Comprovada eficácia de medicamento que gera menos efeitos secundários
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O tratamento da hipertensão grave poderá mudar, depois de comprovada a eficácia de um medicamento com a vantagem de gerar menos efeitos secundários que o habitualmente usado contra uma doença que só em Portugal afecta cerca de quatro em cada dez pessoas, noticia a agência Lusa.
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Este dado é o principal resultado de um estudo realizado durante quase três anos com mais de 25 mil doentes de alto risco cardiovascular oriundos de 40 países e que foi apresentado esta segunda-feira durante a 57ª edição do Congresso de Cardiologia do American College, que decorre até 2 de Abril na cidade norte-americana de Chicago.
Este dado é o principal resultado de um estudo realizado durante quase três anos com mais de 25 mil doentes de alto risco cardiovascular oriundos de 40 países e que foi apresentado esta segunda-feira durante a 57ª edição do Congresso de Cardiologia do American College, que decorre até 2 de Abril na cidade norte-americana de Chicago.
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O director do serviço de Cardiologia do Hospital Amadora-Sintra, um dos participantes portugueses na realização do estudo, explicou à Lusa que este é um trabalho que surge anos depois de um estudo de nome Hope ter revelado a existência de um fármaco de nome Ramipril que «trazia grandes benefícios quando aplicado a doentes de alto risco cardiovascular».
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«Isso foi um grande salto em frente, mas até agora não se sabia se outro fármaco que apareceu mais tarde com menos efeitos secundários tinha os mesmo benefícios ou não e não se sabia se havia vantagem na associação deste outro fármaco ao primeiro», explicou o professor Vítor Gil.
As dúvidas deram então lugar à realização de outro estudo, o Ontarget, que veio agora provar a existência de uma alternativa ao Ramipril, o Telmisartan, com a vantagem de menos efeitos secundários.
«Isso foi um grande salto em frente, mas até agora não se sabia se outro fármaco que apareceu mais tarde com menos efeitos secundários tinha os mesmo benefícios ou não e não se sabia se havia vantagem na associação deste outro fármaco ao primeiro», explicou o professor Vítor Gil.
As dúvidas deram então lugar à realização de outro estudo, o Ontarget, que veio agora provar a existência de uma alternativa ao Ramipril, o Telmisartan, com a vantagem de menos efeitos secundários.
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«O estudo mostrou que, e esta é uma informação absolutamente nova, que há de facto equivalência na utilização deste fármaco que é o Telmisartan, e como o Telmisartan é um fármaco com melhor perfil de segurança porque tem menos efeitos secundários, isto é uma vantagem no tratamento dos doentes», defendeu Vítor Gil.
«O estudo mostrou que, e esta é uma informação absolutamente nova, que há de facto equivalência na utilização deste fármaco que é o Telmisartan, e como o Telmisartan é um fármaco com melhor perfil de segurança porque tem menos efeitos secundários, isto é uma vantagem no tratamento dos doentes», defendeu Vítor Gil.
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No que diz respeito à terapêutica, o especialista entende que os doentes intolerantes ao Ramipril têm agora «uma boa alternativa com o mesmo tipo de sucesso clínico, mas com um perfil de segurança ainda melhor».
No que diz respeito à terapêutica, o especialista entende que os doentes intolerantes ao Ramipril têm agora «uma boa alternativa com o mesmo tipo de sucesso clínico, mas com um perfil de segurança ainda melhor».
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Com o Telmisartan, medicamento já usado no tratamento da hipertensão, mas só agora comprovado em estudo, os doentes de alto risco cardiovascular passam a ter a possibilidade de um tratamento que não lhes traga efeitos secundários, sendo a tosse o mais conhecido, de acordo com o especialista Vítor Gil.
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O Ontarget não provou, no entanto, os benefícios esperados na associação entre os dois fármacos. «Pensávamos teoricamente que haveria benefícios nessa associação, como a redução das complicações clínicas, morte ou enfarte do miocárdio, mas sabemos agora que não há benefícios», revelou o director de Cardiologia do Hospital Amadora-Sintra.
O Ontarget não provou, no entanto, os benefícios esperados na associação entre os dois fármacos. «Pensávamos teoricamente que haveria benefícios nessa associação, como a redução das complicações clínicas, morte ou enfarte do miocárdio, mas sabemos agora que não há benefícios», revelou o director de Cardiologia do Hospital Amadora-Sintra.
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No entanto, como sublinhou Vítor Gil, há ainda a possibilidade da associação dos dois fármacos aumentar a protecção renal, mas esses são estudos que ainda não estão concluídos e que não serão, por isso, conhecidos para já. (Portugal Diário)
No entanto, como sublinhou Vítor Gil, há ainda a possibilidade da associação dos dois fármacos aumentar a protecção renal, mas esses são estudos que ainda não estão concluídos e que não serão, por isso, conhecidos para já. (Portugal Diário)
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