domingo, 16 de março de 2008

Leishmaniose - doença canina afecta humanos

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A Leishmaniose canina é uma doença grave, crónica e pode levar à morte. É provocada pela picada de insectos similares a mosquitos, os flebótomos, que também podem transmitir a doença ao Homem.
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É das doenças mais disseminadas a nível mundial e, em Portugal, chega a atingir 15% dos cães em zonas como Algarve e Estoril. Devido à não existência de vacinas 100% eficazes e a cura da doença ser difícil de obter, a única forma de reduzir o risco de contaminação é através da utilização de produtos antiparasitários repelentes, que impeçam a picada do insecto transmissor ou o desenvolvimento dos parasitas nos hospedeiros. Face a isto, um estudo realizado em Itália, comprovou que a combinação de dois compostos em apresentação spot-on alcança 95% de eficácia em efeito repelente contra flebótomos, além de controlar pulgas, carraças, mosquitos e moscas.“
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A investigação procurou analisar a eficácia da combinação spot-on de imidaclopride (10%) e permetrina (50%), substâncias que compõem um produto da Bayer Divisão Saúde Animal, na prevenção da Leishmaniose em cães alojados em canis municipais de zonas endémicas. A situação de Portugal é muito semelhante à de Itália. Os factores motivantes do aumento de animais com esta doença são o grande número de cães abandonados, desconhecimento e inadequada prevenção” ,refere Cláudio Mendão, Médico Veterinário e responsável pela Linha Animais de Companhia da Bayer Portugal.
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O estudo foi dividido em distintas fases temporais onde se aplicou durante 14 meses o antiparasitário. A amostra foi de 631 cães, separados em três grupos com o objectivo de conseguir um maior índice de fiabilidade nos resultados. A investigação foi liderada pelo Dr. Domenico Otranto, catedrático em Parasitologia Veterinária pela Universidade de Bari, Itália.A Leishmaniose pode ser transmitida ao homem através da picada do flebótomo infectado. O risco de desenvolvimento da doença aumenta em doentes imuno-deprimidos, como seropositivos, transplantados, grávidas ou pessoas que sofrem de stress.
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A Península Ibérica tem-se convertido num lugar ideal para o desenvolvimento dos flebótomos devido ao aumento da temperatura global e correspondente mudança climática. O risco de transmissão do parasita aumenta nas épocas de calor, ou seja, de Maio a Setembro. Contudo, nas zonas mais temperadas da Península o risco de se prolongar a todo o ano aumenta, já que as temperaturas superiores aos 18ºC favorecem o desenvolvimento dos flebótomos, obrigando a cuidados sistemáticos de prevenção. (Farmácia)

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