quarta-feira, 12 de março de 2008

Cancro: fármacos para a dor com 95 % de apoio

A ministra da Saúde, Ana Jorge, confirmou ontem que vai seguir a linha do seu antecessor na pasta, mas escusou-se a revelar datas de fecho de mais serviços de urgências. Em vez disso, escolheu ontem trazer ao Parlamento duas boas notícias: a subida da comparticipação de medicamentos para a dor e a abertura de uma nova urgência básica em Estremoz.
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Os deputados dos partidos da oposição bem insistiram, mas a ministra da Saúde escusou-se a avançar com a calendarização de novos fechos de urgências. Pelo contrário, veio munida de uma data. A 30 de Março deverá abrir no Centro de Saúde de Estremoz um serviço de urgência básica. "Seguir-se-ão vários outros num calendário pautado pelo ritmo das obras".
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Durante os três anos de mandato do anterior ministro da Saúde seis serviços fecharam: Peso da Régua, Espinho, Ovar, Cantanhede, Anadia e Fundão. Faltariam mais sete se as sugestões iniciais dos peritos que pensaram a requalificação das urgências fossem aceites. A este respeito, a ministra limitou-se a afirmar: "Estamos preparados para tomar as decisões sem calculismos e sem cedências populistas".
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A equipa ministerial trouxe ainda à comissão parlamentar de saúde o anúncio da subida de comparticipação de analgésicos opióides dos actuais cerca de 50 por cento para 95 por cento.
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A nova regra aplica-se a todos os doentes em tratamento oncológico e doentes não oncológicos com dor moderada ou grave referenciados em unidades de dor hospitalares e de cuidados paliativos. A medida deverá entrar em vigor até 1 de Maio.
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Ana Jorge deixou apenas uma nota negativa: estima-se em 474 mil o número de primeiras consultas em espera em hospitais públicos. "Não podemos ignorar as dificuldades", afirmou, destacando "a situação crítica da oftalmologia", já que do total de doentes em espera mais de um quarto - mais de 120 mil - aguardam por consulta desta especialidade. (Público)

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