domingo, 6 de julho de 2008

Jovens combatem anorexia e bulimia

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Prevenção - movimentos pró e contra na internet
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Há quem já lhes chame activistas pelo corpo. Indiferentes à designação, grupos de jovens uniram-se, nos Estados Unidos, para lutar contra os movimentos que, através da internet, defendem que a anorexia e a bulimia são um direito. Apesar de a guerra estar longe do fim, algumas batalhas já se saldaram com vitória da facção antianorexia e bulimia.
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Uma das maiores iniciativas, a ‘Body Project’ (Projecto Corpo, em tradução literal), reuniu mais de mil adolescentes com o objectivo de explicar como o ideal de magreza lhes foi ‘vendido’ por uma sociedade que valoriza padrões cada vez mais difíceis de alcançar e a um preço muitas vezes alto de mais: o da vida.
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Os actos do chamado "terrorismo antitranstornos alimentares" multiplicam-se, desde as mensagens escritas e publicadas em livros de dietas, revistas de moda, jornais, às inúmeras cartas enviadas para diferentes destinatários, como os fabricantes de bonecas com medidas irreais. A este movimento juntou-se outro: o Student Bodies, que reúne jovens que, através da internet, se juntam para conversar sobre a alimentação saudável.
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E segundo um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Washington, este tipo de iniciativas resulta. Os especialistas acompanharam jovens em risco de desenvolver transtornos alimentares e verificaram que a maioria, com o recurso a este tipo de iniciativas, não ficou doente. Segundo uma das autoras do trabalho, Jamie Manwaring, ainda é cedo para garantir que este tipo de movimentos possa ser a melhor prevenção para o problema, mas não tem dúvidas de que "ajuda as mulheres que se sentem mal com o seu corpo".
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Para Adelaide Braga, da Associação dos Familiares e Amigos dos Anorécticos e Bulímicos, os sites pró-anorexia e bulimia "não conseguiram atingir os objectivos que pretendiam". "Estamos a tratar de uma doença e não de influências. É claro que a influência em quem está predisposto pode ser maior, mas não são os sites que provocam a doença", refere. A associação aguarda por uma reunião com o director-geral da Saúde, para debater os mecanismos de luta. Só falta uma data. (Correio da Manhã)
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