quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Cálcio associado a um menor risco de cancro

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Investigadores norte-americanos referiram que níveis mais elevados de cálcio estão associados a um menor risco de cancro em geral para as mulheres e a um menor risco de cancro colo-rectal nos homens e nas mulheres.
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O Dr. Yikyung Park, do Instituto Nacional do Cancro, em Bethesda, e colegas analisaram dados de 293 907 homens e 198 903 mulheres que participaram num estudo sobre saúde e dieta alimentar.
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Os participantes responderam a um questionário sobre os hábitos alimentares, quando iniciaram o estudo entre 1995 e 1996, relatando as quantidades e a frequência com que consumiam produtos lácteos e outros alimentos.
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Os dados foram então relacionados com os registos estatais oncológicos para identificar novos casos de cancro em 2003.O estudo, publicado na “Archives of Internal Medicine”, descobriu que, após uma média de sete anos de seguimento, 36 965 casos de cancro foram identificados em homens e 16 605 em mulheres.
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Os autores do estudo referiram que, tanto nos homens como nas mulheres, a ingestão de alimentos lácteos e de cálcio estava inversamente associada aos cancros do sistema digestivo.
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Um quinto dos homens que consumiram a maior quantidade de cálcio através de alimentos ou suplementos, cerca de 1 530 miligramas por dia, tinham um risco 16 por cento menor de sofrerem destes tipos de cancros do que um quinto que consumiu a menor quantidade, 526 miligramas por dia.
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ara as mulheres, um quinto das que consumiram a maior quantidade de cálcio, 1 881 miligramas por dia, apresentaram um risco 23 por cento menor do que um quinto daquelas que consumiram a menor quantidade, 494 miligramas por dia. (farmacia.com.pt)
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Cuidado com as sardinhas e postas de salmão muito assadas

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Saúde: Proximidade do carvão e exposição a altas temperaturas
Sardinha assada pode ser perigosa
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Uma equipa de investigadores da Universidade do Porto descobriu que as sardinhas ou postas de salmão bem assadas e perto das brasas adquirem compostos cancerígenos.
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"Tudo depende da temperatura e do tempo de cocção [cozedura], uma vez que ambos os factores exercem influência na quantidade e no tipo de aminas aromáticas heterocíclicas (AAHs), os carcinogénicos em estudo", referiu Isabel Ferreira, do Serviço de Bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
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O estudo avaliou a formação de AAHs, tanto na sardinha como no salmão atlântico, ambos cozinhados sobre grelhas em carvão. No caso específico da sardinha, foi possível concluir que esta, quando assada perto das brasas e durante quatro minutos de cada lado, ou mesmo afastada do carvão, não apresenta AAHs. Todavia, ao assá-las perto do carvão durante seis/sete minutos de cada lado, já é possível detectar quantidades significativas daquele composto.
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No entanto, as pessoas não devem abdicar do seu consumo porque as "sardinhas são uma fonte de proteínas de excelente qualidade que ajudam na prevenção de diversos males", garante a nutricionista Olívia Pinho, da Faculdade de Ciências da Nutrição.
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No caso do salmão, os teores mais elevados de AAHs foram observados nas postas grelhadas na brasa, perto da fonte de calor, tendo-se registado temperaturas de 280-300 graus celsius. No salmão cozinhado no grelhador eléctrico ou afastado do carvão, a uma temperatura média de 190 graus, foram apenas detectadas pequenas quantidades de aminas aromáticas heterocíclicas.
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Os investigadores da Universidade do Porto insistem na recomendação de que deve ser utilizado equipamento eléctrico adequado ou, no caso de se usar carvão, o peixe deve ser mantido a uma distância de 20 centímetros das brasas, de modo a cozinhá-lo a temperaturas moderadas e a reduzir a formação das indesejáveis AAHs. O estudo será publicado pela Sociedade Americana de Química. (Correio da Manhã)
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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Pais pouco alertados para gastroenterites nos bebés

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Mais de 66.500 infecções anuais por rotavírus originam cerca de dois mil internamentos
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Apesar de os médicos apontarem a gastroenterite por rotavírus como a infecção com mais probabilidade de afectar uma criança até aos cinco anos, quase 40% dos pais desconhece a doença. Ora esta atinge mais de 66 mil crianças por ano.
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Extremamente frequente e contagioso, o rotavírus está na origem da maioria das gastroenterites em crianças. Segundo contas da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP, que criou um site - rotavirus - específico sobre a doença), obriga a cerca de 16.500 consultas e mais de dois mil internamentos anuais. Mas não tem tratamento específico.
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Ora, apesar deste quadro, quase 40% dos pais "não conhecem ou nunca ouviram falar do rotavírus". A conclusão é de um estudo encomendado pelo laboratório que produz a vacina de protecção contra esse vírus.
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Para lá dos resultados em torno desta forma de prevenção - que o Ministério da Saúde e a Direcção-Geral da Saúde (DGS) recusaram recentemente integrar no Plano Nacional de Vacinação -, o trabalho vale essencialmente como chamada de atenção para uma infecção muito prevalente: raras serão as crianças que não têm uma gastroenterite por rotavírus até aos 3 anos, quando não várias. E a primeira acontece geralmente entre os seis meses e os dois anos, idades em que se manifesta com maior gravidade, obrigando ao internamento.
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Ainda assim - e porventura por força da polémica em torno da vacinação - a percepção dos pais melhorou entre 2007 e 2008. Há dois anos, só 37% conheciam o rotavírus. No ano passado, já eram 59%. No entanto, só 11% manifestaram preocupação com a infecção (menos ainda do que em 2007), preferindo eleger a mais fatal meningite como a mais inquietante. Consequentemente, só 50% dos pais sabe da existência de uma vacina.
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Ora, esta é, para os 102 pediatras inquiridos, a prevenção eleita contra o rotavírus (91%, logo seguida da lavagem frequente das mãos, 47%). Recomendada por especialistas europeus para todas as crianças, custa 160 euros, mas a DGS recusou a vacinação universal "devido ao pequeno peso/carga" da doença no país.
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A SPP fala, contudo, em 66.500 infecções anuais. E os pediatras designam a gastroenterite por rotavírus como a doença com maior probabilidade de afectar crianças (85%), embora seja a quinta na ordem das mais preocupantes. (Jornal de Notícias)
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fármaco para a hipertensão ajuda pacientes com doença renal

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Investigadores revelaram que elevadas doses do fármaco candesartan, para a pressão sanguínea elevada, pode proteger as pessoas com doença renal de desenvolveram insuficiência renal e de precisarem de diálise ou transplante.
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Doses diárias de oito vezes a quantidade normal do fármaco diminuíram as quantidades anormais de proteína na urina, denominada proteinúria, em pacientes com doença renal.
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A Dra. Ellen Burgess, da Universidade de Calgary, no Canadá, referiu que quanto melhor for a redução da proteinúria com o tratamento, menor será a probabilidade do paciente vir a desenvolver doença renal de última fase, necessitando depois de terapia de substituição como diálise ou transplante. A diabetes e a hipertensão são as principais causas de doença renal grave.
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A investigadora revelou que reduzir a proteína na urina pode também diminuir o risco de doença cardiovascular como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).
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O candesartan, que é comercializado como Atacand, da AstraZeneca, e Blopress, da Takeda, pertence a um grupo de medicamentos chamados antagonistas dos receptores da angiotensina II, que são utilizados para baixar a pressão sanguínea e facilitar o bombeamento do sangue pelo coração.
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O estudo, publicado na “Journal of the American Society of Nephrology”, envolveu 269 pacientes que tinham níveis elevados de proteína na urina apesar de tomarem a dose standard de 16 miligramas por dia de candesartan.
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As pessoas que receberam 128 mg por dia do fármaco, durante 30 semanas, apresentaram mais de um terço de redução da proteína na urina, em comparação com aquelas que receberam 16 mg por dia, durante o mesmo período.
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Os investigadores referiram que ficaram surpreendidos com os resultados, sublinhando que outros antagonistas dos receptores da angiotensina II tinham sido testados em doses elevadas mais sem o mesmo sucesso. (farmacia.com.pt)
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Ácido úrico elevado aumenta risco de morte por doença cardiovascular

