Segundo investigadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, grande parte dos pacientes que foram submetidos a um transplante de coração acabam por desenvolver múltiplos cancros de pele.
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Durante 19 anos foram acompanhados 312 pacientes com uma média de idades de 47,4 anos e que receberam transplantes entre 1988 e 2006, tendo os especialistas constatado que 46% deles acabavam por desenvolver cancro da pele no período avaliado.
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O estudo revelou que esses pacientes tinham uma propensão maior a desenvolver carcinoma de células escamosas caso tivessem tido outro tipo de cancro após o transplante, se fossem mais velhos ou apresentassem causas conhecidas de insuficiência cardíaca. Para além disso, outros factores como infecção com herpes, ser idoso e utilizar o fármaco micofenolato para suprimir o sistema imunológico foram associados a um risco superior de carcinoma de células basais.
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Os autores do estudo fizeram questão de referir que, apesar do tumor ter um peso considerável, a taxa de morte devido a cancro da pele foi surpreendentemente reduzida, tendo apenas um paciente falecido devido a um melanoma.
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"Muitos pacientes submetidos ao transplantes de coração têm numerosos cancros de pele. Práticas vigilantes de protecção ao sol, educação sobre o cancro de pele e exames regulares da pele são intervenções apropriadas nesses pacientes de alto risco", concluíram os investigadores.(farmacia.com.pt)
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