Direcção-Geral de Saúde lança certificação de alimento saudável
-
Qualquer empresa pública ou privada do sector da alimentação pode candidatar-se ao novo selo “selecção positiva”, promovido pela Direcção-Geral de Saúde para certificar produtos que previnam o excesso de peso, informou aquela entidade.
Apesar de o regulamento de reconhecimento ser ainda provisório, o coordenador da Plataforma contra a Obesidade da DGS, João Breda, referiu estarem já abertas as candidaturas e acrescentou que “brevemente” o público poderá adquirir produtos comprovadamente mais saudáveis e que ajudam na prevenção da obesidade face ao reduzido número de calorias (pela pouca quantidade de açucares e gorduras).
-“Os critérios, que já são muito exigentes, podem alterar-se apenas para serem ainda mais exigentes”, indicou à Lusa o especialista em nutrição. O novo selo visa “reconhecer e motivar as empresas para melhorar o perfil nutricional dos seus alimentos”, afirmou João Breda, acrescentando que os consumidores poderão assim reconhecer mais facilmente os produtos que previnem a obesidade.
Além da qualidade do perfil nutricional dos alimentos, as empresas terão ainda de cumprir regras aos níveis da rotulagem e da publicidade. “Entre os critérios está também a responsabilidade social das empresas”, resumiu João Breda, recordando que o lançamento do selo se inspirou em iniciativas da Fundação Portuguesa de Cardiologia e critérios internacionais. O selo de qualidade será válido por um ano e qualquer empresa pública ou privada da indústria alimentar e restauração pode candidatar-se espontaneamente. O período previsto de avaliação da candidatura é de seis semanas após a sua recepção.
O lançamento da campanha visa incentivar uma progressiva mudança nos hábitos alimentares dos portugueses, que actualmente ingerem muitas calorias, entre açúcares e gorduras, e cada vez menos frutos e vegetais, lê-se no regulamento da DGS.
Em Portugal, cerca de 32 por cento das crianças entre os sete e os nove anos de idade têm excesso de peso e 11 por cento são obesas, enquanto em idade pré-escolar há sete por cento de obesos e 24 por cento com peso a mais.
Entre os adultos, os indicadores referem uma população com excesso de peso a rondar os 54 por cento e 14 por cento obesa. Os custos directos com a obesidade devem absorver 3,5 por cento das despesas totais em Saúde. Estima-se que mais de 50 por cento da população mundial será obesa em 2025 se não forem adoptadas medidas concretas.(Público)
Sem comentários:
Enviar um comentário