A suspensão de venda do produto de emagrecimento Depuralina - decidida no passado dia 1, na sequência do aparecimento de vários casos suspeitos de toxicidade - foi levantada ontem, depois de conhecidos os resultados dos exames médicos realizados aos consumidores onde foram registadas as reacções adversas. Dos nove casos suspeitos, só um apresentava problemas de foro alérgico.
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A decisão foi anunciada, ontem à tarde, pelo ministro da Agricultura, que disse que as análises - realizadas em dois laboratórios - indicam "um nexo de causalidade" entre o consumo de Depuralina e reacções de foro alérgico ao produto por parte de pessoas que são alérgicas a elementos que fazem parte da composição do produto. No entanto, o registo de nove casos suspeitos entre cerca de 130 mil consumidores é uma percentagem que está dentro do previsto para qualquer produto alimentar, referiu Jaime Silva.
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Os resultados dos exames médicos foram divulgados, ontem de manhã, pelo director-geral da Saúde aos responsáveis do Gabinete de Planeamento e Políticas (do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas), a quem compete a supervisão do sector dos suplementos alimentares. Embora Francisco George tenha anunciado, em declarações a vários órgãos de comunicação social, que os resultados justificavam "plenamente" a decisão de retirar do mercado a Depuralina, a verdade é que o ministro da Agricultura entendeu levantar a interdição de comercialização que pendia sobre o produto dietético.
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O componente principal da Depuralina é a linhaça do Canadá, não estando afastada a hipótese de ter ocorrido uma reacção alérgica a esse ou outro constituinte do suplemento. As primeiras análises de risco ao produto realizadas pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tiveram resultados negativos, mas, por precaução, foram solicitadas novos exames. No entanto, como não há evidências de perigosidade, a comercialização vai ser retomada.
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Ricardo Leite, responsável pela empresa distribuidora da Depuralina, comentou ao JN que o levantamento da suspensão de comercialização vem provar que "o produto é seguro".
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"Desde o lançamento da Depuralina no mercado, em Janeiro, que tínhamos plena confiança e colaboramos inteiramente com as autoridades de saúde", acrescentou. Salvaguardando que se trata de uma primeira reacção - uma vez que a decisão foi comunicada apenas informalmente -, Ricardo Leite recusa fazer outros comentários, por agora, reservando uma posição oficial para segunda-feira. (Jornal de Notícias)
4 comentários:
Ola boa tarde. Queria saber se posso tomar depuralina, pois tenho diabetes tipo2, hipotireoidismo controlado, colesterol alto, tensao mto boa. E em que quantidades diarias
Celina gomes
Celina:
Como cada caso é um caso, terá se dirigir ao seu médico, a solicitar essa informação.
Como deve calcular, nós apenas falamos e escrevemos em termos gerais, nunca em particular.
Filomena
Bom dia,
A Depuralina interfere com o funcionamento da tiróide (induzindo hipertiroidismo)?
Agradeço a informação.
Maria Cristina
Maria Cristina:
Para si, vai a mesma resposta que demos à Celina. Cada caso é um caso e deve consultar o seu médico.
No entanto, vamos voltar em breve a falar da Depuralina.
Filomena
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