Investigadores britânicos revelaram, na revista científica “Chemical Research in Toxicology”, que a marijuana danifica o ADN de uma forma que pode potencialmente aumentar o risco de desenvolvimento de cancro em humanos.
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Os investigadores da Universidade de Leicester utilizaram um método de cromatografia líquida e espectrometria de massa, recentemente desenvolvido e altamente sensível, e descobriam uma clara indicação de que fumar cannabis danifica o ADN, em condições laboratoriais.
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A equipa de investigadores referiu que tem havido muitos estudos sobre a toxicidade do fumo do tabaco, sendo conhecido que este contém 4 mil químicos, dos quais 60 estão classificados como carcinogénicos. Em contraste, a marijuana não tem sido tão bem estudada, mas sabe-se que é menos combustível do que o tabaco e que frequentemente é misturada com o tabaco para a sua utilização.
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O fumo da cannabis contém 400 compostos, incluindo 60 canabinóides. Contudo, devido à sua baixa combustibilidade contém 50 por cento mais hidrocarbonetos aromáticos policíclicos carcinogénicos, incluindo naftaleno, benzantraceno e benzopireno, do que o fumo do tabaco.
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O Dr. Rajinder Singh referiu que é bastante conhecido que as substâncias tóxicas presentes no fumo do tabaco podem danificar o ADN e aumentar o risco de cancro do pulmão e outros tipos de cancro.
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Até agora, os cientistas não estavam seguros se o fumo da cannabis (marijuana) teria o mesmo efeito, sendo que a actual investigação focou-se na toxicidade do acetaldeído, que está presente tanto no tabaco como na cannabis.
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Os investigadores revelaram que fumar três ou quatro cigarros de marijuana por dia está associado ao mesmo grau de danos das membranas da mucosa bronquial provocados por 20 ou mais cigarros de tabaco por dia. (farmacia.com.pt)
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