domingo, 12 de julho de 2009

Estudo: Fármaco finasterida para a próstata revela-se seguro

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Um novo estudo sugere que o fármaco finasterida, utilizado no tratamento da hipertrofia benigna da próstata, é mais seguro do que se pensava, não provocando um cancro mais agressivo, pelo que os médicos não necessitam ser tão cautelosos na sua prescrição aos homens com risco de cancro da próstata.
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Actualmente, os médicos enfrentam um dilema quando têm de decidir se prescrevem ou não o fármaco finasterida, que tem demonstrado prevenir o cancro da próstata em cerca de um em cada cinco homens que o tomam. Contudo, as descobertas do Estudo para a Prevenção do Cancro da Próstata, publicado em 2003, indicaram que os homens que desenvolveram cancro da próstata, enquanto estavam a tomar finasterida, tinham uma probabilidade 25 por cento maior de desenvolver uma forma agressiva da doença.
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Por outro lado, um novo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, publicado na “Clinical Cancer Research”, sugere que o fármaco não aumenta o risco de um cancro da próstata mais agressivo, mas simplesmente torna o diagnóstico mais fácil.
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A equipa de investigadores suspeitou mais de uma falha na análise dos dados no estudo de 2003 do que de um problema com o fármaco. Para testar esta teoria, os investigadores analisaram dados de 1304 homens que apresentaram um exame digital rectal anormal ou resultados elevados no teste do antigénio específico da próstata (PSA). Nenhum dos homens estava a tomar finasterida. O cancro da próstata foi diagnosticado em cerca de 500 participantes, incluindo 247 que tinham um cancro agressivo de elevado grau.
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A finasterida diminui a próstata, fazendo com que seja mais fácil detectar malignidades. Quanto mais pequena for a próstata, mais provavelmente uma biopsia poderá revelar um diagnóstico de cancro de elevado grau e mais provavelmente um nível elevado de PSA poderá prever a doença. Por exemplo, a taxa de diagnóstico para o nível um de cancro de elevado grau foi de 29,7 por cento nos homens com próstatas entre os 20 e os 29,9 centímetros cúbicos, em comparação com os 6,5 por cento dos homens com próstatas acima dos 80 centímetros cúbicos.
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O Dr. Joseph Presti Jr., director do programa de oncologia urológica em Stanford, referiu que os investigadores demonstraram que isto está tudo relacionado com o tamanho da próstata.
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Os autores do estudo de 2003 chegaram a conclusões semelhantes, após terem analisado os seus próprios resultados.
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A investigadora Catherine Tangen referiu que as descobertas do novo estudo são consistentes com tudo o que encontraram.A investigadora acrescentou que, se os médicos acharem que é necessário, deve ser dada a oportunidade aos homens de escolherem tomar finasterida.(farmacia.com.pt)
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