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Três hospitais psiquiátricos vão ter, nos próximos cinco anos, serviços de internamento para doentes inimputáveis e "difíceis", segundo o Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM), ontem publicado em "Diário da República". Esses serviços, uma novidade no panorama da saúde mental, ficarão instalados nos hospitais Júlio de Matos (Lisboa), Sobral Cid (Coimbra) e Magalhães Lemos (Porto). Serão também criadas três unidades de tratamento para perturbações do comportamento alimentar em hospitais gerais.
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Partindo da constatação de que apenas 1,7% da procura dos serviços de saúde envolve doenças mentais - quando em cada ano 5 a 8% da população sofre de perturbações com gravidade -, o PNSM introduz uma revolução completa na oferta de cuidados. Que prevê, a prazo, o fim dos hospitais psiquiátricos e a transferência de serviços para hospitais gerais.
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A ideia é acabar com a estigmatização da institucionalização em hospitais psiquiátricos e disseminar os cuidados numa base local. Actualmente, 83% dos recursos da Saúde mental são consumidos em internamento, quando está provado que a intervenção na comunidade, próxima da família, é mais efectiva. (Jornal de Notícias)
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