Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachussets, em Worcester, revelou que fármacos que já estão desenvolvidos poderão servir para o tratamento da leucemia.
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Na investigação, publicada na edição digital da revista científica “Nature Genetics”, os investigadores demonstraram que um medicamento para a asma revelou ser um tratamento efectivo para a leucemia mielóide crónica (LMC) em ratos.
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Os investigadores explicaram que uma alteração genética nas células da leucemia, essencial para a sua proliferação, também as torna vulneráveis perante um determinado tipo de fármacos. A investigação incidiu assim nas células específicas que poderão ser utilizadas como alvos farmacológicos no tratamento de determinados tipos de leucemia.
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Os investigadores, liderados pelo Dr. Shaoguang Li, utilizaram um modelo em ratos da leucemia mielóide crónica (LMC) causada por uma mutação do gene de fusão BCR/ABL, que funde dois genes como sucede na leucemia humana.
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Os resultados demonstraram que os ratos com esta mutação, mas que não tinham um terceiro gene, denominado araquidonato 5-lipoxigenase (5-LOX), não sofriam de leucemia.
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Este gene processa ácidos gordos essenciais em leucotrienos, que são agentes importantes na resposta inflamatória. Contudo, os investigadores revelaram ainda que o 5-LOX tem um lado mais sinistro, visto ser vital para o desenvolvimento e manutenção das células estaminais cancerígenas.
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Dado já terem sido desenvolvidos fármacos que se dirigem ao funcionamento da 5-lipoxigenase, os investigadores avaliaram um destes e descobriram que prolongava a vida dos ratos com leucemia, sem deteriorar a produção de células sanguíneas normais.
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Os investigadores trataram os ratos com LMC com zileuton (não aprovado em Portugal), um medicamento para a asma que inibe o caminho da inflamação do 5-LOX, assim como com imatinib, conhecido como Glivec, actualmente o medicamento mais efectivo para a leucemia.
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O imatinib tratou efectivamente a leucemia, mas o zileuton, um inibidor da síntese de leucotrienos, foi mais efectivo. Os dois fármacos combinados forneceram um efeito terapêutico ainda melhor.
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A investigação demonstrou que é possível empregar um método que se dirija especificamente às células progenitoras, que iniciam este tipo de leucemia, em vez de se dirigir à massa de células cancerígenas. (farmacia.com.pt)
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Fontes: EcoDiario, Science Daily
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