sexta-feira, 16 de maio de 2008

Genéricos chineses

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A aprovação de fármacos de baixo custo produzidos na China está a ganhar terreno na maioria dos mercados, o que deverá provocar uma redução no preços nos medicamentos genéricos, indica um estudo da IMS Health, citado pela Reuters.
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Actualmente, a China é já o maior produtor mundial de ingredientes farmacêuticos activos, porém, até ao momento não se revelou um fornecedor significativo de medicamento genéricos enquanto produto final. No entanto, a aprovação, no ano passado, do primeiro fármaco genérico chinês por parte da Administração Norte-Americana dos Alimentos e Fármacos (FDA) – uma cópia do anti-HIV Viramune (nevirapina) –, revela uma tendência de mudança.
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De acordo com a Reuters, pelo menos 10 outras empresas Chinesas estão preparadas para acompanhar esta evolução, sendo que, algumas das substâncias poderão ser disponibilizadas ainda este ano, dando origem a um aumento da competitividade na indústria dos genéricos. "De forma a garantirem o seu sucesso no mercado, os produtores chineses irão, provavelmente, oferecer preços inferiores a todos os outros", refere o documento elaborado pela IMS. Os responsáveis pelo estudo acreditam que a adopção desta política por parte dos produtores chineses trará consequências tanto para a investigação e desenvolvimento como para as empresas internacionais de produção de genéricos.
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O crescimento das farmacêuticas chinesas de produção de genéricos deverá assemelhar-se ao dos laboratórios indianos, como é o caso da Ranbaxy, que começou por se destacar como fornecedor de ingredientes farmacêuticos activos, tendo evoluído para a produção de genéricos há uma década.
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As conclusões da IMS indicam também que a China irá procurar desgastar a forte posição ocupada pela Índia no sector da produção, tendo como principais alvos os mercados emergentes, os Estados Unidos da América e a Europa.
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Há, no entanto, alguns obstáculos capazes de travar esta progressão da indústria de genéricos chinesa, entre os quais, a fraca reputação do país no que respeita à qualidade. "A Índia tem menos publicidade do que a China relativamente a imperfeições de produção", refere a IMS, sublinhando que "é aqui que a batalha competitiva poderá ou não ser vencida". (Farmacia.com)

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