sexta-feira, 11 de julho de 2008

Dieta rica em gorduras pode prejudicar pós-operatório do cancro da próstata

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Estudo nos EUA
Dieta rica em gorduras pode prejudicar pós-operatório do cancro da próstata

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O avanço do cancro da próstata pode sofrer um impulso se o paciente seguir uma dieta rica em gorduras saturadas. Um estudo do M. D. Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, que acompanhou homens a quem as próstatas cancerosas foram removidas (prostatectomia), verificou que os pacientes que consumem quantidades mais elevadas de gorduras saturadas – essencialmente bifes, hambúrgueres, queijo, gelados, molhos de saladas e maionese – correm risco redobrado de sofrerem uma regressão na doença após a cirurgia, em comparação com os homens que consomem menos gorduras.
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“A dieta seguida antes da cirurgia, em especial com gorduras saturadas, pode modelar a recuperação do paciente após a operação”, disse à Reuters Sara S. Strom, membro da equipa de investigadores que, no estudo, também verificou que a taxa de sobrevivência após a prostatectomia é menor em homens que consomem mais gorduras saturadas.
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Para chegarem a estas conclusões, publicadas no “International Journal of Cancer”, os investigadores recorreram a questionários nutricionais para acompanhar o consumo de gorduras de 390 homens nos doze meses que antecederam as respectivas cirurgias. Foram também estudados os históricos médicos dos pacientes e das suas famílias para detectar outros factores que pudessem influenciar a recuperação no pós-operatório.
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Todos os 390 homens eram caucasianos e tinham idades à volta dos 60 anos. Diariamente consumiam entre 600 e 5000 calorias: 293 obtinham cerca de 10 por cento da energia diária a partir de gorduras saturadas, enquanto nos restantes essa taxa era de 14 por cento. Homens obesos com consumo elevado de gorduras saturadas registaram o menor tempo de sobrevivência livre de cancro (19 meses), enquanto os que comiam poucas gorduras viveram em média 42 meses livres de cancro. Esta diferença foi verificada também nos homens não obesos: 29 meses para os que consumiam mais gorduras saturadas, 46 meses para os restantes.
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Sara S. Strom defende que sejam aprofundados os estudos sobre as ligações entre as dietas no pós-operatório e a progressão das doenças nesse período. (Publico - Peso & Medida)
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