segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Vitamina C pode ser útil no tratamento do cancro

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A vitamina C poderá ser útil no tratamento do cancro, segundo um estudo norte-americano, no qual injecções de elevadas doses desta vitamina reduziram grandemente a taxa de crescimento tumoral em ratos.
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A teoria de que a vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, poderia ser utilizada no tratamento do cancro foi avançada nos anos 70 pelo cientista norte-americano Linus Pauling, que ganhou o Prémio Nobel da Química em 1954. A noção era controversa e estudos subsequentes falharam a demonstração do benefício. Contudo, esses estudos envolveram a administração oral de vitamina C.
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O novo estudo de investigadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publicado na "Proceedings of the National Academy of Sciences", envolveu injecções de vitamina C para permitir maiores concentrações desta para entrar no sistema.
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Os investigadores implantaram três tipos de células cancerígenas agressivas nos ratos de laboratório: tumores ováricos, pancreáticos e glioblastomas. Os ratos que receberam injecções com elevadas doses de vitamina C apresentaram um crescimento do tumor de cerca de metade do que os ratos que não receberam as injecções.
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De acordo com o investigador principal, o Dr. Mark Levine do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (Estados Unidos), a descoberta chave é que isto é a utilização do ácido ascórbico como fármaco e parece promissor no tratamento de alguns cancros.
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Os investigadores acreditam que as elevadas quantidades de ácido ascórbico geram peróxido de hidrogénio no organismo que actua contra as células cancerígenas.
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Segundo o Dr. Levine, parece que o peróxido de hidrogénio leva à morte de algumas células cancerígenas e não parece danificar as células normais, mas não se sabe a razão pela qual isto acontece.
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O Dr. Levine referiu que num estudo clínico recente no Canadá, no qual ele esteve envolvido, demonstrou que semelhantes doses elevadas de vitamina C podem ser injectadas em pessoas com efeitos secundários mínimos.
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Agora, o próximo passo será iniciar estudos para testar se isto funciona em humanos, acrescentou o Dr. Levine. (Farmacia.com.pt)
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