domingo, 14 de setembro de 2008

Vergonha ainda impede análise à próstata

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Saúde: Quatro mil novos casos e 1600 mortes anuais por cancro
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Em Portugal surgem por ano entre três a quatro mil novos casos de cancro da próstata, a doença oncológica que mais mortes provoca no homem: entre 1400 a 1600 anualmente. Doenças e mortes evitáveis se os homens perdessem a vergonha e fizessem o despiste da doença junto do médico, antes mesmo dos sintomas, e enquanto ainda existem mais hipóteses de tratamento eficaz.
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O alerta para a necessidade de fazer o despiste da doença surge na véspera do Dia Europeu das Doenças da Próstata, que se assinala amanhã, uma data que chama ainda a atenção para a incontinência e disfunção eréctil.
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O médico urologista Tomé Lopes, vice-presidente da Associação Portuguesa de Urologia, admite ao CM que muitos homens ainda sentem vergonha e não fazem o exame à próstata. "Sentem-se inibidos porque, apesar de ser um exame genital muito simples e necessário, implica o toque rectal e muitos não gostam", justifica o clínico.
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Segundo o especialista, os tratamentos são ma is eficazes quanto mais cedo e em fase inicial for detectada a doença. Um dos tratamentos mais recentes é a braquiterapia – colocação de sementes radioactivas no tumor –, uma técnica terapêutica que não é comparticipada pelo Serviço Nacional de Saúde e é suportada totalmente pelo doente. Pode ascender aos 15 mil euros, dependendo do número de sementes a colocar.
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Segundo Tomé Lopes, este tratamento não tem indicação clínica universal, apenas um número muito seleccionado de doentes se pode submeter, passando os critérios pela idade (não pode ser muito jovem) e o tipo de tumor. Outros tratamentos incluem a cirurgia, com remoção da próstata, e radioterapia. (Correio da Manhã)
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