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Resultados de um estudo conduzido em Taiwan revelaram que níveis elevados de ácido úrico no sangue são um forte indicador de morte devido a doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e outras causas.
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O Dr. Wen-Harn Pan, da Universidade Nacional de Taiwan, em Taipé, referiu que esta descoberta é verdadeira não só para os grupos de risco elevado, mas também para a população geral, e potencialmente para grupos de baixo risco.
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Os investigadores estudaram dados de aproximadamente 42 mil homens e 49 mil mulheres com uma média de 51 anos. Todos realizaram exames médicos entre 1994 e 1996 e foram seguidos até ao final de 2003.
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Níveis elevados de ácido úrico no sangue, definidos como estando acima dos sete miligramas por decilitro, foram documentados no primeiro exame em 40 por cento dos homens e 11 por cento das mulheres. Durante uma média de seguimento de 8,2 anos, 5 427 participantes morreram e 1 151 dessas mortes foram atribuídas a doença cardiovascular.
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Na população geral do estudo, um nível elevado de ácido úrico no sangue foi associado a um aumento estatisticamente significativo do risco de morte devido a doença cardiovascular, AVC, insuficiência cardíaca congestiva ou outra causa.
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Um nível elevado de ácido úrico no sangue teve ainda um maior impacto na morte entre as pessoas com pressão sanguínea elevada e diabetes.
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O Dr. Pan revelou, na "Arthritis & Rheumatism”, que um nível elevado de ácido úrico no sangue é um factor de risco para a morte relacionada com causas cardiovasculares, mesmo naqueles sem os factores habituais de risco de doença cardiovascular.
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Em conclusão, o Dr. Pan referiu que os dados demonstram que as pessoas com níveis elevados de ácido úrico no sangue apresentaram uma pior sobrevivência do que aquelas com níveis mais baixos.
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O ácido úrico é um produto da divisão dos compostos do nitrogénio e, normalmente, é excretado pela urina. Durante décadas, tem-se sido reconhecido que o ácido úrico é encontrado em níveis elevados nas articulações das pessoas que sofrem de gota. Mais recentemente, tem-se sugerido que o ácido úrico pode ser um sinal de perigo lançado por células danificadas que despoleta a inflamação e uma resposta imunitária forte. (farmacia.com.pt)
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Ácidos gordos ómega-3 ajudam a proteger o fígado


Investigadores espanhóis revelaram que as dietas ricas em ácidos gordo ómega-3, provenientes de alimentos como o salmão e as sardinhas, ajudam a proteger o fígado de danos e contra a resistência à insulina. O Dr. Joan Claria, da Universidade de Barcelona, descobriu que dois tipos de lípidos nos ácidos gordos ómega-3, denominados protectinas e resolvinas, são a causa do efeito protector.
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Os investigadores estudaram quatro grupos de ratos com um gene alterado para os tornar obesos e diabéticos. Um dos grupos recebeu uma dieta enriquecida com ómega-3, o segundo grupo recebeu uma dieta de controlo, o terceiro recebeu ácido docosahexaenóico (DHA) e o último grupo recebeu apenas resolvinas.
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Após cinco semanas, foram examinadas amostras de sangue e fígado dos ratos do estudo. Os ratos que receberam a dieta rica em ómega-3 exibiram menos inflamação e melhoraram a tolerância à insulina. Isto deveu-se à formação de protectinas e resolvinas dos ácidos gordos ómega-3.
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O estudo, publicado na “Federation of American Societies for Experimental Biology Journal”, demonstrou, pela primeira vez, que estes lípidos derivados dos ácidos gordos ómega-3 podem realmente reduzir a ocorrência de complicações hepáticas, tais como esteatose hepática ou fígado gordo e resistência à insulina, nas pessoas obesas. (farmacia.com.pt)
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Tratamento com arsénico e vitamina A efectivo para pacientes com leucemia

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Resultados de um estudo de longo prazo parecem indicar que os investigadores conseguiram tratar efectivamente e com segurança pacientes com leucemia, um cancro do sangue e da medula óssea, com uma combinação de arsénico e vitamina A.
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No artigo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, os investigadores chineses referiram que prescreveram o regime a 85 pacientes e monitorizaram-nos durante uma média de 70 meses.
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Destes pacientes, 80 atingiram uma remissão completa e os investigadores não encontraram, a longo prazo, quaisquer problemas associados nos seus corações ou pulmões, não tendo havido desenvolvimento de cancros secundários.
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Os investigadores referiram que, dois anos após o tratamento, os pacientes apresentavam níveis de arsénico no sangue e na urina bem abaixo dos limites de segurança e apenas ligeiramente mais elevados do que os níveis de controlo.
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O tratamento foi efectivo e actuou melhor do que qualquer um dos compostos administrados isoladamente.
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Os autores recomendaram que o tratamento seja administrado a pacientes com cancro do sangue e da medula óssea, ou leucemia promielocítica aguda.
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Embora a vitamina A seja considerada por alguns peritos como um tratamento viável, esta é a primeira vez que a sua utilização é monitorizada durante um período de tempo tão extenso.
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Desde o século XVIII, os compostos do arsénico têm sido utilizados como medicamentos para tratar determinados problemas. A agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) aprovou a sua utilização para o tratamento de pessoas com cancro do sangue e da medula óssea em 2000.(farmacia.com.pt)
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Fármaco experimental para aterosclerose não prejudica o fígado

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Investigadores austríacos desenvolveram e testaram um fármaco sintético para a aterosclerose que pode reduzir a acumulação de placas perigosas nos vasos sanguíneos, sem efeitos adversos para o fígado.
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A autora principal, a Dra. Adelheid Kratzer, da Universidade de Graz, referiu que os resultados encorajadores deste estudo em ratos, publicados na “Journal of Lipid Research”, podem levar a um novo tipo de fármaco para tratar ou mesmo prevenir a aterosclerose, sem produzir o efeito secundário de fígado gordo, que leva a outros problemas como a diabetes.
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O fármaco, denominado DMHCA, direcciona-se às proteínas chamadas receptores farnesóide X, que controlam os níveis de colesterol do organismo ao limitar a absorção de colesterol alimentar e ao aumentar a conversão do colesterol em ácidos biliares. Infelizmente, a maior parte dos ligantes dos receptores farnesóide X também controlam a produção de ácidos gordos, por isso os compostos terapêuticos que activam estes receptores também aumentam os níveis de outras gorduras, particularmente no fígado.
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Contudo, o DHMCA apresentou efeitos insignificantes na produção de gordura nos testes laboratoriais, pelo que os investigadores o testaram em ratos geneticamente modificados para serem ateroscleróticos.
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Os investigadores descobriram que o DHMCA pode reduzir significativamente o tamanho das lesões arteriais nos ratos entre 45 e 48 por cento sem aumentar o conteúdo gordo no fígado ou no sangue, em comparação com outro fármaco experimental do mesmo género, o T0901317.(farmacia.com.pt)
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Gota: EUA aprovam novo medicamento para a doença em 40 anos

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A agência reguladora norte-americana (FDA) aprovou um novo fármaco para a gota, uma doença reumatológica, inflamatória e metabólica, que cursa com hiperuricemia (elevação dos níveis de ácido úrico no sangue), e resulta da deposição de cristais de ácido úrico nos tecidos e articulações.
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A aprovação da FDA marca o aparecimento de um novo medicamento, denominado por Uloric, para a doença em 40 anos.
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A farmacêutica Takeda afirmou que a aprovação do fármaco vem providenciar um novo medicamento para os mais de 5 milhões que sofrem da doença só nos Estados Unidos.
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A maioria dos médicos recorre a diversos tratamentos genéricos para a doença, como o alopurinol, um inibidor selectivo das etapas terminais da bissíntese de ácido úrico, e onde níveis elevados de ácido úrico no organismo são responsáveis por uma forma inflamatória de artrite bastante comum em homens com mais de 40 anos de idade.
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A Takeda afirma que o Uloric reduz os níveis de ácido úrico nos pacientes de forma a diminuir a recorrência destes sintomas. (farmacia.com.pt)
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Vitamina B12 pode ajudar a aliviar aftas na boca

