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Dados de um estudo de longo prazo demonstraram que os pacientes com diabetes tipo 1, que mantiveram uma terapia intensiva com insulina, reduziram substancialmente as taxas de danos oculares e renais e de doença cardiovascular, em comparação com aqueles que receberam tratamento convencional.
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As descobertas, publicadas na “Archives of Internal Medicine”, também demonstraram que, no grupo tratado intensivamente, as taxas de perda de visão e de insuficiência renal foram muito mais baixas do que o tinha sido observado no passado.
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Os investigadores compararam as taxas gerais de complicações oculares, renais e cardiovasculares em pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1, aproximadamente há 30 anos atrás. O estudo incluiu dois grupos de pacientes do ensaio aleatório sobre controlo e complicações da diabetes com 1441 participantes, que começou em 1983, estando os investigadores a monitorizar os pacientes desde 1993.
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O grupo do tratamento intensivo tinha o objectivo de manter os níveis de hemoglobina A1c (hemoglobina glicosilada) perto do normal com, pelo menos, três injecções de insulina por dia, enquanto o grupo do tratamento convencional não tinha objectivos específicos, relativamente aos níveis de hemoglobina A1c, tomando entre uma e duas injecções de insulina diariamente.
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Os resultados indicaram que, após 30 anos de diabetes, as taxas cumulativas de complicações no grupo do tratamento intensivo eram mais baixas do que as do grupo do tratamento convencional: a taxa de danos oculares era de 21 por cento versus 50 por cento; a dos danos renais era de 9 por cento versus 25 por cento e a da doença cardiovascular era de 9 por cento versus 14 por cento, respectivamente.
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Além disso, os investigadores referiram que os dados demonstraram que menos de 1 por cento dos pacientes do grupo da terapia intensiva ficaram cegos, necessitaram de substituição renal ou sofreram uma amputação devido à diabetes.
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O Dr. David Nathan comentou que, quando a terapia intensiva é implementada no início da diabetes, a maioria dos pacientes com diabetes tipo 1 pode conseguir evitar complicações desastrosas a longo prazo, que eram tão comuns no passado. Os resultados a longo prazo deveriam encorajar os médicos e os pacientes a implementarem a terapia intensiva tão cedo quanto possível. (farmacia.com.pt)
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