quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vitamina D e apanhar sol pode ajudar no tratamento da Esclerose Múltipla

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Investigadores norte-americanos referiram que tomar suplementos de vitamina D, ou passar mais tempo ao sol, pode ajudar no tratamento das pessoas com Esclerose Múltipla (EM).
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A Dra. Bridget Bagert, da Faculdade de Medicina da Universidade Estatal do Louisiana, e o Dr. Dennis Bourdette, da Universidade de Ciências e Saúde do Oregon, numa revisão para a “F1000 Medicine Reports”, sublinharam os recentes avanços nos potenciais tratamento para a Esclerose Múltipla.
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Os investigadores explicaram que a Esclerose Múltipla resulta de uma incapacidade do organismo de se reconhecer a si mesmo, o que faz com que o sistema imunitário ataque e destrua a camada que protege as fibras nervosas, como se fosse um corpo estranho ou uma infecção.
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Por outro lado, a vitamina D, que é produzida na pele em resposta à luz solar natural, é um regulador do sistema imunitário. Esta questão pode explicar a razão pela qual a Esclerose Múltipla é menos comum nos países mais soalheiros.
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Os investigadores referiram que a terapia oral com vitamina D está agora em ensaios clínicos de Fase II, para se verificar quão bem esta funciona e em que quantidade seria necessária.
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A Dra. Bagert e o Dr. Bourdette acrescentaram que a chegada de agentes orais efectivos poderão fornecer aos pacientes com Esclerose Múltipla mais opções terapêuticas e serão um grande avanço no esforço global para alterar a história natural desta doença crónica.
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A Esclerose Múltipla
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A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória crónica, desmielinizante e degenerativa, do sistema nervoso central que interfere com a capacidade do mesmo em controlar funções como a visão, a locomoção, o equilíbrio, entre outras.
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A causa da esclerose múltipla é desconhecida, mas suspeita-se que um vírus ou um antigénio desconhecido sejam os responsáveis que desencadeiam, de algum modo, uma anomalia imunológica, que costuma aparecer numa idade precoce, sendo que o corpo, por um motivo qualquer, produz anticorpos contra a sua própria mielina (substância que envolve a maioria das fibras nervosas), provocando a inflamação e a lesão da bainha de mielina.
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Aparentemente, o factor hereditário desempenha um certo papel na Esclerose Múltipla. Cerca de 5 por cento dos indivíduos com Esclerose Múltipla têm um irmão ou uma irmã com a mesma afecção e 15 por cento têm algum familiar que sofre dela.
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A Esclerose Múltipla afecta mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Os estudos epidemiológicos apontam para a existência de 450 mil pessoas com Esclerose Múltipla só na Europa, sendo a incidência maior nos países nórdicos. Estima-se que o número de doentes em Portugal seja aproximadamente de 5 mil.
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Fontes: United Press International, Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), Manual Merck (farmacia.com.pt)
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