quinta-feira, 3 de julho de 2008

Disfunção eréctil pode ser prevenida com maior frequência de relações sexuais

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Estudo do Hospital da Universidade de Tampere
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Uma maior frequência de relações sexuais pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de disfunção eréctil, segundo um estudo hoje publicado numa revista médica norte-americana – um problema que só em Portugal afecta cerca de 500 mil homens.
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Depois de analisarem durante cinco anos 989 homens, com idades entre 55 e 75 anos, investigadores do Hospital da Universidade de Tampere, na Finlândia, concluíram que uma maior frequência de relações sexuais implica menores riscos de contrair a doença.
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Os homens que afirmaram ter relações sexuais menos de uma vez por semana, em média, comparativamente com os que disseram ter uma vez por semana, registaram o dobro da incidência de disfunção eréctil segundo o estudo, publicado na edição de Julho da revista “American Journal of Medicine”. Além disso, os investigadores observaram que o risco de disfunção eréctil está inversamente relacionado com a frequência das relações sexuais.
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Outros factores que podem afectar a incidência da doença – e que foram incluídos na análise dos dados – foram a idade, as afecções crónicas (diabetes, doença cardíaca, hipertensão, doença cerebrovascular e depressão), o índice da massa corporal e o tabagismo.
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A incidência de disfunção eréctil foi de 79 casos em mil homens que disseram ter relações sexuais menos de uma vez por semana, baixando para 32 em mil nos que afirmaram tê-las uma vez por semana e para 16 em mil nos que admitiram tê-las três ou mais vezes por semana.
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"A regularidade das relações sexuais tem um papel importante na preservação da função eréctil entre os homens idosos", escreve no artigo o Juha Koskimäki, professor do Departamento de Urologia do Hospital da Universidade de Tampere. "A actividade sexual continuada diminui a incidência da disfunção eréctil em proporção directa com a frequência coital", acrescenta. O estudo indica claramente que a regularidade das relações sexuais protege os homens de contrair disfunção eréctil o que, por sua vez, pode ter impacto na saúde em geral e na qualidade de vida, um razão para os investigadores aconselharem os médicos a apoiar a actividade sexual dos seus pacientes.
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Dados da Sociedade Portuguesa de Andrologia apontam para a existência em Portugal de cerca de 500 mil homens com disfunção eréctil, um problema que afecta cerca de 150 milhões de homens em todo o mundo. (Público)
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