segunda-feira, 27 de julho de 2009

Trocar mais vendidos por genéricos pouparia 101 milhões

-
Se 60 dos fármacos mais vendidos em Portugal fossem substituídos pelos respectivos genéricos, Estado e utentes poupariam cerca de 101 milhões de euros, revela um estudo da associação de defesa do consumidor DECO.
-
A edição de Agosto da Teste Saúde, que publica o estudo, avaliou os custos globais em 2008, para Estado e utentes, de 60 dos medicamentos mais receitados e fez as contas ao que teria sido poupado caso fossem substituídos pelos respectivos genéricos.
-
O estudo conclui que se o mesmo número de embalagens daqueles fármacos fosse substituído pelos genéricos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) teria poupado 26 milhões de euros e os utentes mais de 74 milhões de euros.
-
Entre os exemplos apontados no seu número de Agosto, a revista salienta o do antidiabético Risidon, o sétimo medicamento mais vendido em 2008: se os utentes substituírem este medicamento "pelas alternativas mais baratas e comprarem, pelo menos, tantas embalagens como no ano passado, mais de três milhões de euros ficam nas carteiras".
-
"Já o Estado gasta menos 178 mil euros na comparticipação" do Risidon, referem os autores do estudo, salientando que "este é só um exemplo e uma pequena ajuda para racionalizar a despesa com medicamentos do SNS".
-
Os autores salientam que, "quando há genérico, o médico tem de receitar pela substância activa e respeitar as preferências do paciente, se este as manifestar por marca ou genérico", mas destaca que "este direito de opção nem sempre é utilizado" e muitos dos medicamentos mais caros continuam a ser os mais receitados.
-
"Por concorrerem com preços mais competitivos, os genéricos promovem a descida do custo das marcas", destaca o estudo.
-
A DECO "apela ao Ministério da Saúde para fiscalizar e promover a prescrição pela substância activa, nos grupos de fármacos com genérico", e propõe a justificação escrita na receita, quando o médico não autoriza a substituição do medicamento pela sua alternativa genérica.
-
Aconselha ainda o utente a informar-se sobre a existência de alternativas, os preços em causa e também a eficácia e qualidade dos medicamentos.
-

Sem comentários: