quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Portugueses lideram investigação de novo analgésico para Alzheimer e Parkinson

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Projecto terá um financiamento de 695.000 euros da Comissão Europeia por quatro anos
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Investigadores portugueses lideram um consórcio europeu de cinco parceiros criado para produzir um novo fármaco com propriedades analgésicas e que poderá ser usado na terapia das doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, escreve a Lusa.
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O projecto terá um financiamento de 695.000 euros da Comissão Europeia por quatro anos, na sequência da aprovação da sua candidatura à rubrica «Parcerias e Diálogo Indústria/Centros de Investigação» das «Acções Marie Curie», revelou o coordenador do projecto.
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Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, explicou que o novo produto, ainda em processo de patenteação, resultou da transformação de uma molécula isolada do cérebro de mamíferos por cientistas japoneses nos anos 70, mas posteriormente abandonada por falta de interesse farmacológico.
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O problema dessa molécula analgésica, chamada quiotorpina, era que tinha de ser colocada directamente no cérebro dos pacientes para ser eficaz.
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O que este grupo de investigadores conseguiu foi «transformar a molécula de modo a poder ser introduzida na corrente sanguínea, passando daí ao cérebro, mantendo as suas propriedades analgésicas e de protecção contra as doenças neurodegenerativas», explicou.
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A nova molécula foi concebida e estudada inicialmente pela equipa deste investigador, em parceria com o grupo de Isaura Tavares, da Universidade do Porto, tendo depois sido licenciada à BIOALVO, uma empresa portuguesa de biotecnologia, que colaborou posteriormente no desenvolvimento do projecto, e a que se juntaram investigadores espanhóis e alemães.
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As «Acções Marie Curie» inserem-se no 7º Programa Quadro de Investigação da União Europeia e destinam-se a apoiar parcerias inovadoras entre centros de investigação públicos e instituições privadas, em especial pequenas e médias empresas, das quais possam resultar novos produtos. (Portugal Diário)
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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Colo do útero: Vacinação de adolescentes começa hoje

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Ministra quer aumentar rastreio
Colo do útero: Vacinação de adolescentes começa hoje

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A vacinação de adolescentes contra o vírus do papiloma humano (HPV), um dos principais responsáveis pelo cancro do colo do útero, começa hoje, enquanto a ministra da Saúde quer aumentar o rastreio da doença.
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Para assinalar a entrada desta vacina no Plano Nacional de Vacinação, a ministra da Saúde, Ana Jorge, vai assistir ao fim da manhã de hoje à vacinação de uma adolescente no Centro de Saúde de Oeiras.
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Todas as jovens que completem 13 anos em 2008 serão vacinadas até ao final deste ano. O objectivo é prevenir as infecções por HPV e diminuir a incidência do cancro do colo do útero, que em Portugal mata mais de 300 mulheres por ano, segundo o Ministério da Saúde.
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A integração da vacina contra o HPV no Plano Nacional de Vacinação foi anunciada em Novembro de 2007 pelo primeiro-ministro, José Sócrates, tendo o Governo aprovado a disponibilização de 14 milhões de euros para a sua aquisição.
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De acordo com as recomendações da Comissão Técnica de Vacinação e da Direcção-Geral da Saúde, serão primeiramente vacinadas as raparigas nascidas em 1995, sendo as jovens nascidas em 1996 e 1997 vacinadas nos próximos dois anos.
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Referindo-se ao cancro do colo do útero, a ministra Ana Jorge já garantiu que o Ministério da Saúde "está a criar condições para aumentar o rastreio, para que este seja mais eficaz em todas as regiões do país". (PÚBLICO)
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domingo, 26 de outubro de 2008

Para tumores no fígado - Cateter trata cancro

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Um novo tratamento para o cancro no fígado, patologia que está a aumentar em Portugal, chegará aos doentes a partir do próximo ano. A terapia – já aplicada pela Universidade de Navarra em Espanha – será por radioembolização, técnica reconhecida pelos menores efeitos secundários.
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"O fígado é um órgão muito sensível à radioterapia. Por vezes, para destruir o tumor, provocam-se lesões graves nos tecidos sãos do fígado. Este tratamento, não cirúrgico, é introduzido via artéria por cateter de umas microesferas com ‘Ytrium’ directamente no tumor", explicou ao CM Luís Lebre, director clínico da Quadrantes, clínica médica e de diagnóstico responsável pelas jornadas sobre radioterapia, que decorreram ontem em Évora.
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O clínico, que acredita na "melhoria da qualidade e do prolongamento da vida dos doentes" com este tratamento, acrescentou que o mesmo será aplicado em Portugal após a concretização da parceria entre radioterapeutas da clínica, Centro Cirúrgico e especialistas dos Hospitais Universitários de Coimbra. No País, o cancro do fígado tem vindo a aumentar. A doença é também caracterizada pela elevada mortalidade. "É um cancro silencioso que em muitos casos é diagnosticado tardiamente", precisou Luís Lebre. (Correio da Manhã)
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Erros de medicação causam 7000 mortos anualmente

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Em doentes hospitalizados
Erros de medicação causam 7000 mortos anualmente

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A administração errada de medicamentos aos doentes hospitalizados é responsável pela morte anual de 7000 pessoas, mas apesar de serem evitáveis, "estes erros existirão sempre e sem culpados", graças a um "sistema que falha", disse à Lusa a presidente da Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares.
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Aida Batista, presidente da APAH, reconheceu que o erro de medicação nos hospitais "existe e vai sempre existir". "Não se trata de um erro humano, mas sim do sistema [que falha]", esclareceu, lamentando que muitos destes erros sejam escondidos, por receio dos profissionais serem acusados.
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É ao próprio sistema que o erro é atribuído, pois "apesar de os profissionais trabalharem com o maior cuidado, pode existir uma falha", disse.
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O ex-vice-presidente da autoridade que regula o sector do medicamento, Faria Vaz (que ocupava a vice-presidência do Infarmed quando, em 2005, realizou uma apresentação em que divulgava números sobre os mortos atribuídos a erros na medicação), esclareceu ao princípio da tarde de hoje que os 7.000 mortos anuais atribuídos a erros na medicação são dados internacionais e não reflectem a situação em Portugal, onde não há um sistema que registe estes casos. Esses dados foram, porém, desde 2005, interpretados pela APFH como nacionais, conforme notícia avançada hoje pela Lusa.
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De qualquer maneira, Aida Batista frisou que o erro pode acontecer pelas mais variadas situações, desde que o médico prescreve o medicamento (por letra ilegível ou por confusão na dose), à farmácia que o distribui (confundindo as embalagens, por exemplo), ou o enfermeiro que o dá ao doente (que pode ser o doente errado).
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"Os erros podem acontecer em qualquer destas fases do processo", disse a presidente da APFH, que há anos se preocupa com esta questão.
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Aida Batista considera que só quando os hospitais estiverem ligados a um sistema centralizado e igual para todas as instituições é que o erro poderá diminuir.
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A presidente da APFH lamenta que não haja em Portugal uma cultura de segurança, razão que, na sua opinião, leva a que os programas de segurança se limitem muito à farmácia do hospital.
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"Todos os profissionais de saúde estão envolvidos no fornecimento de medicamentos: o médico, porque prescreve, a farmácia, porque dispensa e o enfermeiro, porque administra o fármaco", pormenorizou. "Todos são humanos e, por isso, todos podem errar, mas neste caso é o sistema que falha", concluiu.
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Ordem dos Médicos diz que Portugal não tem "registo fiável das causas de morte"
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Por seu lado, o bastonário da Ordem dos Médicos alertou hoje para a inexistência de "um registo fiável das causas de morte" em Portugal, a propósito das mortes provocadas por erros de medicação nos hospitais portugueses, matizando igualmente a informação avançada hoje cedo pela presidente da APFH.
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Pedro Nunes desvalorizou os números avançados por Aida Batista afirmando que os mesmos são impossíveis de contabilizar, pois "em Portugal não existe um registo fiável das causas de morte".
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Para o bastonário da Ordem dos Médicos, o erro na medicação existe, pois "não há gente infalível". "São feitos milhões de actos médicos por dia nos hospitais portugueses, é natural que se cometam alguns erros", adiantou. Pedro Nunes ressalvou que, nesta matéria, "basta um erro para já ser demais e que o ideal é não existir nenhum".
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O bastonário considerou que "grave, grave" é a inexistência de "um registo fiável das causas de morte em Portugal", o que, segundo disse, deverá melhorar em breve, pois esta é uma área em que a Direcção-Geral da Saúde está a trabalhar. (PÚBLICO)
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sábado, 25 de outubro de 2008

Investigadores alemães avaliam tratamentos para próstata aumentada

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Investigadores alemães revelaram que a escolha do tratamento para a próstata aumentada necessita de ser ponderada com cuidado, mas que as novas técnicas cirúrgicas são frequentemente promovidas em excesso.
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Para muitos homens, os sintomas de próstata aumentada são apenas incomodativos, mas para outros esta condição significa terem de ir muitas vezes à casa de banho, o que faz com que seja difícil ter uma noite bem dormida.
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Um em cada cinco homens na casa dos 50 anos sofre de próstata aumentada, também denominada de hiperplasia benigna da próstata, mas a maioria dos homens com 70 anos tem sintomas.
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O Instituto Alemão para a Qualidade e Eficiência dos Cuidados de Saúde (IQWiG), em Colónia, avaliou os tratamentos e concluiu que a cirurgia da próstata pode ser muito efectiva, mas os efeitos adversos são uma das maiores preocupações para muitos homens.
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De acordo com o director do Instituto, o Dr. Peter Sawicki, algumas das técnicas mais recentes podem ter menos efeitos adversos, mas podem ser muito menos efectivas, de tal forma que os sintomas voltam, tão maus como sempre, após alguns anos. É particularmente pouco claro quanto tempo duram os efeitos das terapias não invasivas, tais como o laser e a terapia com calor.
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Os investigadores não encontraram evidências científicas suficientes que demonstrem que os novos procedimentos, que são caracterizados como sendo menos invasivos e mais moderados, são melhores, ou tão bons, como a cirurgia standard estabelecida.
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Contudo, existem evidências que sugerem que alguns tratamentos podem reduzir os sintomas de próstata aumentada e ter também algumas vantagens. No geral, parece que os tratamentos mais eficazes também estão associados a um risco mais elevado de complicações.
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Estima-se que cerca de três em cada 10 homens na Europa lidem com os sintomas sem recorrer a medicação ou cirurgia, que talvez um em cada 10 se irá submeter a cirurgia e que os restantes irão utilizar medicamentos, incluindo fármacos à base de plantas. (Farmacia.com.pt)
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Endometriose pode aumentar risco de cólon irritável e doença inflamatória pélvica

