quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Investigadores descobrem nova terapia contra a asma

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Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Texas, em Galveston, descobriram que a enzima aldose reductase está presente na maioria dos ataques de asma provocados por alérgenos, sendo que a actividade desta enzima pode ser reduzida consideravelmente mediante compostos que já passaram por ensaios clínicos e que habitualmente se utilizam em tratamentos contra a diabetes.
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Através de experiências de cultivo de células humanas e animais, foi possível abrir um novo caminho para se encontrar um potente tratamento contra a asma. Este avanço poderá proporcionar uma alternativa necessária à actual terapia contra a asma, que actualmente se baseia em inalações de doses de corticoesteróides e broncodilatadores difíceis de medir e com diversos efeitos secundários.
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A aldose reductase tem um papel fundamental na activação dos mecanismos celulares que produzem proteínas inflamatórias em doenças como o cancro do cólon, a arteriosclerose, a sépsis ou a uveíte.
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O autor do estudo, o Professor Satish Srivastava, explicou que a administração oral de inibidores da aldose reductase foi efectiva em animais. Se estes medicamentos funcionarem igualmente bem em humanos poder-se-ão administrar oralmente ou através de um inalador, obtendo resultados de longa duração.
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Numa série de experiências in vitro, os investigadores aplicaram um extracto de pólen em cultivos de células epiteliais das vias respiratórias humanas. Alguns destes cultivos tinham sido tratados com um inibidor da aldose reductase.
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As células não tratadas responderam de forma similar como responderiam num ataque asmático, com um aumento do nível de apoptose (suicídio celular), um aumento de espécies reactivas de oxigénio e uma geração a larga escala de moléculas associadas ao processo inflamatório. Por outro lado, as células tratadas com inibidores da aldose reductase apresentaram um nível de apoptose muito inferior, reduziram os níveis de espécies reactivas de oxigénio e apresentaram aumentos muito menores de moléculas relacionadas com a inflamação.
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O próximo passo será a realização de testes clínicos para determinar se os inibidores da aldose reductase podem aliviar os sintomas da asma no ser humano.(farmacia.com.pt)
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