domingo, 10 de maio de 2009

Utilização de inibidores da bomba de protões mais clopidogrel aumenta risco cardiovascular

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Descobertas de uma análise de dados médicos e farmacêuticos demonstraram que a utilização de inibidores da bomba de protões (IBP), medicamentos que actuam reduzindo a quantidade de ácido produzido no estômago, em conjunto com o clopidogrel, aumenta em 50 por cento o risco de hospitalização devido a eventos cardiovasculares, nos pacientes que se submeteram a uma intervenção para colocação de stent coronário.
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O estudo examinou a utilização do Nexium (esomeprazol), da AstraZeneca, do omeprazol, comercializado sob diversos nomes de marca e versões genéricas, do pantoprazol, comercializado sob diversos nomes de marca e versões genéricas, e do lansoprazol, comercializado sob diversos nomes de marca e versões genéricas.
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A análise faz parte do estudo de resultados do clopidogrel, que envolveu mais de 16 600 pacientes que estavam a tomar clopidogrel, após uma intervenção para colocação de stent, que foram seguidos durante 12 meses.
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No estudo, cerca de 6800 pacientes estavam a tomar inibidores da bomba de protões mais clopidogrel, enquanto aproximadamente 9800 estavam a tomar o agente anti-plaquetário isoladamente.
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O médico-chefe da companhia Medco, o Dr. Robert Epstein, que analisou os dados juntamente com investigadores da Universidade do Indiana, comentou que, enquanto este estudo confirma investigações anteriores nesta área, ajuda a dar um passo em frente na compreensão, ao demonstrar que este é um problema associado a cada um dos quatro mais populares inibidores da bomba de protões.
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Além disso, o Dr. Epstein referiu que o estudo, juntamente com uma revisão efectuada pela agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) em 2007 e outros estudos, fornece fortes evidências de que os inibidores da bomba de protões não aumentam isoladamente os riscos cardiovasculares, para os pacientes com stent, e fortalece ainda a observação de que esta interacção existe entre os IBP e o clopidogrel, incapacitando também a efectividade do fármaco anti-plaquetário.
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O Dr. Epstein referiu ainda que, dado os benefícios reconhecidos da prescrição do clopidogrel para estes pacientes, os médicos devem considerar os IBP apenas quando claramente indicado.
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A Sociedade Americana de Angiografia e Intervenções Cardiovasculares declarou que são necessárias mais investigações sobre este tópico, mas sugere que os bloqueadores histaminérgicos ou os antiácidos sejam utilizados como alternativas aos inibidores da bomba de protões para os sintomas gastrointestinais nos pacientes com stents. A organização acrescentou que a utilização dos IBP podem ainda ser justificada em casos individuais.
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O clopidogrel é utilizado para prevenir a formação de coágulos sanguíneos (trombos) que se formam emvasos sanguíneos endurecidos (artérias), um processo conhecido como aterotrombose, que podeconduzir a acidentes aterotrombóticos (tais como o acidente vascular cerebral, ataque cardíaco oumorte). (farmacia.com.pt)
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