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Endometriose pode aumentar risco de cólon irritável e doença inflamatória pélvica
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As mulheres com endometriose apresentam um risco mais elevado de também sofrerem de síndrome de cólon irritável ou de doença inflamatória pélvica, segundo descobertas de um grande estudo conduzido no Reino Unido.
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A Dra. Karen D. Ballard, da Universidade de Surrey, em Guildford, e colegas identificaram 5.540 mulheres, com idades entre os 15 e os 55 anos, que foram diagnosticadas com endometriose. Posteriormente, compararam estas pacientes a 21. 239 mulheres sem a doença para o controlo.
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Os investigadores descobriram que as mulheres com endometriose apresentavam um risco significativamente maior de serem diagnosticadas com doença inflamatória pélvica antes e após a data da endometriose ter sido diagnosticada.
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Da mesma forma, um diagnóstico de síndrome de cólon irritável foi mais provável antes e após um diagnóstico de endometriose do que entre as pacientes de controlo.Segundo os investigadores concluíram na edição de Outubro da "BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology", se houver doença inflamatória pélvica coexistente, então é necessário tratamento rigoroso para reduzir o risco ainda maior de subfertilidade.
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A endometriose
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A endometriose é uma doença dolorosa que afecta as mulheres durante os anos reprodutivos e que provoca o crescimento das placas de tecido endometrial que, normalmente, só se encontra no revestimento interno uterino (endométrio), fora do útero. Contudo, as causas da endometriose ainda não são conhecidas.
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Em geral, a endometriose costuma afectar só o revestimento da cavidade abdominal ou a superfície dos órgãos abdominais. O tecido endometrial que cresce fora do lugar muitas vezes desenvolve-se sobre os ovários e os ligamentos que sustêm o útero.
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O tecido endometrial fora do lugar pode sofrer hemorragias durante a menstruação, muitas vezes provocando cãibras abdominais, dor, irritação e a formação de tecido cicatricial. O tecido endometrial fora da cavidade uterina pode obstruir ou interferir no funcionamento dos órgãos.
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A Síndrome do Cólon Irritável
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A Síndrome do Cólon Irritável, ou Cólon Irritável, é uma das doenças mais frequentes do tubo digestivo, que atinge cerca de 15 a 25 por cento da população do mundo ocidental.E
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sta doença é uma situação crónica e benigna, que se caracteriza por desconforto ou dor abdominal e alteração do hábito intestinal (com obstipação, diarreia ou as duas situações em alternância).
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A doença inflamatória pélvica
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A doença inflamatória pélvica (salpingite) é uma inflamação das trompas de Falópio, geralmente causada por uma infecção. A inflamação das trompas de Falópio acontece sobretudo em mulheres sexualmente activas, sendo que aquelas que utilizam dispositivos intra-uterinos (DIU) estão especialmente expostas.
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Normalmente, a infecção obstrui as trompas de Falópio que, em consequência, incham devido ao líquido retido no seu interior. Isto pode provocar dor crónica, hemorragia menstrual irregular e infertilidade.
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A inflamação é o resultado de uma infecção bacteriana, que costuma começar na vagina e que se propaga ao útero e às trompas. Estas infecções raramente aparecem antes da primeira menstruação, depois da menopausa ou durante a gravidez.
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Em geral, contraem-se durante as relações sexuais mas, por vezes, são provocadas pela chegada de bactérias às trompas durante um parto normal ou por um aborto, quer seja espontâneo, quer induzido. (Farmacia.com.pt)
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Ácidos gordos ligados à doença de Alzheimer

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A descoberta, publicada numa edição da Nature Neuroscience, identificou ácidos gordos específicos que podem contribuir para a doença, bem como uma estratégica terapêutica.
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"Diversas proteínas têm vindo a ser relacionadas com a doença de Alzheimer, mas queremos saber mais sobre o relacionamento potencial de lípidos e ácidos gordos", afirmou Lennart Mucke, director do Gladstone Institute of Neurological Disease na Universidade da Califórnia, Estados Unidos.
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Os cientistas compararam diversos ácidos gordos diferentes presentes no cérebro de ratos saudáveis, e em outros com a doença de Alzheimer.Segundo os investigadores, a mudança mais radical descoberta nos ratos com Alzheimer foi um aumento do ácido araquidónico (AA) e um relacionamento com metabólicos no hipocampo, uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, considerada a principal sede da memória e importante componente do sistema límbico, e que é afectada de forma severa pela doença.
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Estas descobertas trazem implicações terapêuticas bastante importantes pois sugerem que a inibição da actividade da enzima PLA2 pode ajudarna prevenção de danos neurológicos graves provocados pela doença deAlzheimer. (Farmacia.com.pt)
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Anticorpos de tubarão podem ajudar a combater o cancro

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Segundo os investigadores, os tubarões possuem um sistema imunológico semelhante ao dos seres humanos, mas os anticorpos que combatem as doenças apresentam uma resistência impressionante.
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Desta forma, os cientistas acreditam que é possível aproveitar essa resistência como uma forma de combater certas doenças, como cancro, podendo servir para uma nova geração de medicamentos.
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Os tubarões analisados possuíam um forte sistema imunológico, não sendo por isso susceptíveis a infecções. Os seus anticorpos eram capazes de resistir a temperaturas elevadas e ambientes adversos, o que sugere que poderiam sobreviver no sistema digestivo humano. Para Mick Foley, um dos investigadores, as moléculas do tubarão podem também estar associadas às células cancerígenas, combatendo a sua disseminação.
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Estudos anteriormente desenvolvidos já haviam sugerido que os anticorpos do tubarão poderiam retardar a proliferação do cancro da mama. A nova pesquisa vem oferecer a esperança que possam também ser utilizados para combater outras doenças, como a malária ou a artrite reumatóide. (Farmacia.com.pt)
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Disfunção eréctil pode indicar risco de problemas cardíacos

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Investigadores britânicos revelaram que a disfunção eréctil é um dos melhores indicadores de risco cardiovascular nos homens e pode fornecer um aviso, com uma antecedência de dois a três anos, de um possível ataque cardíaco.
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O Dr. Geoffrey Hackett, urologista do Hospital Good Hope, em Birmingham, na Inglaterra, referiu que observa os pacientes com disfunção eréctil após um ataque cardíaco, tendo então conhecimento que os pacientes desenvolveram disfunção eréctil dois ou três anos antes, ou seja, um sinal de alerta ignorado pelos médicos de cuidados primários.
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Sabe-se que a disfunção eréctil, um sintoma de doença vascular nas artérias mais pequenas, duplica o risco de doença cardíaca. Adicionalmente, a disfunção eréctil na diabetes tipo 2 tem demonstrado ser um indicador ainda melhor de risco de doença cardíaca do que a pressão sanguínea elevada ou o colesterol elevado.
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De acordo com o artigo publicado na "British Medical Journal", a disfunção eréctil ainda é tratada como sendo uma questão recreativa, ou de estilo de vida, e não como um indicador de um sério problema de saúde.
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O Dr. Hackett referiu que continuar a ignorar estas questões, com base no desconforto que os cardiologistas sentem ao mencionar a palavra "erecção" aos pacientes ou devido à possibilidade de terem de lidar com a gestão de uma resposta afirmativa, já não é aceitável, nem possível, tendo por base as evidências actuais, podendo ser considerada como uma actuação clinicamente negligente. (Farmacia.com.pt)
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Comer iogurte reduz risco de cancro na bexiga