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Investigadores israelitas referiram que, num estudo, doses nocturnas de vitamina B12 preveniram efectivamente o retorno de aftas na boca.
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O estudo, publicado na “The Journal of the American Board of Family Medicine”, descobriu que as aftas na boca recorrentes, também conhecidas como estomatite aftosa recorrente (EAR), reduziram significativamente após cinco ou seis meses de tratamento com vitamina B12, independentemente dos níveis iniciais de vitamina B12 no sangue.
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O investigador principal, o Dr. Ilia Volkov, do Hospital Clalit e da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, referiu que, durante o último mês de tratamento, um número significativo de participantes no grupo de intervenção atingiu um estado sem úlcera aftosa.
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Os investigadores testaram o efeito da vitamina B12 em 58 pacientes com estomatite aftosa recorrente, aleatoriamente seleccionados, que receberam uma dose oral de 1 000 microgramas de B12 ao deitar ou placebo, sendo testados mensalmente ao longo de seis meses.
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De acordo com o Dr. Volkov, a média de duração dos surtos e a média do número de aftas por mês diminuiu em ambos os grupos, durante os primeiros quatro meses do ensaio. Contudo, a duração dos surtos, o número de aftas e o nível de dor foram reduzidos significativamente aos cinco e seis meses de tratamento com vitamina B12.
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As aftas são pequenas ulcerações dolorosas que aparecem na mucosa bucal. Uma afta é uma mancha esbranquiçada, redonda, com uma auréola vermelha. É comum que a ferida se forme no tecido mole, particularmente no interior do lábio ou da bochecha, sobre a língua ou no palato mole e, às vezes, na garganta.
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Apesar de se desconhecer a causa, parece que o carácter nervoso tem um papel no seu desenvolvimento, por exemplo, podem aparecer aftas na boca de um estudante durante um exame final. As aftas pequenas (com menos de 12 mm de diâmetro) costumam aparecer em grupos de duas ou de três e, de modo geral, desaparecem ao fim de dez dias, sem tratamento, e não deixam cicatrizes. As aftas maiores são menos comuns, podem ser de forma irregular, necessitam de várias semanas para sarar e é frequente deixarem cicatrizes.(farmacia.com.pt)
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Estrogénio relacionado com síndrome das pernas inquietas durante a gravidez

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Um estudo alemão, publicado na revista científica “Sleep”, indicou que o estrogénio tem um papel importante no despoletar da síndrome das pernas inquietas (SPI) durante a gravidez.
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O investigador principal, o Dr. Thomas Pollmächer, do Instituto Max Planck de Psiquiatria, em Munique, referiu à Reuters Health que, pela primeira vez, existem evidências directas de que esta síndrome na gravidez está directamente relacionada com as alterações hormonais.
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No estudo, dez mulheres grávidas com síndrome das pernas inquietas e nove grávidas saudáveis, para o controlo, forneceram amostras de sangue e submeteram-se a estudos num laboratório do sono durante a noite, no terceiro trimestre da gravidez, e novamente três meses após o parto.
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Oito das dez pacientes com a síndrome relataram sintomas de pernas inquietas antes da actual gravidez e todas as dez descreveram uma piora dos sintomas durante a gravidez.
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De acordo com os investigadores, as mulheres com síndrome das pernas inquietas demonstraram níveis de estrogénio significativamente mais elevados durante a gravidez, em comparação com o grupo de controlo. Outros níveis hormonais relacionados com a gravidez não diferiram significativamente entre os dois grupos.
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Os estrogénios, que são chamados hormonas esteróides neuroactivas, são importantes, não só para a concepção e gravidez, mas também actuam directamente no cérebro.
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Esta descoberta nas mulheres grávidas pode ajudar a compreender a síndrome das pernas inquietas, em geral, e eventualmente levar a um caminho adicional para o desenvolvimento de um tratamento. (farmacia.com.pt)
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Infarmed: Registados 21 casos de reacções adversas à Gardasil em Portugal

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A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) informou que a vacina Gardasil para prevenir o cancro do colo do útero recebeu 21 notificações de reacções adversas, desde que começou a ser comercializada em Portugal, em 2006, sendo que 14 das quais foram consideradas graves, mas não houve qualquer caso mortal. Contudo, o Infarmed salienta que não há provas de que as reacções adversas tenhamsido consequência directa da imunização com a vacina Gardasil, que foi a escolhida para ser administrada no Plano Nacional de Vacinação, afastando a necessidade de suspender a venda do medicamento em Portugal.
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Seis casos foram notificados pela indústria farmacêutica e os outros 15 foram reportados por profissionais de saúde.
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O presidente da Infarmed, Vasco Maria, desvalorizou os casos registados, salientando que são reacções esperadas quando se trata de medicamentos que mexem com o sistema imunitário, como é o caso das vacinas.
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A informação foi actualizada pelo Infarmed, depois de se saber que em Espanha já existem 120 notificações de reacções adversas, 45 das quais consideradas graves. Sete jovens foram hospitalizadas recentemente em Espanha, o que levou as autoridades espanholas a suspenderem, temporariamente, um lote da vacina, estando a situação a ser investigada.
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Após a divulgação dos primeiros casos em Espanha, o Infarmed informou que o lote suspenso (NH52670) não chegou a Portugal, mas confirmou a existência de 21 casos de reacções adversas.
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A maior parte dos casos, em Portugal, tem a ver com sintomas associados a reacções do foro alérgico, adiantou uma fonte do Infarmed, enquanto em Espanha há registos de convulsões e desmaios.
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Em Janeiro último, a Agência Europeia do Medicamento (EMEA) recomendou que a vacina contra o cancro do colo do útero passasse a incluir no folheto informativo a ocorrência de desmaios ou convulsões como possíveis reacções adversas. (farmacia.com.pt)
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Medicamento usado para a hipertensão é capaz de apagar más recordações

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Especialistas exploram nova via de tratamento de stress pós-traumático
Medicamento usado para a hipertensão é capaz de apagar más recordações

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E se bastasse engolir um comprimido para enviar para um armário escuro, fechado a cadeado, as recordações mais dolorosas que todos querem esquecer mas que a memória teima em trazer à tona? Uma equipa do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Amsterdão, Holanda, provou que isso não é ficção científica.
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Segundo esta equipa, que publicou os seus resultados na prestigiada revista “Nature Neuroscience”, basta tomar um medicamento, o propanolol, que se baseia em moléculas conhecidas como bloqueadores beta ou beta antagonistas, bloqueadores dos receptores da noradrenalina. São medicamentos usados no tratamento da hipertensão. Mas também actuam nos processos químicos do medo, na região cerebral da amígdala.
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Basta tomar este propanolol no momento exactamente anterior ao da evocação da recordação que desejamos apagar. E ela desaparece, interrompendo os mecanismos naturais de invocação da memória, constatou a equipa.
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A experiência em que a equipa se baseou consistia em mostrar aranhas a um grupo, acompanhadas de um estímulo doloroso. Passadas 24 horas repetiram a experiência, sendo que metade do grupo tomou propanolol e a outra metade um placebo. Na metade medicada o medo provocado pela recordação da experiência anterior não foi detectado.
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As primeiras experiências com químicos que interrompiam como que os primeiros “frames” da invocação de uma recordação foram conhecidas ainda o ano passado, em Outubro, quando uma equipa de investigadores norte-americanos e chineses conseguiu interromper os mecanismos neurológicos de invocação de memórias em ratinhos.
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Na altura os investigadores, do Brain and Behaviour Discovery Institute da Geórgia EUA, e do Institute of Brain Functional Genomics, de Xangai, na China, descobriram uma enzima, Alfa-CaMKII, que controlava, de uma forma um pouco misteriosa, a aprendizagem e o armazenamento de recordações nos animais. Decidiram então manipular geneticamente ratinhos para que não tivessem um gene responsável pela produção desta enzima.
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Experiências conduzidas pela equipa provaram que este ratinhos “knockout”, a quem faltava o gene produtor da enzima, tinham problemas em pequenos jogos de memória que outros ratinhos normais não demonstravam, como explicaram então na revista científica “Neuron”.
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Parecia então estar-se perante a possibilidade de desenvolvimento de uma molécula capaz de apagar recordações. Mas a equipa pensava que era cedo para pensar numa pílula contra más recordações. Bom, talvez não fosse tão cedo quanto pensavam.
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A ciência sabe hoje que o mecanismo de memória não se restringe a uma área estanque do nosso cérebro e que podem ficar armazenados numa espécie de zonas sombra onde, senão desaparecem, ficam encerrados numa espécie de baús perdidos de onde dificilmente regressarão. O que a equipa holandesa conseguiu foi um mecanismo químico para provocar esse facto.
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Ao diário espanhol “El Mundo” Joseph Ledoux, investigador da universidade de Nova Iorque, envolvido em experiências com ratinhos nesta área, afirma que este é “um trabalho com resultados muito prometedores no tratamento das memórias persistentes e dolorosas como as que são experimentadas em caso de stress pós-traumático”. (PÚBLICO)
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Potencial biomarcador do cancro da próstata identificado na urina humana

