Estudo do Instituto Karolinska
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São as células de gordura que dificultam ficar magro
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Está explicado, em parte, por que razão é tão difícil perder peso e manter-se magro: o número de células que armazenam gordura, os adipócitos, mantém-se idêntico desde a adolescência, quer engordemos, quer emagreçamos. A única coisa que muda é a quantidade de gordura armazenada nestas células. Portanto, quem faz dieta não perde células adiposas, pelo que elas continuam à espera de gordura.
São as células de gordura que dificultam ficar magro
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Está explicado, em parte, por que razão é tão difícil perder peso e manter-se magro: o número de células que armazenam gordura, os adipócitos, mantém-se idêntico desde a adolescência, quer engordemos, quer emagreçamos. A única coisa que muda é a quantidade de gordura armazenada nestas células. Portanto, quem faz dieta não perde células adiposas, pelo que elas continuam à espera de gordura.
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Para quem tem de perder peso, estas notícias trazidas pela equipa de Kirsty Spalding, do Instituto Karolinska, na Suécia, na revista “Nature”, não são animadoras. Mas os cientistas dizem ter desvendado uma das incógnitas sobre a obesidade, que ameaça tornar-se uma epidemia global, associada a doenças cardiovasculares ou à diabetes.
Para quem tem de perder peso, estas notícias trazidas pela equipa de Kirsty Spalding, do Instituto Karolinska, na Suécia, na revista “Nature”, não são animadoras. Mas os cientistas dizem ter desvendado uma das incógnitas sobre a obesidade, que ameaça tornar-se uma epidemia global, associada a doenças cardiovasculares ou à diabetes.
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Quando engordamos, os adipócitos expandem-se em tamanho. O que não se sabia é se essa seria a única mudança: será que o seu número cresce ou diminui, quando se engorda ou se emagrece?
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Para encontrar uma resposta, a equipa de Spalding estudou centenas de crianças, adolescentes e adultos. Descobriu que, durante a infância, o número de células adiposas aumenta, mas, quando se chega à idade adulta, a sua quantidade mantém-se para o resto da vida.
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Sejamos gordos ou magros, a equipa verificou que todos os anos morrem cerca de dez por cento dos adipócitos, mas são substituídos pela mesma quantidade de novos adipócitos. Nos obesos, a morte e substituição destas células é duas vezes mais rápida do que nos magros.
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A equipa estudou obesos que estavam prestes a submeter-se a cirurgias para perder peso, como a aplicação da banda gástrica. Estudou as suas células antes e depois de perderem peso, e viu que o número se mantinha constante. O tamanho individual das células é que decresceu muito.
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“Estes resultados podem explicar, pelo menos em parte, por que é tão difícil manter o peso depois de se ter emagrecido”, diz Peter Arner, numa nota do Instituto Karolinska. “As novas células adiposas geradas durante e após a perda de peso precisam de lípidos rapidamente.” O mesmo sublinha Spalding à BBC on-line: “Essas células adiposas não vão a lado nenhum e exigem mais gordura”.
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Nem tudo são más notícias. Esta descoberta pode indicar novos alvos para tratar a obesidade, por exemplo através do controlo da formação dos novos adipócitos. (Público)
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Referência do estudo: Spalding, K. L. et al. Nature advanced online publication, doi:10.1038/nature06902 (2008).
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