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Segundo investigadores suecos, duas porções de iogurte tomadas diariamente reduzem de forma significativa o risco de desenvolver cancro da bexiga.
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O estudo baseou-se na análise de 80 mil pacientes durante o período de 9 anos.De acordo com os cientistas, o consumo de iogurte reduz os riscos de desenvolver a doença em 45% nas mulheres, e 36% nos homens. No entanto, este benefício não foi constatado com o consumo de outros produtos lácteos.
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"Certos produtos derivados do leite, como o iogurte, têm uma bactéria ácida láctea que demonstrou suprimir o cancro da bexiga em ratos", afirmou o relatório do Instituto Karolinska, em Estocolmo, Suécia.
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"A nossa pesquisa sugere que um elevado consumo de iogurte (em humanos) pode reduzir o risco", pode ler-se no mesmo. Segundo o National Cancer Institute, mais de 68 mil norte-americanos serão diagnosticados com cancro da bexiga durante este ano, 14 mil dos quais irão mesmo morrer da doença. (Farmacia.com.pt)
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Aspirina: Diabéticos devem evitar consumir o medicamento

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Estudo sugere que as pessoas que sofrem de diabetes não devem consumir aspirina com muita frequência como forma de prevenir ataques cardíacos.
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Segundo o British Medical Journal, cerca de 1300 adultos sem quaisquer sintomas de doença coronária não apresentaram quaisquer benefícios com o fármaco, que pode causar sangramento no estômago.
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O novo estudo veio contradizer certas teorias de que os diabéticos recorriam à aspirina para "anular" o elevado risco de problemas cardíacos em virtude da sua doença.
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No entanto, existem outros grupos para os quais o fármaco é bastante útil, como é o caso de pacientes que já tiveram ataques cardíacos ou foram diagnosticados com doença coronária, e nos quais a toma de aspirina apresentou uma probabilidade de futuros "episódios" reduzida em 25%.
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Cerca de 80% de pessoas com diabetes morrem devido a doenças cardiovasculares. A toma diária da aspirina é recomendada por diversosprofissionais da saúde como uma espécie de tratamento de prevenção, especialmente para aqueles que se enquadram neste grupo de risco. (Farmacia.com.pt)
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Hábitos tabagísticos e género afectam eficácia de tratamentos

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As mulheres parecem responder melhor que os homens a tratamentos crónicos para a dor, enquanto os homens que fumam apresentam ainda menos benefícios, segundo um estudo divulgado.
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O estudo envolveu mais de 1200 homens e mulheres que se sujeitaram a um programa específico de tratamento para a dor cujo objectivo era o de reduzir ou eliminar o uso de medicação para a dor crónica.
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Estudos previamente realizados já haviam sugerido que os fumadoresgeralmente não têm os mesmos benefícios comparativamente aos não fumadores, no que concerne ao controlo da dor, devido às piores condições de saúde em que se encontram.Michael Hooten, investigador principal deste estudo, sugeriu também que o facto dos homens revelarem menos melhorias no controlo da dor neste programa poderá ser causado pelas suas actividades laborais ou outros factores sociais. Ele sugeriu que é necessário aprofundar esta pesquisa por forma a se concentrarem em estratégias de tratamento que ajudem os fumadores do sexo masculino. (Farmacia.com.pt)
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Vinho tinto pode ajudar a diminuir risco de cancro do pulmão

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Uma nova investigação sugere que beber vinho tinto, mas não vinho branco, pode ajudar a reduzir o risco de cancro do pulmão, especialmente entre fumadores e ex-fumadores.
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O Dr. Chun Chao e colegas, da Kaiser Permanente da Califórnia do Sul, em Pasadena, descobriram que as pessoas que sempre fumaram e que bebem, pelo menos, um copo de vinho tinto por dia tinham 60 por cento menos probabilidade de desenvolver cancro do pulmão do que os fumadores que não bebem álcool.
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Contudo, o vinho branco não reduziu o risco, sugerindo que podem ser os componentes do vinho tinto, como o resveratrol e flavonóides, os elementos protectores, mais do que o estilo de vida saudável associado ao consumo de vinho.
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Diversos estudos, que analisaram a relação entre o cancro do pulmão e o consumo de álcool, têm revelado resultados variados, segundo os investigadores.
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No estudo actual, publicado na edição de Outubro da "Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention", os investigadores analisaram 84.170 homens entre os 45 e 69 anos. No período entre 2000 e 2006, 210 desenvolveram cancro do pulmão.
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Após registarem a influência da idade, educação, rendimentos, exposição ao fumo em segunda-mão, peso corporal e outros factores relevantes, os investigadores descobriram que o risco de cancro do pulmão diminuiu gradualmente com a ingestão de vinho tinto, com um decréscimo de 2 por cento observado por cada copo adicional por mês.
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Para os homens que eram fumadores crónicos a redução do risco foi maior, com 4 por cento menos de probabilidade de desenvolver cancro do pulmão por cada copo de vinho tinto consumido por mês.
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A investigação demonstrou que as pessoas que bebem vinho poderão ter estilos de vida mais saudáveis, e tendem a ter uma maior instrução e rendimentos mais elevados do que aqueles que não consomem vinho.
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Contudo, o facto de só se ter observado uma redução do risco com o vinho tinto, e não com o branco, sugere que os compostos que estão presentes em maiores concentrações no vinho tinto, mas não no branco, cerveja ou licores, podem ser protectores contra o cancro do pulmão. (farmacia.com.pt)
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Dermatite atópica atinge 10% das crianças portuguesas