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Se se confirmarem, os resultados podem prenunciar uma despistagem mais simples e o desenvolvimento de novos tratamentos
Potencial biomarcador do cancro da próstata identificado na urina humana

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Foi identificada pela primeira vez, na urina humana, uma substância que permite distinguir tecidos normais da próstata de tumores cancerosos localizados e de tumores invasivos. E que parece ser um melhor indicador da agressividade destes tumores do que a proteína PSA, tradicionalmente utilizada para detectar e monitorizar o cancro da próstata.
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Ao contrário do que foi feito em anteriores estudos, onde eram procurados genes e proteínas associados a este cancro – um dos mais frequentes nos homens –, Arul Chinnaiyan e colegas, da Universidade de Michigan, que publicam amanhã um artigo na revista "Nature", passaram a pente fino os “metabolitos” destas células – ou seja, os compostos químicos que resultam do seu funcionamento. “Quando olhamos para os metabolitos, estamos vários passos para além dos genes e das proteínas”, diz Chinnaiyan em comunicado. “Isso permite-nos olhar com muita profundidade para algumas das funções das células e para a bioquímica do desenvolvimento do cancro”.
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Os investigadores compararam as alterações que se verificavam em 1126 metabolitos, contidos em 262 amostras de tecido, sangue e urina, quer na ausência de cancro da próstata, quer na presença de um cancro localizado ou de um cancro metastático. Graças à técnica de espectrometria de massa, que separa os compostos químicos conforme o seu peso molecular, identificaram uns 60 que só apareciam nas amostras cancerosas. E entre eles, uma dezena que eram potenciais marcadores biológicos da progressão da doença, uma vez que eram mais frequentes nas amostras cancerosas que nas amostras saudáveis – e ainda mais frequentes nas amostras dos cancros mais avançados.
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Uma delas atraiu particularmente as atenções dos investigadores. Chama-se sarcosina e é um derivado do aminoácido glicina (um dos “blocos de construção” das proteínas). Os seus níveis revelaram-se elevados em 79 por cento dos cancros da próstata invasivos e em 42 por cento dos cancros em estádios mais precoces. Para mais, a sarcosina estava presente nas amostras de urina de doentes com cancro da próstata, o que sugere que talvez seja possível um dia despistar estes cancros através de uma simples análise da urina.
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Numa segunda fase do estudo, os cientistas estudaram mais de perto a sarcosina em células cultivadas no laboratório. Confirmaram assim, como esperavam, que os níveis de sarcosina eram mais elevados nas células cancerosas invasivas do que nas células normais da próstata. E mais: descobriram que, através da sarcosina, conseguiam controlar o agressividade do cancro. Mais precisamente, quando acrescentavam sarcosina às células benignas ou faziam as próprias células produzirem mais sarcosina, estas tornavam-se cancerosas e invasivas. E reciprocamente, quando interrompiam a produção de sarcosina pelas células cancerosas, diminuíam a agressividade do cancro. Estes resultados sugerem que será possível um dia tratar este cancro com substâncias que alterem o metabolismo da sarcosina.
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Chinnaiyan, que sublinha que os resultados são preliminares e exigem confirmação, quer agora testar os outros metabolitos identificados, para ver se também podem servir como marcadores da doença. “Não podemos confiar em apenas um só metabolito”, diz; “precisamos de um conjunto para diagnosticar a agressividade deste cancro com fiabilidade”. (Público)
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Infarmed manda retirar do mercado produto para higiene íntima

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A autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed) mandou retirar do mercado nacional todos os lotes de um produto específico para higiene íntima por utilizar um conservante proibido.
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Num comunicado publicado no seu "site", a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde alerta para a retirada do mercado nacional de todos os lotes do Produto Cosmético e de Higiene Corporal Saugella Poligyn, da marca Saugella que contém o conservante "Methyldibromo glutaronitrile".
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De acordo com o Infarmed, a utilização do conservante "Methyldibromo glutaronitrile" na formulação de produtos cosméticos e de higiene corporal é actualmente proibida por não constar do Anexo VI ao Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24 de Setembro.
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O produto cosmético em causa é comercializado no mercado português pela empresa Laboratórios Delta, Lda.
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O Infarmed notifica todas as entidades envolvidas no circuito de distribuição e comercialização do referido produto para a "suspensão imediata da comercialização e recolha do mercado, de todos os lotes contendo o conservante 'Methyldibromo glutaronitrile'".
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Adverte ainda os consumidores que tenham adquirido ou que estejam a utilizar este produto para se absterem da sua utilização e, no caso de a detectarem à venda, para comunicaren essa situação à autoridade que regula o sector do medicamento. (Jornal de Notícias)
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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Combinação de fármacos reduz mortalidade por ataque cardíaco em hipertensos

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Investigadores norte-americanos revelaram que os pacientes com elevada pressão sanguínea que tomaram um diurético e um fármaco poupador de potássio reduziram a mortalidade cardíaca em 40 por cento.
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Os diuréticos apresentam um grande interesse no tratamento da hipertensão arterial, sendo considerados anti-hipertensores de 1ª linha. São geralmente eficazes, capazes de reduzir efectivamente a morbilidade e a mortalidade cardiovasculares e bastante bem tolerados.
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É recomendado que a escolha inicial de um anti-hipertensor recaia num de 1ª linha, como, por exemplo, diurético ou bloqueador beta.
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Os investigadores do Centro Médico da Universidade de Vanderbilt, em Nashville, no Tennessee, analisaram dados de ensaios clínicos de fármacos diuréticos e revelaram que utilizar a combinação de fármacos põe em questão as actuais linhas de orientação de tratamento, que recomendam a utilização de um diurético, como as tiazidas, isoladamente como terapia inicial para a hipertensão.
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Estudos observacionais anteriores tinham descoberto um aumento de mortes cardíacas súbitas em pacientes a tomar diuréticos tiazidas isoladamente, e um demonstrou que a morte súbita era maior nas doses mais elevadas de tiazidas, revelou o autor principal, o Dr. John Oates.
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Estudos em modelos animais de ataques cardíacos também demonstraram que baixos níveis de potássio, provocados pelas tiazidas, podem levar a ritmos cardíacos anormais que conduzem a morte súbita.
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Os resultados foram publicado na "Journal of the American Society of Hypertension".
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Os diuréticos são frequentemente prescritos no tratamento da hipertensão. Actuam inicialmente produzindo a eliminação de sal e água através da urina. Reduzem a quantidade de líquidos circulantes na corrente sanguínea que, por sua vez, reduz a pressão existente nas artérias.
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O consumo de elevadas doses de potássio favorece a eliminação de sódio, que é consumido maioritariamente sob a forma de sal que, como se sabe, faz com que a pressão aumente.(farmacia.com.pt)
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Tratamento precoce para diabetes é vital para boa saúde a longo prazo

