quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Hipertensão fatal para as grávidas

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Saúde:
Doença não controlada é a principal causa da mortalidade materna
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O aparecimento da hipertensão durante a gravidez, sem controlo clínico, é em Portugal a principal causa de morte das mulheres grávidas. Porém, a mortalidade materna no nosso país é considerada das mais baixas do Mundo.
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Por ano regista-se uma média de cinco óbitos por cem mil partos. Nascem em média 103 mil bebés todos os anos.
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Luís Graça, presidente do Colégio da Especialidade de Ginecologia-Obstetrícia da Ordem dos Médicos, afirma ao CM que a mortalidade materna em Portugal é das mais baixas a nível mundial. "É das melhores do Mundo. Num ano podem morrer três grávidas, noutro ano cinco ou seis, por cada cem mil partos anuais." A média nos países da OCDE ronda as oito a nove mortes por cem mil nascimentos por ano.
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Segundo o especialista, a hipertensão arterial pode surgir na gravidez, pelo que é indispensável a mulher ser vigiada clinicamente para se controlar tanto a sua saúde como a do bebé. Deve ir às consultas e fazer análises e exames sempre que recomendados.
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Enquanto Portugal regista uma baixa taxa de mortalidade, outros países apresentam dados mais preocupantes. Um relatório da UNICEF, divulgado ontem, revela que mais de meio milhão de mulheres morre anualmente em todo o Mundo devido a complicações durante a gravidez ou no momento do parto e dez milhões sofrem lesões, infecções, doenças ou deficiências, muitas evitáveis.
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O relatório afirma que mais de 99 por cento de todas as mortes relacionadas com a maternidade ocorre nos países em desenvolvimento, das quais 84 por cento nos países da África subsariana e no Sul da Ásia.
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A hemorragia é a causa de morte mais comum, especialmente em África (34 por cento) e na Ásia (31 por cento). Seguem-se as infecções, como a sepsia – trata-se de uma intoxicção generalizada do organismo – e a anemia. (Correio da Manhã)
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