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A dermatite atópica consiste numa doença crónica inflamatória da pele, atingindo maioritariamente crianças, sendo que na maioria dos casos (80%) manifesta-se durante o primeiro ano de vida.
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Só em Portugal estima-se que 10% das crianças estejam infectadas com a doença, embora seja diagnosticada também em adultos.
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É uma doença que afecta a qualidade de vida dos doentes na medida que no seu tratamento devem ser consideradas diversas variáveis, tais como a utilizar apenas vestuário de algodão, por forma a evitar o suar na medida que este aumenta o prurido, lavar as roupas novas antes de serem utilizadas (para prevenir reacções irritativas), e evitar exposições a ambientes com pó (provoca um efeito de secura e irritação). Existem ainda alimentos que podem desencadear a doença, tais como o leite, ovos, soja, amendoins, peixe e frutos do mar.
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É imperativo realizar-se um diagnóstico rigoroso sobre o tipo de dermatite atópica que cada pessoa apresenta por forma a ajustar a terapia mais adequada. Desta forma, os produtos mais eficazes no tratamento da doença, como o glucocorticóide AMP (aceponato de metilprednisolona), devem estar disponíveis em vários tipos de formulações para melhor se adaptarem ao género de pele e localização das lesões cutâneas.
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Apesar das diversas formulações existentes do AMP, basta uma aplicação diária do mesmo para ser eficaz. Um estudo realizado recentemente demonstrou mesmo que o creme de AMP, aplicado uma vez por dia, conseguia estabilizar de forma eficaz o agravamento da doença em 89% dos casos considerados mais graves.
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As lesões estão localizadas em diversos locais, consoante o grupo etário. Enquanto as crianças mais pequenas apresentam lesões mais na zona da cabeça, as mais velhas e os adultos tendem a manifestar a doença nas superfícies de flexão (atrás dos joelhos ou na frente dos cotovelos). Já os adolescentes tendem a ser atingidos nas pálpebras e na região peri-labial.
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Embora não havendo mecanismo de prevenção, a dermatite atópica pode ser controlada através de cuidados com a exposição a factores que possam desencadear a afecção.(farmacia.com.pt)
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Estudo: Álcool reduz volume cerebral

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Investigadores norte-americanos revelaram que quanto mais álcool uma pessoa ingerir, mais pequeno será o seu volume cerebral total, aumentando o risco de demência.
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Carol Ann Paul, da Faculdade Wellesley College, em Massachusetts, e colegas estudaram 1.839 adultos, com uma média de idade de 60 anos, que fizeram parte do estudo "Framingham Offspring", que começou em 1971.
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Entre 1999 e 2001, os participantes submeteram-se a uma ressonância magnética e a exames de saúde. Os sujeitos do estudo relataram o número de bebidas alcoólicas consumidas por semana, assim como a idade, sexo, educação, altura, índice de massa corporal e perfil de risco de acidente vascular cerebral (AVC) de Framingham, que calcula o risco de AVC com base na idade, sexo, pressão sanguínea e outros factores.
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O estudo, publicado na " Archives of Neurology", revelou que foi observada uma significativa relação linear negativa entre o consumo de álcool e o volume cerebral total.
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Segundo os autores, a maioria dos participantes relatou um baixo consumo de álcool, tendo os homens mais probabilidade de serem consumidores de bebidas alcoólicas moderados a excessivos do que as mulheres.
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Embora os homens tenham mais probabilidade de beber álcool, a associação entre a ingestão de bebidas alcoólicas e o volume cerebral foi mais forte nas mulheres, talvez devido ao tamanho mais pequeno das mulheres e a uma maior susceptibilidade aos efeitos do álcool. (farmacia.com.pt)
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Homens que nunca fumaram vivem mais e melhor

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Estudo sugere que a qualidade de vida e a saúde de um homem piora em proporção directa à quantidade de cigarros fumados diariamente.
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A pesquisa foi realizada na Finlândia, um estudo que acompanhou 1658 indivíduos saudáveis nascidos entre 1919 e 1934, numa primeira avaliação realizada em 1974. Posteriormente, em 2000, eles realizaram um questionário para avaliar a sua saúde e qualidade de vida. Os investigadores procuraram ainda saber informações relevantes sobre aqueles que entretanto morreram.
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Os cientistas constataram que, no intervalo de 26 anos entre as duas avaliações, 372 (22,4%) dos homens morreram, e aqueles que nunca tinham fumado viveram uma média 10 anos superior comparativamente aos que consumiam mais de 20 cigarros diariamente.
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"Embora muitos fumadores tenham deixado de fumar entre a entrevista de base, em 1974, e a segunda avaliação, em 2000, o efeito do status de fumador sobre a mortalidade e a qualidade de vida na velhice continuaram fortes", afirmaram os autores. "Apesar de um índice de 68,9% de abandono do hábito no período seguinte, 44,1% dos que mais fumavam morreram, e aqueles que sobreviveram até uma idade média de 73 anos apresentaram qualidade de vida relacionada à saúde significativamente menor do que a dos que nunca fumaram", concluíram os cientistas. (farmacia.com.pt)
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Homens menos férteis

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Mais de metade com qualidade do sémen inferior ao normal
Homens menos férteis
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Mais de metade dos homens em idade fértil, entre os 18 e os 30 anos – 57,8 por cento –, apresenta uma qualidade do sémen inferior à que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera normal, revela uma investigação feita em Espanha. Especialistasportugueses alertam para os riscos da infertilidade masculina: industrialização, poluição ambiental e ainda os químicos presentes na alimentação, como os corantes.
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Em declarações ao CM, o médico urologista Mendes Silva, presidente da Associação Portuguesa de Urologia, considera preocupante o ritmo com que os homens estão a ficar inférteis. "Há estudos que demonstram que a fertilidade masculina está a diminuir devido à industrialização e poluição atmosférica e alimentar. A continuar a este ritmo poderá comprometer a sobrevivência da espécie humana", explica o especialista, alertando para o facto de o problema ter consequência na natalidade: "Há cada vez mais casais que querem ter um filho e não conseguem."
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A lista de substâncias que podem contribuir para a redução da fertilidade masculina inclui os pesticidas, desinfectantes, dissolventes e outros componentes utilizados no fabrico de metais, tecidos ou móveis. A infertilidade está a aumentar também na mulher e irá tornar-se um problema de saúde pública. Estima-se que os 15 por cento dos casais inférteis passarão para 30 por cento em 2015, causando acentuado declínio na população europeia.
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BANCO PREVÊ ADIAMENTO DA FERTILIDADE
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O projecto, que aguarda aprovação para a criação de um banco de óvulos e esperma apresentado pelo investigador em Genética Mário Sousa, inclui três componentes distintas: o banco para os casais inférteis, outro para crianças e adultos com cancro – que pretendam fazer a criopreservação (conservação no frio) dos gâmetas antes dos tratamentos oncológicos – e uma terceira área destinada a homens e a mulheres que querem adiar a fertilidade por motivos profissionais.
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"Seria um investimento a rondar os dois milhões de euros", sublinha o investigador Mário Sousa. O recrutamento dos dadores deve ser feito através de associações cívicas e sujeito a rigoroso processo de selecção. "Conseguimos compatibilizar os gâmetas em 85 por cento com os dados genéticos do casal", assegura.
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FALTA BANCO DE ESPERMA
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Portugal ainda não tem um banco de óvulos e esperma no sector público, apesar de a lei da procriação medicamente assistida já ter sido aprovada e promulgada pelo Presidente da República, Cavaco Silva. O investigador em Genética Mário Sousa, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, critica a lacuna: "Portugal ainda não tem um banco de gâmetas [células reprodutoras] por entraves políticos. Há dois anos o ministro da Saúde disse que não podia ser criado um banco de gâmetas porque a lei não fora ratificada. Hoje já podia tratar-se casais inférteis, mas não se sabe quando será criado um banco."
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APONTAMENTOS
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Nos critérios para avaliar a qualidade no estudo do sémen foram registados o volume da ejaculação, a mobilidade e a concentração dos espermatozóides. Os resultados foram inferiores aos preconizados como "normais" pela OMS.
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MAIS DE MIL TESTADOS
No estudo participaram 1239 homens, dos 18 aos 30 anos, de 17 regiões autónomas, e foram avaliados pela Associação Espanhola de Andrologia e Associação de Clínicas de Reprodução Assistidas.
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ESTILO DE VIDA
Não foi encontrada relação entre a qualidade do sémen e o tabaco, álcool, drogas e stress. (Correio da Manhã)
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sábado, 11 de outubro de 2008