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Os pacientes com diabetes que recebem tratamento intensivo com fármacos, logo após o diagnóstico, são mais saudáveis quando envelhecem, mesmo se forem menos rigorosos com o controlo do açúcar no sangue mais tarde, segundo investigadores britânicos.
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Isto significa que pode ser importante a prescrição de fármacos para a diabetes inicialmente, mesmo para pacientes recentemente diagnosticados com diabetes tipo 2, em vez de tentar que estes sigam primeiro uma dieta e exercício físico.
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De acordo com o investigador principal, Rury Holman, da Universidade de Oxford, agora sabe-se que um bom controlo da glicose, desde que a diabetes tipo 2 é diagnosticada, não só reduz a taxa de complicações diabéticas, mas também que esta intervenção precoce leva a benefícios sustentados a longo prazo.
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Os novos resultados do estudo de grande escala, em progresso desde 1998, publicados na "New England Journal of Medicine", demonstraram que os efeitos protectores de um melhor controlo da glicose inicialmente permaneceram após 10 anos para o olho diabético e doença renal.
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Os pacientes que receberam fármacos genéricos da classe das sulfonilureias, para baixar o açúcar no sangue para níveis desejáveis, apresentaram uma redução de 15 por cento do risco de ataques cardíacos e tiveram menos 13 por cento de probabilidade de morrer, em comparação com os voluntários que controlaram a diabetes maioritariamente com uma dieta rigorosa.~
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O impacto foi maior nos pacientes a tomar metformina, que tiveram uma redução de 33 por cento do risco de ataques cardíacos e tiveram menos 27 por cento de probabilidade de morrer do que aqueles no grupo da dieta.
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Os investigadores também descobriram que baixar a pressão sanguínea é importante para minimizar as complicações da diabetes, mas ao contrário do açúcar no sangue, os benefícios não aumentam com o tempo.
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Na diabetes tipo 2, o organismo perde gradualmente a capacidade de utilizar convenientemente a insulina para converter os alimentos em energia. Os níveis de açúcar disparam, o que pode danificar os olhos e rins, e provocar doença cardíaca, acidente vascular cerebral e amputações de membros.
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Estima-se que a doença afecte 246 milhões de adultos a nível mundial, sendo responsável por 6 por cento de todas as mortes globais. A diabetes tipo 2 corresponde a cerca de 90 por cento de todos os casos de diabetes e está intimamente ligada à obesidade e inactividade física.
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Uma dieta muito rigorosa e exercício físico vigoroso, regular e sustentado pode reverter a diabetes tipo 2, mas isto pode ser difícil para muitas pessoas.(farmacia.com.pt)
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Chá verde torna o fármaco oncológico Velcade ineficaz

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Investigadores norte-americanos descobriram que o amplamente utilizado extracto de chá verde torna um fármaco oncológico Velcade (bortezomib), para o tratamento de mielomas e linfomas, completamente ineficaz.
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Os investigadores da Universidade do Sul da Califórnia descobriram que um componente do extracto de chá verde, denominado epigalocatequina galato (EGCG), uma catequina presente no extracto, destrói qualquer actividade anticancerígena do fármaco Velcade em ratos com tumores.
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O Dr. Axel H. Schonthal, da Faculdade de Medicina de Keck, da Universidade do Sul da Califórnia, referiu que as descobertas de que o extracto de chá verde, ou a EGCG, bloqueia a acção terapêutica do Velcade foram completamente inesperadas.
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A hipótese dos investigadores era a de que o extracto de chá verde iria aumentar os efeitos anti-tumorais do Velcade e que a combinação do extracto, ou da EGCG, com o fármaco iria revelar-se como um tratamento superior contra o cancro, em comparação com o tratamento com Velcade isoladamente.
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Os medicamentos naturais, incluindo o chá verde, tornaram-se numa medicação popular para os pacientes com cancro que têm de lidar com os efeitos secundários da quimioterapia. Contudo, estes suplementos não são regulados e, para a maioria, os seus benefícios e/ou efeitos prejudiciais ainda não foram qualificados através de investigação.
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Os investigadores, que utilizaram modelos pré-clínicos e ratos com tumores, descobriram que o incomum bloqueio da actividade terapêutica do Velcade baseou-se na interacção química entre as moléculas. A molécula da EGCG e a molécula do Velcade foram capazes de formar ligações químicas, o que significou que a molécula do Velcade já não conseguia ligar-se ao seu alvo planeado no interior das células cancerígenas.(farmacia.com.pt)
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Disfunção eréctil relacionada com risco cardíaco

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Investigadores norte-americanos referiram que os homens, com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofrem de disfunção eréctil têm uma probabilidade duas vezes maior de desenvolver doença cardíaca.
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O estudo conduzido na Clínica Mayo, em Rochester, no Minnesota, descobriu que os homens que sofrem de disfunção eréctil têm um risco 80 por cento maior de desenvolverem doença cardíaca.
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A Dra. Jennifer St. Sauver referiu que o risco de doença coronária era mais elevado nos homens mais jovens.
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A Dra. St. Sauver sugeriu que os homens mais novos e os seus médicos poderão ter de considerar a disfunção eréctil como um indicador de um futuro risco de doença coronária e tomar as medidas apropriadas para a prevenção.
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No estudo, os investigadores identificaram 1 402 homens, em 1996, que não sofriam de doença cardíaca e, a cada dois anos, durante dez anos, os homens foram avaliados relativamente à sua saúde urológica e sexual.
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A prevalência de disfunção eréctil nos participantes do estudo era de 2,4 por cento nos homens entre os 40 e os 49 anos, 5,6 por cento naqueles entre os 50 e os 59 anos, 17 por cento nos homens entre os 60 e os 69 anos e 38,8 por cento entre os homens com 70 anos ou mais.
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Após mais de dez anos de seguimento, os investigadores descobriram que os homens com disfunção eréctil tinham uma probabilidade 80 por cento maior de desenvolver doença coronária, em comparação com os homens que não sofriam de disfunção eréctil.
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As descobertas, publicadas na “The Mayo Clinic Proceedings”, também revelaram que o risco mais elevado de nova doença cardíaca foi observado nos participantes mais jovens do estudo, aqueles com idades entre os 40 e os 49 anos, que sofriam de disfunção eréctil.(farmacia.com.pt)
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Terapia anti-TNF para a artrite reumatóide pode desencadear psoríase

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Investigadores relataram que continuam a acumular-se evidências de que os fármacos bloqueadores do factor de necrose tumoral (TNF), utilizados para tratar a artrite reumatóide, podem desencadear a psoríase.
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O último estudo, conduzido por investigadores do Reino Unido, acrescentou dados aos relatos de casos individuais de psoríase que ocorreram em pacientes com artrite reumatóide tratados com bloqueadores do TNF.
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A Dra. Kimme L. Hyrich, da Universidade de Manchester, referiu à Reuters Health que os investigadores observaram 25 novos casos de psoríase no grupo de cerca de 10 mil pacientes com artrite reumatóide a receberem terapia com bloqueadores do TNF. Comparativamente, não foi observado nenhum caso de psoríase no grupo de controlo.
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Os investigadores relataram, na “Annals of the Rheumatic Diseases”, que estudaram dados de 9 826 pacientes tratados com bloqueadores do TNF e de 2 880 pacientes tratados com fármacos modificadores da doença reumática (DMARDs).
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Os investigadores, baseando-se nos 25 casos de psoríase, calcularam que a taxa de incidência para o aparecimento de psoríase foi de 1,04 para mil pessoas por ano no grupo dos bloqueadores do TNF.A incidência foi significativamente mais elevada nos pacientes tratados com Humira (adalimumab) do que naqueles que receberam Enbrel (etanercept) ou Remicade (infliximab).
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A Dra. Hyrich salientou que estas descobertas apresentam um paradoxo interessante, uma vez que as terapias com bloqueadores do TNF são muito efectivas no tratamento da psoríase grave e da artrite psoriática. A explicação por detrás destes casos permanece amplamente desconhecida.
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A investigadora referiu que é necessária mais investigação para perceber as suas causas, antes que se possam tirar quaisquer conclusões definitivas, relativamente à associação entre as terapias anti-TNF e a psoríase, ou que sejam emitidas directrizes para o tratamento específico.(farmacia.com.pt)
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Fisioterapia e anti-inflamatórios são o melhor tratamento para dor lombar

