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Segundo um estudo divulgado no Congresso da Organização Europeia de Cancro, a terapia hormonal utilizada para tratar homens com cancro da próstata em estado avançado está associada a um aumento dos riscos de futuros problemas cardíacos.
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A pesquisa incluiu mais de 30 mil homens com cancro da próstata avançado ou metastático, tendo os investigadores concluído que os médicos necessitavam de considerar os efeitos secundários cardíacos quando prescreviam terapias endócrinas para os pacientes com cancro, e ainda recomendar que eles consultassem um cardiologista antes de iniciarem o tratamento.
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"Se observarmos o efeito causal, então, para todas as terapias hormonais juntas, estimamos que comparado com o que é normal na população geral, cerca de dez eventos extras de doença cardíaca isquémica por ano irão surgir para cada mil pacientes com cancro da próstata tratados com esses medicamentos", declarou a epidemiologista Mieke Van Hemelrijck, líder do estudo.
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Os resultados revelaram, de forma geral, que os pacientes tratados com a terapia hormonal tinham um risco 24% maior de ataque cardíaco não fatal, 19% de ter arritmia, 31% de ter doença cardíaca isquémica, e 26% mais probabilidades de desenvolver insuficiência cardíaca.
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A probabilidade de morrer de enfarte foi 28% maior, de morte por doença cardíaca seria 21% mais elevada, por insuficiência cardíaca era 26% maior, e o risco de morrer por arritmia era 5% maior.
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"Precisamos de estudos que verifiquem a associação e explore os mecanismos biológicos plausíveis", destacou Van Hemelrijck. "Assim, saberemos qual o melhor uso desses tratamentos de acordo com o historial do paciente de vários tipos de doença cardíaca, e se seria uma boa ideia dar aos pacientes medicamentos cardíacos para contra-atacar esses efeitos colaterais", concluiu.(farmacia.com.pt)
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