Estudo: Hipericão efectivo para depressão

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Uma análise de estudos anteriores revelou que a planta medicinal hipericão (Hypericum perforatum), ou Erva de São João, trata efectivamente os sintomas de depressão grave.
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Os investigadores relataram na "Cochrane Reviews", uma revista que analisa estudos médicos e científicos, que os extractos de hipericão, testados em diferentes ensaios, foram melhores do que placebos e tão efectivos como os antidepressivos standard, mas com menos efeitos secundários.
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Segundo Klaus Linde, do Centro de Medicina Complementar de Munique, na Alemanha, os estudos eram provenientes de uma variedade de países, testaram variados e diferentes extractos de hipericão, e a maior parte incluiu pacientes que sofriam de sintomas ligeiros a moderadamente graves.
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A planta actua de forma semelhante aos antidepressivos prescritos ao aumentar uma substância química no cérebro, a serotonina, que está envolvida no controlo do humor.
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A revisão da Cochrane analisou 29 estudos que, no total, incluíram 5.489 homens e mulheres com sintomas de depressão grave e compararam a efectividade da planta a placebos e tratamentos standard.
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Os investigadores descobriram que os extractos de hipericão eram não só efectivos, como também que menos pessoas que os estavam a tomar desistiram dos ensaios devido a efeitos secundários adversos.
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A depressão é a principal causa de suicídio e afecta cerca de 121 milhões de pessoas a nível mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). (farmacia.com.pt)
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Falta de vitamina D relacionada com cólon irritável e doença hepática

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Investigadores da Faculdade de Medicina de Wisconsin analisaram se a insuficiência de vitamina D em pacientes com síndrome do cólon irritável estava relacionada a uma qualidade de vida mais baixa ou a uma actividade da doença mais elevada, independentemente de outros factores de risco conhecidos e utilização de medicação.
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Este estudo, conduzido pelo Dr. Alex Ulitsky e colegas, analisou os níveis de vitamina D de 504 pacientes com síndrome do cólon irritável e registou as medições mais baixas da vitamina.
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A equipa de investigadores descobriu que cerca de 50 por cento dos pacientes tinham insuficiência de vitamina D em alguma altura, tendo 11 por cento uma insuficiência grave.
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Investigadores da Universidade do Tennessee, em Memphis, também mediram os níveis de vitamina D em 118 pacientes com doença hepática crónica. Os cientistas descobriram que 92,4 por cento dos pacientes tinham em algum grau insuficiência de vitamina D e, pelo menos, um terço tinha insuficiência grave. A deficiência grave de vitamina D era mais comum entre os pacientes com cirrose.
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De acordo com o principal investigador, o Dr. Satheesh P. Nair, uma vez que a deficiência de vitamina D é comum entre estes pacientes, a terapia de substituição poderá ajudar a prevenir a osteoporose e outras complicações ósseas relacionadas com a doença hepática em fase final. (farmacia.com.pt)
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Probióticos ajudam a aliviar sintomas de cólon irritável

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Investigadores norte-americanos revelaram que os probióticos podem ajudar a aliviar os sintomas e a normalizar a frequência do movimento intestinal em pacientes com síndrome do cólon irritável.
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Os probióticos encontrados nos iogurtes ou suplementos alimentares contêm bactérias ou leveduras potencialmente benéficos.
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Uma revisão sistemática da eficácia dos probióticos na síndrome do cólon irritável, que incluiu 19 ensaios aleatórios controlados, envolvendo 1.628 pacientes com a síndrome, descobriu que os probióticos são efectivos.
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Contudo, também revelaram que não existe informação suficiente para se ter a certeza se existe um probiótico que é particularmente efectivo ou se são necessárias combinações de probióticos.
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Esta meta-análise foi conduzida pelo autor principal, o Dr. Paul Moayyedi, e pelos colegas da Clínica Mayo de Jacksonville, na Flórida, e de Rochester, no Minnesota, da Universidade McMaster, em Hamilton, no Ontário, da Universidade College Cork, na Irlanda, e do Centro Médico Montefiore, em Nova Iorque.
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Os resultados foram apresentados no congresso anual científico da "American College of Gastroenterology", em Orlando, na Flórida.
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Os probióticos são bactérias amigáveis que fortalecem o maior sistema de defesa do corpo humano, os intestinos, contra reacções inflamatórias, diarreia, stress, doenças infecciosas e acção dos antibióticos. Os probióticos são organismos vivos que, quando ingeridos em concentrações adequadas, são benéficos para a saúde do consumidor. (farmacia.com.pt)
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Estatinas retardam envelhecimento das artérias

