quarta-feira, 29 de julho de 2009

Terapia hormonal aumenta sobrevivência ao cancro da próstata

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Um estudo revelou que adicionar terapia hormonal à radioterapia no tratamento do cancro da próstata que se espalhou para os tecidos perto da glândula prostática, mas que ainda não se alastrou a lugares mais distantes do organismo, pode ajudar a prevenir que a doença retorne e a melhorar a sobrevivência.
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A terapia hormonal envolve a utilização de fármacos, como a leuprorrelina, ou cirurgia (remoção dos testículos) para reduzir os níveis de testosterona ou para bloquear os seus efeitos. Isto é benéfico, porque a testosterona pode estimular o crescimento do cancro da próstata.
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O Dr. Emilio Bria, do Instituto Nacional do Cancro Regina Elena, em Roma, e co-investigadores referiram que os resultados também indicam que acrescentar a terapia hormonal não aumenta os efeitos secundários.
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As descobertas do estudo, publicado na revista científica “Cancer”, derivam de uma análise de dados de sete ensaios que envolveram um total de 4387 pacientes.
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A utilização da terapia hormonal, em combinação com radioterapia, melhorou a sobrevivência geral em cerca de 5 por cento, o que significa que foi salva mais uma vida por cada 18 pacientes tratados com esta combinação.
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A utilização de supressão hormonal, em combinação com radioterapia, diminuiu o risco de falência bioquímica em 24 por cento e melhorou a sobrevivência livre de progressão em 19 por cento. A sobrevivência específica ao cancro e a sobrevivência geral foram melhoradas em 24 e 14 por cento, respectivamente.
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O tratamento com terapia hormonal reduziu ainda os riscos de reincidência do cancro local e distante em 66 e 28 por cento, respectivamente.
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Os autores declararam que, embora os resultados do actual estudo confirmem e quantifiquem o beneficio de adicionar a terapia hormonal à radioterapia exclusiva para os pacientes com cancro da próstata localmente avançado, é necessário identificar quais os pacientes que irão realmente beneficiar desta estratégia e qual a duração óptima que o tratamento deve ter. Os testes genéticos poderão ajudar a esclarecer estas questões. (farmacia.com.pt)
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