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Uma revisão de estudos publicados revelou que a combinação de fisioterapia e fármacos anti-inflamatórios é o tratamento mais efectivo para a dor lombar provocada por doença sintomática lombar degenerativa do disco.
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Os autores da revisão descobriram que, em 90 por cento das pessoas que sofrem de dor lombar, os sintomas desapareciam por si só em três meses e que a maioria destes pacientes recuperava em seis meses.
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Estas descobertas indicam que o tratamento inicial para todos os pacientes com dor lombar, excluindo uma emergência, deve ser não invasivo.
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O investigador principal, o Dr. Luke Madigan, da Clínica Ortopédica de Knoxville, no Tennessee, referiu que, recentemente, a cirurgia de substituição do disco tem sido proposta como uma cura ou tratamento para esta doença.
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Contudo, o Dr. Madigan acrescentou que os resultados a longo prazo dos estudos da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA), relativamente à substituição do disco lombar, ainda estão para ser publicados, pelo que, até lá, é aconselhada precaução.
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O investigador também referiu que a cirurgia para tratar esta doença tem uma taxa de sucesso de 50 a 60 por cento.
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Os investigadores concluíram, na “Journal of the American Academy of Orthopaedic Surgeons”, que os tratamentos não invasivos apresentam um sucesso mais elevado ao ajudarem os pacientes a fortalecer a área danificada e ao prevenirem danos posteriores. Estes tratamentos incluem fisioterapia, fármacos anti-inflamatórios, exercício e a educação do paciente acerca dos mecanismos do corpo, indicando, por exemplo, que se deve flectir as pernas, em vez de se dobrar as costas, quando se quer baixar ou pegar em pesos. (farmacia.com.pt)
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Dieta e exercício físico são benéficos para a síndrome de pernas inquietas

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Investigadores norte-americanos acreditam que alterações simples na dieta e na prática de exercício físico pode ajudar a tratar sintomas da doença.
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Segundo Shilpa Chitnis, professora assistente de neurologia na University of Texas Southwestern Medical Center, nos Estados Unidos, a síndrome de pernas inquietas (SPI) é caracterizada por uma vontade constante de mover as pernas, especialmente quando as pessoas estão sentadas ou deitadas.
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Não existe um teste definitivo para a doença, mas os médicos podem utilizar um historial de sintomas para diagnosticar esta condição que afecta cerca de 10% da população, sendo que 3% delas chega a ter sintomas considerados severos.
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Caso a doença tenha sido diagnosticada, os médicos podem realizar os seguintes testes:
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- Analisar os níveis de ferritina, a mais importante proteína de reserva do ferro, que é encontrada em todas as células, especialmente naquelas envolvidas na síntese de compostos férricos e no metabolismo e na reserva do ferro. Caso seja necessário, os médicos podem prescrever suplementos adequados;
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- Identificar as causas da neuropatia de forma a poderem ser corrigidas;
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- Recolher o historial médico para identificar que medicamentos podem piorar a condição;
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- Recomendar um plano de exercício físico para reduzir os sintomas;
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- Definir uma dieta adequada saudável, incluindo a redução de cafeína;
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- Prescrever medicamentos que possam ajudar a aliviar os sintomas;
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Apesar de não existir um medicamento aprovado especialmente para o tratamento da SPI, são utilizados outros fármacos administrados para outras doenças, nomeadamente: agonistas dopaminérgicos, sedativos, medicações para dor e anticonvulsivantes. Cada substância tem os seus benefícios, limitações e efeitos colaterais, por isso, a escolha da medicação depende da gravidade dos sintomas.
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A primeira escolha para tratar SPI são os agonistas dopaminérgicos, entre eles o pramipexol. Embora esta classe de medicamentos seja utilizada para tratamento da Doença de Parkinson, a SPI não é uma forma desta doença.(farmacia.com.pt)
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Cancro - Falta de equipamentos de radioterapia

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Falta de equipamentos de radioterapia é um dos maiores problemas
Médicos alertam para resultados “sofríveis” no cancro

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O coordenador nacional para as doenças oncológicas, Pedro Pimentel, admite que possa haver situações de doentes que esperam tanto tempo para iniciar o tratamento em radioterapia que têm que voltar a ser operados porque os tumores crescem de novo. Hoje é divulgado um documento subscrito pelos especialistas em oncologia que alerta para os resultados “sofríveis” na área do cancro e para as dificuldades dos doentes no acesso a tratamentos.
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A carta de princípios é assinada pelos presidentes dos colégios de especialidade da Ordem dos Médicos de Oncologia Médica e Radioterapia e pela presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia. Apesar dos progressos identificados, o diagnóstico não é animador: “O nosso país apresenta ainda resultados sofríveis no que se refere ao tratamento de neoplasias malignas, quando consideradas as taxas de mortalidade e de sobrevivência aos cinco anos”.
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O documento destaca ainda “as dificuldades existentes para os doentes no que respeita a alguns meios de diagnóstico e tratamento das neoplasias malignas, como por exemplo a radioterapia ou a anatomia patológica”. Um dos pontos mais críticos é a falta de equipamentos de radioterapia. O alerta sobre a existência de doentes que esperam demasiado tempo pela radioterapia e têm que voltar a ser operados foi deixado pela alta comissária da Saúde, Maria do Céu Machado, numa entrevista ao PÚBLICO.
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Pedro Pimentel admite que este tipo de situações possa ter lugar. Fazendo o ponto da situação, o responsável diz que o actual sistema de encaminhamento de doentes pode estar a aumentar os tempos de espera. Por decisão do Ministério da Saúde (MS), o sistema mudou há dois anos e, em vez de os hospitais sem radioterapia encaminharem directamente para centros privados, têm desde então que os enviar primeiro para centros públicos. Só se estes não tiverem capacidade de resposta podem reencaminhar para privados. “O modelo criado pode dilatar o tempo de espera do doente. É uma situação que necessita de correcção.” Cinquenta a 60 por cento dos doentes com cancro têm indicação para radioterapia.
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Entre o diagnóstico ou cirurgia e a radioterapia não devem passar mais de três a quatro semanas, refere Helena Gervásio, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia. E se os prazos são cumpridos em alguns hospitais, “tudo depende das instituições”, remata. Ao mesmo tempo, números oficiais do ano passado davam conta de doentes com cancro que chegavam a aguardar quatro meses por uma intervenção cirúrgica, apesar de o tempo médio de espera estar a diminuir.
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Há outro problema, sublinha Helena Gervásio. Como não está definido que hospitais podem tratar doentes com cancro e com que critérios, algumas unidades fazem-no sem ter capacidade técnica. A médica refere a situação de doentes operados em hospitais distritais ou clínicas privadas pequenas. “Há doentes que já nos chegam operados. Lutamos para que [isto] não aconteça. Seja qual for o caso, deve ser primeiro estudado por uma equipa multidisciplinar.” É por isso que quando lhe perguntam se um doente oncológico português tem acesso ao mesmo tratamento que um inglês ou francês a médica responde: “Depende do sítio onde está a ser tratado e da equipa”.
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Redução de unidades
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Outra das falhas apontadas no documento passa pela “falta de uniformidade nas práticas das instituições que diagnosticam e tratam doentes” e pela fragmentação. A este respeito, Jorge Espírito Santo, presidente do colégio da especialidade de Oncologia, diz que “actualmente há cerca de 70 hospitais a tratar cancro. Tem que haver alguma redução”, admite.
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Pedro Pimentel aponta a radioterapia como “uma área crítica porque exige investimentos significativos que exigem tempo para serem montados”. “Há um claro défice de equipamentos” e o plano é duplicá-los até 2020 mas, enquanto isso, “deve ser repensado o modelo actual [de encaminhamento]”, refere o médico, que diz já ter alertado o MS.
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Maria Emília Pereira, presidente do colégio da especialidade de Radioterapia, reconhece que há listas de espera para radioterapia nalguns hospitais públicos. Mas frisa que os doentes são tratados. Já Rui Rodrigues, que dirige a unidade privada de radioterapia do Hospital Cuf Descobertas (que deixou de receber doentes dos hospitais públicos após a saída da circular do MS), traça um panorama mais preocupante. “Há listas de espera e deverá haver milhares de doentes a quem está a ser sonegado o tratamento”, avisa.
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Se se tiver em conta a disponibilidade de equipamentos (há 24 aparelhos nos hospitais públicos e 16 nos privados, quando as recomendações internacionais apontam para um mínimo de cinco aparelhos por milhão de habitantes), percebe-se que o défice é grande. A agravar, alguns aparelhos necessitam de ser substituídos, porque têm mais de dez anos. Tendo em conta a incidência do cancro na Europa, Rui Rodrigues estima que o número de doentes com indicação para radioterapia deverá oscilar entre os 25 e os 30 mil, quando actualmente são submetidos a este tratamento apenas cerca de 18 mil em Portugal. “O que acontece aos outros?”(Público)
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

