Um grupo de cientistas descobriu que mutações em, pelo menos, seis genes estão associadas ao surgimento do lúpus eritematoso sistémico (LES) – doença auto-imune, em que o sistema imunitário do paciente se volta contra o próprio organismo, devido a uma falha de reconhecimento, e que afecta maioritariamente as mulheres.
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A descoberta, publicada na ‘Nature Genetics’ e no ‘New England Journal of Medicine’, resultou num rastreio genético realizado em mais de três mil mulheres com a doença de lúpus, realizado por britânicos, norte-americanos e suecos, liderado por Timothy Vyse, do Imperial College de Londres. Na Europa, 31 em cada cem mil mulheres é afectada por esta doença.
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Este estudo detectou em três genes diferentes a correlação mais evidente com a doença: um deles é o ITGAM, um gene que codifica uma molécula envolvida no funcionamento do sistema imunitário e cujo papel é marcar as bactérias e outros agentes infecciosos para que as células do sistema imunitário possam reconhecê-los e atacá-los. Segundo os investigadores, as mutações detectadas noutros dois genes – o PXK e o KIAA1542 – nestes estudos são menos evidentes, tendo a associação à doença sido surpreendente, mas a descoberta abre pelo menos novos caminhos de trabalho.
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Foram ainda identificados outros três genes como estando associados a esta doença, estando dois deles – o LYN e o BLK – associados às funções dos linfócitos B – células do sistema imunitário que têm um papel-chave na produção dos anticorpos.
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Segundo os investigadores, este estudo vem abrir portas à compreensão dos finos mecanismos moleculares na origem desta doença e também ao desenvolvimento de terapias que ajudem a melhorar a qualidade de vida destes doentes, podendo chegar-se, eventualmente, à sua cura. (Cienciapt)
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