Leonor Beleza gastou €1 milhão a criar uma equipa de cientistas indianos especializada em células estaminais aplicadas aos olhos. A ideia é exportar tratamentos para África e Timor.
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É um dos centros de investigação de combate à cegueira mais avançados do mundo e acabou de ser criado pela Fundação Champalimaud na cidade de Hyderabad, em parceria com o LV-Prasad, um instituto-modelo na Índia que tem explorado técnicas pioneiras para curar doentes com cegueira total ou parcial naquele que é o país com maior número de cegos de que há registo (15 milhões).
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A funcionar numa das alas do Instituto, o Champalimaud Translational Center for Eye Research (C-TRACER) envolve um investimento inicial de um milhão de euros pela fundação presidida pela antiga ministra da Saúde Leonor Beleza e vai permitir, dentro de algum tempo, exportar "kits" de tratamento com recurso a células estaminais para os países africanos de língua portuguesa e Timor.
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Os sete cientistas indianos que fazem parte do núcleo duro do novo centro Champalimaud pertencem ao LV-Prasad, um misto de hospital e de pólo de investigação, com um ritmo de 80 cirurgias por dia e cuja reputação internacional tem vindo a ser reforçada desde que decidiu, precisamente, estudar e utilizar células estaminais para recuperar a visão de pessoas que perderam totalmente as córneas.
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A última novidade introduzida pelo professor Balasubramanian, director científico do C-TRACER (e actual presidente da Academia Indiana de Ciências), foi a possibilidade de aproveitar células estaminais do lábio inferior do próprio doente, o que evita terem de recorrer a amostras de familiares no caso de cegos totais, reduzindo problemas de rejeição das novas córneas.
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As três primeiras pessoas a serem sujeitas ao tratamento foram operadas nos últimos dois meses e estão sob observação, havendo mais três doentes prestes a terem novas córneas formadas a partir de células do lábio. "Vai ser preciso esperar algum tempo para que a técnica esteja consolidada, antes de levá-la para os PALOP", diz João Botelho, administrador da Fundação Champalimaud.
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Já antes disso, dois cientistas do C.TRACER tinham feito uma outra inovação que não passou despercebida à comunidade internacional, com o desenvolvimento de culturas de células estaminais em membranas retiradas da placenta de bebés recém-nascidos, transferindo-as para os olhos com apenas uma camada formada da córnea (que tem quatro). A alteração fez disparar a taxa de sucesso das cirurgias. Ainda por cima a baixo custo, indo ao encontro da filosofia pensada pela Fundação Champalimaud, que quer aliar investigação médica de ponta com o tratamento massificado de populações em países em vias de desenvolvimento.
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Na cerimónia de inauguração, onde também esteve o administrador António Borges, Beleza realçou que o centro em Hyderabad é mais uma forma da fundação queimar etapas, enquanto se espera que abra em Lisboa o futuro centro de pesquisa Champalimaud, previsto para 2010 e que terá centenas de cientistas a fazer investigação nas áreas da visão, neurociências e cancro. "Queremos trabalhar com os melhores e temos ambição para ser dos melhores do mundo". (Expresso)
2 comentários:
uma iniciativa bastante empolgante e que espero dar frutos rapidamente... em todos os niveis, e com acesso a todas as classes sociais!
uma boa ideia de blog.
continuarei a visitar.
felicidades!:)
Eu tenho uma dúvida, alguém que nasceu cega tem essa possíbilidade de cura?
se for possível me retornar uma resposta em meu e-mail: otaviocoru@hotmail.com
Agradeço desde já
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