U.E. aprova medicamento não sujeito a receita médica para combater obesidade

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Comprimidos à venda ainda este ano
União Europeia aprova medicamento não sujeito a receita médica para combater obesidade

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Os comprimidos de 60 miligramas de orlistato estarão à venda nas farmácias portuguesas ainda no primeiro trimestre deste ano. É o primeiro medicamento para perder peso sem receita médica no mercado europeu.
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O medicamento sem receita médica recebeu agora autorização para ser libertado no mercado dos 27 países membros da UE o que deverá acontecer nos próximos mesesa. O orlistato está indicado para o combate da obesidade actuando no sistema digestivo e impedindo a absorção da gordura e há já cerca de dez anos está disponível como tratamento em doses de 120 miligramas, sujeito a receita médica.
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A farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) anunciou hoje que recebeu autorização para apresentar o orlistato 60 miligramas “a adultos com um IMC de 28 kg/m ou superior”. Segundo defendem, os ensaios clínicos demonstraram que, quando associado a uma dieta baixa em calorias e com menos gordura, o orlistato 60 miligramas pode ajudar a perder 50% mais de peso do que se estivesse só a fazer dieta. Desde 2007 que é possível comprar as pílulas de 60 miligramas de orlistato nos Estados Unidos da América.
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O laboratório acrescenta que “o perfil de segurança e eficácia do orlistato está bem documentado e foi estabelecido com base em dados de mais de 100 estudos clínicos”. Como todos os fármacos, a toma deste medicamento pode ter efeitos secundários que passam por gases e outras perturbações intestinais ligeiras. Porém, estudos anteriores já associaram este princípio activo a alguns efeitos secundários mais graves. Dois estudos realizados no Canadá e na Dinamarca, divulgados em 2007, revelaram que três medicamentos usados para emagrecer aumentam o risco de reacções adversas do foro psiquiátrico, como a depressão e a ansiedade. Dois deles – a Sibutramina e o Orlistato (na dose de 120 miligramas) – são comercializados em Portugal mediante a apresentação de receita médica. Em Fevereiro de 2007 a GSK fechou um acordo com a Roche (que comercializa o orlistato 120 miligramas) que a autoriza a comercializar a versão de 60 miligramas sem receita.
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Os especialistas defendem que a terapêutica farmacológica só está indicada quando as alterações do estilo de vida não resultam. (Público - Peso & Medida)
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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Plantas e flores ajudam a acelerar recuperação após cirurgia

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Investigadores norte-americanos confirmaram os efeitos benéficos das plantas e flores para os pacientes a recuperar de uma cirurgia abdominal.
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Os investigadores Seong-Hyun Park e Richard H. Mattson, da Universidade Estatal do Kansas, referiram que existem fortes evidências de que o contacto com plantas é directamente benéfico para a saúde do paciente hospitalizado.
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Os investigadores estudaram 90 pacientes a recuperar de uma apendicectomia, ou seja, uma intervenção cirúrgica para extrair o apêndice. Os pacientes foram aleatoriamente distribuídos por quartos de hospital com ou sem plantas, durante o período de recuperação pós-operatório, tendo sido recolhidos dados relativamente à duração da hospitalização, administração de fármacos para o controlo da dor pós-operatória, sinais vitais, pontuação da intensidade da dor, inquietação, fadiga, ansiedade e satisfação com o quarto.
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O estudo, publicado na “HortTechnology”, descobriu que os pacientes que tinham plantas nos seus quartos apresentaram significativamente menos ingestões de medicação para as dores; mais respostas fisiológicas positivas – pressão sanguínea e taxa cardíaca mais baixas; menos dores, ansiedade e fadiga; e maior satisfação com os seus quartos durante a recuperação, em comparação com o grupo de controlo.
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O estudo sugere que as plantas em vasos oferecem o maior benefício, em oposição às flores cortadas, devido à sua longevidade. O pessoal de enfermagem relatou que, à medida que os pacientes recuperavam, estes começavam a demonstrar interacção com as plantas, incluindo regá-las, apará-las e movê-las para um sítio melhor ou mais iluminado.
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As plantas de interior tornam o ar mais saudável e fornecem um óptimo ambiente interior ao aumentar a humidade e ao reduzir a quantidade de esporos de bolor e de germes no ar, acrescentaram os investigadores.(farmacia.com.pt)
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Dieta rica em gorduras pode afectar o ritmo biológico

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Investigadores revelaram que outra razão para se evitar uma dieta rica em gorduras é o facto desta poder perturbar o ritmo circadiano do organismo, ou seja, o período de 24 horas que regula os ciclos de actividade e repouso.
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O Dr. Oren Froy, do Instituto de Bioquímica, Ciência Alimentar e Nutrição da Universidade Hebraica de Rehovot, em Israel, referiu que o relógio biológico regula a expressão e/ou a actividade de enzimas e hormonas envolvidas no metabolismo, e que a perturbação do relógio biológico pode levar a fenómenos como o desequilíbrio hormonal, a obesidade, os distúrbios psicológicos e do sono e o cancro.
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Embora a luz seja o maior factor que afecta o ritmo circadiano, os investigadores demonstraram, nas suas experiências com ratos de laboratório, que existe uma relação de causa-efeito entre a dieta e o desequilíbrio do relógio biológico.
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Os investigadores alimentaram os ratos com uma dieta baixa em gorduras ou com uma dieta rica em gorduras, seguida por um dia de jejum, tendo então medido os componentes do caminho metabólico da adiponectina, segregada pelo tecido adiposo e envolvida no metabolismo da glicose e dos lípidos, em vários níveis de actividade.
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Nos ratos da dieta baixa em gorduras, os componentes de sinalização da adiponectina exibiram ritmicidade circadiana normal. A dieta rica em gorduras resultou num atraso de fase.
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O estudo, que irá ser publicado na “Endocrinology”, sugere que uma dieta rica em gorduras poderá contribuir para a obesidade, não só pelo seu elevado conteúdo calórico, mas também pelo facto de perturbar as fases e o ritmo diário do relógio dos genes. (farmacia.com.pt)
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Dieta para emagrecer reduz resistência à gripe

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Estudo norte-americano sugere que fazer regime durante o Inverno pode afectar a habilidade do organismo combater o vírus da gripe.
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A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade Estadual do Michigan, Estados Unidos, que através de estudos realizados em testes de laboratório descobriram que aqueles que tinham sido submetidos a uma dieta com poucas calorias tiveram maior dificuldade em debelar a infecção comparativamente aos que haviam sido colocados com uma dieta normal.
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De acordo com os investigadores, mesmo os ratos submetidos à dieta especial que receberam uma quantidade adequada de vitaminas e minerais não tinham conseguido produzir a quantidade de glóbulos brancos do sistema imunológico necessárias para combater uma infecção.
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Para além de uma probabilidade superior da vítima morrer devido à contaminação por vírus, os ratos que consumiam cerca de 40% das calorias fornecidas aos submetidos com uma dieta normal levaram mais tempo a recuperar, perderam mais peso e tiveram outros sintomas de saúde precária.
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“A nossa pesquisa mostra que ter um organismo disposto a combater um vírus leva a uma recuperação mais rápida e efeitos menos severos do que se ele tiver calorias restringidas”, afirmou Elizabeth Gardner, autora do estudo.(farmacia.com.pt)
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Boa forma física: Um passo não dispendioso de cada vez

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A falta de dinheiro não tem necessariamente de ser um impeditivo para a realização das resoluções de Ano Novo relacionadas com o exercício e a forma física, uma vez que, por exemplo, caminhar ou correr são actividades essencialmente livres de custos.
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A Dra. Melina Jampolis refere que caminhar é uma forma efectiva para se ficar em forma e que, para ganhar motivação extra, as pessoas podem até arranjar um grupo para caminhar e também um pedómetro preciso, especialmente um que seja fácil de colocar num bolso ou mochila, para monitorizar os progressos.
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A Dra. Jampolis apresenta vários conselhos para as pessoas que querem praticar caminhadas:
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- Não são necessárias roupas sofisticadas para caminhar. Podem-se utilizar roupas que já se tenha. No tempo frio deve-se utilizar uma camada interior de tecido absorvente que mantém a humidade longe da pele, uma camada isoladora, tal como um tecido polar ou lã, para se manter quente e um casaco de Inverno com capuz.
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- Acrescentar música. Investigações demonstram que adicionar música a uma rotina de caminhar pode ajudar as pessoas a manterem-se motivadas. Isto é especialmente útil para as caminhadas em espaços interiores.
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- Beber muita água antes, durante e após a caminhada. As bebidas desportivas dispendiosas ou as águas especiais acrescentam calorias, são mais caras e são desnecessárias para o praticante de exercício de nível mediano.
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- Antes de se começar a praticar exercício físico deve-se ainda procurar o aconselhamento médico, de forma a assegurar que se está saudável para praticar exercício e que não existe nenhuma contra-indicação. (farmacia.com.pt)
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Exercício pode não ajudar a perder peso

