sábado, 7 de fevereiro de 2009

Tratamento precoce para diabetes é vital para boa saúde a longo prazo

Photo credits: duisburgbunny
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Os pacientes com diabetes que recebem tratamento intensivo com fármacos, logo após o diagnóstico, são mais saudáveis quando envelhecem, mesmo se forem menos rigorosos com o controlo do açúcar no sangue mais tarde, segundo investigadores britânicos.
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Isto significa que pode ser importante a prescrição de fármacos para a diabetes inicialmente, mesmo para pacientes recentemente diagnosticados com diabetes tipo 2, em vez de tentar que estes sigam primeiro uma dieta e exercício físico.
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De acordo com o investigador principal, Rury Holman, da Universidade de Oxford, agora sabe-se que um bom controlo da glicose, desde que a diabetes tipo 2 é diagnosticada, não só reduz a taxa de complicações diabéticas, mas também que esta intervenção precoce leva a benefícios sustentados a longo prazo.
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Os novos resultados do estudo de grande escala, em progresso desde 1998, publicados na "New England Journal of Medicine", demonstraram que os efeitos protectores de um melhor controlo da glicose inicialmente permaneceram após 10 anos para o olho diabético e doença renal.
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Os pacientes que receberam fármacos genéricos da classe das sulfonilureias, para baixar o açúcar no sangue para níveis desejáveis, apresentaram uma redução de 15 por cento do risco de ataques cardíacos e tiveram menos 13 por cento de probabilidade de morrer, em comparação com os voluntários que controlaram a diabetes maioritariamente com uma dieta rigorosa.~
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O impacto foi maior nos pacientes a tomar metformina, que tiveram uma redução de 33 por cento do risco de ataques cardíacos e tiveram menos 27 por cento de probabilidade de morrer do que aqueles no grupo da dieta.
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Os investigadores também descobriram que baixar a pressão sanguínea é importante para minimizar as complicações da diabetes, mas ao contrário do açúcar no sangue, os benefícios não aumentam com o tempo.
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Na diabetes tipo 2, o organismo perde gradualmente a capacidade de utilizar convenientemente a insulina para converter os alimentos em energia. Os níveis de açúcar disparam, o que pode danificar os olhos e rins, e provocar doença cardíaca, acidente vascular cerebral e amputações de membros.
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Estima-se que a doença afecte 246 milhões de adultos a nível mundial, sendo responsável por 6 por cento de todas as mortes globais. A diabetes tipo 2 corresponde a cerca de 90 por cento de todos os casos de diabetes e está intimamente ligada à obesidade e inactividade física.
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Uma dieta muito rigorosa e exercício físico vigoroso, regular e sustentado pode reverter a diabetes tipo 2, mas isto pode ser difícil para muitas pessoas.(farmacia.com.pt)
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1 comentário:

Anónimo disse...

A lógica das indústrias médica e farmacêutica, e dos investigadores que as servem, ao recomendarem "tratamento intensivo com fármacos (...) em vez de tentar que estes sigam primeiro uma dieta e exercício físico", é puramente economicista e nada tem de científico ou clínico. Continuar a recomendar à população diabética, e mesmo à restante popluação, a ingestão de 50-60% da energia diária através de hidratos de carbono, é a melhor forma de a manter presa a um sistema que se alimenta unicamente da doença, sem se interessar pela sua prevenção ou cura. Deixo a sugestão de lerem este artigo: http://www.canibaisereis.com/2008/12/16/hba1c-valores-para-diabeticos/