terça-feira, 22 de julho de 2008

Novo medicamento combate cancro da próstata mais agressivo

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Investigadores ingleses
Novo medicamento combate cancro da próstata mais agressivo

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Investigadores ingleses desenvolveram um novo medicamento que está a ter resultados satisfatórios contra o cancro mais agressivo da próstata. O químico inibe as hormonas que alimentam o cancro, e os resultados dos primeiros testes mostram uma regressão dos tumores.
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“Acreditamos que demos um passo muito importante no tratamento de cancros da próstata terminais”, disse Johann de Bono do “Institute of Cancer Research”, líder do grupo de investigação.
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Já se sabia que as hormonas sexuais eram o principal alimento deste tipo de cancro, por isso muitos tratamentos passavam pela inibição da produção da hormona nos testículos. Mesmo assim, o tratamento com quimioterapia não dava mais de 18 meses de vida aos pacientes.
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O que os cientistas descobriram foi que o cancro pode utilizar as hormonas sexuais vindas de vários tecidos do corpo, incluindo as hormonas que o próprio tumor produz. O novo medicamento, chamado Abiraterone, bloqueia a produção de todas estas hormonas.
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Segundo os investigadores, o químico pode tratar potencialmente 80 por cento dos pacientes que tenham esta forma de cancro. Em Inglaterra, 10.000 homens são afectados pelo cancro da próstata mais agressivo e a maioria não sobrevive.
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Os resultados mostraram que os tumores diminuíram, e houve descida do nível de uma proteína chave que é produzida pelo tumor, na maior parte dos pacientes. Muitos doentes reportaram que têm uma vida melhor e alguns deles deixaram de tomar morfina para as dores.
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Pensa-se que o fármaco possa ajudar pacientes com outros tipos de cancro, como por exemplo o cancro da mama.
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Fazer o balanço
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O estudo foi publicado na revista científica “Journal of Clinical Oncology” e descreve os primeiros resultados dos testes feitos a 21 homens com a doença. Já existe informação da resposta ao medicamento em mais 250 indivíduos em todo o mundo, e está a decorrer um teste maior em 1200 pacientes.
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Neste momento, nenhum paciente tomou a droga durante mais do que dois anos e meio, por isso ainda não se sabe quais é que são os efeitos a longo prazo.
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“Vai ser crucial ter em conta o balanço entre os benefícios e os efeitos adversos, antes de se tirar conclusões acerca do uso do novo químico”, explicou o investigador. Segundo Johann de Bono, muitas vezes os efeitos secundários importantes só se descobrem quando se fazem estudos em larga escala. (PÚBLICO)
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