domingo, 10 de agosto de 2008

Países ricos não ajudam no combate à SIDA

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A 17.ª Conferência Internacional sobre sida terminou, chamando à atenção dos países ricos para o facto de não estarem a assumir os seus compromissos em relação ao financiamento do "acesso universal" ao tratamento da doença.
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Tendo congregado durante uma semana, na cidade do México, cerca de 21.000 delegados, três mil jornalistas e mais de 55 milvisitantes, a conferência - a primeira desta natureza realizada na América do Sul - apela também a toda a gente para que deixe de estigmatizar os seropositivos.
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Há dois anos, a conferência (realizada em Toronto) terminou com outro pedido dirigido ao grupo do G8 - entidade económicopolítica formada pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e o Reino Unido (antigo G7) mais a Rússia -, para que cumprisse as promessas que tinha feito para combater a sida/VIH, uma doença que tem 33 milhões de pessoas infectadas em todo o Mundo.
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Em 2005, o G8 fixara, como objectivo, a garantia, em 2010, do "acesso universal" (a tratamentos, cuidados e programas preventivos) ao processo da cura da sida. Todavia, "estamos muito preocupados que, a menos de dois anos da data fixada, os líderes do G8 só tenham alocado pouco mais de um terço dos recursos que prometeram", declarou na sexta-feira Michel Kazatchkine, director executivo do Fundo Mundial para a Luta contra a sida/VIH. No universo das pessoas infectadas, 10 milhões precisam de tratamento, mas apenas um terço deste número tem acesso ao processo.
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Prevê-se um aumento de custos - o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH (ONUSIDA) fala em cerca de 55 mil milhões de euros em 2015 -, atendendo também à progressiva alteração de medicamentos que se tornaram ineficientes.
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Os países mais afectados são os da África subsahariana, onde a doença é a principal causa de morte (dois terços dos infectados). Na África do Sul, Botswana e Zimbawe, cerca de 20% da população está doente. A ONU calcula que, em 2007, a sida tenha matdo 2,1 milhões e infectado outros 2,5 milhões. (Jornal de Notícias)
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