sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Vacina contra meningite só acessível aos mais ricos

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Vacina contra meningite só acessível aos mais ricos
CDS-PP considera "insultuoso" adiar a inclusão da Prevenar no Plano Nacional de Vacinação
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Apesar da opinião consensual dos especialistas em relação à importância de administrar nas crianças a vacina contra a meningite, a introdução da Prevenar no Plano Nacional de Vacinação continua sem data marcada.
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Se as infecções que a Prevenar evita são susceptíveis de serem contraídas por todos, a vacina pneumocócica propriamente dita - disponível no mercado desde Junho de 2001 - é acessível apenas a alguns: aos que têm capacidade financeira. Cada dose custa cerca de 75 euros e a posologia recomendada implica quatro doses, o que perfaz 300 euros. O custo, aproximado ao do salário mínimo nacional (426 euros), significa que as famílias mais pobres não conseguem proteger as suas crianças. "Algumas fazem empréstimos para conseguir adquirir a vacina", confessou um farmacêutico ao JN.
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Para eliminar esta desigualdade no acesso à saúde, o grupo parlamentar do CDS-PP propôs a inclusão da vacina no PNV a partir de Janeiro de 2009. E recomendou ao Governo que, até lá, a vacina seja comparticipada pelo escalão C, implicando uma subtracção ao preço de 37%. A ser aceite, cada dose custaria 47,25 euros.
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No entanto, em resposta à proposta centrista, o Ministério da Saúde argumentou que existe disparidade entre o preço que o Estado estará disposto a pagar e o valor proposto pelo laboratório Wyeth. O valor terapêutico em termos de racio custo/efectividade foi, em 2001, de 48,56 euros e a empresa propôs 71,88 euros.
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Ao JN, a Wyeth afirmou que, por duas vezes (2001 e 2006), submeteu ao Infarmed o pedido de comparticipação de 40%. E garante que "até hoje, nunca recebeu formalmente qualquer solicitação de preço por parte do Estado para aquisição da Prevenar".
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Teresa Caeiro considera "insultuoso" o protelamento da inclusão da vacina no PNV. Para a deputada centrista, "não faz sentido esperar por uma vacina mais polivalente" - argumento também usado pela tutela -, "nem ignorar que a Prevenar é unanimemente reconhecida pela sua eficácia".
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Contactado pelo JN, o Ministério da Saúde remeteu a resposta para a Direcção-Geral de Saúde que, por sua vez, afirmou não existir qualquer avanço. "A comissão técnica continua a reunir periodicamente e a fazer o ponto da situação à senhora ministra." (Jornal de Notícias - Helena Teixeira dfa Silva)
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