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Uma nova investigação demonstrou que o tratamento combinado de dois fármacos de quimioterapia, o topotecano e o docetaxel, é efectivo para as mulheres que tiveram uma recorrência dos seus cancros do útero ou ovários e que já foram tratadas com outras combinações de fármacos.
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O estudo, publicado na "Gynecologic Oncology", que é o primeiro a avaliar este regime de fármacos neste tipo de pacientes, também descobriu que a combinação deste dois agentes de quimioterapia foi razoavelmente bem tolerada.
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Embora o estudo não tenha incluído um grupo de comparação, o Dr. Mark H. Einstein, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, no Bronx, em Nova Iorque, referiu à Reuters Health que investigações anteriores demonstraram que as respostas ao tratamento neste tipo de pacientes são normalmente muito piores do que as observadas aqui e com mais efeitos secundários graves.
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Apesar dos cancros ginecológicos recorrentes tenderem a ser difíceis de tratar, o topotecano e o docetaxel são comummente utilizados nestas situações, mas nem sempre em combinação.
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Estudos anteriores observaram a utilização de docetaxel e topotecano, mas este estudo foi realizado para testar se doses semanais destes dois fármacos poderão preservar os seus benefícios, enquanto diminuem os efeitos secundários.
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O estudo incluiu 15 mulheres com cancro dos ovários recorrente, 9 com cancro do útero recorrente e 3 com cancro do tecido que reveste o interior do abdómen. Todas tinham sido tratadas anteriormente com regimes de quimioterapia e a maioria tinha recebido dois tratamentos anteriores do género.
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As participantes receberam topotecano e docetaxel semanalmente durante três semanas de cada vez. Depois tiveram um período de descanso de uma semana, antes de repetirem o processo. Isto foi repetido seis vezes, a não ser que a paciente tenha morrido ou experienciado um efeito secundário grave que requeresse que o tratamento fosse interrompido.
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Durante um total de 86 ciclos de tratamento, ocorreram sete efeitos adversos graves. Contudo, quase todas as pacientes conseguiram continuar o tratamento.
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Vinte e quatro pacientes apresentaram dados disponíveis para análise. Destas pacientes, seis tiveram uma resposta completa ou total ao tratamento e três não tiveram uma piora do cancro. Nas restantes 15, ocorreu uma progressão do cancro. O período de sobrevivência usual foi de aproximadamente 19 meses.
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Os autores concluíram que são necessários mais estudos para verificar e expandir estas descobertas. (farmacia.com.pt)
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