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As artérias de pacientes que têm doenças cardíacas envelhecem de uma forma mais acelerada do que o resto do corpo, algo explicado pela forma como a doença afecta o ADN das células responsáveis pela protecção das paredes das artérias, limitando a sua capacidade de "limpar" os depósitos de gordura.
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Segundo os investigadores, as estatinas estimulam a produção de uma proteína denominada por NBS-1, capaz de detectar os danos do ADN nas células arteriais e acelerar a sua recuperação, atrasando ainda o seu envelhecimento.
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"É uma descoberta interessante, que as estatinas não reduzem apenas o colesterol, mas estimulam o "kit" de recuperação do ADN das células, atrasando o envelhecimento das artérias", afirmou Martin Bennett, coordenador do estudo.
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Para Peter Weissberg, director médico da Fundação Britânica do Coração, os níveis elevados de colesterol no sangue induzem um ciclo repetitivo de danos e recuperação nas paredes arteriais que provocam ataques cardíacos se o mecanismo de recuperação não for adequado.
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"As estatinas protegem contra ataques cardíacos através de uma redução dos níveis de colesterol, e os consequentes danos às paredes arteriais. Esta pesquisa demonstrou que as substâncias podem melhorar ainda os mecanismos de recuperação naturais das artérias", concluiu Weissberg. (farmacia.com.pt)

Pais podem passar para os filhos dependência da nicotina

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Pais podem passar para os filhos dependência da nicotina
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Investigadores canadianos alertaram para o facto de que os pais que fumam cigarros perto dos filhos, nos carros e em casa, poderem despoletar neles sintomas de dependência da nicotina.
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O principal investigador, Mathieu Belanger, da Universidade de Sherbrooke e da Universidade de Moncton, no Canadá, revelou que os participantes do estudo foram recrutados de 29 escolas do Quebec como parte de uma investigação que mede a utilização de tabaco e outros comportamento que comprometem a saúde.
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Aproximadamente 1.800 crianças entre os 10 e os 12 anos, de todos os níveis socioeconómicos, responderam a um questionário sobre a sua saúde e comportamentos.
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Os investigadores também colocaram perguntas sobre sintomas de dependência da nicotina e exposição ao fumo em segunda-mão.
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Segundo Belanger, de acordo com a percepção convencional, uma pessoa que não fume não pode experienciar a dependência da nicotina. Contudo, o estudo, publicado na "Addictive Behaviors", descobriu que 5 por cento das crianças que nunca tinham fumado, mas que foram expostas a fumo passivo, no carro ou em casa, relataram sintomas de dependência da nicotina.
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A Dra. Jennifer O'Loughlin, da Universidade de Montreal, que colaborou com os investigadores, afirmou que a exposição ao fumo em segunda-mão, entre os não fumadores, pode provocar sintomas que se assemelham aos da abstinência de nicotina, como humor depressivo, dificuldades em dormir, irritabilidade, ansiedade, inquietude, dificuldades de concentração e aumento do apetite. (farmacia.com.pt)
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Consumo diário de nozes ajuda a diminuir o crescimento do cancro da mama

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Um estudo em ratos de laboratório demonstrou que o consumo diário de nozes ajuda a diminuir o crescimento do cancro da mama. As nozes são o fruto seco com a maior quantidade de ácidos gordos Ómega-3.
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A investigação, desenvolvida na Universidade de Marshall, em Huntington, demonstrou os benefícios dos nutrientes das nozes na diminuição do crescimento das células cancerígenas. Alguns componentes das nozes, como os Ómega-3, são a chave para a obtenção destes resultados positivos.
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O estudo, publicado na última edição da "Nutrition and Cancer", revelou que as nozes possuem três características que explicam estes resultados: a elevada quantidade de ácidos gordos Ómega-3, de antioxidantes e de fitosteróis. Todos estes componentes já tinham demonstrado, noutros estudos, efeitos positivos na redução do crescimento das células cancerígenas.
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A investigadora principal, a Dra. Elaine Hardman, da Faculdade de Medicina Joan C. Edwards da Universidade de Marshall, assegurou que quando os ratos foram alimentados com nozes, o rácio de crescimento dos seus tumores reduziu drasticamente.
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Os ratos seguiram uma dieta diária na qual 18,5 por cento das calorias era proveniente de nozes, o equivalente a duas mãos de nozes por dia para os humanos. Outro grupo de ratos seguiu uma dieta de controlo sem o consumo de nozes.
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Os resultados demonstraram que os ratos que ingeriram nozes demoraram o dobro do tempo a registar um aumento no tamanho dos tumores, em comparação com o grupo de controlo.
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Os resultados positivos do estudo confirmam os benefícios múltiplos de uma dieta rica em ácidos gordos Ómega-3 e a necessidade de reduzir as dietas com elevadas quantidades de gorduras saturadas. (farmacia.com.pt)
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Descoberto teste pré-natal mais seguro para síndrome de Down

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Investigadores norte-americanos revelaram que um novo teste sanguíneo pré-natal pode ser utilizado para determinar se um bebé tem síndrome de Down sem os riscos para o feto colocados pelos métodos invasivos, como a amniocentese.
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Os investigadores liderados por Stephen Quake, da Universidade de Stanford, na Califórnia, criaram uma forma de procurar os cromossomas extra que provocam a síndrome de Down, e defeitos de nascença semelhantes, nas pequenas quantidades de ADN fetal que circulam no sangue da mãe.
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O teste, que requer uma pequena amostra de sangue da grávida, é mais seguro do que a amniocentese, no qual uma agulha é introduzida no útero, e pode ser efectuado mais cedo na gravidez.
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O teste também detecta outras doenças cromossómicas, tais como a síndrome de Edward, que mata metade dos bebés na primeira semana de vida, e a síndrome de Patau, que mata mais de 80 por cento das crianças durante a infância.
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A equipa de investigadores demonstrou a precisão do novo teste genético num pequeno estudo com 18 mulheres, publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences". O teste identificou com exactidão as nove mulheres com um feto com síndrome de Down e outras três com diversas doenças cromossómicas.
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De acordo com Quake, este é o primeiro teste universal e não-invasivo para a síndrome de Down, sendo que este deve ser o primeiro passo para acabar com os testes invasivos, como a amniocentese e a amostra das vilosidades coriais, que podem apresentar um pequeno risco, cerca de 1 por cento, de aborto ou defeitos à nascença.
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A síndrome de Down, que provoca atrasos mentais e outros problemas, acontece quando a criança tem três cópias do cromossoma 21, em vez das duas normais. (Farmacia.com.pt)
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domingo, 5 de outubro de 2008

