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Estudo norte-americano afirma que sem os órgãos o risco de doenças cardíacas aumenta significativamente.
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Milhares de mulheres que se submetem anualmente a histerectomias têm os ovários removidos juntamente com o útero, uma medida que tem como objectivo protegê-las do cancro do ovário. No entanto, um novo estudo veio afirmar que as mulheres que mantêm os seus ovários vivem por mais tempo.
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A pesquisa analisou dados de cerca de 30 mil mulheres, sendo que 16 mil delas passaram por uma histerectomia com remoção de ambos os ovários, e as restantes mantiveram os ovários, após a mesma operação.
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Após o período de 24 anos, o primeiro grupo apresentou 85 casos de cancro da mama, um risco que foi 25% menor nas que mantiveram os ovários, e um risco 96% menor de cancro dos ovários. No entanto, essas mulheres tinham uma probabilidade 12% maior de morrer durante o período de acompanhamento, bem como um risco 17% mais elevado de vir a sofrer de doenças do coração, e ainda de morrer de cancro. Foi ainda notado um maior risco de desenvolver cancro do pulmão, algo que foi considerado inesperado pelos cientistas.
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"Esta descoberta contraria 35 anos de ensinamentos em ginecologia", afirmou William H. Parker, autor do estudo. "Nos anos 70, ficou decidido que retirar os ovários para evitar o cancro do ovário seria uma boa estratégia. Este estudo mostra que há maiores probabilidades de morrer se retirar os ovários, a menos que esteja num grupo de mulheres com um histórico familiar que indique alto risco para cancro dos ovários ou de mama", acrescentou ainda o investigador.
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Apesar do cancro do ovário ser difícil de detectar e muitas vezes fatal, é também raro, segundo Parker. Apenas 34 mulheres, das que participaram no estudo e que mantiveram os seus ovários, morreram devido ao cancro do ovário durante o período do estudo. (farmacia.com.pt)
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