadamente 80 por cento destes pacientes têm psoríase em placas, que é caracterizada por lesões vermelhas e com escamas. A psoríase pode ser extremamente perturbadora e tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes. É uma doença que é frequentemente debilitante tanto física como psicologicamente, sendo em adultos associada a comorbilidades, como o aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2, doenças hepáticas e depressão clínica. (Isabel Marques - farmacia.com.pt)
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Tratamento oral demonstra eficácia para eczema crónica grave das mãos


Tratamento oral demonstra eficácia para eczema crónico grave das mãos.O novo tratamento oral alitretinoína, um derivado da vitamina A, demonstrou ser eficaz no tratamento do eczema (dermatite) crónico grave das mãos, em pacientes que não respondem a esteróides tópicos de alta potência. Esta doença pode alterar em grande parte a qualidade de vida de quem sofre dela e chega a ser altamente incapacitante.
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A alitretinoína (ácido 9-cis retinóico) demonstrou que pode curar até 50 por cento dos casos de eczema crónico grave das mãos de causa desconhecida, precisamente naqueles pacientes que até agora não dispunham de nenhuma outra opção de tratamento eficaz, segundo o Dr. Jesús de la Cuadra Oyanguren, Chefe da Secção de Alergia Cutânea do Serviço de Dermatologia do Consórcio Hospital Geral de Valência. Esta foi a principal conclusão de um estudo publicado recentemente na "British Journal of Dermatology", o maior realizado até ao momento com alitretinoína.
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O estudo de Fase III envolveu 1.032 pacientes eczema crónico grave das mãos que não tinham respondido a tratamento com esteróides tópicos de alta potência. Os pacientes receberam uma dose única diária de 30 miligramas ou de 10 miligramas de alitretinoína, ou de placebo, durante um período até 24 semanas. A variável principal de avaliação foi a proporção de pacientes cujas mãos foram classificadas como limpas ou quase limpas.
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Actualmente, as terapias existentes para os pacientes com eczema crónico grave das mãos são limitadas e consistem fundamentalmente na aplicação de tratamentos tópicos entre os quais se incluem os esteróides tópicos de alta potencia e a fototerapia.
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A dermatite (eczema) é uma inflamação das camadas superficiais da pele que é acompanhada de bolhas, vermelhidão, inflamação, supuração, crostas, escamação e, frequentemente, comichão. (Isabel Marques - farmacia.com.pt)
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Brócolos benéficos no cancro da próstata


Estudo britânico sugere que o consumo de brócolos provoca alterações na actividade de certos genes associados ao desenvolvimento da doença.
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Pesquisas anteriores já haviam associado uma dieta à base de verduras à diminuição do risco de desenvolver cancro da próstata, embora não fosse ainda esclarecedor para os cientistas o porquê disso acontecer.
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De acordo com os investigadores do Instituto de Pesquisas sobre Alimentos de Norwich (Inglaterra), o consumo de brócolos produz alterações na produção, desencadeada de certos genes, de proteínas denominadas por factores de crescimento, como o TGF Beta 1 e o EGF.
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Estes factores estimulam o desenvolvimento celular, actuando na evolução do cancro.Os resultados do estudo levaram os investigadores a considerar o papel de outros vegetais e frutas como benéficos na prevenção da doença.
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"Outras frutas e vegetais também demonstraram reduzir o risco de cancro na próstata, e provavelmente actuam por outros mecanismos", afirmou Richard Mithen, biólogo líder da investigação.
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"Quando nós entendermos estes factores, poderemos dar recomendações dietéticas muito melhores, em que combinações específicas de frutas e vegetais provavelmente terão benefícios especiais", concluiu o biólogo. (Pedro Santos - Farmacia.com.pt)
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Idade do pai pode aumentar o risco de doença bipolar nos filhos

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Estudo sueco
Idade do pai pode aumentar o risco de doença bipolar nos filhos
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Crianças cujos progenitores tenham idades mais avançadas têm maior probabilidade de vir a ter doença bipolar. Os investigadores dizem que o problema está nas mutações do esperma do pai.
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Os filhos de homens com idades mais avançadas correm maior risco de vir a desenvolver doença bipolar. Esta conclusão foi retirada de um vasto estudo sobre a ligação entre doenças mentais e a idades dos progenitores, publicado na edição de Setembro da revista científica Archives Of General Psychiatry.
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Segundo a pesquisa do Karolinska Institutet, embora no passado se tenha ligado a esquizofrenia e o autismo à idade dos pais, no caso da doença bipolar eram praticamente inexistentes factores de risco ligados a esta condição. Contudo, os cientistas revelam agora que o esperma de homens mais velhos tem mais probabilidades de sofrer mutações que podem originar distúrbios nos seus filhos, sendo no entanto o risco de doença bipolar muito baixo.
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A idade das mães não parece ter qualquer ligação e a explicação do estudo é simples: à medida que os homens envelhecem os seus espermatozóides são duplicados sucessivamente, acumulando novas mutações como resultado de erros de cópia do ADN. Já as mulheres nascem com o seu suprimento completo de óvulos, que passaram apenas por 23 duplicações, número que não muda conforme elas envelhecem o que faz com que os erros de cópia no ADN não aumentem com a idade.Risco cresce a partir dos 55 .
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Para esta investigação a equipa de Estocolmo analisou os registos nacionais de nascimentos na Suécia de mais de 80 mil pessoas, incluindo 13.428 doentes bipolares. O risco de desenvolvimento da doença começou a aumentar quando os pais tinham 40 anos, mas foi apenas a partir dos 55 que o número começou a crescer significativamente. Segundo as conclusões do estudo, crianças nascidas de progenitores destas idades tinham mais 37 por cento de possibilidades de desenvolver doença bipolar.
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Caracterizada por mudanças extremas de humor, com episódios de euforia e criatividade elevada, seguidos de baixa auto-estima e depressão, "a doença bipolar é uma condição cruel que traz alto risco de suicídio", relembra o estudo. (Expresso)
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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Cancro da próstata: Venda de testes suspensa

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Ordena Infarmed
Cancro da próstata: Venda de testes suspensa
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A venda de testes rápidos para a detecção do cancro da próstata, comercializados pela Innovacon, está suspensa, segundo uma decisão da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), anunciada esta terça-feira, que alega que os produtos em causa podem levar a diagnósticos falsos.
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A decisão surge depois de o Infarmed ter detectado uma alegado problema num dos testes rápidos de detecção do cancro da próstata e ter apresentado a questão ao fabricante. A Innovacon, por sua vez, deu instruções aos distribuidores para descontinuar o uso do produto e para proceder à sua destruição, segundo informação da autoridade do medicamento.
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Em causa estão problemas detectados na estabilidade dos dispositivos médicos para diagnóstico "in vitro" dos testes rápido e ultra rápido semi-quantitativo do antigénio específico da próstata, segundo aquela entidade.
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O fabricante está a desencadear uma acção correctiva de segurança para todos os lotes que possuam data de limite de utilização de Novembro de 2008 ou posterior, segundo a nota do Infarmed.
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O Infarmed recomendou ainda que sejam reavaliados os resultados obtidos com os testes afectados. (Correio da Manhã)
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