Obesidade aumenta risco de abortos espontâneos recorrentes

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Estudo em Inglaterra
Obesidade aumenta risco de abortos espontâneos recorrentes

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As mulheres que registam abortos espontâneos, sem explicação aparente, correm mais riscos de voltarem a sofrer do mesmo problema se forem obesas, revela um estudo do London's St Mary's Hospital.
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Segundo a BBC, a equipa de investigadores acompanhou 696 mulheres que tiveram abortos considerados inexplicáveis por especialistas clínicos. Destas, mais de metade tinha peso normal, 30 por cento tinham excesso de peso e 15 por cento eram obesas.
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Quanto mais velhas estas mulheres, maiores as possibilidade de terem outros abortos, mas os cientistas ajustaram os dados a este facto e verificaram que a obesidade pode explicar também a reincidência de abortos. Este problema pode atingir as mulheres com excesso de peso significativo em mais 73 por cento do que as mulheres com peso normal, afirmou a equipa de investigadores durante uma conferência científica internacional realizada Royal College of Obstetrics and Gynaecology, em Montreal, Canadá.
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“Este foi o primeiro estudo a olhar directamente para a ligação entre o índice de massa corporal e o aborto recorrente. Mostra que mulheres obesas que tiveram reincidência de abortos correm mais riscos de terem novamente uma gravidez falhada. Todas as mulheres com este problema devem ser pesadas logo na primeira consulta. As que sofrem de obesidade devem ser aconselhadas sobre os benefícios em perderem peso”, defendeu Winnie Lo, enfermeira especialista no hospital londrino e uma das autoras do estudo.
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Nick Finer, endocrinologista no Hospital de Addenbrooke, perto de Cambridge, não ficou surpreendido com os resultados do estudo, pois trabalhos anteriores já apontavam para as consequências dos elevados índices de massa corporal na fertilidade ou na malformação de fetos. Contudo, este especialista avisou que a perda de peso deve ser encetada antes da gravidez e não durante, pois “poderá causar problemas”. (Público - Peso & Medida)
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Dores nas costas custam milhões

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Alerta: Especialistas pedem mais unidades especializadas
Dores nas costas custam milhões
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Um milhão e quatrocentos mil portugueses sofrem actualmente de dor moderada a grave. A principal causa de dor crónica é a dor de costas (lombalgia), cujos tratamentos custam ao País cerca de 997 milhões de euros por ano. Esta verba inclui os custos directos e os indirectos, como as faltas ao trabalho e as reformas antecipadas.
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Estes números merecem uma reflexão no Dia Mundial Contra a Dor, que se assinala a 11 de Outubro, e justificam a criação de Unidades de Dor, de diferentes níveis de assistência, nos hospitais. A medida está prevista no Programa Nacional de Luta Contra a Dor Crónica e é defendida pelos especialistas; no entanto, estes dizem que existem em número insuficiente. Um dos hospitais que dispõe não de uma unidade, mas de uma Consulta da Dor, é o Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, a funcionar desde 1998.
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O número de doentes ali tratados para o controlo da dor tem vindo a crescertodosos anos, a um ritmo médio de cem por ano. Hoje, são ali assistidos cerca de 800 doentes por ano. Alguns sofrem de cancro, outros padecem de dores musculares (músculo-esquelético) ou dores nas articulações (osteoarticulares).
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HÁ FALTA DE MEIOS
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A médica anestesista Margarida Frias, coordenadorada Consulta da Dor no Hospital do Barreiro, reconhece ao CM a insuficiência de meios face à quantidade de doentes: "A consulta funciona um dia por semana, mas devíamos ter, pelo menos, dois dias."
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A maioria dos doentes tem entre 50 e 60 anos, mas, segundo Margarida Frias, já "começam a surgir doentes mais jovens, com menos de 40 anos e alguns, poucos, com 18 anos a queixarem-se de lombalgias."
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O investigador dos mecanismos da neurobiologia da dor e coordenador da Comissão Nacional de Controlo da Dor, Manuel Castro Lopes, revela conclusões de um estudo da Faculdade de Medicina do Porto: 31 por cento dos portugueses com mais de 18 anos sente dores; 14,3 por cento – um milhão e 400 mil portugueses – queixa-se de dores moderadas a grave. (Correio da Manhã)
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sábado, 4 de outubro de 2008

Diabetes: Hospital de Santo António cria consulta

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Para ajudar a lidar com doença
Diabetes: Hospital de Sto António cria consulta
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O Hospital de Santo António, no Porto, anunciou esta quinta-feira a criação da Consulta Terapêutica Educacional da Diabetes (CTED), que tem por objectivo fornecer ao doente estratégias para uma melhor compreensão e relação com a doença que afecta cerca de um milhão de portugueses.
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A consulta será orientada por uma equipa formada por médico, enfermeiro, nutricionista, podologista, assistente social e psicólogo. Pretende-se que durante cerca de cinco meses, os doentes frequentem quatro sessões da CTED, durante as quais serão abordados “conceitos que, devidamente aplicados, lhes permitirão ter uma vida saudável com a sua diabetes".
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De acordo com Isabel Mangas Palma, médica Endocrinologista responsável pela consulta, a diabetes Mellitus (DM) tipo 2 é a principal causa de cegueira, insuficiência renal e doença cárdio e cerebrovascular. A CTED visa uma abordagem global do doente, permitindo identificar e tratar eficazmente problemas de várias ordens que poderão estar na base do mau controlo metabólico.
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"No início e no fim do processo, os doentes são avaliados analiticamente de modo a ser traçada com maior precisão a sua evolução e de forma a tornarem-se independentes no controlo da doença", assinalou a especialista, precisando que na fase piloto da CTED foram atendidos 120 diabéticos. (Correio da Manhã)
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