quarta-feira, 18 de junho de 2008

A PARAMILOIDOSE

Saúde: Investigadores portugueses confiantes na cura
‘Pezinhos’ com nova esperança
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ATudca, um ácido produzido naturalmente pela bílis, já é utilizado no tratamento de algumas doenças do fígado. Agora, um grupo de investigadores da Universidade do Porto, liderado por Maria João Saraiva, descobriu que pode ser uma nova arma no combate à paramiloidose (doença dos pezinhos), depois de testar esta droga em ratos de laboratório. Em Portugal, há cerca de dois mil portadores da doença, na sua maioria na zona Norte do País.
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A descoberta será publicada na próxima semana na revista ‘BBA – Molecular Basis of Disease’. A equipa do Instituto de Biologia Molecular e Celular desde há vários anos que desenvolve linhas de investigação para perceber os mecanismos por detrás da doença.
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A doença dos pezinhos acontece devido a uma mutação genética, que leva à formação de fibras pelo corpo, que matam as células. Começa por se manifestar pela perda de sensibilidade nos membros inferiores e acaba por ser fatal. É neste processo de destruição das células que o novo composto provou ser eficaz, explica Maria João Saraiva. "Os marcadores mostram uma redução da morte de células, mas também a redução da formação de fibras."
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Maria João Saraiva refere que uma investigação anterior, com uma substância designada de doxiciclina, deu resultados positivos na desagregação das fibras nos tecidos. A terapia está a ser testada em humanos, num ensaio clínico em Itália.
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A esperança de um novo tratamento poderá passar pela associação das duas drogas: uma desagrega as fibras que se acumulam, outra previne-as e reduz a morte celular. Mas a investigadora explica que demorará ainda alguns anos para que a Tudca seja testada em humanos. Falta repetir a experiência e depois ajustar as doses seguras para administração em pessoas. No caso da primeira substância, o processo demorou dois anos.
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SAIBA MAIS
A PARAMILOIDOSE
É uma doença genética (transmitida de pais para filhos) que resulta da mutação de uma proteína.
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2000
é o número de portadores da doença em Portugal. Existem 500 famílias afectadas. (Correio da Manhã)
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