Investigadores norte-americanos referiram que o fármaco sitagliptina, utilizado para o tratamento da diabetes tipo 2, pode ter efeitos indesejáveis no pâncreas que podem aumentar o risco de cancro pancreático.
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O estudo, publicado na edição online na revista científica “Diabetes”, descobriu que o fármaco sitagliptina, comercializado em Portugal como Januvia, Tesavel e Xelevia, provocou anormalidades no pâncreas que foram reconhecidas como factores de risco para a pancreatite e, com o tempo, para o cancro pancreático em humanos.
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Os investigadores do Centro de Investigação Larry L. Hillblom Islet, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, referiram que a sitagliptina é um membro de uma nova classe de fármacos que aumentam as acções de uma hormona intestinal, denominada peptídeo-1 semelhante ao glucagon (GLP-1), que tem demonstrado ser efectiva na redução do açúcar no sangue nas pessoas com diabetes tipo 2.
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O investigador principal, o Dr. Peter Butler, director do Centro Hillblom, referiu que a diabetes tipo 2 é uma doença crónica, sendo que os pacientes tomam frequentemente os mesmos fármacos durante muitos anos, pelo que qualquer efeito adverso, que possa com o tempo aumentar o risco de cancro pancreático, é uma questão de preocupação.
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A preocupação neste caso é que os efeitos indesejados deste fármaco no pâncreas provavelmente não serão detectados nos humanos, a não ser que o pâncreas seja removido e examinado. (farmacia.com.pt)
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