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Investigadores norte-americanos confirmam o que muitos dietistas têm vindo a afirmar, dizendo que a actividade física não ajuda as pessoas a perder peso.
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Os investigadores compararam análises feitas em mulheres afro-americanas residentes nos Estados Unidos com mulheres africanas da Nigéria. Em média, as mulheres dos Estados Unidos pesavam 83kg, e as da Nigéria 58kg.
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Foram estudadas 149 mulheres provenientes de duas aldeias na Nigéria, e 172 mulheres de Chicago.
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Consoante o tamanho do corpo, as mulheres de Chicago "queimavam" em média 760 calorias por dia através da actividade física, e as da Nigéria 800 calorias, uma diferença que, segundo os investigadores, não era significativa.
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"A diminuição de actividade física pode não ser o primeiro sinal de uma epidemia de obesidade", afirmou a nutricionista Amy Luke. "Gostavamos muito de afirmar que a actividade física era muito positiva no controlo do peso, mas não parece ser esse o caso", acrescentou.
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A nutricionista afirmou que a dieta pode explicar a diferença entre as mulheres. A dieta das nigerianas era fica em fibra e hidratos de carbono e pobre em gordura e proteína animal, mas a das residentes nos Estados Unidos era 40 a 45% de gorduras e rica em alimentos processados.
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No entanto, os investigadores acrescentam que a prática de exercício física queima mais calorias, mas também compensa com o consumo de mais comida. (farmacia.com.pt)
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Framboesas pretas ajudam a inibir crescimento do cancro

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Investigadores norte-americanos revelaram que os antocianinos, uma classe de flavonóides presentes nas framboesas pretas, ajudaram a inibir o crescimento do cancro do esófago em ratos de laboratório.
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O Dr. Gary D. Stoner, do Centro Oncológico da Universidade Estatal do Ohio, alimentou os ratos com um extracto rico em antocianinos de framboesa preta e descobriu que o extracto era quase tão efectivo, na prevenção do cancro do esófago em ratos, como as framboesas pretas inteiras contendo a mesma concentração de antocianinos.
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Este estudo, publicado na “Cancer Prevention Research”, demonstra a importância dos antocianinos como agentes preventivos existentes nas framboesas pretas e valida descobertas “in vitro” semelhantes.
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De acordo com o Dr. Stoner, os dados fornecem fortes evidências de que os antocianinos são importantes na prevenção do cancro.
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Os investigadores concluíram ensaios clínicos utilizando pó de bagas inteiras, que têm apresentado resultados promissores, mas que requerem que os pacientes ingiram cerca de 60 gramas de pó por dia.
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O Dr. Stoner acrescentou que, agora que se sabe que os antocianinos presentes nas bagas são quase tão activos como as próprias bagas inteiras, se espera que seja possível prevenir o cancro nos humanos através da utilização de uma mistura estandardizada de antocianinos.(farmacia.com.pt)
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Um passeio por dia pode ajudar a melhorar a função cerebral

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Investigadores da Universidade de Calgary, no Canadá, descobriram que as mulheres idosas que estão mais em forma fisicamente têm uma melhor função cognitiva.
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O estudo, publicado na revista científica internacional “Neurobiology of Aging”, descobriu que a boa forma física ajuda a função cerebral a estar no seu melhor, porque a actividade física beneficia o fluxo sanguíneo no cérebro e, como resultado, ajuda as capacidades cognitivas.
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De acordo com o Dr. Marc J. Poulin, ser sedentário é agora considerado como um factor de risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e demência. Este estudo prova, pela primeira vez, que as pessoas que estão em forma têm um melhor fluxo sanguíneo para o cérebro. As descobertas também demonstram que um melhor fluxo sanguíneo cerebral se traduz numa cognição melhorada.
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O estudo comparou dois grupos de mulheres de Calgary, com uma média de 65 anos, sendo que algumas participavam em actividades aeróbicas regulares e outras eram inactivas.
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Os investigadores descobriam que o grupo activo, em comparação com o inactivo, tinha uma pressão sanguínea arterial em repouso e em exercício 10 por cento mais baixa, respostas vasculares no cérebro 5 por cento mais elevadas, durante o exercício sub-maximal e quando os níveis de dióxido de carbono no sangue estavam elevados, e pontuações de função cognitiva 10 por cento mais elevadas.
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O Dr. Poulin sublinhou que algo tão simples como sair todos os dias para dar um passeio é crucial para nos mantermos mentalmente alerta e continuarmos saudáveis à medida que envelhecemos.
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Novo fármaco mais efectivo na prevenção de vómitos devido a quimioterapia

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Novas investigações demonstram que o fármaco antiemético (contra as náuseas) de segunda geração, o palonossetrom, apresenta vantagens, em relação ao seu antecessor, o granissetrom, na prevenção de náuseas e vómitos induzidos por quimioterapia.
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Alguns regimes de quimioterapia têm uma elevada probabilidade de induzir vómitos graves, tanto imediatamente como depois de 2 a 5 dias (fase retardada).
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O Dr. Mitsue Saito e colegas, do Hospital Universitário de Juntendo, em Tóquio, relataram que o novo fármaco, o palonossetrom (comercalizado como Aloxi), é comparável ao antigo agente, o granissetrom (comercalizado como Kytril ou em diversas versões genéricas), na prevenção dos vómitos na fase imediata, sendo superior na fase retardada.
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O estudo, publicado na “Lancet Oncology”, envolveu 1.143 pacientes que receberam aleatoriamente uma única dose de palonossetrom ou de granissetrom 30 minutos antes do tratamento com quimioterapia.
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Os investigadores explicaram que o resultado principal foi a proporção de pacientes que não experienciaram qualquer episódio de vómitos durante a fase imediata (zero a 24 horas após a quimioterapia) e a fase retardada (24 a 120 horas após a quimioterapia).
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Os vómitos na fase inicial foram completamente evitados em 75,3 por cento dos pacientes que receberam palonossetrom e em 73,3 por cento dos que receberam granissetrom. Durante a fase retardada, a taxa de prevenção completa foi significativamente mais elevada no grupo que recebeu palonossetrom com 56,8 por cento, em comparação aos 44,5 por cento do grupo do granissetrom.
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O principal efeito secundário relacionado com o tratamento foi a obstipaçao, que ocorreu em 17,4 por cento dos pacientes tratados com palonossetrom e em 15,7 por cento daqueles tratados com granissetrom.(farmacia.com.pt)
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Cereais de aveia podem ajudar a controlar diabetes

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Investigadores escoceses vão procurar determinar se os efeitos secundários da diabetes tipo 2 podem ser controlados através de uma dieta rica em cereais ricos em aveia.
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O governo escocês vai financiar um estudo com a duração de 16 semanas efectuado em 60 voluntários, estudo esse que será conduzido por investigadores provenientes de Inverness e Aberdeen.
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O estudo foi organizado por investigadores da University of the Highlands and Islands, a Universidade de Aberdeen e o Instituto Rowett.
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"O objectivo é o de desenvolver novos planos de dieta que possam vir a contribuir para o controlo da diabetes, adiar o uso de medicamentos para controlar os níveis de açúcar no sangue, e potencialmente reduzir o risco de complicações derivadas da doença", afirmou Sandra MacRury, professora no departamento de diabetes e ciência cardiovascular.
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A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.
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Nos adultos, a diabetes é, geralmente, do tipo 2, manifestando-se através de vários sintomas, como urinar em grande quantidade e frequentemente, especialmente durante a noite (poliúria), ter sede constante e intensa (polidipsia), fome constante e difícil de saciar (polifagia), fadiga, comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais e visão turva.(farmacia.com.pt)
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