domingo, 25 de maio de 2008

Melanomas aumentaram 400% em 40 anos

Porque uma cara conhecida ajuda sempre a passar melhor uma mensagem e porque o senso comum nem sempre tem as melhores percepções, a figura escolhida para o Dia Euromelanoma, que se assinala amanhã, é a atleta Rosa Mota. E a mensagem é simples os riscos de desenvolver cancro por exposição excessiva ao Sol não são exclusivos da praia. O desporto ao ar livre é "uma das actividades que mais expõe a pele" e, dado o cada vez maior número de adeptos e a cada vez maior falta de cuidado, contribui para o aumento de casos.
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De acordo com a Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo (APCC), o excesso de exposição ao Sol é responsável por 90% dos cancros da pele. E uma em cada seis pessoas da população branca poderá desenvolver a doença. Insistir na prevenção é o lema deste Dia Europeu de Prevenção do Cancro Cutâneo, que contará em Portugal com rastreios em vários hospitais.
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Apesar de o nosso país ainda estar abaixo da média europeia de novos casos anuais de melanoma (o mais maligno e o menos comuns dos cancros de pele), a incidência em Portugal aumentou 400% nos últimos 40 anos de dois casos por cem mil habitantes, passou para oito casos (ou seja, 800 novos doentes por ano), com uma mortalidade de 10% a 20% ao fim de cinco anos. O melanoma representa 8% de todos os tumores malignos cutâneos, mas é responsável por 85% das mortes por cancro da pele.
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E o aumento, segundo Osvaldo Correia, da APCC, encontra explicação nos comportamentos dos portugueses, bem retratados por um inquérito promovido no Verão passado nas praias. Cerca de 75% dos jovens entre os 16 e os 24 anos relata "antecedentes de queimadura solar". Ora, os chamados escaldões - decorrentes da exposição solar excessiva brusca e intermitente - são justamente os maior factor de risco no desenvolvimento de melanoma.
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"A população mais jovem é a mais resistente às boas práticas" de consumo de Sol, explica o médico. Apenas 32% dos jovens dos 11 aos 15 anos e 25% dos adolescentes e jovens adultos usa chapéu, só 30% e 40%, respectivamente, usam protector solar antes de chegar à praia, e 46% e 70% insiste em ficar no areal nas horas críticas (entre o meio dia e as 16 horas).(Jornal de Notícias)

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